1000 resultados para Festas religiosas Rio Grande do Norte
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo construir uma regresso linear mltipla, empregando variveis agrometeorolgicas e espectrais, para estimativa de rendimento de gros de trigo, em municpios pertencentes regio de atuao da Cooperativa Cotrijal (norte do Rio Grande do Sul). Para isso, foram empregados dados de rendimento (1991 a 2006), dados agrometeorolgicos mensais (1991 a 2006) e dados espectrais (imagens NDVI/MODIS, 2000 a 2006). Foi analisada existncia de aumento significativo no rendimento de gros, decorrente da incorporao de novas tecnologias (tendncia tecnolgica). Para escolha das variveis independentes da regresso linear, foi analisada a correlao dos dados agrometeorolgicos e espectrais com os dados de rendimento. Definidas as variveis, foi construda uma regresso linear mltipla de estimativa de rendimento de gros de trigo. Os resultados mostraram que no houve aumento significativo no rendimento de gros de trigo da Cotrijal, no perodo analisado. Foram escolhidas as seguintes variveis independentes para construo da regresso linear mltipla: precipitao pluvial (outubro), ndice de dano por geadas (setembro), graus-dia (acumulados de maio a outubro) e ndice de vegetao por diferena normalizada (integrado de junho a outubro). As regresses lineares mltiplas apresentaram resultados satisfatrios, com erros de estimativa inferiores a 10%, na maior parte dos anos analisados. As caractersticas de preciso, fcil execuo e baixo custo das regresses apontaram para possibilidade de uso conjunto de dados agrometeorolgicos e espectrais, na estimativa de rendimento de gros de trigo. Mais estudos so necessrios para verificao dos resultados dos modelos, quando da incorporao de uma srie mais longa de dados espectrais.
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Em 2002, comecei a gravar msica popular portuguesa no terreno, para, em seguida, estudar mais profundamente as danas de paus, de espadas e as danas mouriscas portuguesas a Norte do rio Douro. Actualmente, concentro- me no Baile dos Ferreiros da procisso do Corpo de Deus, de Penafiel, a Dana dos Mourisqueiros e dos Bugios da festa de S. Joo Baptista, de Sobrado e a Dana do Rei David da festa de S. Joo de Braga. Os dois complexos festivos em que estas danas se inserem so, portanto, o Corpo de Deus e o S. Joo - festas religiosas com grande importncia em Portugal. Os critrios para a seleco destes complexos festivos so as danas dramticas que neles se encontram e, sobretudo, encontraram. Em primeiro lugar, analiso at que ponto se trata, nestas danas dramticas, de "danas mouriscas", um gnero de dana pan-europeu, e vejo, alm disso, at que ponto se encontra nelas uma representao do "mouro". O termo "mouro" , no meu estudo, categrico para "o infiel, o marginalizado e/ou o louco", e o termo "dana mourisca", utilizo como categoria de manifestaes teatrais, coreogrficas e festivas em que os mouros so representados. Estas categorias servem-me aqui para uma reflexo sobre a memria colectiva em complexos festivos, principalmente a memria colectiva rehgiosa que une em si diferentes memrias. Mostro tambm a manipulao da memria e a inveno da tradio, assim como factores de resistncia da memria. Alm disso, explico, principalmente em teoria, o efeito ou poder dos ritos comemorativos, aos quais pertencem as representaes dramticas estudadas. No me concentro apenas na representao do "mouro" nas danas, mas discuto tambm o quadro religioso em que estas representaes se manifestam, em primeiro lugar, a procisso do Corpo de Deus.
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Este trabalho descreve os aspectos epidemiolgicos e clnico-laboratoriais de 111 casos de histoplasmose disseminada provenientes do Rio Grande do Sul, no perodo de 25 anos (1977-2002). Caractersticas da doena foram analisadas em pacientes com e sem aids. A aids foi doena predisponente em 70 (63,1%) pacientes. Nos dois grupos houve predomnio de homens, brancos, sem histria de contato conhecido com microfocos contaminados com Histoplasma capsulatum var capsulatum. As principais manifestaes clnicas foram de carter sistmico como febre e emagrecimento (presentes em 97,1 e 92,7% dos pacientes com e sem aids), seguidos de manifestaes respiratrias e mucocutneas. A soromicologia (positiva em 54,5 e 65,3% respectivamente) se mostrou um bom mtodo de triagem diagnstica. O alto ndice de acometimento cutneo no grupo com aids (44,3%) comparado com estudos norte-americanos (p<0,01) sugere que diferentes cepas do Histoplasma capsulatum possam ocasionar diferentes manifestaes clnicas da doena.
Contribuio da caatinga na sustentabilidade de projetos de assentamentos no serto norte-rio-grandense
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Os objetivos deste trabalho foram caracterizar os recursos florestais da caatinga e determinar a sua contribuio na sustentabilidade em projetos de reforma agrria localizados na regio oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Foi realizado um levantamento florstico, no qual se constatou que as espcies mais bem distribudas pelas unidades amostrais foram as de carter pioneiro, indicando que essas matas j foram exploradas anteriormente ocupao dos assentados. O estrato florestal mais comum foi o arbustivo-arbreo fechado, correspondendo a 75% da parcelas amostradas. Os assentamentos com presena de cobertura florestal do tipo arbustivo-arbrea aberta apresentaram baixa densidade, associada baixa diversidade florstica e forte tendncia homogeneizao, o que as enquadra como prioritrias em um processo de conservao e, ou, enriquecimento da flora. Devido baixa rentabilidade da explorao dos recursos florestais da caatinga, essa atividade deveria servir apenas como complemento de renda dos assentados, j que outras atividades apresentam maiores retornos econmicos. Entretanto, ela possui grande importncia no contexto social, sendo fundamental para a sustentabilidade dos assentamentos estudados.
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A doena de Aujeszky ou pseudoraiva (DA), causada pelo vrus da pseudoraiva (PRV) a maior preocupao na produo de sunos. No estado do Rio Grande do Sul, Brasil, a DA foi somente detectada em 1954, em bovino. Em 2003, ocorreram dois surtos de encefalite em granjas na regio norte do estado, fronteira com o estado de Santa Catarina. O vrus da doena de Aujeszky (VDA) foi isolado a partir de animais coletados em oito granjas distintas da regio e submetido a anlises antignicas e moleculares. As amostras de VDA isoladas foram comparadas com as amostras padro NIA-3 e NP. A caracterizao antignica dos mesmos foi realizada com testes de imunoperoxidase frente a um painel de anticorpos mono-clonais (Mabs) preparado contra epitopos de glicoproteinas virais (gB, gC, gD e gE). A caracterizao genmica foi realizada atravs da anlise restrio enzimtica (REA) sobre o genoma total das amostras, com a enzima de restrio (REA) Bam HI. O perfil antignico das oito amostras isoladas no Rio Grande do Sul, bem como os apresentados pelas amostras padro NIA-3 e NP, foram similares. A REA revelou que todos as oito amostras do Rio Grande do Sul apresentaram um arranjo genmico do tipo II, gentipo frequentemente encontrado em surtos prvios de DA em outros estados do Brasil. Os resultados aqui obtidos indicam que as oito amostras isoladas no Rio Grande do Sul so similares.
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A doena de Aujeszky (DA), ou pseudo-raiva, uma enfermidade infecto-contagiosa de etiologia viral de grande importncia para a suinocultura comercial em todo o mundo. A infeco causa perdas econmicas diretas e indiretas, pela restrio ao comrcio internacional de produtos sunos. Embora a DA venha sendo notificada em vrias regies do Brasil desde o incio do sculo XX, o Rio Grande do Sul (RS) permanecia "provisoriamente livre" com base em critrios da Organizao Internacional de Epizootias (OIE). Em 2003 ocorreram dois focos da enfermidade em municpios do norte do RS, limtrofes com Santa Catarina, Estado que tem registrado vrios focos nos ltimos anos. Como estratgia de combate foram determinados o rastreamento da movimentao de sunos, a interdio da rea e a erradicao dos focos atravs de abate sanitrio em matadouros sob Inspeo Federal. No evento 1 (Pinheirinho do Vale, janeiro de 2003) cinco unidades produtoras de leites (UPLs) foram afetadas, sendo que uma apresentou animais com sinais clnicos. A partir desse foco foram rastreados 42.399 sunos em 146 rebanhos, sendo eliminados seis rebanhos - o foco ndice e cinco outras com sorologia positiva - num total de 7.822 animais. No evento 2 (Aratiba, setembro de 2003), a disseminao da infeco foi maior, atingindo outros trs municpios e 77 granjas (nove com sinais clnicos, 68 com sorologia positiva). Foram rastreados 109.316 sunos em 630 rebanhos, com a erradicao de 28.443 animais das granjas que apresentaram sinais clnicos ou sorologia positiva. No total foram rastreados 151.715 animais em 776 rebanhos, sendo detectados 71 rebanhos com sorologia positiva. Essas medidas foram eficazes na erradicao dos focos e impediram a disseminao da enfermidade para outras regies, permitindo ao RS readquirir o status sanitrio anterior aos surtos.
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As formaes florestais sobre tabuleiros tercirios ocorrem hoje na forma de pequenos fragmentos desde o Rio Grande do Norte at o Rio de Janeiro. No norte fluminense, a Mata do Carvo (1.053 ha) o maior remanescente. Este trabalho descreve a estrutura e a composio florstica desta mata, tendo por objetivo compar-la com outras matas da regio. Foram estabelecidas quatro parcelas de 50 m x 50 m em uma rea selecionada, sem vestgios de corte e de fogo. Todas as rvores com DAP > ou = 10 cm foram amostradas e plaqueadas. rvores mortas foram medidas mas no plaqueadas. Um total de 564 rvores foram amostradas. Foram encontradas 34 famlias, sendo as de maior nmero de espcies Leguminosae (18), Myrtaceae (8) e Euphorbiaceae (6). As famlias mais abundantes foram Rutaceae (189), Leguminosae (97) e Euphorbiaceae (47). As espcies com maior ndice de valor de cobertura (IVC) foram Metrodorea brevifolia, Paratecoma peroba e Pseudopiptadenia contorta. Embora a Mata do Carvo tenha uma diversidade (H’ = 3,21 nats) menor que outras matas estacionais semidecduas (ex. mata de tabuleiro de Linhares), ela possui uma alta similaridade de espcies arbreas com as matas de tabuleiro do sul da Bahia e do norte do Esprito Santo. Na Mata do Carvo foi observada a ocorrncia de espcies raras tpicas de mata de tabuleiro, como Paratecoma peroba, Centrolobium sclerophyllum e Polygala pulcherrima (novas ocorrncias para a flora fluminense).
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O presente estudo aborda o tema orientao para o mercado, operacionalizado via abordagem da disseminao do conceito de marketing. Seus objetivos esto centrados na verificao do grau de disseminao do conceito de marketing nas maiores empresas privadas industriais do Estado do Rio Grande do Sul, a partir do pessoal do nvel operacional, a fim de determinar at que ponto as informaes geradas na alta administrao, que contribuem para a prtica do conceito de marketing, atingem a baixa administrao, responsvel pela operacionalizao das atividades que refletiro na satisfao dos clientes quanto aos produtos e servios dessas organizaes. Para a consecuo dos objetivos do trabalho, utilizou-se um mtodo baseado em pesquisa descritiva e quantitativa, aplicando um modelo testado anteriormente por autores norte-americanos em seu territrio e com pblico exclusivamente pertencente alta administrao. A Escala MARKOR, como conhecida, determina o grau de orientao para o mercado das empresas pesquisadas. Porm, para o presente trabalho, foram utilizados os dois primeiros grupos do modelo, Gerao e Disseminao da Inteligncia de Marketing, os quais se adequam aos objetivos j apresentados. A referida Escala foi dirigida para um universo de 30 (trinta) empresas, representando as maiores empresas privadas industriais do Rio Grande do Sul, segundo o critrio de faturamento, publicado pela Revista Exame -Melhores e Maiores- , no ano de 1995. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas pessoais em 17 (dezessete) dessas empresas, perfazendo um total de 352 (trezentas e cinqenta e duas) entrevistas, 50 (cinqenta) para diretores, os quais responderam pela gerao de marketing, e 302 (trezentas e duas) para chefias do nvel operacional, as quais responderam pela disseminao de marketing. O perodo da coleta de dados compreendeu trs meses: de abril a junho de 1996. vii Os resultados da pesquisa conduziram determinao do grau de disseminao do conceito de marketing, indicando que, de maneira geral, as 17 (dezessete) maiores empresas privadas industriais do Rio Grande do Sul possuem uma alta gerao da inteligncia de marketing, mas a disseminam medianamente pela organizao. Isto significa dizer que o conceito de marketing devidamente compreendido e executado pela alta administrao das empresas pesquisadas, porm ele no atinge com a mesma intensidade o pessoal operacional, ou seja, aqueles que so os responsveis pelas aes das empresas em prol do seu mercado. Segundo os autores do Modelo utilizado, uma disseminao de marketing no to intensa, provavelmente, resultar em respostas ao pblico-alvo, atravs da produo de bens e servios menos eficientes, refletindo de maneira prejudicial no atendimento de suas necessidades e desejos, bem como nos resultados das empresas. Por fim, o trabalho contribuiu para a verificao do quanto as maiores empresas privadas industriais do Rio Grande do Sul disseminam internamente o conceito de marketing, fornecendo os principais elementos que elas tm possibilidade de aperfeioar para propiciar uma correta orientao para o mercado. E, alm disso, este estudo representou o primeiro passo para a futura validao da Escala MARKOR no mbito nacional e com o pblico utilizado, pois trata-se da primeira pesquisa realizada no Pas, at o presente momento, com essa finalidade.
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A poro mdia da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul constitui-se numa regio crtica em termos de planejamento de uso devido a uma estreita conjuno de fatores de ordem econmica, ambiental, social e histrico-cultural, estabelecida, em princpio, pela presena de um importante complexo estuarinolagunar. Nessa rea, bem como no restante da zona costeira do Brasil, as diretrizes para o uso sustentvel dos recursos naturais esto materializadas em leis e programas governamentais, dos quais o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro representa a linha mestra para as aes nos trs nveis de governo. A explorao de recursos minerais nessa regio uma atividade antiga, relativamente de pouca expresso no contexto estadual, mas de grande significado social, econmico e cultural em nvel regional, sustentando a demanda de vrios municpios da regio. Caracteriza-se principalmente pela explorao de areia e argila para uso na construo civil e para aterro, apresentando ainda potencialidade alta para explorao de turfa e minerais pesados. Com o objetivo de contribuir para a soluo dos conflitos gerados por um modelo de explorao mineral ainda inconsistente com as demandas atuais de conservao e desenvolvimento, realizou-se uma anlise ambiental integrada da rea dos entornos do esturio da Laguna dos Patos, compreendendo os municpios de Pelotas, Rio Grande e So Jos do Norte. A anlise considerou os marcos legais e institucionais, as caractersticas diferenciadas do meio fsico-natural, os processos econmicos, sociais e culturais, as caractersticas da atividade de minerao na regio e suas repercusses e interaes no sistema ambiental como um todo. As informaes disponveis permitiram a gerao de um banco de dados no Sistema de Informaes Geogrficas IDRISI 32, na escala 1: 100.000, o qual forneceu a base para a anlise interpretativa. Utilizando tcnicas de geoprocessamento obteve-se uma sntese dos diagnsticos realizados atravs da definio, mapeamento e descrio de 19 unidades de planejamento, denominadas unidades geoambientais, posteriormente detalhadas em 108 unidades fsico-naturais. A sntese de uma grande quantidade de dados, espacializada na forma de um mapa digital, auxiliou a definio dos critrios para elaborao de um mapa de vulnerabilidade ambiental relativa para a regio. Este, aliado ao plano de informao que contm todas as reas com restrio legal de uso, possibilitou o mapeamento das reas mais crticas para gesto ambiental. Adicionalmente, considerando a potencialidade de recursos minerais para uso na construo civil e para aterro, os critrios que determinam a maior ou menor atratividade econmica para a sua explorao e as reas mais crticas em termos de gesto ambiental, elaborou-se um mapa prescritivo que indica as reas que devem ser consideradas prioritrias para um gerenciamento preventivo. Finalmente, a anlise ambiental integrada permitiu a elaborao de um modelo de um plano de gesto para o setor, onde apresentada uma estrutura seqencial e ordenada do plano, exemplificada, em cada passo, com as informaes disponveis.
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O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.
Resumo:
A famlia Hydrobiidae, que apresenta maior diversidade entre os moluscos lmnicos e estuarinos, com mais de 300 gneros e cerca de mil espcies Recentes, constitui-se em um importante componente bitico de guas continentais. A monofilia da famlia ainda duvidosa, uma vez que a maioria das espcies apenas conhecida pelos caracteres da concha, oprculo, pnis e rdula, insuficientes para traar relaes filogenticas em Hydrobiidae. Apresentam alta diversidade especfica e genrica, nos diferentes continentes, sendo a Amrica do Sul uma exceo, com 120 espcies em sete gneros recentes, enquanto que na Amrica do Norte as mais de 200 espcies da famlia esto distribudas em 40 gneros, como registrado pela literatura. Estes caracis acham-se distribudos ao longo de toda Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. A presente tese objetiva: identificar, definir e redefinir os hidrobiideos ocorrentes em ambientes lmnicos e estuarinos da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, a partir de colees cientficas e amostragens de material vivo. Examinou-se Hydrobiidae das colees: Museu Museu de Cincias Naturais da Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul (MCNZ); Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); coleo particular de Rosane Lanzer (RL); The Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP); The Natural History Museum, Londres (BMNH). Realizou-se coleta no rio Herclio em Santa Catarina, nas lagoas Itapeva, Tramanda, Rondinha, Fortaleza e arroio do Carvo (bacia do rio Maquin) no Rio Grande do Sul, utilizando peneira com malha de 1mm de abertura para a amostragem. Material coletado est depositado na coleo de moluscos da UFRGS. Obtiveram-se dados conquililgicos, conquiliometricos e morfoanatmicos in vivo - cabea-p, cavidade palial, sistemas reprodutores feminino e masculino e rdula. As ilustraes correspondem a desenhos da morfo-anatomia, e fotomicrografias da concha, oprculo, cabea-p e rdula. Foram inventariados 145 txons do grupo da espcie de Hydrobiidae, descritos para a Amrica do Sul, acrescidos de lista sinonmica e informaes morfolgicas de material-tipo. Registram-se os seguintes hidrobdeos para Plancie Costeira do Rio Grande do Sul: Heleobia australis (Orbingy, 1835) (rio Tramanda, lagunas Tramanda e Armazm, lagoas Custdia e Paur e laguna dos Patos); Heleobia bertoniana (Pilsbry, 1911) (lagoa Caieiras); Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911) ( lagoa Rondinha); Heleobia doellojuradoi (Parodiz, 1960) (lagoas Figueiras, Bojuru Velho e Mangueira); Heleobia parchappei (Orbigny, 1835) (lagoas Itapeva, Quadros, Ramalhete, Negra, Malvas, Marcelino, Quinto, Barro Velho, Moleques, Peixe, Jacar, Mangueira e Laguna dos Patos); Heleobia xi sp. (lagoas Itapeva, Quadros, Malvas, Palmital, Pinguela, Lessa, Peixoto, Marcelino, laguna Tramanda, lagoas Gentil, Manuel Nunes, Fortaleza, Rondinha, Cerquinha, Rinco das guas, Cip, Porteira, Capo Alto, Quinto, Charqueadas, Barro Velho, So Simo, Veiana, laguna Mirim, lagoas Nicola e Jacar); Potamolithus kusteri (Strobel, 1874) (arroio Carvo); Potamolithus philippianus Pilsbry, 1911 (lagoas Itapeva e Figueiras). Registra-se pela primeira vez para o Brasil, H. bertoniana, H. doelojuradoi e P. kusteri; para o Rio Grande do Sul, P. philippianus; e para a Plancie Costeira, H. cuzcoensis. A partir de toptipos, redescrito o txon Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911, assinalado na literatura para o litoral norte da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, cuja ocorrncia no confirmada. Heleobia charruana (Orbigny, 1835), registrada na literatura para o litoral norte do RS, no tem sua ocorrncia confirmada. Transfere-se o gnero monotpico Parodizia, arrolado entre os hidrobdeos, para Pyramidellidae (Gastropoda, Heterobranchia), a partir da morfologia das partes moles, desconhecidas at o presente. A morfologia do pnis de exemplares de Potamolithus kusteri (Strobel, 1874), do arroio Carvo, justifica sua remoo de Heleobia para Potamolithus. Heleobia australis nana (MARCUS & MARCUS, 1963) considerada sinnimo de H. australis, por tratar-se de txons morfoanatomicamente iguais. As distintas dimenses da concha (2,0 a 8,4 mm) de populaes, ao longo da distribuio da espcie (Rio de Janeiro Baa San Bls), decorrem de fatores ambientais, provavelmente relacionados com o grau de variao da salinidade.
Resumo:
No imaginrio social, poltico e at acadmico no Rio Grande do Sul persiste a idia que a estrutura fundiria do Estado estaria assentada na polarizao entre minifndios e latifndios. Conforme esta idia o Estado do Rio Grande do Sul estaria dividido em duas partes, onde a Metade Sul estariam assentados os latifndios e a Metade Norte os minifndios. Neste estudo buscou-se observar que a estratificao social e econmica que se verifica na estrutura agrria gacha no decorre, imediatamente, da distribuio fundiria, ou seja, h que produzir interpretaes muito mais complexas sobre a estrutura social no campo do que aquela que opera com a idia que separa a sociedade rural gacha em dois grupos de proprietrios: pequenos ou grandes, minifndios ou latifndios. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi aprofundar os conhecimentos sobre a realidade de agricultores que pertencem a Metade Sul do Estado, que pouco conhecida, e no corresponde ao contexto que se formou sobre esta regio do estado. O estudo enfocou agricultores do municpio de Canguu-RS que tenham a pecuria bovina de corte como a base de seus sistemas de produo, e que, contudo, utilizam-se principalmente da mo-de-obra familiar na propriedade. Em funo destes fatores, estes agricultores foram denominamos como pecuaristas familiares. A partir do uso do referencial terico e metodolgico baseado no enfoque sistmico, o presente trabalho diagnosticou e analisou os diferentes sistemas de produo implementados pelos pecuaristas familiares do municpio de Canguu-RS Desta forma foi possvel identificar trs tipos de pecuaristas familiares, e trs estudos de caso de agricultores que tambm implementam a pecuria familiar. O primeiro tipo identificado formado por agricultores que, na sua maioria, so herdeiros dos estancieiros da regio que gradualmente tiveram suas reas produtivas reduzidas, fato que ocorreu atravs da partilha da propriedade pelos herdeiros; normalmente so aposentados e alm da criao de gado de corte extensiva tambm cultivam pequenas reas de milho e feijo, este tipo de agricultor foi denominado como pecuarista familiar tradicional. O segundo tipo identificado formado na sua maioria por descendentes de pees e agregados que trabalhavam nas estncias. Possuem pequenas propriedades, mas, por serem mais jovens, e possurem maior fora de trabalho que os pecuaristas familiares tradicionais, implementam diversos cultivos em suas propriedades alm de desenvolver alguma atividade no agrcola, como, por exemplo, o comrcio (venda na localidade). Por este fato, so denominados como sendo pecuaristas familiares pluriativos. O terceiro tipo formado por criadores de gado de corte, tambm de forma extensiva, mas que esto mais inseridos no mercado de carne, pois comercializam o gado diretamente com os frigorficos ou para intermedirios em detrimento deste fato denomina-se este tipo de agricultor como sendo um pecuarista familiar comercial. Estes agricultores possuem realidades diferentes, mas, utilizam sistemas de produo semelhantes, e carecem de polticas pblicas especficas para o seu desenvolvimento.
Resumo:
o presente estudo efetua um diagnstico da cultura da cebola no Litoral Centro, municpios de So Jos do Norte, Mostardas e Tavares, do Rio Grande do Sul realizando a anlise de suas especificidades a partir do reconhecimento, da descrio da rea, da anlise dos dados estatsticos e das informaes dos diversos aspectos socioeconmicos que configuram o ambiente e a sua dinmica,fornecendo informaes e proposta de recuperao econmica consistentes para a tomada de decises dos agentes pblicos e privados. O resultado da anlise das especificidades do Litoral Centro nos leva a reconhecer fatos relevantes que determinam a estagnao da regio como um todo. Podemos dizer que os principais incmodos a cebolicultura e a regio so: o isolamento geogrfico e o abandono poltico/econmico da regio; o baixo ndice de educao da populao da regio; ausncia de profissionalismo entre os cebolicultores; a inrcia das tradies; o individualismo do campons e a desorganizao do associativismo/cooperativismo; ausncia de infraestrutura pblica. Com este estudo pode-se investigar, projetar polticas e estratgias que ajudem a transformar a cebolicultura da regio em um real fator de desenvolvimento regional.
Resumo:
O comportamento antagnico dos deslocamentos anuais da linha de costa coincide com os eventos de ENSO. Foi observado tambm que a linha de costa tende a retornar a sua forma e posio anteriores, sazonalmente no litoral sul, anualmente no litoral mdio e a cada 19 meses no litoral norte. A variabilidade espacial na resposta da linha de costa s mudanas sazonais e interanuais deve-se a uma combinao de fatores, incluindo granulometria, orientao da linha de costa e transporte sedimentar ao longo da costa. A anlise regional da costa do RS permitiu classific-la em quatro classes de manejo: (1) reas de manejo crtico, ocorrem em 177 km ou 29% da costa do RS e consistem basicamente nas reas urbanizadas, concentradas principalmente no litoral norte, (2) reas prioritrias, ocorrem em 198 km ao longo do litoral mdio, ocupando 32% da costa do RS, (3) reas latentes ocorrem em 65 km ou 10% da costa, localizados no litoral sul entre o Hermenegildo e o Albardo e (4) reas naturais, ao longo de 178 km ou 29% da costa gacha, encontradas no litoral central e sul.
Resumo:
Perfis de alterao em basaltos com baixos teores de Ti02 (LTiB) da Parte Sudeste da Bacia do Paran (SPB) associam-se a superfcies aplainadas, nos planaltos das Araucrias (Ab' Saber, 1973), entre altitudes de 950 m a 750 m (Vacaria) e 1000m a 920m (a Sul de Lages). Em domnios mais dissecados do relevo, que crescem de Este para Oeste, e nas encostas intensamente dissecadas destes planaltos a Sul (calha do rio Antas) e a Norte (calha do rio Pelotas), os perfis de alterao so truncados ou inexistentes. A associao dos perfis de alterao com superfcies geomorfolgicamente mais antigas (aplainadas e elevadas) faz supor que o incio dos processos de alterao seja correlativo s superfcies aplainadas, antigo e, provvel mente, Tercirio. As sequncias de alterao mais completas localizam-se em morros de topo plano e apresentam as seguintes fcies: Rocha me, saprlito, alterito argiloso, alterito esferoidal, "stone line", coberturas mveis e solo atual. Qumicamente os produtos de alterao intemprica dos basaltos so "lateritas" segundo definio de Schellmann (1981), com enriquecimento em Fe2D.3 e H20; perdas em Si02, FeO, MgO, CaO, Na20 e K20; provveis pequenas perdas emA12D.3. No saprlito, os pedaos de rocha fragmentada permitiram a descrio das alteraes hidrotermais refletidas nas para gneses dos stios intersticiais, constitui dos por materiais cristalinos e criptocristalinos. Os cristais de titanomagnetita aparecem com manchas azuis irregulares que sugerem variaes cristaloqumicas contnuas dentro de um mesmo cristal, tpicas da maghemitizao. O alterito argiloso sede de pseudomorfoses dos minerais magmticos e hidrotermais. Esmectitas, ocupam os stios das camadas mistas hidrotermais; halloysitas 7 e 10 so dominantes nos plasmas das pseudomorfoses de plagioclsios e plasmas ricos em ferro e slica predominam nas pseudomorfoses de piroxnios. Observa-se a transio halloysita -caolinita desordenada rica em ferro estrutural nas partes superiores do conjunto. Os plasmas secundrios so silico-aluminosos, nas partes baixas do conjunto, e predominantemente opacos no topo. Estes plasmas constituem-se de halloysita, litioforita (ou plasma rico em Mn), goethita e maghemita. O alterito esferoidal apresenta o ncleo de rocha e um crtex de cor amarelo -alaranjada em que se verifica a presena dominante da goethita aluminosa. Secundriamente, aparecem cristobalita, maghemita e gibbsita. As coberturas mveis, so constitui das de plasma caolintico e plasmas ricos em hematita e goethita. Aparecem ainda grnulos, pislitos e ndulos herdados de antigas couraas desmanteladas. Os minerais, formados em condies lateritizantes, so os filossilicatos halloysita 7 e lO, caolinita desordenada e os xidos e hidrxidos, hematita, goethita, gibbsita e litioforita.Observou-se que a mineralogia de alterao est intimamente associada textura da rocha original. Encontram-se, ainda, nestes horizontes de alterao intemprica, a cristobalita (metaestvel) e a titanomaghemita. As titanomaghemitas identificadas nos saprlitos e alteritos apresentam as caractersticas de maghemitizao: diminuio da taxa 32(Fe+ Ti)/O, aumento de lacunas na malha cristalina e diminuio do parmetro ~. Mg diminui com o intemperismo, Mn e AI se concentram nas fases magnticas. A halloysita 7 predomina sobre a lO, na frao < 2Jlm, do alterito argiloso, alterito esferoidal e no sistema fissural. A caolinita predomina no horizonte "tachet". No alterito esferoidal, ocorre tambm caolinita e esmectita. As argilas halloysticas apresentam quatro morfologias: esferas, tubos, lamelas planares e cones. A halloysita forma-se preferencialmente caolinita no crtex de alterao do alterito esferoidal e na fcies argilosa, constituindo um primeiro estgio de intemperismo. Os tubos e cones tm os menores teores de Fe23 enquanto as halloysitas planares tm os mais altos teores de Fe23. O teor de Fe das partculas esferoidais variado. Os xidos e hidrxidos destes perfis caracterizaram variaes da atividade a gua, de atividade da slica dissolvida e temperatura, refletindo as paleocondies (climticas) de formao destas coberturas fsseis.