998 resultados para Implante Dentário. Estomatite. Periimplantite
Resumo:
As hastes bloqueadas além de permitirem estabilização rígida de fraturas, possuem vantagens biomecânicas quando comparadas a outras técnicas de imobilização, por atuar ao longo do eixo mecânico central do osso, além de preservar os conceitos de padrões biológicos de osteossíntese . O uso limitado de hastes bloqueadas em gatos se atribui ao fato da cavidade intramedular ser pequena, limitando o tamanho e diâmetro dos pinos. Relatam-se casos de 10 felinos que apresentavam fraturas fechadas simples ou múltiplas da diáfise femoral. Os animais pesavam entre 3,5 e 5 kg, o que permitiu a utilização de hastes de 4,0mm e 4,7mm de diâmetro. Para inserção da haste, adotou-se a via retrógrada ou a normógrada e foram realizados bloqueios com quatro parafusos de titânio de 2,0 mm de diâmetro. Complicações intra-operatórias não ocorreram, entretanto um animal sofreu fratura de colo femoral e fratura transversa distal ao implante, três dias após o ato cirúrgico, devido a novo trauma. Os animais foram submetidos a exames radiográficos até quatro meses após a intervenção, evidenciando-se formação de calo ósseo secundário e consolidação óssea em período de 61-89 dias. Clinicamente, ocorreu esporadicamente alteração na marcha por leve claudicação de apoio definida por escala de claudicação, entretanto os animais iniciaram o apoio adequado entre três e oito dias após o ato operatório. Complicações pósoperatórias ocorreram referentes ao animal que sofreu novo trauma, entretanto notou-se consolidação do foco primário tratado pelo implante com 61 dias e consolidação da nova fratura num período total de 150 dias do início do tratamento conservativo por penso esparadrapado e tala. Conclui-se que o uso de haste bloqueada em felinos foi adequado uma vez que houve consolidação óssea em todos os casos, com retorno precoce da função do membro, permitindo a deambulação.
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A Copaifera langsdorffii é uma leguminosa nativa do Brasil, da qual pode ser extraído um óleo, popularmente conhecido como óleo de copaíba. Este óleo é amplamente utilizado para tratamento de feridas cutâneas por ser reconhecido como antiinflamatório e cicatrizante. Apesar disso, poucas comprovações científicas do verdadeiro efeito terapêutico desta planta medicinal foram produzidas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento tópico com C. langsdorffii no processo de reparo quando um corpo estranho é o indutor da inflamação. Para isso, 60 camundongos da linhagem BALB/c foram submetidos à incisão cirúrgica linear de 1cm no dorso para realizar o implante de uma lamínula de vidro com 12mm de diâmetro no tecido subcutâneo. Quatro tratamentos para a ferida foram estabelecidos: controle (C) tratado com solução salina estéril, controle veículo (CV) tratado com óleo mineral estéril, tratamento 1 (T1) tratado com diluição (v:v) de óleo mineral estéril e óleo de C. langsdorffii, tratamento 2 (T2) tratado com óleo de C. langsdorffii puro. As avaliações foram realizadas em períodos de tempo pré-determinados (1, 3, 5, 7 e 14 dias). Era possível perceber características da fase proliferativa como a reepitelização, a presença de fibroblastos e a neovascularização, porém os grupos tratados com o óleo (T1 e T2) não apresentavam reepitelização aos três dias. Esses grupos aos 5 e 7 dias apresentavam no exame macroscópico maior intensidade de edema, hiperemia e permanência de crostas. Na microscopia, a reepitelização ainda não estava completa e a crosta era serocelular. Nos grupos C e CV, apesar de discreta, era predominante a presença de mononucleares, enquanto nos grupos T1 e T2 o infiltrado inflamatório era misto e com maior intensidade que nos outros grupos. Quatorze dias depois da incisão cirúrgica, os aspectos macroscópicos dos grupos C e CV eram semelhantes e os grupos T1 e T2, apesar de a ferida estar completamente fechada e sem crostas, a pele desses animais estava espessada e na derme do grupo T2 parecia ter fibrose mais acentuada do que nos outros grupos. Esses resultados demonstraram que o tratamento tópico com óleo de C. langsdorffii prejudicou o processo de reparação normal de ferida na presença de corpo estranho.
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Os mecanismos biológicos desenvolvidos para aumentar a qualidade da regeneração óssea e da reparação tecidual de sítios periodontais específicos continuam a ser um desafio e têm sido complementado pela capacidade de adesão celular do colágeno do tipo I, promovida por um peptídeo sintético de adesão celular (P-15), associado a uma matriz inorgânica de osso (MIO) para formar MIO/P-15. O objetivo deste estudo foi avaliar a perda do nível clínico de inserção e a resposta da bolsa periodontal em dentes após 3 e 6 meses da aplicação de enxerto com MIO/P-15. Vinte e um cães do Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo foram anestesiados para realização de tratamento periodontal e 132 faces dentais com perda de nível clínico de inserção foram tratadas, sendo que 36,4% (48 faces) receberam o peptídeo de adesão celular e 63,6% (84 faces) compuseram o grupo controle que recebeu tratamento convencional (retalho muco-gengival e aplainamento radicular). O procedimento foi documentado através de radiografia intra-oral e todas as sondagens de bolsas periodontais foram fotografadas. Depois de 3 e de 6 meses, os animais foram re-anestesiados a fim de se obter novas avaliações, radiografias, fotografias e sondagens periodontais. As 48 faces com perda de nível clínico de inserção que receberam material de enxertia apresentaram taxa de 40% de recuperação do nível clínico de inserção após 6 meses. O grupo controle de faces dentais não apresentou alteração do nível clínico de inserção. A face palatina foi a que apresentou melhor taxa de regeneração (40%) e os dentes caninos e molares mostraram as melhores respostas (57,14% e 65%, respectivamente). Não houve sinais de infecção pós-cirúrgica relacionadas à falta de higienização oral dos animais. Pode-se concluir que o MIO/P-15 auxilia na regeneração e re-aderência das estruturas periodontais, incluindo osso alveolar. Sua aplicação mostrou-se fácil e prática e a incidência de complicações pós-cirúrgicas foi baixa. Ainda assim, mais estudos e pesquisas são necessários para que se avalie a quantidade e a qualidade do osso e do ligamento periodontal formados.
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O objetivo deste experimento foi isolar a musculatura epaxial da medula espinhal de cães submetidos à laminectomia dorsal modificada (LDM) e averiguar se os músculos influenciaram na formação da fibrose epidural, na compressão medular e no aparecimento dos sinais neurológicos. Para isso, dez cães hígidos foram submetidos à LDM entre as vértebras T13 e L1 e distribuídos aleatoriamente em dois grupos denominados controle (I) onde a medula espinhal permaneceu exposta sem a presença de implante, e tratado (II)onde foi colocado um im-plante a base de alumínio entre a musculatura epaxial adjacente e a medula espinhal exposta pela LDM. As avaliações constaram de exames neurológicos diários até 180 dias de pós-operatório (PO); mielografia, decorridos 15, 30 e 60 dias de PO; e avaliação macroscópica mediante a reintervenção cirúrgica. Não houve diferença durante as avaliações neurológicas. Aos 15 dias de PO, foi verificado na mielografia, que o grau de compressão da linha de contraste foi maior no grupo tratado (P<0,05) quando comparado ao grupo controle, não havendo diferença dos demais tempos estudados. Na avaliação macroscópica, pode-se observar que no Grupo II, a musculatura epaxial adjacente à medula espinhal não estava em contato com a fibrose epidural, diferentemente do grupo controle. O implante pôde ser removido facilmente e apresentava discreto grau de deformidade crânio-dorsal. Pode-se concluir que a musculatura epaxial adjacente é isolada da medula espinhal pelo implante à base de alumínio em cães submetidos à LDM, e esta não influencia na formação da fibrose epidural, compressão medular e no aparecimento dos sinais neurológicos.
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A maioria das doenças dos animais de natureza e cativeiro encontra-se associada à proximidade humana, que resulta da fragmentação e degradação do habitat destes animais, no isolamento das espécies e no contato mais próximo entre estes e animais domésticos e o homem. Foram estudados os sincrânios de 104 mãos-peladas (Procyon cancrivorus) por meio de avaliação direta, preenchimento de ficha odontológica veterinária e documentação fotográfica, que relataram anormalidades encontradas, as quais foram classificadas e contabilizadas para fins estatísticos. Os achados deste trabalho aludem que os animais de cativeiro foram mais acometidos com as lesões relacionadas à doença periodontal, como cálculo, reabsorção óssea alveolar, deiscência, fenestração, exposição de furca, além de maloclusão, apinhamento dentário e os níveis mais graves de desgaste dentário. Os animais de vida livre apresentaram mais altos índices de fraturas, perdas dentárias ante-morte e escurecimento dentário, que caracterizam maior trauma dentário, durante o processo alimentar. Pretendeu-se, assim, estabelecer um parâmetro do estado de saúde oral da espécie estudada, sua frequência e se esta apresenta as mesmas enfermidades orais em vida livre e em cativeiro, relacionando a prevalência de afecções orais com características da ecologia da espécie.
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Os traumas que resultam em fraturas ósseas, principalmente as cominutivas, têm uma importância muito grande na rotina clínico-cirúrgica veterinária e humana. Foi realizada falha segmentar de 6mm na região metafisária medial da tíbia esquerda de 12 coelhos, a qual foi preenchida com implante constituído de matriz óssea mineralizada heteróloga fragmentada e metilmetacrilato, preservados em glicerina (98%) para a sua reconstrução. Foi realizada avaliação morfológica e radiológica aos 30, 60, 90 e 120 dias e observou-se a incorporação do implante ao leito receptor, em 100% dos casos, mostrando ser biologicamente compatível, pois promoveu a reparação das falhas ósseas, sem sinais de infecção, migração e/ou rejeição, sendo uma opção de substituto para preencher defeitos ósseos.
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Os cachorros-do-mato (Cerdocyon thous Linnaeus, 1766) são animais amplamente encontrados em países da América do Sul. Apesar de não ser uma espécie ameaçada de extinção, é possível que muitas populações sofram impactos decorrentes de atropelamentos de indivíduos nas rodovias do país, pois, trata-se de uma das espécies de carnívoros com elevada ocorrência de mortes deste tipo. Foram avaliados 32 sincrânios de C. thous, oriundos de vida livre, armazenados na coleção osteológica do Laboratório de Anatomia Veterinária da Universidade Vila Velha (Vila Velha/ES), a fim de diagnosticar doenças que acometeram estes indivíduos enquanto vivos. As lesões macroscópicas identificadas foram: apinhamento dentário, ausência dentária, cálculo dentário, dentina terciária, desgaste, escurecimento dentário, exposição de polpa, fenestração óssea, fratura dentária, fratura de esmalte, giroversão, pigmentação e reabsorção da crista alveolar. Os achados mais comumente observados foram: ausência dentária, desgaste dentário e fratura dentária. Ausências dentárias anteriores à morte, alterações ósseas, cálculos dentários, apinhamento e giroversão aparentemente não causaram quaisquer prejuízos aos animais enquanto vivos.
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Este estudo teve como finalidade comparar a morfologia e propriedades físicas da estrutura do esmalte dos dentes bovinos, bubalinos e humanos. A análise deste tecido foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura, composição mineral, microdureza e rugosidade superficial do esmalte em 41 incisivos bubalinos (Bos taurus indicus), 41 incisivos bovinos (Pelorovis antiques) e 30 incisivos permanentes de humanos. Os resultados mostraram que a ultraestrutura do esmalte revela uma significativa similaridade das espécies estudadas com a encontrada em amostras humanas. No esmalte bovino e bubalino os elementos químicos que apresentaram maior concentração foram: O, Ca e P, justamente os que formam os cristais de hidroxiapatita - Ca10(PO4)6(OH)2. Na microdureza Knoop não houve diferença estatisticamente significante entre as três espécies. Porém, a rugosidade superficial do esmalte bubalino (2,16µm ±0,23) foi significativamente maior quando comparada aos dentes humano (0,36µm ±0,05) e bovino (0,41µm ±0,07). Conclui-se que as características e propriedades do esmalte bovino e bubalino, por meio de análises e testes, apresentou uma morfologia semelhante à de humanos, arquitetura ultraestrutural similar, microdureza e composição mineral equivalente ao tecido dental humano, tornando-se modelos de referência para pesquisas.
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Resumo: Com o objetivo de determinar a epidemiologia e as características morfológicas, incluindo a localização anatômica, das lesões extrarrenais de uremia, bem como determinar as principais lesões do sistema urinário associadas à ocorrência de uremia, foram revisados os protocolos de necropsias de cães realizadas no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria de janeiro de 1996 a dezembro de 2012 (17 anos). Nesse período foram necropsiados 4.201 cães, sendo que 161 (3,8%) apresentaram lesões extrarrenais de uremia. Em 134 cães (83,2%) foram descritos sinais clínicos associados à uremia. As lesões extrarrenais mais frequentes, em ordem decrescente, foram: gastrite ulcerativa e hemorrágica (56,5%), mineralização de tecidos moles (55,9%), edema pulmonar (47,2%), estomatite e/ou glossite ulcerativa (30,4%), endocardite/trombose atrial e aórtica (28,6%), hiperplasia das paratireoides (9,3%), osteodistrofia fibrosa (8,1%), anemia (6,2%), laringite ulcerativa (5%), enterite ulcerativa/hemorrágica (3,7%), esofagite fibrinonecrótica (1,9%) e pericardite fibrinosa (1.9%). Na maioria dos casos as lesões extrarrenais de uremia foram decorrentes de azotemia prolongada por lesões renais graves, sendo as mais prevalentes a nefrite intersticial e a glomerulonefrite.
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Fístula arteriovenosa (FAV) é uma rara complicação pós-nefrolitotripsia percutânea (NLP). Apresentamos o caso de um paciente de 70 anos, sexo masculino, que apresentou sangramento maciço após NLP, tratado por angioembolização renal superseletiva com implante de stent. Após a embolização, houve resolução do sangramento. FAV é uma complicação incomum da NLP, que pode ser tratada com sucesso com angioembolização.
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INTRODUÇÃO: Peritonite é a principal complicação relacionada com a diálise peritoneal (DP). OBJETIVO: Avaliar possíveis preditores para o seu desenvolvimento em pacientes em programa crônico na modalidade. MÉTODO: Realizou-se estudo de coorte retrospectivo em 330 pacientes (média de idade 53 ± 19 anos) em programa de DP na Clínica de Nefrologia de Sergipe (Clinese), em Aracaju/ SE, Brasil, entre 1.º de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2007. Variáveis sociodemográficas e clínicas foram avaliadas comparativamente entre pacientes que apresentaram (141% - 42,7%) ou não (189% - 57,3%) peritonite. Na análise estatística, utilizaramse teste t de Student, qui-quadrado e modelo de regressão com múltiplas variáveis. RESULTADOS : Ocorreu um episódio de peritoniteacada28,4pacientes/mês(0,42episódio/ paciente/ano). O Staphylococcus aureus foi o agente etiológico mais frequente (27,8%). Não se utilizava antibioticoterapia profilática e 136 pacientes (41,2%) haviam apresentado previamente infecção de sítio de saída do cateter peritoneal (ISSCP). Identificou-se maior risco de peritonite nos pacientes com albuminemia < 3,0 g/dL no início do tratamento [risco relativo (RR) = 2,0; intervalo de confiança (IC) de 95% = 1,21 - 3,43; p < 0,01], escolaridade < 4 anos (RR = 2,15; IC = 1,09 - 4,24; p = 0,03) e com histórico de ISSCP (RR = 2,63; IC = 1,57 - 4,41; p < 0,01). Não houve diferença significante entre os grupos no tocante a gênero, idade, renda familiar, procedência, presença ou não de diabetes, forma de início do tratamento (se eletiva ou emergencial), tipo de cateter e tipo de implante. CONCLUSÕES: Hipoalbuminemia, menor escolaridade e ISSCP mostraram-se como fatores preditores independentes de peritonite. Embora os índices de peritonite observados sigam os padrões internacionais, recomendam-se estratégias profiláticas para ISSCP.
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A doença renal crônica (DRC) é uma síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível da taxa de filtração glomerular. A DRC pode apresentar várias manifestações bucais, como xerostomia, estomatite urêmica e periodontite, diagnosticada por meio da perda de inserção clínica (PIC). Foram avaliados 92 indivíduos em tratamento de hemodiálise na Clínica de Hemodiálise Prontorim, na cidade de Fortaleza, Ceará. O exame periodontal foi realizado por meio da mensuração da PIC e apenas 34 pacientes (37%) estavam aptos a realizar exame periodontal. A perda de inserção por indivíduo registrada no grupo de dentados ficou entre 1,31 e 5,27 mm, com média de 2,30 ± 0,96 mm. Dezoito pacientes (52,9%) apresentaram PIC menor que 2 mm, enquanto 16 (47,1%) mostraram-se portadores de periodontite. A perda dentária e a presença de considerável perda de inserção foram observadas neste estudo. Contudo, fatores como status social devem ser considerados em futuras investigações.
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L'utilisation des méthodes formelles est de plus en plus courante dans le développement logiciel, et les systèmes de types sont la méthode formelle qui a le plus de succès. L'avancement des méthodes formelles présente de nouveaux défis, ainsi que de nouvelles opportunités. L'un des défis est d'assurer qu'un compilateur préserve la sémantique des programmes, de sorte que les propriétés que l'on garantit à propos de son code source s'appliquent également au code exécutable. Cette thèse présente un compilateur qui traduit un langage fonctionnel d'ordre supérieur avec polymorphisme vers un langage assembleur typé, dont la propriété principale est que la préservation des types est vérifiée de manière automatisée, à l'aide d'annotations de types sur le code du compilateur. Notre compilateur implante les transformations de code essentielles pour un langage fonctionnel d'ordre supérieur, nommément une conversion CPS, une conversion des fermetures et une génération de code. Nous présentons les détails des représentation fortement typées des langages intermédiaires, et les contraintes qu'elles imposent sur l'implantation des transformations de code. Notre objectif est de garantir la préservation des types avec un minimum d'annotations, et sans compromettre les qualités générales de modularité et de lisibilité du code du compilateur. Cet objectif est atteint en grande partie dans le traitement des fonctionnalités de base du langage (les «types simples»), contrairement au traitement du polymorphisme qui demande encore un travail substantiel pour satisfaire la vérification de type.
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Cette thèse est dédiée à l’étude des matériaux InMnP et GaMnP fabriqués par implantation ionique et recuit thermique. Plus précisément nous avons investigué la possibilité de former par implantation ionique des matériaux homogènes (alliages) de InMnP et GaMnP contenant de 1 à 5 % atomiques de Mn qui seraient en état ferromagnétique, pour des possibles applications dans la spintronique. Dans un premier chapitre introductif nous donnons les motivations de cette recherche et faisons une revue de la littérature sur ce sujet. Le deuxième chapitre décrit les principes de l’implantation ionique, qui est la technique utilisée pour la fabrication des échantillons. Les effets de l’énergie, fluence et direction du faisceau ionique sur le profil d’implantation et la formation des dommages seront mis en évidence. Aussi dans ce chapitre nous allons trouver des informations sur les substrats utilisés pour l’implantation. Les techniques expérimentales utilisées pour la caractérisation structurale, chimique et magnétique des échantillons, ainsi que leurs limitations sont présentées dans le troisième chapitre. Quelques principes théoriques du magnétisme nécessaires pour la compréhension des mesures magnétiques se retrouvent dans le chapitre 4. Le cinquième chapitre est dédié à l’étude de la morphologie et des propriétés magnétiques des substrats utilisés pour implantation et le sixième chapitre, à l’étude des échantillons implantés au Mn sans avoir subi un recuit thermique. Notamment nous allons voir dans ce chapitre que l’implantation de Mn à plus que 1016 ions/cm2 amorphise la partie implantée du matériau et le Mn implanté se dispose en profondeur sur un profil gaussien. De point de vue magnétique les atomes implantés se trouvent dans un état paramagnétique entre 5 et 300 K ayant le spin 5/2. Dans le chapitre 7 nous présentons les propriétés des échantillons recuits à basses températures. Nous allons voir que dans ces échantillons la couche implantée est polycristalline et les atomes de Mn sont toujours dans un état paramagnétique. Dans les chapitres 8 et 9, qui sont les plus volumineux, nous présentons les résultats des mesures sur les échantillons recuits à hautes températures : il s’agit d’InP et du GaP implantés au Mn, dans le chapitre 8 et d’InP co-implanté au Mn et au P, dans le chapitre 9. D’abord, dans le chapitre 8 nous allons voir que le recuit à hautes températures mène à une recristallisation épitaxiale du InMnP et du GaMnP; aussi la majorité des atomes de Mn se déplacent vers la surface à cause d’un effet de ségrégation. Dans les régions de la surface, concentrés en Mn, les mesures XRD et TEM identifient la formation de MnP et d’In cristallin. Les mesures magnétiques identifient aussi la présence de MnP ferromagnétique. De plus dans ces mesures on trouve qu’environ 60 % du Mn implanté est en état paramagnétique avec la valeur du spin réduite par rapport à celle trouvée dans les échantillons non-recuits. Dans les échantillons InP co-implantés au Mn et au P la recristallisation est seulement partielle mais l’effet de ségrégation du Mn à la surface est beaucoup réduit. Dans ce cas plus que 50 % du Mn forme des particules MnP et le restant est en état paramagnétique au spin 5/2, dilué dans la matrice de l’InP. Finalement dans le dernier chapitre, 10, nous présentons les conclusions principales auxquels nous sommes arrivés et discutons les résultats et leurs implications.
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Depuis plus de 50 ans, les chercheurs s’intéressent à la résistance au changement. Or, malgré plusieurs années de recherche, on ne sait toujours pas exactement quelles variables peuvent prédire les comportements de résistance et encore moins ceux de soutien. La présente thèse vise à pallier cette lacune en identifiant des variables pouvant expliquer à la fois les comportements de soutien et de résistance lors d’un changement organisationnel majeur. Le modèle des phases de préoccupations (Bareil 2004a) s’avère intéressant à cet effet puisqu’il intègre bien les savoirs actuels et s’adapte à différents changements. L’objectif principal de cette thèse est donc de vérifier jusqu’à quel point les comportements de soutien et de résistance peuvent être prédits par les phases de préoccupations, en tenant compte de l’engagement affectif envers le changement comme variable médiatrice et du rôle des acteurs et de l’avancement de la mise en œuvre comme variables modératrices. Pour ce faire, une étude a été menée auprès d’enseignants, de professionnels et de directeurs d’une Commission scolaire québécoise ayant implanté une réforme majeure provoquant des préoccupations d’intensité variée et des comportements divers, allant de la résistance au soutien. Les analyses acheminatoires effectuées auprès de deux échantillons indépendants (n=464 et n=171) indiquent que les premières phases du modèle (centrées sur le destinataire, l’organisation et le changement) sont liées positivement aux comportements de résistance et négativement à ceux de soutien. À l’inverse, les dernières phases (centrées sur l’expérimentation, la collaboration et l’amélioration continue) sont liées négativement aux comportements de résistance et positivement à ceux de soutien. Ainsi, plus on avance dans la séquence des phases de préoccupations, plus les comportements de soutien augmentent et ceux de résistance diminuent. Également, l’engagement affectif envers le changement agit à titre de variable médiatrice et permet d’expliquer davantage de variance des comportements de soutien et de résistance. De plus, les analyses de régression indiquent que les phases de préoccupations expliquent davantage de variance des comportements de soutien des agents de changement, alors qu’elles expliquent plus de variance des comportements de résistance des destinataires. On constate aussi que c’est au début de la mise en œuvre que les phases de préoccupations expliquent le plus de variance des comportements de soutien et de résistance. Finalement, un troisième échantillon (n=143) permet de suivre l’évolution des participants ayant répondu deux fois au questionnaire. Les tests t ne rapportent aucune différence significative entre les deux temps de mesure et ce, autant pour les phases de préoccupations que pour les comportements de soutien et de résistance. On constate que lorsque les phases de préoccupations n’évoluent pas, les comportements de soutien ou de résistance demeurent les mêmes. En somme, ces résultats indiquent qu’il est possible de prédire à la fois les comportements de soutien et de résistance avec les phases de préoccupations. En outre, on sait maintenant à quel moment et avec quel type d’acteurs le modèle des phases de préoccupations s’avère le plus utile. Afin de généraliser ces résultats, il serait pertinent de reproduire cette recherche dans une autre organisation qui implante un changement majeur.