1000 resultados para Hemostasia cirúrgica
Resumo:
Por ser um procedimento de alta complexidade, a Hemicorporectomia associada a Colostomia úmida em alça deve ser empregada como procedimento de exceção. Por ser uma medida heróica trata-se do último recurso utilizado para tratamento de doenças pélvicas localmente avançadas e sem evidências de metástases à distância. Analisamos retrospectivamente os detalhes da técnica cirúrgica utilizada em um caso de carcinoma epidermóide desenvolvido em ulcera de pressão de região sacra e os resultados da primeira Hemicorporectomia associada a colostomia úmida em alça em um único tempo.
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OBJETIVO: Analisar as possíveis complicações que a ablação hormonal cirúrgica possa causar aos pacientes a ela submetidos. Estudo transversal analítico com uma amostra de 25 pacientes, de 58 a 82 anos, portadores de câncer de próstata metastático, submetidos à orquiectomia bilateral, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008. Foi realizada avaliação por meio de questionário objetivo para aqueles que ainda encontravam-se vivos. RESULTADOS: Dos 25 pacientes avaliados, 56% encontravam-se vivos, com média de idade atual de 71 anos, tendo apresentado como complicações mais frequentes: diminuição da libido e impotência sexual (100%), fragilidade óssea (64%), problemas de memória e variações de humor (57%), fogacho e ganho de peso (50%); 86% dos entrevistados referiram estarem satisfeitos com os resultados do procedimento e afirmaram que conseguem ter uma vida cotidiana normal, com melhora significativa do quadro clínico. E quanto a tratamentos adjuvantes, apenas 36% realizaram, sendo os mais comuns, quimioterapia (36%) e radioterapia (29 %). CONCLUSÃO: A orquiectomia bilateral constitui-se em boa alternativa para pacientes portadores de câncer de próstata metastático, uma vez que foi observada satisfação da maioria dos pacientes em relação à melhora dos sintomas. As complicações apresentadas não tiveram grande impacto na vida cotidiana dos pacientes.
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OBJETIVO: Demonstrar o custo e impacto financeiro referente à primeira abordagem cirúrgica das lesões vasculares em pacientes admitidos no Hospital João XXIII/FHEMIG, entre os anos de 2004 a 2006. MéTODOS: Trata-se de um estudo com aprovação ética, retrospectivo, de coorte e descritivo realizado a partir da auditoria de contas hospitalares referentes a 70 prontuários catalogados pelo Serviço de Trauma Cardiovascular. RESULTADOS: Cinco (7,14%) prontuários foram excluídos por má qualidade técnica. O valor monetário repassado pelo Sistema Único de Saúde e pelo setor privado foram de R$ 103.614,96 (US$ 60.949,97) e de R$ 185.888,21 (US$ 109.346,0, respectivamente, implicando em defasagem potencial de 44%. Houve correlação direta entre custos e topografia anatômica das lesões e exponencial em relação às variáveis hemoderivados e próteses vasculares. CONCLUSÃO: Este estudo corrobora os altos custos do trauma vascular e fortalece a importância da auditoria de contas para as tomadas de decisões médicas.
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OBJETIVO: Avaliar o resultado do tratamento cirúrgico de pacientes obesos mórbidos pelo método da BGA, acompanhados em ambulatório multidisciplinar. MÉTODOS: Foram estudados 20 pacientes com IMC que variou de 36,6 a 72 kg/m2 (X=47,51 +/- 6,1) e idade entre 36 a 60 anos, submetidos à colocação de BGA. As comorbidades encontradas no pré-operatório foram hipertensão arterial (nove), diabetes tipo II (quatro), apneia do sono grave (um), hipertrigliceridemia (quatro) e problemas ortopédicos graves (três). No seguimento pós-operatório os pacientes foram atendidos em ambulatório multidisciplinar (cirurgião, endocrinologista, psiquiatra e nutricionista). Nos primeiros seis meses, a orientação foi de visitas mensais para ajustes da banda e orientação nutricional. Após, as visitas ocorreram a cada dois ou três meses, conforme a necessidade. RESULTADOS: O tempo cirúrgico variou de 40 a 180 minutos; o de internação de 1 a 10 dias (X = 36 horas). Duas pacientes necessitaram reintervenção cirúrgica por complicações tardias: uma rotação do portal e um deslizamento superior da banda . O tempo de seguimento variou de 28 a 36 meses. A perda de peso média foi de 29,26 kg +/- 8,8, ou 24,37% +/- 6,1 do peso inicial e 49,16% +/- 11,3 do excesso de peso. O IMC médio variou de 47,51 para 34,88. Houve melhora global das comorbidades, mais acentuada nos pacientes com maior perda de peso. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos foram satisfatórios para a maioria dos pacientes nos quesitos perda de peso e melhora das comorbidades.
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Hepatectomia pode combinar desde a captação pequeno tumor periférico para operações de grande porte como trissegmentectomia ou ressecções central. Os pacientes podem ser saudáveis, com doença hepática localizada ou cirróticos com alto risco operatório. A avaliação pré-operatória do risco de insuficiência hepática pós-operatório é fundamental para determinar o procedimento cirúrgico adequado. A natureza da doença hepática, a sua gravidade e a operação realizada devem ser considerados para correta preparação pré-operatória. A ressecção hepática deve ser avaliada em relação ao parênquima residual, especialmente em cirróticos, pacientes com hipertensão portal e grandes ressecções. O racional para a utilização de volumetria hepática é medida pelo cirurgião. Child-Pugh, MELD e retenção de verde de indocianina são medidas de avaliação da função do fígado que pode ser usado em hepatectomia pré-operatório. Extremo cuidado deve ser tomado em relação à possibilidade de complicações infecciosas com alta morbidade e mortalidade no período pós-operatório. Vários centros estão desenvolvendo a cirurgia de fígado no mundo, com diminuição do número de complicações. O desenvolvimento da técnica cirúrgica, anestesia, doenças infecciosas, oncologia, terapia intensiva, possível ressecção em pacientes considerados inoperáveis no passado, irão proporcionar melhores resultados no futuro.
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OBJETIVO: A colecistectomia laparoscópica é o tratamento de escolha para pacientes com colecistopatia calculosa, embora o manejo da coledocolitíase associada ainda permaneça assunto controverso. O presente estudo baseou-se na análise prospectiva de pacientes submetidos à colecistectomia eletiva com colangiografia peroperatória, pretendendo assim avaliar a positividade do exame contrastado das vias biliares em pacientes com colelitíase sem indicação para colangiografia. MÉTODOS: Foram incluídos, no estudo, 100 pacientes cujos parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem feitos até no máximo 10 dias antes da colecistectomia não apresentaram qualquer alteração no pré-operatório e, portanto, considerados pacientes insuspeitáveis para coledocolitíase. As colangiografias foram analisadas e examinadas pela equipe cirúrgica, pelo radiologista e pelos autores deste estudo. Os laudos foram comparados e correlacionados com achados clínicos e laboratoriais prévios dos pacientes. RESULTADOS: A incidência de coledocolitíase insuspeitável no pré-operatório foi de apenas um único caso entre 100 pacientes sem indicação para o exame (1% de positividade). CONCLUSÃO: Com base neste material, pode-se concluir que o emprego da colangiografia seletiva é segura e deve ser empregada no tratamento da colecistite calculosa.
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OBJETIVO: avaliar a morbidade e a mortalidade cirúrgica em pacientes submetidos a gastroduodenopancreatectomia (GDP) com linfadenectomia padrão e radical para adenocarcinoma de papila, analisando os fatores prognósticos com relação à sobrevida global e livre de doença. MÉTODOS: foram analisados retrospectivamente no período de 1999 a 2007, no Serviço de Cirurgia Abdômino-Pélvica do INCa-RJ, 50 casos de GDP para adenocarcinoma da papila duodenal divididos em dois grupos de acordo com a linfadenectomia (grupo A: linfadenectomia padrão e grupo B: linfadenectomia radical). RESULTADOS: A mediana de idade foi semelhante nos dois grupos, assim como a distribuição entre os sexos. Na comparação entre as linfadenectomias somente o número de linfonodos ressecados (grupo A: 12,3 e grupo B: 26,5) e o tempo operatório (grupo A: 421 e grupo B: 474) foram significativamente diferentes. Não ocorreram diferenças estatisticamente significativas nos dois grupos com relação a morbi-mortalidade operatória e tempo de internação. A sobrevida livre de doença (grupo A: 35 meses e grupo B: 51 meses) e sobrevida global (grupo A: 38 meses e grupo B: 53 meses) foi maior no grupo da linfadenectomia radical, porém não foram significantes estatisticamente. CONCLUSÃO: no presente estudo não ocorreram casos de linfonodos metastáticos para outros grupos nodais sem o acometimento linfonodal das cadeias pancreato-duodenais (13 e 17), sugerindo um padrão de disseminação linfonodal. Apesar da linfadenectomia radical apresentar taxas de sobrevida livre de doença e sobrevida global maiores esses dados não foram significativos estatisticamente. Novos estudos devem ser realizados para avaliar o real papel da linfadenectomia radical no adenocarcinoma da papila duodenal.
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OBJETIVO: Aferir complicações pós-operatórias imediatas e tardias em pacientes portadores de hérnia inguinal, submetidos à correção cirúrgica pela técnica de Gilbert1, com utilização do Sistema Prolene de Hérnia (SPH). MÉTODOS: Foram pesquisados todos os pacientes submetidos à herniorrafia inguinal com tela PHS no Hospital São Lucas da PUCRS no período de janeiro de 2001 até ourubro de 2006. As informações foram coletadas de modo retrospectivo, através de contato telefônico e revisão de prontuários. O protocolo de coleta de dados contemplou os aspectos epidemiológicos, bem como as complicações imediatas e tardias. RESULTADOS: Foram incluídos 96 pacientes. Foram identificadas seis (6,25%) complicações, em pacientes distintos; nenhuma complicação com óbito. Dois pacientes (2,08%) apresentaram seroma; hematoma foi identificado em um paciente (1,04%); um paciente (1,04%) apresentou infecção de ferida operatória. Dois pacientes (2,08%) apresentaram edema escrotal. Após seguimento médio de 49,25 meses (16-86,12) dois pacientes (2,08%) apresentaram dor crônica e um paciente (1,04%) apresentou recorrência, com vinte e seis meses de pós-operatório. CONCLUSÃO: O reparo de hérnias inguinais com tela PHS é um método seguro, eficaz, facilmente reprodutível e com baixas taxas de complicações, recorrência ou sintomas em longo prazo.
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OBJETIVO: Relatar a experiência dos autores com as manifestações clínicas e o tratamento cirúrgico em pacientes com endometrioma de parede abdominal. MÉTODOS: Análise retrospectiva das pacientes operadas por endometrioma de parede abdominal, dando ênfase aos dados relativos à idade, sintomas, cesariana prévia, relação dos sintomas com o ciclo menstrual, exames físicos e complementares, tratamento cirúrgico, evolução pós-operatória e resultado histopatológico dos espécimes. RESULTADOS: Foram operadas 14 pacientes no período estudado, com idade entre 28 e 40 anos. A presença de massa e dor local que piorava durante a menstruação foram as queixas principais. Ultrassonografia e tomografia computadorizada foram exames importantes em localizar precisamente a doença. O tratamento cirúrgico foi exérese ampla da tumoração e dos tecidos comprometidos. As pacientes evoluíram satisfatoriamente e o histopatológico confirmou a suspeita de endometrioma de parede abdominal em todos os casos. CONCLUSÃO: Foi nítida a relação entre cesariana prévia e endometrioma de parede abdominal e estudos ultrassonográficos e tomográficos auxiliaram a planejar a abordagem cirúrgica permitindo a exérese da tumoração e de todos os tecidos adjacentes comprometidos.
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OBJETIVO: Comparar a resistência cicatricial de anastomoses e de segmentos íntegros jejunais de ratos, submetidos à administração de vitamina C, em distintos períodos pós-operatórios. MÉTODOS: Foram estudados 50 ratos Wistar, submetidos a enterotomia seguida de anastomose término-terminal de segmento jejunal, a 10 cm da flexura duodenojejunal. Os animais foram distribuídos em dois grupos (n=25): Grupo I - controle; Grupo II - administração de vitamina C oral 100 mg/kg. Avaliaram-se as pressões de ruptura anastomótica e do segmento íntegro jejunal nos 3º, 5º, 7º, 21º E 28º dias do pós-peratório. RESULTADOS: Os ratos que receberam vitamina C apresentaram pressão de ruptura anastomótica maior nos 5º, 7º, e 28º dias pós-operatórios. O mesmo ocorreu com as pressões de ruptura do segmento íntegro jejunal dos ratos. CONCLUSÃO: A vitamina C aumentou a resistência das anastomoses jejunais dos ratos, tanto no pós-operatório imediato quanto no tardio. Além disso, a resistência final dos segmentos jejunais íntegros dos ratos submetidos à administração de vitamina C foi significativamente maior do que no Grupo Controle.
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A dor inguinal crônica pós-herniorrafia é uma situação preocupante, pois aproximadamente 10% dos pacientes submetidos à hernioplastia inguinal apresenta os sintomas, que com frequência limita a capacidade física. A etiopatogênese está relacionada a uma periostite do púbis (dor somática) e mais frequentemente à lesão nervosa (dor neuropática). É importante distinguir clinicamente entre os dois tipos de dor, pois o tratamento pode ser diferente. O médico deve estabelecer uma rotina diagnóstica e de tratamento, sendo que a maior parte dos pacientes necessitarão de terapêutica cirúrgica. A prevenção desta condição é de grande importância e pode levar a uma menor incidência da síndrome. Algumas medidas são fundamentais, como evitar pontos ou clipes no periósteo do púbis, usar criteriosamente as próteses e identificar os nervos da região inguinal. Esta última medida é certamente a mais importante na prevenção da dor crônica e implica em conhecimento profundo da anatomia e o uso de uma técnica aprimorada.
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OBJETIVO: Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos dos pacientes com lesão iatrogênica das vias biliares (LIVB) atendidos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) durante o período de 2005 a 2009. MÉTODOS: Realizou-se estudo retrospectivo dos prontuários dos pacientes internados no HGF diagnóstico de LIVB, obtendo-se as seguintes variáveis: sexo, idade, procedência, condições da colecistectomia, tipo de operação, sintomatologia, exames realizados, achados cirúrgicos, classificação da lesão, tratamento, complicações, tempo total de internamento e condições de alta. RESULTADOS: Foram confirmados 27 casos de LIVB. Duas lesões ocorreram durante a colecistectomia videolaparoscópica. Apenas um paciente foi diagnosticado no intra-operatório.. O sinal mais freqüente foi a icterícia pós-colecistectomia. A hepático-jejunostomia em "Y" de Roux foi a técnica cirúrgica mais empregada (85,2%). A maioria dos pacientes recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas (88,8%); no entanto, constatou-se, a elevada morbidade desta patologia, exemplificada pelos múltiplos internamentos e longa permanência hospitalar (média de 31 dias). CONCLUSÃO: A maioria das lesões ocorreu durante a colecistectomia por laparotomia, a icterícia foi o sinal mais freqüente quando da internação Verificou-se uma elevada permanência hospitalar .causada pelas complicações pós-operatórias o que poderia ser explicado pelo diagnóstico tardio ocasionando um grande retardo no tratamento neste pacientes.
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OBJETIVO: Analisar os aspectos epidemiológicos-cirúrgicos dos pacientes com câncer de vesícula biliar (CAVB) atendidos em um Hospital Universitário de Belém/PA, no período de 1999-2009. MÉTODOS: estudo observacional, retrospectivo, descritivo-analítico de fonte secundária dos pacientes com diagnóstico de CAVB, no período de 1999-2009. Foram analisados 75 prontuários, sendo 34 pacientes estudados. As informações coletadas foram utilizadas para o estadiamento tumoral TNM do CAVB e para a caracterização clínico-cirúrgica da população estudada. RESULTADOS: 79% eram do sexo feminino, com média de idade de 66,2±11 anos e tempo de sintomatologia de 10,8±17,2 meses, não obtendo relação estatística com o estadio da doença. Dor no hipocôndrio direito, náuseas e icterícia predominaram como sinais/sintomas. A litíase biliar esteve presente em 91% dos casos, sendo positiva em 100% dos pacientes com estadios I/II. A sensibilidade ultrassonográfica para sugestionar o CAVB no pré-operatório foi 14,28%. A operação mais executada foi a colecistectomia simples, tendo como achado intra-operatório predominante, invasão hepática. O adenocarcinoma foi o tipo histológico preponderante, com destaque para os estadios III e IV. CONCLUSÃO: A série estudada apresentou alta incidência de litíase biliar, o adenocarcinoma com estadio avançado foi o mais prevalente. acarretando um pequeno índice de operações com intenção curativa, 30% dos pacientes operados, e uma taxa de mortalidade de 21%. A valorização dos sintomas e a investigação precoce por exames de imagem poderiam favorecer o tratamento, em fases iniciais do CAVB, proporcionando um melhor prognóstico para os pacientes operados.
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OBJETIVO: Este estudo tem o objetivo revisar uma série de mortes por trauma em uma grande metrópole. A intenção é identificar as causas evitáveis de morte. MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente 500 casos não selecionados e consecutivos de morte associada ao trauma. As variáveis do estudo foram as seguintes: mecanismo do trauma, etiologia, local da morte, a intervenção cirúrgica, imperícia médica, órgãos lesados e prevenção da mortalidade. Os casos foram agrupados, segundo o mecanismo de trauma, em: trauma penetrante, trauma contuso, intoxicação, afogamento, queimadura e asfixia. RESULTADOS: Foram abordados 418 (83,6%) casos do sexo masculino e 82 (16,4%) do sexo feminino (média de idade 39 ± 19,6 anos, variando de três a 91 anos). O trauma penetrante correspondeu a 217 (43%) casos; já o trauma contuso representou 40% dos casos. O mecanismo de trauma mais comum de morte entre o trauma penetrante foi lesão por arma de fogo, representando 41% do total de casos. Dentro do conjunto dos traumas contusos, o mecanismo mais comum foi o de acidentes de transporte, o que representou 22% do total de óbitos. Aconteceram 71 (14%) casos de mortes evitáveis: tromboembolismo em 35 (7%); complicações infecciosas em 25 (5%), imperícia médica em sete (1%) e lesões tratáveis em pacientes não hospitalizados cinco (1%). CONCLUSÃO: Este estudo mostra que a morte traumática, na cidade de São Paulo, está associada à lesões graves e complexas. Prevenção da morte está relacionada ao controle da violência.
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OBJETIVO: Avaliar o grau de precisão diagnóstica dos exames por congelação em diferentes sítios anatômicos realizados em um serviço universitário de patologia. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo a partir de banco de dados informatizado de todos os exames por congelação. Estes diagnósticos foram comparados com os definitivos em parafina, utilizados como controles. Os exames foram distribuídos em três grupos: inconclusivos, concordantes e não concordantes, sendo este último subdivido em falsos positivos e falsos negativos. As principais indicações dos exames e os sítios anatômicos envolvidos com as divergências diagnósticas também foram analisados. RESULTADOS: Quatrocentas e trinta e três peças cirúrgicas foram submetidas a exames por congelação, sendo a principal indicação o diagnóstico da lesão (75,75%). Em 404 exames (93,30%) os diagnósticos das biópsias por congelação e em parafina foram concordantes. Em 20 (4,62%) casos os resultados das biópsias por congelação foram inconclusivos e em nove (2,08%) ocorreram falsos negativos. Não houve resultados falsos positivos. O principal órgão avaliado foi a tireoide (25,64%). Na análise global, a região do corpo mais relacionada com os diagnósticos inconclusivos por congelação foi a tireoide (sete casos) e em relação aos sítios específicos foram os pulmões/pleura/mediastino (13,33%). Pele foi o órgão que mais apresentou diagnósticos discordantes entre biópsias por congelação e em parafina. CONCLUSÃO: A acurácia da congelação de forma global foi de 93,30%; por sítios anatômicos específicos, a precisão diagnóstica variou de 86,67% a 100%.