730 resultados para Narrador no confiable


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Apresentando reflexões iniciais sobre o romance autobiográfico de Rubem Fonseca, procuro mostrar que o significado desse romance pode ser entendido como a construção de Rubem Fonseca como “obra de si mesmo”, isto é, como um escritor consagrado e prestigiado no campo literário. Deste modo, a inteligibilidade desse romance se constrói fora dele, naquilo que não é narrado. O relato focaliza o período da juventude do autor, mas indícios no texto asseguram as funções referenciais pelo nome e assinatura do autor/narrador/personagem, permanecendo como forças legitimadoras. Para isto, considerando as relações entre autobiografia e romance autobiográfico, exponho o pacto biográfico e o pacto de leitura estabelecidos. Depois apresento as ambigüidades do romance autobiográfico pela sobreposição de diferentes tempos e pelo jogo de vozes narrativos. Por último, mostro as condições de possibilidade da construção da identidade autoral e do espaço biográfico de Rubem Fonseca no romance.

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O presente trabalho pretende lançar luzes sobre  as mulheres especiais estão na criação romanesca machadiana, pois não faltam as mulheres dissimuladas nem as mulheres ambíguas, nem sensuais e muito menos as astuciosas. Elas não têm a fragilidade da mulher romântica, nem a desenvoltura da mulher contemporânea. Geralmente são mulheres maduras, balzaquianas, e se são jovens amadurecem muito cedo sob a lente machadiana.

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O enfoque deste trabalho literário é o de analisar a construção e o desempenho do sujeito diaspórico, dentro do contexto pós-colonial. Os eventos disponíveis na história “Uma Herança”, de V.S. Naipaul, apresentados em duas narrativas, trazem visões distintas e que se opõem, a do narrador e a da professora, resultantes do processo imperialista, especificamente em Trinidad e Tobago, no Caribe. A análise mostra que Leonard Side, um indiano, consegue sobreviver e impor seu discurso em uma sociedade dividida: uma que o marginaliza como homem de pele escura e de cultura inferior àquela dominante; outra que o valoriza. O hibridismo observado a partir do comportamento dessa personagem realiza-se em uma busca diária e constante de significados, visto como abertura para outras culturas e para outros valores. Conclui-se, que apesar da destruição e dos resultados negativos, como o rompimento de culturas, de religiões, de etnias, o colonialismo produziu, através das diásporas, relacionamentos humanos e culturais de horizontes diferenciados para a humanidade.      

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Para Benjamin (1992), a tessitura do texto literário se dá num processo minucioso e intencional, em que o narrador atua como o artesão, modela e indica os significados por meio dos arranjos linguísticos realizados no texto para a elaboração das imagens e da dramaticidade que tais imagens podem sugerir. Partindo de tal pressuposto, este texto pretende propiciar a reflexão sobre alegoria, processo mimético e elementos do grotesco nas obras Ensaio sobre a cegueira (1998) e As intermitências da morte (2005), de José Saramago. Entende-se que, configurada como tropo de pensamento, a alegoria pode ser observada, no texto literário, a partir do estudo dos signos presentes, que permitem a transfiguração para signos ausentes, conforme Hansen (2006), responsáveis por ampliar a significação. Além disso, no que se refere ao estudo da mimese e do grotesco — como elementos que atuam na construção alegórica —, será investigado, respectivamente, o universo teórico da mimese — tomando como referência os textos Livro X da República, de Platão, Arte Poética, de Aristóteles, e “Representação social e mimesis”, de Luiz Costa Lima —, procurando, ao considerar a tradição crítica, verificar de que maneira as figuras miméticas são empregadas nas obras em análise; e será estudado o grotesco como elemento que pode enriquecer o processo alegórico, pois, caracterizado como contraste, na perspectiva de V. Hugo (2004), o grotesco destoa do belo, da voz oficial, aludindo para o que não deve, ou não pode, ser mostrado. 

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Buscamos, nesse artigo, fazer uma leitura sistematizada das propostas teóricas brincantes colocadas pelo texto “A bicharada novidadeira”, história escrita no livro intitulado Muitos dedos: enredos, de autoria de Francisco Marques (Chico dos Bonecos), um educador e artista mineiro. Obedecendo as sugestões teóricas da história, deteremos nosso olhar sobre a história como jogo de que participam narrador e público (ou ouvinte, ou leitor), ou como resposta mítico-oracular ao sentir intrigante do mundo, ou ainda como enigma cuja resposta pertence aos iniciados na língua secreta, palavra poética. Procuramos ter sempre em vista, nessa análise, a complexa relação entre narrador e espectadores, mediada por suportes como o CD e o livro ou imediata na contação da história ao vivo.

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This paper presents the book Manhã do Brasil by Luis Alberto Brandão and discuss the theoretical points of the literary space, the author and the metanarrative. The issue concerning metanarrative becomes outstanding, since the author uses the space wherethe narrator is to discuss formal aspects of self-reference, suspension of disbelief and iconical issues of national literature.

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RESUMO: Em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, há uma ligação intensa entre poesia e pensamento. Pretendemos com o presente texto especular, então, em torno dessa aproximação entre a poesia e o pensamento na obra do autor, partindo da narrativa do personagem e narrador Riobaldo. A linguagem como expressão do pensamento e da poesia é na obra de Guimarães Rosa, antes de tudo, saga, isto é, linguagem que mostra, que faz aparecer o real sem que, no entanto, se comunique nada a respeito desse mesmo real. Desta forma, a linguagem é o que em Grande sertão: veredas faz exceder a realidade para além de seus contornos, de suas margens.

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No romance, Capitu faz referência a uma construção social quetem a ver com a distinção masculino/feminino, colocando a mulher numa posição de inferioridade e veiculando uma imagem negativa dessa mulher – adúltera. Vista pelos críticos como o motivo da ruína emocional do narrador, Capitu é um produto do discurso falocêntrico, o qual enxerga a mulher a partir de uma cultura patriarcal impregnada de valores que só a desmerecem. Propomo-nos a examinar até que ponto a mulher está sujeita a um sistema moral, de que ela participa de forma passiva, na medida em que não detém a palavra, mas ao contrário é falada.

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 This paper aims to present the results of a study on the translation of the narrative structure of the play Auto da Compadecida, by Ariano Suassuna, into the homonymous TV mini-series, directed by Guel Arraes (Globo,1999). The play has in its structure a representation within another - the auto (designation of the medieval miracle plays in the Latin Culture) is represented as part of a circus presentation, having as its narrator a clown that, in the role of the author, presents the story, its characters and, throughout the play, interferes and interacts with the spectator (reader). Arraes, in turn, establishes a different configuration to the narrative structure of his text, once he changes the circus representation for an audiovisual one. In this perspective, the auto by Arraes presents the film The Passion of Christ within the TV mini-series O Auto da Compadecida. In general, we observe that Arraes brings to his translation the audiovisual language technology of his time, rewriting the sertanejo’s beliefs from the mass media point of view. Within this study, we propose reflections on the adaptation process as a translation act and also on the intertextuality between genres deriving from this intersemiotic process.    KEY WORDS: Intersemiotic Translation; Literature; TV mini-series. 

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Este artigo apresenta uma análise do fenômeno do hibridismo no romance A Terra do Fogo (2001), da escritora argentina Sylvia Iparraguirre (1947-). Este romance descreve a história por meio da percepção de John William Guevara, personagem e narrador mestiço, filho de mãe crioula argentina e de pai inglês, que relata a trajetória do iamana, Jemmy Button, personagem principal. Trata-se de uma tentativa de identificar, nessa obra literária, alguns elementos que caracterizam o hibridismo cultural, analisando-os a partir dos referenciais teóricos dos estudos históricos e sociológicos. Dentre os temas de estudo da linguagem literária e das interpretações sociológicas no romance A Terra do Fogo, destacam-se a história da colonização da América e o processo de hibridização, pelo qual o romance se constitui. Considerando a necessidade de narrar uma nova versão dessa história, Iparraguirre, em A Terra do Fogo, apresenta a dupla face da Patagônia no século XIX. De um lado, a extensão austral da região, ligada ao mapa da nação; de outro, o seu território, desligado do poder político e administrativo da Confederação Argentina, o que possibilitava que o império britânico tomasse posse desse espaço, sendo assim reconhecido como um agente que inaugura a região. A mistura cultural gerada pelo povo nativo e os recém chegados sugere o se entende como cultura hibrida. Nessa direção, as manifestações culturais oriundas dessa mistura são, contemporaneamente, denominadas também hibridas e nelas inclui-se a literatura.  A leitura da obra A Terra do Fogo possibilitou refletir sobre o processo de colonização, a partir do olhar do subalterno, apresentando, ao mesmo tempo, duas culturas que se entrecruzam, a dos nativos da Patagônia e a dos ingleses, decorrendo desse entrecruzamento uma cultura hibrida.

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Este artigo analisa as personagens presentes no conto “Noite dealmirante”, de Machado de Assis, apresentando um narrador que detém seu olhar nos sujeitos de um mundo em que a tônica é a pobreza. Nesse conto cujo enredo aborda uma espécie de adultério entre pobres, a ironia machadiana apresenta a história da paixão ambígua entre o marujo Deolindoe Genoveva, que firma entre si uma promessa de fidelidade, quebrada, todavia, pela mentira e pela dissimulação de ambas as partes (também uma maneira de mascarar a instabilidade da condição socioeconômica de ambos), haja vista que o marinheiro oculta aos amigos seu desencontro amoroso com Genoveva, bem como esta assume o não cumprimento da palavra empenhada, pois, diante da dúvida do sucesso do relacionamento com o marinheiro, passara a viver com outro homem, reflexo das injunções econômicas às quais muitas das mulheres pobres e comprometidas da época estavam sujeitas, isto é, diante da incerteza de haver uma relação futura pautada pela estabilidade, muitas optavam por unir-se a outro homem, o qual pudesse pelo menos oferecer certa segurança econômica e mesmo amorosa.

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This article aims to analyze the book Bufo & Spallanzani (1985), of the Brazilian writer Ruben Fonseca, in order to observe how it approaches and/or departs from some characteristics attributed to the Detective Novel, particularly in light of Tzvetan Todorov's theory. For that, this reading turns to the study of the multifaceted figure of the narrator, who is, at the same time, writer and murderer. Therefore, it aims to clarify what are the implications, aesthetic and/or otherwise, of the voice given to the killer-writer, as well as what is the role of the detective in the condiction of a secondary character.

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This article presents a reading of the novel The Brothers, by Milton Hatoum, focused on the narrator’s condition and his identity implications. Nael, the protagonist narrator, grew blended to a family of his own and random at the same time, without knowing his space amongst the group. The uncertainty of his origins have shaped a floating identity between the position of the son/grandson and the position of the employee aggregated to the group. The ambivalences of this identity are narrated searching for answers, the stabilization of Nael’s identity space. To this end, the main instrument is the memory, the only mean to resignify the past and fulfill the lack of wholeness which accompanies Nael: the wholeness is achieved with the agitation of the past, the memories and especially, the silences and the family forgetfulness. The reflections about the possible identity positions of the narrator find support in the theoretical concepts of memory and identity from a sociological and anthropological perspective. Key words: memory; identity; The Brothers.

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Este artigo visa – seguindo-se um viés de análise e um referencial teórico preponderantemente sociológicos – tecer algumas considerações acerca da visão que pairava sobre a infância e sobre os filhos, na sociedade patriarcal brasileira, tomando como objeto de análise o filme Abril despedaçado, dirigido por Walter Salles, e as obras literárias Infância e Vidas secas, de Graciliano Ramos. O fio condutor do filme parte da perspectiva infantil, pois é o Menino que conta a história de violência que permeia as relações entre sua família e a família vizinha. Também Infância – livro memorialista – é narrado sob a ótica infantil, embora o narrador seja adulto. No romance Vidas secas, os filhos do casal sertanejo protagonizam dois capítulos intermediários e nem sequer são nomeados, o que aponta para a massificação dos demais indivíduos da família em detrimento do poder do pater famílias. Evidencia-se, a partir disso, que, as três produções retratam universos sociais e familiares centrados nas arcaicas relações patriarcais, que nelas, as crianças – e também os filhos já adultos – são desconsideradas, reprimidas e até hostilizadas, com vistas à manutenção da ordem. No filme, nota-se que os pais, à luz da tradição, exercem sobre os filhos o poder de vida e de morte, ou seja, os filhos, na luta pela posse das terras, têm de responder com a própria vida, para que a honra e a autoridade patriarcais sejam mantidas soberanamente. O único momento em que os filhos ganham status e identidade é quando, ao serem mortos em nome da honra dos pais e da família, suas fotografias são entronizadas na galeria dos antepassados, recebem vela votiva, e passam a ser cultuados e sacralizados.

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Tutameia - Terceiras Estórias was published in July 1967 and it is the last book published by João Guimarães Rosa. The minimum narratives that make up the volume clash against the style presented by the author in previous works. Originally written for publication in the journal O Pulso, the 40 stories represent the capacity of the author to synthesize the fact narrated at the same the time the narrative extends the significant disposal through the words unspoken. The space unfolding narrative is the same that characterizes others works from Guimarães Rosa, populated by gangsters, cowboys, cattle herds and buritis. This article deals with the memorialist narrative strategy in “– Uai, Eu?” by Guimarães Rosa, a short story presented in Tutameia (1967). To accomplish that task, it was checked the literary criticism on the theme, highlighting considerations from Araújo (2001), Candido (2002), Coutinho (1997), Bosi (1988), Duarte (2001), Riedel (1980) and Santos (1991). As literary analysis procedure resorts on observation of the issues that make up the narrative organization of the short story, according to the narratological perspective by Gérard Genette, in Narrative discourse. The compositional details observation indicates a narrative strategy that works as an adjunct in narrator’s triparted goal: intelligence, kindness and justice. It concludes that the reformed and testimonial Jimirulino’s behaviour, represented by its own voice in narration, works as an argument in favor of the deponent that, through it, seems unable to perceive the contradictions in his own behavior at the crime time, in the past.