1000 resultados para Infección de herida operatória


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A despeito da controvérsia existente na literatura com relação aos benefícios da linfadenectomia na sobrevida dos doentes submetidos a ressecções curativas para tratamento do adenocarcinoma gástrico, é inegável que a linfadenectomia ampliada (nível II na classificação japonesa) contribui para o melhor estadiamento e prognóstico destes pacientes. Este procedimento permite-nos melhor identificar aqueles pacientes que têm pior prognóstico e oferecer-lhes novas formas de terapia adjuvante. Como o principal argumento para a não realização de cirurgias mais alargadas é que estas são acompanhadas de maior morbidade e mortalidade, os autores estudaram prospectivamente parâmetros relacionados a esses índices nas gastrectomias com linfadenectomia nível 11 (D2) que tiveram intenção curativa. Para tanto, estudaram-se a taxa de mortalidade, o tempo operatório, as unidades de glóbulos transfundidas, as complicações e o tempo de internação pós-operatória. Entre dezembro de 1992 e fevereiro de 1997 foram internados 86 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, dos quais, em 27, atendidos por uma mesma equipe interessada no tratamento destes tumores, houve ressecção cirúrgica com intenção curativa e o tratamento consistiu de gastrectomia acompanhada de linfadenectomia D2. A gastrectomia subtotal foi realizada em 17 doentes, a total em três e a total ampliada em sete. Nove doentes tinham tumores superficiais. Não houve mortalidade entre os pacientes submetidos a ressecções D2; o tempo médio operatório foi de 208,7 minutos; receberam em média 0,2 unidades de glóbulos e a incidência de complicações foi de 33,3%. A permanência hospitalar pós-operatória média foi de 8,6 dias. Foram estudados 854 linfonodos, dos quais 22,1% eram positivos para tumor metastático. Os autores concluem que a dissecção D2 pode ser feita de forma segura e não deve ser evitada por causa do risco de complicações. Permite estadiamento anatomopatológico mais preciso e melhor avaliação do prognóstico destes pacientes.

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O objetivo deste trabalho é avaliar a influência das alterações histológicas presentes na vesícula biliar litiásica no diagnóstico e tratamento videolaparoscópico da afecção. De janeiro de 1994 a maio de 1997 foram estudados 290 pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica para tratamento de colelitíase. Realizou-se avaliação dos parâmetros morfológicos da vesícula biliar calculosa através de estudo histológico e correlacionaram-se essas alterações à propedêutica pré-operatória e tratamento cirúrgico. O estudo histológico permitiu classificar as vesículas biliares no grupo das colecistites crônicas em 71,7% dos casos e colecistites agudas em 13,1 %. Em 15,2% das vesículas estudadas não foram evidenciadas alterações histológicas, sendo estas classificadas como normais. A participação do sexo masculino foi mais expressiva no grupo de pacientes cuja vesícu1a apresentava sinais inflamatórios agudos (31,6%). A ultra-sonografia apresentou baixa sensibilidade (36,8%) no diagnóstico da colecistite aguda. Todos os pacientes portadores de vesículas normais foram operados por videolaparoscopia, sendo que, em pacientes portadores de colecistite aguda, houve a necessidade de conversão para a via aberta em 21,1% dos casos. Vesículas biliares apresentando alterações crônicas associaram-se de maneira estatisticamente significante a cálculos mistos. Concluiu-se pela baixa sensibilidade da ultra-sonografia no diagnóstico da colecistite aguda e pela elevada eficácia da videolaparoscopia no tratamento de pacientes portadores de colelitíase associada a vesícula sem alterações histológicas.

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O objetivo é apresentar a padronização da técnica operatória e os resultados obtidos com a utilização do acesso videolaparoscópico na reconstituição do trânsito intestinal em pacientes previamente submetidos à operação de Hartmann por causas diversas. Foram analisados prospectivamente 32 pacientes, no período de dezembro de 1991 a junho de 1997, com distribuição semelhante com relação ao sexo e com idade média de 42,4 anos. Todos os pacientes foram submetidos ao mesmo preparo pré-operatório e à mesma técnica cirúrgica. Ocorreram três (9,3%) complicações transoperatórias. Uma (3,1 %) anastomose mecânica incompleta, necessitando de endossutura manual, uma (3,1 %) laceração do reto com o grampeador mecânico e uma (3,1 %) lesão da artéria epigástrica direita. Ocorreram ainda três (9,3%) conversões, sendo uma (3,1 %) devido à laceração do reto com o grampeador mecânico, outra (3.1 %) pela invasão tumoral na pelve e outra (3,1 %) pela presença de excessivas aderências intraperitoneais. O tempo operatório variou de 30 a 240 minutos, na média de 126,2 minutos (2,1 horas). A evolução clínica pós-operatória foi satisfatória. Nove (31,0%) pacientes não referiram dor, enquanto 13 (44,8%) a referiram em pequena intensidade, e apenas sete (24,0%) queixaram-se de dor com maior intensidade. A dieta líquida via oral foi instituída no período médio de 1,6 dias, e a primeira evacuação ocorreu na média de 3,2 dias de pós-operatório. O período médio de hospitalização foi de 4,7 dias. Ocorreram complicações pós-operatórias em oito (27,5%) pacientes. Duas (6,8%) infecções da ferida do estoma, dois pacientes (6,8%) com dor no ombro direito, uma (3,4%) deiscência de anastomose, um (3,4%) caso de peritonite por provável contaminação do material cirúrgico, uma coleção líquida pélvica e uma hérnia incisional. Em conclusão, a reconstituição do trânsito intestinal por videolaparoscopia apresentou-se segura e eficaz, podendo constituir-se no método cirúrgico de escolha, pois foi utilizada com sucesso em 90,6% dos pacientes.

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São apresentados os resultados de 1772 colecistectomias videolaparoscópicas, sendo 1.700 consecutivas sem mortalidade e baixa morbidade e rápida recuperação pós-operatória. Salienta-se a importância da sistematização técnica adotada para tais resultados, bem como do uso de instrumentos especiais de dissecção. É apresentada a estruturação de um modelo de trabalho para formação do cirurgião em cirurgia laparoscópica do aparelho digestivo, de maneira progressiva e sistematizada. O modelo implantado de formação e preparo do cirurgião, com rigor, profundidade e seriedade, é certamente responsável pelos resultados do nível de excelência obtidos.

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Avaliou-se, retrospectivamente, a evolução pós-operatória das varizes esofagogástricas em 40 pacientes submetidos a um dos seguintes procedimentos cirúrgicos: a (n=27) derivação esplenorrenal distal (ERD) e B (n=13) derivação esplenorrenal proximal (ERP). Todos os pacientes tinham hipertensão porta esquistossomótica com diagnóstico prévio de varizes do esôfago, presentes ou não no estômago, com um ou mais episódios de sangramento. Os pacientes foram submetidos a um dos procedimentos cirúrgicos de acordo com a preferência do cirurgião assistente. Foram realizadas, nesses pacientes, endoscopias no período pré-operatório e aos seis, 12 e 18 meses no pós-operatório. Os dados de cada endoscopia foram coletados e comparados entre os grupos, verificando-se a presença de varizes do esôfago e estômago nos diferentes períodos, comparando esses achados através do teste do qui-quadrado, com significância para p<0,05. Os resultados obtidos não mostraram casos de ressangramento até o 18º mês pós-operatório, nem casos de encefalopatia. Foram diagnosticadas varizes esofágicas, no pré-operatório, em 100% dos pacientes nos dois grupos. No período pós-operatório, houve redução significativa das varizes do esôfago, quando estudados os dois grupos conjuntamente, para 40% no sexto mês (p = 0,0002), 30% no 12º mês (p = 0,003) e 27,5% no 18º mês (p = 0,003). No sexto mês pós-operatório, a incidência de varizes do esôfago foi maior nos pacientes com ERD quando comparados àqueles com ERP (51,9% vs. 15,4%, p = 0,03). Quando estudadas as varizes aos 12 e 18 meses não foi observada diferença significativa entre pacientes submetidos a ERD ou ERP (12º mês, 37% vs. 15,4%; 18º mês, 25,9% vs. 30,8%). Foram vistas varizes gástricas em 37,5% dos pacientes, com redução significativa no sexto mês (2,5%, p = 0,005). Entretanto, quando comparada com a freqüência do sexto mês, houve aumento significativo no 12º mês (5%, p = 0,00001) e 18º mês (7,5%, p = 0,02). Quando comparados os grupos, no período pré-operatório, estas varizes estiveram presentes mais freqüentemente no grupo submetido a ERP (69,2% vs. 26%, p = 0,0005), sem diferença significativa no período pós-operatório (6º mês, 16,6% vs. 0%; 12º mês, 33,3% vs. 0%; 18º mês, 33,3% vs. 11,1%). Este trabalho demonstrou que os dois tipos de cirurgia têm resultado semelhante em relação à resolução das varizes do esôfago e estômago no 18º mês, mas os resultados indicam que a redução na incidência das varizes do esôfago se acompanha de aumento das varizes gástricas, provavelmente devido à abertura de novas vias colaterais de drenagem em casos de persistência de uma pressão porta aumentada ou mau funcionamento da derivação esplenorrenal.

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A ressecção do esôfago sem toracotomia vem sendo utilizada com maior freqüência, nos últimos anos, para as afecções benignas, sobretudo no megaesôfago avançado. A vantagem dessa via de acesso é a de evitar o comprometimento da dinâmica pulmonar, mas, entretanto, podendo haver abertura da pleura, com o conseqüente hemopneumotórax, além da potencial agressão a outros órgãos mediastinais com morbidade pós-operatória muitas vezes expressiva. Por sua vez, no megaesôfago avançado, a esofagite de estase predispõe à instalação de carcinoma. Com base nessas considerações, foi proposta, previamente em animais e cadáver humano, a retirada da mucosa-submucosa do esôfago, mediante sua invaginação completa, sem toracotomia. Os resultados satisfatórios estimularam a continuação nessa linha de pesquisa, iniciando-se a experiência na área clínica. Assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar o resultado do pós-operatório imediato, a técnica de retirada da mucosa do esôfago pelo descolamento submucoso, conservando a túnica muscular intacta no mediastino. O procedimento foi realizado pela via cervicoabdominal em 60 pacientes portadores de megaesôfago graus III ou IV. Efetuou-se a reconstrução do trânsito grastrintestinal transpondo o estômago pelo mediastino posterior, por dentro da túnica muscular esofágica ou pela via retroesternal. O estudo permitiu concluir: 1) a ressecção da mucosa pelo plano submucoso, mediante a invaginação, mostrou ser de execução simples e viável em 98,4% dos casos; 2) ausência de sangramento, no intra ou no pós-operatório imediato, cuja origem fosse do leito da túnica muscular esofágica remanescente ao nível mediastinal; 3) baixa incidência de complicações pleuropulmonares - 5,0%.

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Os ferimentos penetrantes localizados na transição toracoabdominal (FTA), além da dificuldade diagnóstica, merecem especial atenção em relação à conduta adotada para o controle das complicações abdominais. Os autores analisaram 110 pacientes atendidos na Disciplina de Cirurgia do Trauma do Departamento de Cirurgia da UNICAMP, de 1988 a 1998, apresentando ferida penetrante toracoabdominal e submetidos à laparotomia exploradora com drenagem pleural fechada. As fístulas digestivas foram estudadas quanto à incidência, ao tratamento e à evolução pós-operatória. Do total de pacientes, 91 (82,7%) eram do sexo masculino e 19 (17,3%) do sexo feminino. A faixa etária situou-se entre 13 e 63 anos. Os FTA foram causados por projétil de arma de fogo (PAF) em 60 (54,5%) casos e por arma branca (FAB) em 50 (45,5%). As fístulas digestivas ocorreram em seis (5,4%) dos pacientes estudados, sendo quatro (3,6%) casos de fístula pancreática, um (0,9%) de fístula gástrica e um (0,9%) de fístula biliar, todos tratados de maneira conservadora, apresentando evolução favorável com resolução espontânea.

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A análise do tratamento cirúrgico de doentes portadores de pancreatite biliar mostra a existência de controvérsias em relação à oportunidade da intervenção, principalmente se deve ser precoce ou postergada. Do mesmo modo, a possibilidade do emprego de procedimentos endoscópicos no pré, intra ou pós-operatório e o advento da videolaparoscopia, trouxeram novos aspectos à discussão. Não existe consenso sobre a escolha da melhor conduta. Em função disso, analisamos retrospectivamente os resultados imediatos de 107 doentes portadores de forma leve de pancreatite, todos com menos de três sinais de gravidade, segundo o critério de estratificação proposto por Ranson, e que foram submetidos ao tratamento cirúrgico postergado na mesma internação, no período de janeiro de 1988 a maio de 1999, tanto por via convencional como por via laparoscópica. Desses, 80 doentes (75%) eram do sexo feminino, 90% da raça branca e a média de idade foi de 46 anos. Os doentes foram operados em média após 9,5 dias de internação e receberam alta hospitalar após 2,9 dias, o que resultou numa permanência hospitalar média de 12,6 dias. A colangiografia intra-operatória foi realizada em 102 casos (96%) e a colangiografia endoscópica pré-operatória em 24 doentes (22,4%). Os resultados mostraram incidência de coledocolitíase em 25 casos (23%), taxa de morbidade de 12% e mortalidade nula. Dos 107 casos estudados, 64 (60%) foram operados pela via de acesso convencional e 43 (40%) pela via laparoscópica. A comparação dos resultados entre as vias de acesso empregadas mostrou diferença estatística significante em relação ao intervalo de tempo pós-operatório, que foi menor nos doentes submetidos à via de acesso laparoscópica. Concluímos, assim, que o tratamento cirúrgico postergado de doentes portadores de pancreatite biliar na forma leve apresenta baixas morbidade e mortalidade e pode ser feito tanto pela via convencional como pela via laparoscópica. A presença de coledocolitíase, nesta casuística, não contribuiu para aumentar os índices de complicações pós-operatórias e nem a mortalidade.

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O aperfeiçoamento da técnica operatória do transplante hepático reduziu o número de complicações biliares, mas os índices de morbidade e mortalidade relacionadas a estas complicações ainda preocupam os cirurgiões. Assim, é importante avaliar novas opções terapêuticas relativamente aos procedimentos operatórios convencionais. De setembro de 1991 a setembro de 1998, foram analisadas as complicações biliares observadas em 78 pacientes submetidos ao transplante hepático; anastomose coledococoledociana com emprego do tubo em T (CCT) foi praticada em 16 pacientes ou 20,5%, anastomose coledococoledociana sem a utilização do tubo em T (CC) em 50 ou 64,1% e anastomose coledocojejunal (CJ) em 12 ou 15,4%. Foram observadas 24 (31,2%) complicações biliares sendo 12 durante o 1º mês e as demais no pós-operatório tardio. Ocorreram 12/78 (15,6%) fístulas (CCT = 5, CC = 6, CJ = 1), 9/78 (11,7%) estenose (CCT = 1, CC = 8) e 3/78 calculose (CCT = 1, CC = 2). A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) realizada em 19/78 pacientes ou 24,7% ofereceu resultados satisfatórios em 13 (61,9%). O tratamento endoscópico foi praticado em 11 casos de fístula biliar oferecendo bons resultados em quatro do grupo CCT e 5/6 do grupo CC; por outro lado, nos oito casos de estenose da anastomose (grupo CC) o tratamento endoscópico mostrou-se eficiente em 4/8 pacientes. Complicações biliares ocorreram em 7/16 casos ou 43,75% (grupo CCT) e 16/50 ou 32% do grupo CC, somente nove entre as 24 complicações biliares necessitaram de reoperações (CCT = 1, CC = 8). Além destas, entre os 78 , ocorreu trombose da artéria hepática (T.A.H.). Nesta casuística ocorreram 8/78 (10,4%) óbitos (5 T.A.H., 1 CCT e 2 CC). O tempo de seguimento médio pós-tratamento das complicações biliares foi de 14 meses variando de um a 6,8 anos. A incidência global das complicações biliares observadas nesta série consecutiva de 78 pacientes foi maior nos grupos CCT (7/16) CC (16/50) quando comparadas ao grupo CJ. Não houve diferenças significativa quanto à ocorrência de fístula e estenoses nos grupos CCT e CC, quando comparadas. A incidência de complicações biliares precoces e tardias foi semelhante em ambos os grupos CCT e CC. Estes resultados sugerem que a incidência de fístulas e estenoses biliares, não é significativamente pelo emprego do tubo em T. O tratamento endoscópico indicado em casos selecionados permite diagnóstico acurado apresentando-se como tratamento de primeira escolha frente a estas complicações.

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A anastomose esôfago-visceral cervical apresenta como complicações a fístula e a estenose, que podem necessitar de reintervenção cirúrgica para sua correção. Com o objetivo de avaliar as táticas para abordagem operatória dessas complicações e seus resultados, os autores estudaram retrospectivamente nove pacientes, que demandaram esta conduta, num período de 17 anos. Foram operadas duas fístulas e sete estenoses da anastomose esôfago-visceral cervical, sendo a via de acesso inicial a cervicotomia em todos os pacientes. Em quatro casos, houve necessidade de ampliação para esternotomia mediana total, que facilitou significativamente a reconstrução, porém com mortalidade de 75%. As táticas adotadas foram a reanastomose em cinco casos, a sutura do orifício da fístula em um caso e a plastia em três casos. A ressutura teve mau resultado. As plastias evoluíram satisfatoriamente, e os doentes submetidos a reanastomose sem ésternotomia também evoluíram satisfatoriamente. A plastia da anastomose demonstrou ser uma boa tática para o tratamento da estenose cervical, enquanto a reanastomose parece ter a melhor indicação nas fístulas, devendo-se evitar a esternotomia total mediana.

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Foi feito um estudo prospectivo e casualizado de 35 pacientes portadores de colostomias devido a lesões traumáticas do reto admitidos no Hospital Jõao XXIIII no período de novembro de 1994 a junho de 1997. O objetivo foi avaliar os resultados do fechamento precoce das colostomias nestes pacientes. Após o atendimento inicial, os pacientes foram sorteados de acordo com o número do registro de admissão em dois grupos: os do grupo 1 (N = 14) foram submetidos ao fechamento precoce da colostomia programado para o 10º dia pós-operatório do tratamento da(s) lesão(ões) e os do grupo 2 (N = 21) submetidos ao fechamento tardio da colostomia, programado para oito semanas após a operação inicial. Nos dois grupos, o restabelecimento do trânsito intestinal somente foi realizado após o fechamento da lesão retal confirmado por um estudo radiológico contrastado. Houve um predomínio de pacientes jovens, do sexo masculino e vítimas de traumatismo penetrante. Todos eram portadores de uma colostomia em alça. A taxa global de complicações após o fechamento das colostomias foi de 25,7%, com a infecção de ferida operatória sendo a complicação mais freqüente (17,1%). No grupo 1, as complicações ocorreram em 35,7% dos casos e, no grupo 2, em 19,1% (p = 0,423). A análise dos resultados permitiu-nos concluir que a taxa de complicações, a duração da operação para o fechamento da colostomia e o tempo total de permanência hospitalar não apresentaram diferenças significantes entre os dois grupos. Os pacientes submetidos ao fechamento precoce (grupo 1) permaneceram apenas 10 dias em média com a colostomia, enquanto nos pacientes do grupo 2 a média de permanência com a colostomia foi de 66,3 dias (p< 0,001 - Teste de Kruskal-Wallis). Baseados nestes resultados, concluímos que os pacientes portadores de colostomias utilizadas para o tratamento de lesões traumáticas do reto e que não apresentem complicações da operação inicial, poderão ser submetidos ao seu fechamento a partir do 10ºDPO da operação inicial.

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OBJETIVO: A histerectomia é uma operação muito realizada, entretanto há poucos trabalhos na literatura nacional sobre suas indicações, técnica e complicações. O objetivo deste trabalho é avaliar estes procedimentos realizados na Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 470 histerectomias abdominais e 84 vaginais foi conduzido analisando as indicações, tempo de cirurgia e internação, tipo de incisão e morbidez. RESULTADOS: As principais indicações foram o mioma uterino e o prolapso uterino para as histerectomias abdominais e vaginais, respectivamente. As complicações intra-operatórias aconteceram em 3,4% e as pós-operatórias em 2,4% do total de casos. Nenhuma diferença estatística foi encontrada no número de complicações em relação ao tipo de incisão (vertical ou transversal). O tempo de cirurgia e o de hospitalização foram estatisticamente maiores nas incisões verticais. A hemorragia foi a mais freqüente complicação intra-operatória e a infecção da incisão operatória foi a mais freqüente no pós-operatório. CONCLUSÕES: A histerectomia é um procedimento de baixo risco, no entanto, a realização de revisões sobre indicações e complicações, e a pesquisa de melhores técnicas cirúrgicas são necessárias para torná-la cada vez mais segura.

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OBJETIVO: A hipertensão portal esquistossomótica com antecedente de hemorragia digestiva foi tratada com esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória. Quando da existência de varizes de fundo gástrico, realizamos a abertura do fundo gástrico e sutura obliterante destas varizes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva de hemorragia digestiva, repercussões laboratoriais e mortalidade do tratamento cirúrgico/endoscópico. MÉTODOS: Entre 1992 e 1998, foram operados no HC-UFPE 131 pacientes. O seguimento médio foi de 30 meses, em 111 pacientes, que foram solicitados a retornar ao ambulatório do HC-UFPE para a realização de controle clínico e laboratorial. RESULTADOS: A recidiva hemorrágica foi de 14,4% (16/111) e uma mortalidade de 5,4% (6/111). A recidiva de hemorragia digestiva alta foi exteriorizada através de hematemese em oito pacientes e oito por melena. Dos seis pacientes que foram a óbito, três apresentavam diagnóstico de linfoma, hepatocarcinoma e infarto agudo do miocárdio, respectivamente. Dois pacientes foram a óbito no pós-operatório imediato (sepse e coagulação intravascular disseminada). O sexto paciente foi a óbito por recidiva da hemorragia digestiva alta. Em nove pacientes, 13,2%, foi diagnosticada trombose da veia porta. Os dados laboratoriais, hematológicos e de função hepática também foram analisados. CONCLUSÕES: Os autores concluíram que o tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica, através da esplenectomia + LVGE + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória determina resultados compatíveis com a literatura em relação à recidiva de sangramento, mas preserva a funcionalidade hepática.

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Os tumores do intestino delgado são raros e a maioria das lesões neoplásicas sintomáticas é maligna.Os neoplasmas benignos são um pouco mais freqüentes e ambos estão relacionados a um diagnóstico difícil, pois determinam queixas abdominais inespecíficas, comuns a uma grande variedade de afecções digestivas. Exames de imagem e endoscópicos podem ser úteis para o diagnóstico, mas freqüentemente não são conclusivos. Para os blastomas primários, a ressecção cirúrgica é a opção de escolha, porém, para os metastáticos, a terapêutica operatória deve ser reservada para os casos complicados por obstrução, hemorragia ou perfuração. O presente estudo tem por finalidade analisar retrospectivamente 13 casos de lesões malignas do intestino delgado, num período de 28 anos. Verificou-se maior incidência de tumores primários (69,2%) e de linfomas (30,7%). Entre os secundários, as mestástases por adenocarcinoma foram as mais freqüentes (15,4%). Enterectomia segmentar foi o procedimento cirúrgico mais realizado (84,6%) e a mortalidade hospitalar foi de 15,4%. A sobrevida de cinco anos foi nula para os pacientes portadores de metástases, enquanto que para os primários foi de 44,4%, sugerindo um melhor prognóstico para as neoplasias primitivas, independentemente do tipo histológico da neoplasia.

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OBJETIVO: Os autores apresentam sua experiência com 50 pacientes operados de colecistectomia videolaparoscópica em regime ambulatorial, no Hospital de Ensino da Faculdade de Medicina do ABC. MÉTODO: Quarenta e dois pacientes (84%) eram do sexo feminino e oito (16%) do masculino, a idade variou de 23 a 60 anos, com média de 41,5 anos. Foram submetidos ao procedimento pacientes com diagnóstico de colecistite crônica calculosa, que obedeciam aos seguintes critérios: inexistência de colecistite aguda, idade máxima de 60 anos, ausência de suspeita de coledocolitíase, avaliação clínica pré-operatória ASA I ou II, aprovação do paciente quanto ao método e período de internação empregados e presença de acompanhante. O posicionamento da equipe e a técnica utilizada foram os preconizados pela escola americana. RESULTADOS: O tempo cirúrgico variou de 50 minutos a 2 horas, com média de 1 hora e 25 minutos. A colangiografia intra-operatória foi realizada em 35 pacientes (70%), demonstrando coledocolitíase em um caso (2%), que necessitou conversão para cirurgia aberta. As complicações mais freqüentes no período pós-operatório imediato foram náuseas e vômitos em três casos (6%), seguidas de dor abdominal intensa em dois casos (4%). Foram tratados com antieméticos e analgésicos e tiveram a alta hospitalar adiada para o dia seguinte à operação. Quarenta e quatro pacientes (88%) tiveram condições de alta no mesmo dia. O período de permanência hospitalar foi entre nove e 12 horas. O retorno ambulatorial era programado para o sétimo e trigésimo dias pós-operatório, não havendo necessidade de reinternação em nenhum caso. CONCLUSÕES: A colecistectomia videolaparoscópica ambulatorial é um procedimento seguro.