950 resultados para AIDS Vaccines
Resumo:
Esta tese apresenta conceitos, estratgias e mtodos de avaliao aplicados sobre as organizaes de cuidados da sade das pessoas com HIV/AIDS, procurando argumentar sobre a adequao de certos modos de articulao e significao. A forma de perceber e de pensar as organizaes implica na forma de perceber e de pensar a avaliao das organizaes. Avaliar atribuir valor e os valores so histricos e contextuais. A avaliao das organizaes de cuidados da sade das pessoas com HIV/AIDS foi realizada a partir dos pilares da qualidade de Donabedian (eficcia, eficincia, efetividade, equidade, aceitabilidade, legitimao e otimizao), que funcionam como territrios temticos onde so produzidas informaes por diferentes atores internos e externos. Foram identificadas referncias para futuras indagaes, crticas e atividades de avaliao. A avaliao pode fazer parte dos processos de comunicao, discusso e de deciso das organizaes para melhoria da sua qualidade, no sentido de maior satisfao dos seus clientes usurios.
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Nos ltimos anos, as relaes interorganizacionais assumiram importncia acadmica e prtica em funo do potencial de inovaes e aprimoramentos que a gesto desse novo ambiente demonstra ter para as organizaes e para a sociedade. Ao mesmo tempo, os atuais sistemas de sade so concebidos para serem integrados e, com isso, ter maior efetividade. O objetivo desse trabalho propor uma sistemtica de anlise de cadeias produtivas de sade. Consideram-se os referenciais tericos mais relacionados ao tema para a formulao dessa proposta: cadeias produtivas, eco nomia do custo das transaes, imbricamento das relaes sociais nas atividades econmicas, cooperao entre organizaes, redes sociais, anlise de cenrios e qualidade em sade. Essa sistemtica de anlise aplicada, de forma preliminar, em duas cadeias de sade: os servios que atendem aos pacientes diabticos e outra destinada a atender aos pacientes com HIV/AIDS. Os resultados indicam que a sistemtica proposta identifica a predominncia de modos de governana entre as organizaes, o uso de instrumentos de gesto do relacionamento, a presena de estruturas de rede entre unidades de sade e as aes de cooperao entre organizaes. Acredita-se que seu uso possa trazer importantes contribuies na formulao de polticas dos sistemas de sade e organizacionais.
Estado e terceiro setor na prestao de servios pblicos: o programa Nacionmal de DST e Aids: 1994-2005
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O presente trabalho busca analisar os motivos pelos quais o Estado realiza parceria com organizaes da sociedade civil na prestao de servios pblicos. Para tanto, tomamos como exemplo a poltica pblica nacional de combate ao HIV/Aids, capitaneada pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministrio da Sade, tido como referncia na realizao de parcerias com estas organizaes. A anlise conduzida tentando responder trs questes bsicas: os motivos da parceria, as reas ou as modalidades de servio onde esta parceria ocorre e como se do os mecanismos de contratualizao. O trabalho mostra a construo de uma poltica de parcerias a partir da constatao das dificuldades do Estado em prestar diversos servios dentro desta poltica, servios estes que j eram executados com sucesso por muitas organizaes no-governamentais. A partir disso se estabelece uma espcie de diviso de trabalho, na qual as ONGs desempenharo diversas atividades no campo da preveno, assistncia e direitos humanos, notadamente com as chamadas populaes mais vulnerveis epidemia. Aps vrios anos centralizada no governo federal, esta poltica passa por um processo de descentralizao, inserindo de forma mais definitiva os nveis estadual e municipal de governo. No bojo deste processo, percebe-se um conflito ainda no resolvido a respeito da titularidade destes servios: se sero incorporados pelo Estado ou se continuaro sendo executados pelas ONGs. Apesar disso, a poltica de descentralizao foi pactuada de forma a se garantir que um percentual mnimo de recursos destinadas a cada unidade da federao seja destinado ao apoio de projetos destas organizaes, representando uma institucionalizao desta poltica de parcerias.
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Esta pesquisa analisa as relaes entre a poltica domstica e a poltica internacional na questo do acesso a medicamentos para o tratamento de HIV/AIDS, focalizando o caso ptrio. Argumenta-se que h um descompasso na estratgia brasileira que, se por um lado, resultou em uma posio de liderana e significativas vitrias no plano externo, por outro lado, no refletiu a mesma preocupao na criao de capacidades internas para a efetiva implementao desses avanos.
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Esta pesquisa, que se insere no mbito dos estudos de Terminologia, visa contribuir para a descrio da linguagem mdica sobre AIDS. Para tanto, examina a incidncia de expresses potencialmente metafricas em textos da Revista da Associao Mdica Brasileira que cobrem o perodo de 1984 a 2002. Esses textos perfazem um corpus de 57.842 palavras. Na reviso da literatura, feito um panorama da trajetria dos estudos de metfora, desde a viso mais tradicional at as vertentes mais recentes, como a da cognio. Em seguida, apresentada a insero do tema metfora no mbito dos estudos de Terminologia e de outros estudos dedicados a textos tcnico-cientficos. A partir da reviso da literatura, estabelecido um conceito referencial de expresso potencialmente metafrica (EPM) que um enunciado com apresentao sintagmtica formado por pelo menos um termo mais uma palavra lexical (substantivo, adjetivo, verbo) ou uma locuo (verbal, adjetival). considerado potencialmente metafrico o contexto de ocorrncia de um termo combinado com palavra(s) ou locuo que estabelecer entre si uma distncia semntica. O ponto de partida para a observao uma lista de termos que sintetiza outras duas listas de palavras-chave relacionadas AIDS. Uma delas foi composta a partir dos unitermos indicados no prprio corpus; a outra lista corresponde nominata de um glossrio sobre AIDS feito pelo Ministrio da Sade do Brasil. A fuso dessas duas listas fornece um conjunto de 113 termos. Com a ferramenta Wordlist do programa Wordsmith Tools, so arrolados todos os contextos de ocorrncia desses termos, sendo que cada contexto est limitado a um perodo de ocorrncia. So examinados, assim, 2.578 perodos. A partir desses perodos, so identificados 87 padres de EPMs. A pesquisa conclui que o tipo de EPM de maior ocorrncia o de personificao, tendo predominado um efeito de sentido de poder e capacidade associado terminologia. Ao final do trabalho, so tecidas algumas consideraes sobre um efeito estigmatizante atribudo por alguns autores funcionalidade da metfora no texto sobre AIDS, efeito que poderia gerar resultados negativos para polticas de sade pblica relacionadas doena, alm de acentuar dificuldades para o prprio paciente de AIDS.
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consenso na anlise antitruste que o ato de concentrao de empresas com participao significativa deve sofrer averiguaes quanto a sua aprovao em decorrncia dos efeitos prejudiciais que pode gerar sobre a concorrncia na indstria. Concorrncia sempre desejvel por favorecer melhores nveis de bem-estar econmico. luz das investigaes econmicas que os sistemas de defesa da concorrncia realizam, este trabalho analisa as mensuraes da simulao de efeitos unilaterais de concentraes horizontais. As avaliaes realizadas testam a utilizao do modelo PC-AIDS (Proportionaly Calibrated AIDS), de Epstein e Rubinfeld (2002). Dentre algumas concluses que se extraem do uso do modelo temos que: (i) em mercados com baixa concentrao econmica, o modelo avaliado para um intervalo da vizinhana da elasticidade-preo prpria estimada, traz mensuraes robustas, e (ii) para mercados com alta concentrao econmica uma ateno maior deve ser dada correspondncia dos valores calibrados e estimados das elasticidades-preos prprias, para que no ocorra sub ou superestimao dos efeitos unilaterais do ato de concentrao. Esse resultado avaliado no caso Nestl/Garoto.
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This paper studies the impact of HIV/AIDS on per capita income and education. It explores two channels from HIV/AIDS to income that have not been sufficiently stressed by the literature: the reduction of the incentives to study due to shorter expected longevity and the reduction of productivity of experienced workers. In the model individuals live for three periods, may get infected in the second period and with some probability die of Aids before reaching the third period of their life. Parents care for the welfare of the future generations so that they will maximize lifetime utility of their dynasty. The simulations predict that the most affected countries in Sub-Saharan Africa will be in the future, on average, thirty percent poorer than they would be without AIDS. Schooling will decline in some cases by forty percent. These figures are dramatically reduced with widespread medical treatment, as it increases the survival probability and productivity of infected individuals.
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This paper studies the long-run impact of HIV/AIDS on per capita income and education. We introduce a channel from HIV/AIDS to long-run income that has been overlooked by the literature, the reduction of the incentives to study due to shorter expected longevity. We work with a continuous time overlapping generations mo deI in which life cycle features of savings and education decision play key roles. The simulations predict that the most affected countries in Sub-Saharan Africa will be in the future, on average, a quarter poorer than they would be without AIDS, due only to the direct (human capital reduction) and indirect (decline in savings and investment) effects of life-expectancy reductions. Schooling will decline on average by half. These findings are well above previous results in the literature and indicate that, as pessimistic as they may be, at least in economic terms the worst could be yet to come.
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O jornalismo, entendido como construtor de sentidos sobre a realidade, um discurso que deve representar a diversidade de pensamento da sociedade contempornea. Nesta pesquisa, buscamos responder se os jornais O Globo e Folha de S. Paulo, principais jornais de referncia no Brasil, tratam de forma equilibrada a pluralidade de vozes para falar sobre o tema da Aids. Usando conceitos da Anlise de Contedo e Anlise do Discurso, realizamos um mapeamento dos temas abordados nos textos e, na seqncia, das fontes de informao, verificando os movimentos de dominncia e silenciamento dos diferentes grupos. Foram analisados 310 textos jornalsticos sobre HIV/Aids, o total publicado nesses dois jornais no ano de 2004. Verificamos que a Aids foi tratada, na maioria das vezes, como uma questo grave de sade pblica que deve ser combatida pelos pases desenvolvidos. Mesmo com o domnio de fontes oficiais, atravs do conceito de enunciador identificamos que as vozes dominantes foram as que cobraram aes dos governos na luta contra a Aids. Registramos o cruzamento de enunciadores nos textos, o que caracterizou a pluralidade de vozes; contudo, a fala das pessoas vivendo com HIV/Aids praticamente no esteve presente nos jornais pesquisados. Desta forma, no houve um equilbrio nas vozes em textos sobre HIV/Aids.
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Introduo: A histoplasmose uma infeco geralmente subclnica e autolimitada em pacientes imunocompetentes. A maioria dos pacientes com HIV apresenta a forma disseminada da doena, considerada definidora de aids. As manifestaes cutneo-mucosas da histoplasmose so variadas, dificultando o diagnstico. Mtodos: Estudo retrospectivo de 24 pacientes com diagnstico de histoplasmose, avaliados no servio de Dermatologia do Hospital de Clnicas de Porto Alegre, de 2000 a 2003 e, prospectivamente, mais 12 pacientes, atendidos em 2004 e 2005. A anlise considerou dados epidemiolgicos e demogrficos, bem como os parmetros clnicos, distribuio e morfologia das leses, contagem de clulas CD4+, terapia da micose e antirretroviral e se a doena foi a definidora de aids. Resultados: Vinte e seis (72%) doentes eram homens. A idade mdia foi 34 anos (17-58) e 16 pacientes (49%) tiveram seus diagnsticos realizados de dezembro a maro, no vero. A histoplasmose foi confirmada por bipsia cutnea em 33 casos e por cultura em 23 deles. Onze pacientes recebiam antirretrovirais no momento do diagnstico e a sua contagem de clulas CD4+ variou de 2 a 103 (mdia 29 clulas/mm). No houve diferenas significativas em relao a sexo, idade, mtodo diagnstico e uso de antirretrovirais entre a amostra retrospectiva e prospectiva. O nmero mdio de leses foi 2,7, variando de 1 a 7 tipos diferentes em um mesmo paciente. Ppulas com crosta e eroso/lcera de mucosa foram as mais frequentes, em 64% e 58% dos pacientes, respectivamente. Uma distribuio difusa foi a mais comum, em mais de 58% dos casos. Houve uma associao significativa entre a contagem de clulas CD4+ e a variabilidade morfolgica de leses por paciente, sendo que um menor polimorfismo de leses est associado a contagens mais baixas de clulas CD4+. Concluso: A familiaridade com as manifestaes dermatolgicas da histoplasmose importante para uma maior suspeio tanto da doena, quanto do prprio HIV. Ppulas com crostas difusas e eroso/lcera de mucosa, no vero, em pacientes com aids e contagem de clulas CD4+ menor do que 50 clulas/ mm so achados muito sugestivos de histoplasmose. Porm, de suma importncia a realizao de exames complementares para a excluso dos outros diagnsticos diferenciais. A maior variabilidade morfolgica das leses nos pacientes com menor comprometimento imunolgico (CD4 maior) poderia ser devido necessidade de um certo grau de imunidade na gnese das leses cutneas.
Resumo:
Introduo Este presente estudo tem em sua introduo uma reviso de literatura sobre temas pertinentes infeco por HIV. Comea pela epidemiologia, transmisso, diagnstico e estgios clnicos da doena; revisa artigos sobre qualidade de vida em pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHAs) e finaliza com uma descrio breve do desenvolvimento do instrumento WHOQOL-HIV pela Organizao Mundial da Sade. Objetivos O objetivo principal deste estudo (1) medir a qualidade de vida em indivduos soropositivos brasileiros usando o World Health Organization Quality of Life instrument HIV/AIDS module (WHOQOL-HIV) - verso com 128 itens - em uma amostra brasileira e avaliar as propriedades psicomtricas deste instrumento. Os objetivos secundrios so: (2) avaliar a relao entre depresso, ansiedade e qualidade de vida - dados empricos indicam que sintomas mentais podem interferir na qualidade de vida de PVHAs - e (3) avaliar o desempenho de um dos instrumentos genricos mais usados para avaliar qualidade de vida em PVHAs, o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), comparando-o com outro instrumento genrico, o WHOQOL-100. Mtodos Em Porto Alegre/RS, foi avaliada a qualidade de vida de pessoas que vivem com PVHIV usando o WHOQOL-HIV e o SF-36 em uma amostra selecionada por convenincia de 308 homens e mulheres infectados pelo HIV em diferentes estgios da infeco: assintomticos (n=131), sintomticos (n=91) e AIDS (n=86). Foram estudadas as propriedades psicomtricas do WHOQOL-HIV: confiabilidade, consistncia interna e as validades de construto, discriminante e concorrente. Foram medidos tambm os sintomas de depresso pelo Inventrio de Beck para Depresso (Beck Depression Inventory, BDI) e os sintomas de ansiedade pelo Inventrio de Ansiedade Trao-Estado (IDATE). As caractersticas sociodemogrficas da amostra tambm foram analisadas. Resultados e Concluses Os resultados deste estudo so apresentados na forma de 3 artigos. No primeiro deles, observou-se desempenho satisfatrio do WHOQOL-HIV em relao s propriedades psicomtricas. A confiabilidade foi medida pelo alfa de Cronbach, o qual revelou valores acima de 0,70 em 27 das 31 facetas do WHOQOL-HIV, variando entre 0,32 e 0,65 nas demais; a validade discriminante foi evidenciada com o instrumento identificando piores escores de qualidade de vida para a fase AIDS em todos os domnios; a validade concorrente foi analisada atravs da correlao dos domnios do WHOQOLHIV com Qualidade de Vida Geral (uma faceta do prprio WHOQOL-HIV), sendo que todos os coeficientes de correlao de Pearson foram superiores a 0,50 (p<0,01). Concluise que o WHOQOL-HIV discriminou bem a qualidade de vida entre os estgios da infeco do HIV na direo esperada e demonstrou confiabilidade e validade concorrente satisfatrias nesta amostra de brasileiros HIV-positivos. Este instrumento parece ser til para detectar aspectos subjetivos da vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS. No segundo artigo, o objeto de estudo foi a relao entre qualidade de vida em PVHIV e os sintomas de depresso e ansiedade. No houve diferenas significativas quanto presena de ansiedade entre as fases da infeco, entretanto, houve maiores escores de depresso no estgio AIDS quando comparado com os assintomticos e sintomticos. Na correlao do BDI com os domnios do WHOQOL-HIV, os valores dos coeficientes de Pearson foram superiores a 0,30 (magnitude moderada a muito grande, pela escala de Magnitude de Efeito), enquanto a sub-escala IDATE-Trao apresentou coeficientes de valores mais baixos (magnitudes pequena a moderada) quando correlacionada com os domnios do WHOQOL-HIV. Ajustando para estgios da doena, variveis clnicas e variveis sociodemogrficas em um modelo de regresso linear mltipla, o BDI apresentou valores de coeficiente beta expressivamente maiores que todas as demais variveis. Os dados deste trabalho indicam que a qualidade de vida de PVHAs afetada por outras variveis que no apenas os estgio da doena, principalmente a depresso. Finalmente, no terceiro artigo, apresentada a comparao entre o WHOQOL-HIV e o SF-36. Tanto o WHOQOL-100 como o SF-36 discriminaram bem a qualidade de vida entre os estgios da infeco na direo esperada: na comparao com os estgios assintomtico e sintomtico, o estgio AIDS apresentou escores significativamente inferiores. Isto s no aconteceu em dois domnios do WHOQOL-HIV, Meio Ambiente e Espiritualidade, os quais discriminaram apenas entre os pacientes com AIDS e sintomticos. Estes domnios provavelmente no tenham uma relao linear com a evoluo da doena. Como estes domnios so os domnios que se distanciam mais em seu construto do conceito de funcionamento e incapacitao talvez explique a menor sensibilidade em captar diferenas entre os diferentes estgios da doena. J os domnios do SF-36, uma medida que tem uma nfase em todos os seus domnios no status funcional parece ter captado com mais sensibilidade estas diferenas. Nas correlaes com BDI ambos apresentaram coeficientes de Pearson com valores de magnitude moderada a grande; j com a sub-escala IDATE-Trao as correlaes dos dois instrumentos foram de magnitudes menores, variando de pequena a moderada. Na correlao direta dos dois instrumentos entre si os oito domnios do SF-36 correlacionaram-se mais fortemente com trs domnios do WHOQOL-100 (Fsico, Psicolgico e Nvel de Independncia). Constatou-se neste estudo que o SF-36 confirma sua caracterstica de avaliar status funcional, enquanto o WHOQOL-100 demonstra ser um instrumento de qualidade de vida com construtos mais abrangentes.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
O presente estudo objetivou problematizar as prticas de preveno aids, enquanto normatizadoras de experincias, previstas nos materiais das campanhas de preveno ao HIV/aids propostas pelo Ministrio da Sade, em suas diferentes parcerias, nos anos de 2002 e 2003. Buscamos, nestas prticas, os elementos ticos presentes nas argumentaes que indicam que tipos de sujeitos se quer produzir com as reflexes e argumentaes propostas nos materiais analisados. Nesse processo, buscamos explicitar os argumentos dessas campanhas que podem levar os sujeitos a refletirem ou no sobre as questes da aids, problematizando, tambm, as diretrizes que pautam as aes de preveno nesta rea. Para isso, utilizamos como analisadores os conceitos de sade, tica e biopoltca, em Foucault, sendo o primeiro em interseco com as discusses de Canguilhem. Foi na perspectiva genealgica de Foucault que nos apoiamos para o entendimento e tratamento das informaes contidas nos materiais das campanhas, compostos por folders sobre preveno aids e site do Ministrio da Sade destinado a esse tema. A genealogia nos permitiu visualizar, desde o momento atual, como essas campanhas foram construdas, como se produzem associaes entre os diferentes significados da aids e as formas de interveno em termos de polticas pblicas, bem como de que maneira as pessoas so incitadas a reconhecerem-se como sujeitos da preveno aids. As noes de grupos de risco e de vulnerablidade aparecem como elementos importantes na produo desta genealogia, de modo a sustentarem diferentes prticas e intervenes na preveno aids. Outro aspecto importante da anlise indica que a associao entre aids e morte dificulta a preveno, enquanto a problematizao dos modos de viver a sexualidade e as condies de vida incitam uma maior reflexo sobre a aids e seus efeitos. Desta forma, podemos afirmar que as prticas de preveno produzem-se num campo de (im)possibilidades, onde alguns elementos favorecem a discusso e a prtica da preveno, enquanto outros dificultam a abordagem do tema e acabam por no produzir efetivamente prticas de preveno.
Resumo:
Resumo no disponvel