999 resultados para Desnutrição - Fatores de risco
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a prevalncia de tabagismo em Porto Alegre, RS, Brasil, e os fatores associados, executou-se estudo observacional, de delineamento transversal e base populacional. Atravs de amostragem aleatria proporcional, por estgios mltiplos e conglomerados, selecionaram-se 1.091 indivduos, a partir de 18 anos, que responderam a um questionrio, em entrevista domiciliar. Aferiu-se o hbito de fumar atravs de perguntas dirigidas ao tipo de fumo, freqncia e tempo de exposio. A prevalncia foi de 34,9% (IC 31,9 - 37,8), sendo de 41,5% (IC 38,5 - 44,4) entre os homens e 29,5% (IC 26,8 - 32,2) entre as mulheres. O incio foi, em mdia, aos 16 (±5,6) e 17,8 (±6,7) anos, com moda de 15 e 14 anos, respectivamente. Os homens fumavam 19,0 ± 14,0 cigarros por dia e as mulheres 14,5 ± 10,3. Analisaram-se as associaes atravs de regresso logstica, incluindo-se no modelo sexo, idade, educao, renda, qualificao profissional e consumo de lcool. O hbito de fumar foi mais freqente entre os homens, indivduos de menor nvel socioeconmico, dos 30 aos 39 anos, e entre os usurios de bebidas alcolicas. Conclui-se que o tabagismo freqente em Porto Alegre, constituindo-se problema de sade pblica similar ao referido pela literatura. O consumo de lcool deve estar associado ao fumo por serem ambos comportamentos de risco, com determinantes comuns.
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Foi avaliada a prevalncia de crie na dentio decdua de crianas entre 0 e 6 anos, matriculadas em creches dos Municpios de Bauru e So Paulo, SP (Brasil). O primeiro grupo (Bauru) no recebia cuidados sistematizados de sade na instituio e o segundo (So Paulo) apresentava uma rotina de cuidados como norma institucional. Foram analisadas as variveis relativas aos modos de viver desses grupos populacionais e sua associao com a ocorrncia de crie, efetuando um estudo de caso para caracterizao de fatores coletivos de risco crie. Atravs de anlise de regresso mltipla, verificou-se a influncia da idade e freqncia de consultas odontolgicas sobre a prevalncia de crie na amostra estudada (p<0,05). Na faixa etria de 5-6 anos, 23,3% das crianas de Bauru e 9,3% de So Paulo estavam isentas de crie, contra a expectativa de 50% prevista na Meta n.o 1 da Organizao Mundial da Sade para o ano 2000. A prevalncia de crie foi mais elevada em Bauru nas crianas de 3-4 e 5-6 anos, apresentando significncia estatstica apenas para o grupo 3-4 anos (p<0,05). No foram observadas diferenas estatisticamente significantes entre os sexos quanto ocorrncia de crie.
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OBJETIVO: Investigar a influncia de fatores socioeconmicos e gestacionais sobre a hospitalizao por pneumonia no perodo ps-neonatal. MATERIAL E MTODO: Longitudinal. Crianas com idade entre 28 e 364 dias, nascidas na cidade de Pelotas, RS (Brasil), em 1993. A definio de caso foi a permanncia em ambiente hospitalar por um perodo igual ou superior a 24 horas em conseqncia de pneumonia. Foi aplicado delineamento longitudinal. RESULTADOS: Dentre as 5.304 crianas da coorte, 152 (2,9%) foram hospitalizadas por pneumonia no perodo. O valor preditivo positivo do diagnstico clnico comparado com o radiolgico alcanou 76%. A anlise atravs de regresso logstica mostrou que a classe social e a escolaridade materna estiveram forte e inversamente associadas admisso hospitalar. Filhos de mes adolescentes tiveram risco duplicado internao; paridade igual ou superior a trs representou risco 2,8 vezes maior em relao s mes primparas; ganho de peso inferior a 10 kg durante a gestao implicou risco cerca de 40% maior hospitalizao. CONCLUSES: A classe social e a escolaridade materna foram os principais determinantes da hospitalizao. Idade e paridade materna e o ganho de peso durante a gestao foram tambm fatores de risco importantes.
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OBJETIVO: Descrever e analisar as caractersticas associadas ao risco de ocorrncia de distrbios psiquitricos menores para a categoria de motoristas e cobradores de nibus urbanos na cidade de So Paulo (Brasil), em 1990. METODOLOGIA: Estudou-se a prevalncia dos distrbios psiquitricos menores (DPM) em uma amostra de 925 motoristas e cobradores, controlando e identificando as variveis de confundimento existentes, atravs da anlise de regresso logstica, utilizando-se um modelo progressivo, passo a passo. RESULTADOS: Observou-se uma prevalncia de DPM de 20,3% no conjunto dos dois grupos de trabalhadores, sendo significativamente maior entre os cobradores (28%) do que entre os motoristas (13%) (p < 0,0001). A anlise de regresso logstica mostrou o trnsito intenso (or = 1,99; com intervalo de confiana de 95% = 1,39-2,84) e a condio ocupacional de cobrador (or = 1,84; ic95% = 1,09-3,10) como os fatores de maior risco para os DPM. Alm desses, mostraram-se fatores de risco, o dficit de sono (dormir menos que 6 horas dirias), o absentesmo, utilizao de banco sem mecanismos de regulagem, migrao da regio Nordeste e alteraes na escala de trabalho. CONCLUSES: O risco para a categoria ocupacional cobrador sugere a importncia deste trabalho especfico como determinante do sofrimento psquico, levando a considerar-se a relao com os passageiros como um possvel fator de risco, pois esta nuclear no trabalho do cobrador. Recomenda-se a realizao de novos estudos que busquem entender melhor a relao com os passageiros, a especificidade do trabalho do cobrador e do motorista e seus problemas de sade, de modo a subsidiar-se mudanas na organizao do trabalho do sistema.
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OBJETIVO: Estudar as variveis contempladas na Declarao de Nascimento (DN) como possveis fatores de risco para nascimentos pequenos para a idade gestacional (PIG) e o retardo de crescimento intra-uterino como fator de risco para a mortalidade neonatal. MATERIAL E MTODO: As variveis existentes na DN foram obtidas diretamente de pronturios hospitalares. Os dados referem-se a uma coorte de nascimentos obtida por meio da vinculao das declaraes de nascimento e bito, correspondendo a 2.251 nascimentos vivos hospitalares, de mes residentes, ocorridos no Municpio de Santo Andr, Regio Metropolitana de So Paulo, no perodo de l/1 a 30/6/1992, e aos bitos neonatais verificados nessa coorte. RESULTADOS: Obteve-se a proporo de 4,3% de nascimentos PIG, significativamente maior entre os recm-nascidos de pr-termo e ps-termo, entre os nascimentos cujas mes tinham mais de 35 anos de idade e grau de instruo inferior ao primeiro grau completo. Os recm-nascidos PIG apresentam maior risco de morte neonatal que aqueles que no apresentavam sinais de retardo de crescimento intra-uterino. CONCLUSES: Em reas com menor freqncia de baixo peso ao nascer, importante investigar a presena de retardo de crescimento intra-uterino entre os nascimentos prematuros e no apenas nos nascimentos de termo. O registro da data da ltima menstruao (ou da idade gestacional em semanas no agregadas na DN) facilitaria a deteco de PIGs na populao de recm-nascidos.
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OBJETIVO: Investigar variveis potencialmente associadas obesidade abdominal em mulheres em idade reprodutiva. MTODOS: Foram investigadas 781 mulheres a partir de informaes coletadas pela Pesquisa Nutrio e Sade realizada em 1996 no Municpio do Rio de Janeiro. A obesidade abdominal foi definida como circunferncia da cintura (CC) > 80 cm ou como Razo Cintura Quadril (RCQ) > 0,85. A anlise estatstica envolveu o clculo de medidas de tendncia central. A associao entre obesidade abdominal e ndice de Massa Corporal, idade, paridade e uso de tabaco foi testada por meio do clculo do "Odds Ratio" (OR), usando a tcnica de regresso logstica multivariada. RESULTADOS: As maiores freqncias de obesidade abdominal foram observadas em mulheres acima de 35 anos e com dois ou mais filhos (50,7%). Os valores de OR demonstram o efeito da interao entre paridade e idade para CC>80 cm quando controlado apenas o efeito dessas duas variveis. A partir dos modelos de regresso logstica, verificou-se que quando a populao foi estratificada em mulheres com e sem sobrepeso, apenas a escolaridade esteve associada RCQ, enquanto a associao com idade e paridade desapareceu para a CC>80 cm. CONCLUSES: A obesidade abdominal nesse grupo populacional independe da idade e da paridade quando ajustado pelo peso relativo, sendo suas maiores determinantes a adiposidade geral e a escolaridade. Ter maior escolaridade significou possuir uma RCQ menor. fundamental implementar estratgias de preveno para o desenvolvimento da obesidade, cujo enfoque sejam mulheres em idade reprodutiva.
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OBJETIVO: Observar a evoluo das taxas de fecundidade e identificar o papel da gravidez na adolescncia como fator de risco para o baixo peso ao nascer (BPN). MTODOS: Em uma amostra de nascimentos provenientes do Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos (SINASC/RJ), entre 1996 e 1998, os fatores determinantes do BPN foram analisados em dois grupos de mes, de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos. Foram estimadas as associaes entre as variveis pela razo dos produtos cruzados -- Odds Ratio (OR) e respectivos intervalos de confiana. Utilizaram-se tambm procedimentos de regresso logstica. RESULTADOS: O BPN foi significativamente maior entre o grupo de mes adolescentes do que no grupo de 20-24 anos. O pr-natal no foi realizado em 13% das adolescentes, enquanto 10% do outro grupo no tiveram atendimento. Quando realizado o pr-natal, as adolescentes tiveram menos consultas. No grupo de adolescentes, o percentual de prematuros foi significativamente maior que no outro grupo. Foram observadas diferenas por tipo de maternidade (pblicas/privadas), com predomnio de uso das pblicas pelas adolescentes. A anlise de regresso logstica mostrou que existe um efeito da idade materna na explicao do BPN, mesmo quando controlado por outras variveis CONCLUSES: Os achados sugerem que investigaes sobre os mecanismos explicativos da associao entre o BPN e a gravidez na adolescncia devem ser realizadas, abrangendo fatores socioculturais como pobreza e marginalidade social, assim como os de natureza biolgica e de alimentao na gravidez.
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Um total de 59 amostras de soros de sunos, procedentes de vrios locais de abate clandestino, apresentaram ao "card test" e soroaglutinao rpida anticorpos anti-Brucella e ttulos de anticorpos sugestivos de infeco bruclica. Aes e medidas de vigilncia sanitria so recomendadas para prevenir o risco potencial de infeco bruclica zoontica.
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OBJETIVO: Investigar a ocorrncia de acidentes do trabalho, na zona rural, e sua associao com alguns fatores de risco. MTODOS: O estudo foi realizado na zona rural do municpio de Pelotas, RS. O delineamento do estudo foi transversal de base populacional. Uma amostra representativa dos trabalhadores rurais foi obtida por meio de amostragem, em estgios mltiplos, utilizando-se os setores censitrios da Fundao IBGE. As entrevistas foram realizadas em um perodo de quatro meses, utilizando-se questionrios padronizados e pr-codificados. Os 580 trabalhadores entrevistados pertenciam a 258 famlias da zona rural. RESULTADOS E CONCLUSES: A prevalncia de acidentes encontrada foi de 11%. Os fatores de risco associados maior ocorrncia de acidentes, na anlise multivariada, foram a classe social mais baixa (OR=1,81), a cor no-branca (OR=3,50) e a insatisfao com o trabalho realizado (OR=2,77).
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OBJETIVO: Identificar a prevalncia e analisar a associao entre comportamentos de risco sade, percepo de estresse e auto-avaliao do nvel de sade, em trabalhadores da indstria. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal, utilizando questionrio previamente testado em estudo-piloto realizado em Santa Catarina, Brasil. Foram coletados dados sobre fumo, abuso de lcool, consumo de frutas e verduras, atividades fsicas, percepo de estresse e auto-avaliao do nvel de sade de 4.225 trabalhadores (67,5% homens e 32,5% mulheres). Os sujeitos foram recrutados por meio de amostragem por conglomerados em trs estgios (erro de 5%). A anlise estatstica incluiu o teste de qui-quadrado e a anlise de regresso logstica, para um nvel de significncia de p<0,05. RESULTADOS: A mdia de idade dos sujeitos foi de 29,7 anos (DP=8,6). A prevalncia de fumantes foi de 20,6%, maior entre os homens (23,1%) que entre as mulheres (15,6%). A proporo de trabalhadores que abusaram de lcool foi alta (57,2% entre os homens e 18,8% entre as mulheres). Dos sujeitos, 46,2% no realizaram atividades fsicas no lazer (67% das mulheres e 34,8% dos homens), e 13,9% referiram nveis elevados de estresse e dificuldade para enfrentar a vida. Aproximadamente 15% dos trabalhadores relataram nvel de sade regular ou ruim. Sexo, idade, estado civil, nmero de filhos, nvel educacional e econmico estiveram significativamente associados prevalncia de comportamentos de risco. CONCLUSES: Mesmo considerando as limitaes inerentes aos estudos transversais, e baseados em medidas auto-relatadas, os resultados sugerem elevada prevalncia de abuso de bebidas alcolicas e inatividade fsica de lazer. A associao observada entre sexo e comportamento de risco definiu um perfil bidimensional: nos homens os comportamentos de risco mais prevalentes tomaram a forma de risco direto/ativo (fumar, abuso de bebidas alcolicas), e nas mulheres tomaram a forma de risco indireto/passivo (inatividade fsica, estresse).
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OBJETIVO: Verificar alguns fatores de risco para a baixa estatura em adolescentes escolares e trabalhadores. MTODOS: A amostra foi estratificada, constituda por 50% dos escolares da quinta srie ao terceiro colegial das duas maiores escolas dos municpios de Monteiro Lobato e de Santo Antonio do Pinhal, em 1999, uma de zona urbana e outra de zona rural, com um total de 756 indivduos. A desnutrição foi definida pelo indicador altura/idade, segundo o padro do National Center for Health Statistics (1977). Foram feitas a distribuio da altura/idade na populao amostrada e uma anlise multivariada, utilizando o mtodo "stepwise", em que a baixa estatura foi a varivel dependente. RESULTADOS: Constatou-se que 12,7% (96) dos adolescentes estavam abaixo do P5 do padro, 24,4% (184) entre os centis 5 e 15 e 47,1% ( 356) entre 15 e 50. A chance de baixa estatura foi associada idade: tomando-se como base a faixa etria entre 10 e 13 anos, para os indivduos entre 14 e 17 anos, encontrou-se mais do que o dobro de chance de baixa altura (ORaj=2,49) e, para aqueles de 17 a 19, o triplo (ORaj=3,37). Estar desempregado aumenta o risco de baixa estatura (ORaj=2,86) em relao aos que trabalham. Tambm so maiores as chances de baixa estatura entre os que trabalham em tempo parcial (ORaj=1,81). CONCLUSES: Constataram-se determinantes econmicos no risco de desnutrição crnica entre os adolescentes, na medida em que o trabalho parte imprescindvel da estratgia de sobrevivncia desse grupo. Ressalta-se que a aplicao da legislao referente ao trabalho do menor deve ser acompanhada de polticas pblicas compensatrias.
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OBJETIVO: Os tipos de cncer de pulmo, laringe e esfago tm como um de seus principais fatores de risco o fumo. O objetivo do estudo foi avaliar o risco populacional atribuvel ao fumo nesses tipos de cncer. MTODOS: A pesquisa baseou-se em trs estudos de caso-controle em cidade de mdio porte do Brasil. Analisaram-se casos incidentes hospitalares de cncer de pulmo, de laringe e de esfago diagnosticados por bipsias; os controles foram pacientes hospitalizados por outros motivos, sem ser cncer ou doenas altamente relacionadas ao fumo. O fator de exposio foi o tabagismo medido em trs nveis: no-fumantes, ex-fumantes e fumantes atuais, definidos por meio de questionrios aplicados por entrevistadores treinados. Para a medida de efeito, foi utilizado o odds ratio obtendo-se, dessa forma, o "risco populacional atribuvel" ao fumo com IC de 95%. RESULTADOS: Foram estudados 122 casos e 244 controles de cncer de pulmo, 50 casos de cncer de laringe e 48 casos de cncer de esfago, com um grupo de 96 controles comum a ambos. A prevalncia da exposio ao fumo utilizada para a anlise foi de 34%, que corresponde prevalncia de fumo na populao adulta da cidade. Os odds ratios para o clculo do risco populacional atribuvel foram obtidos por anlises ajustadas para os fatores de confuso de cada um dos estudos. Para ex-fumantes com cncer de pulmo, o risco populacional atribuvel foi de 63% (IC95%, 0,58-0,68) e, para fumantes, de 71% (IC95%, 0,65-0,77). Para cncer de laringe, o RPA foi de 74% (IC95%, 0,70-0,78) para ex-fumantes e de 86% (IC95%, 0,81-0,85) para fumantes. O cncer de esfago mostrou um risco de 54% (IC95%, 0,46-0,62) para fumantes. CONCLUSO: Conclui-se que o fumo um importante fator de risco e que a cessao do mesmo contribuiria para redues significativas na incidncia de cncer nesses trs stios.
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INTRODUO: As quedas entre pessoas idosas constituem importante problema de sade pblica devido sua alta incidncia, s complicaes para a sade e aos altos custos assistenciais. O estudo realizado visa a estimar a associao entre demncia e ocorrncia de quedas e fraturas entre idosos. MTODOS: Foi conduzido estudo caso-controle de 404 indivduos com 60 ou mais anos de idade, da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Casos e controles foram pareados por idade, sexo e hospital. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada com os idosos. Foram considerados portadores de quadro demencial idosos cuja pontuao no questionrio BOAS fosse superior a dois. Foram obtidos odds ratios (OR) ajustados por fatores potenciais de confuso, utilizando-se regresso logstica condicional. RESULTADOS: As quedas distriburam-se igualmente entre os perodos da manh, tarde e noite, havendo uma reduo em sua freqncia durante a madrugada. Acidentaram-se dentro de casa 78% dos idosos com demncia, contra 55% daqueles sem essa doena. O OR no-ajustado para a associao entre demncia e fratura grave foi de 2,0 (IC95%, 1,23-3,25). Aps o ajuste por fatores de confuso, houve uma pequena reduo dessa associao (OR=1,82, 1,03-3,23). CONCLUSO: Idosos com quadro demencial apresentam maior risco de carem e ser hospitalizados por fratura do que idosos sem demncia. Tal fato implica a necessidade de cuidados especiais com esses indivduos, visando a minimizar o risco desses acidentes.
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OBJETIVO: Analisar a percepo do risco de infeco em mulheres infectadas pelo HIV, antes de elas receberem o resultado positivo para essa patologia. MTODOS: Estudo exploratrio com entrevistas em profundidade em amostra de convenincia constituda de 26 mulheres que freqentavam o ambulatrio de um centro regional de sade em Maring, PR. A entrevista foi semidirigida com um roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre caractersticas sociodemogrficos, conhecimento sobre preveno primria e secundria, percepo de risco antes do teste positivo para HIV, impacto do resultado em suas vidas -- inclusive a sexual -- depois de saberem ser portadoras do vrus. Os resultados foram analisados pela metodologia de anlise de contedo. RESULTADOS: Apesar de ter conscincia de que essa doena pode atingir qualquer um, nenhuma das 26 mulheres estudadas acreditava estar infectada pelo HIV/Aids. Os mecanismos psicolgicos, "negao", "evitao", "onipotncia do pensamento" e "projeo" foram os que puderam ser identificados como aqueles que as mulheres mais utilizaram para lidar com as dificuldades e as ansiedades decorrentes da percepo de risco e das normas e relaes de gneros hegemnicas presentes na cultura brasileira. Verificou-se que, se o uso desses mecanismos alivia a angstia, por outro lado aumenta a vulnerabilidade das mulheres. Elas se sentem incapazes de atuar, e muitas mantm relaes sexuais desprotegidas com os parceiros, expondo-se gravidez indesejada e reinfeco. CONCLUSES: Os programas de preveno do HIV devem considerar tambm aspectos psicolgicos, socioeconmicos e culturais que interferem na vulnerabilidade das mulheres, antes e depois da infeco. Para haver maior alcance de suas aes, os programas devem ir alm da distribuio massiva de informaes e usar abordagens psicoeducativas em pequenos grupos que estimulem a conscientizao das mulheres para alm das informaes biomdicas.
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OBJETIVO: Identificar fatores associados a quedas e a quedas recorrentes em idosos vivendo na comunidade, determinando o risco relativo de cada fator como preditor para quedas. MTODOS: Trata-se de um estudo de seguimento de dois anos, por meio de duas ondas de inquritos multidimensionais domiciliares (1991/92 e 1994/95) com uma coorte de 1.667 idosos de 65 anos ou mais residentes na comunidade, municpio de So Paulo, SP. O instrumento utilizado foi um questionrio estruturado, verso brasileira do OARS: Brazilian Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ). Foi realizada uma anlise de regresso logstica, passo a passo, com p<0,05 e IC de 95%. RESULTADOS: Cerca de 31% dos idosos disseram ter cado no ano anterior ao primeiro inqurito; cerca de 11% afirmaram ter sofrido duas ou mais quedas. Durante o seguimento, 53,4% dos idosos no referiram quedas, 32,7% afirmaram ter sofrido queda em pelo menos um dos inquritos e 13,9% relataram quedas em ambos os inquritos. O modelo preditivo de quedas recorrentes foi composto das variveis: ausncia de cnjuge (OR=1,6 95% IC 1,00-2,52), no ter o hbito de ler (OR=1,5 95% IC 1,03-2,37), histria de fratura (OR=4,6 95% CI 2,23-9,69), dificuldade em uma a trs atividades de vida diria (OR=2,37 95% CI 1,49-3,78), dificuldade em quatro ou mais atividades de vida diria (OR=3,31 95% CI 1,58-6,93) e entre aqueles idosos com viso mais comprometida (OR=1,53 95% CI 1,00-2,34). CONCLUSES: O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida demandam aes preventivas e reabilitadoras no sentido de diminuir os fatores de risco para quedas, como o comprometimento da capacidade funcional, a viso deficiente e a falta de estimulao cognitiva.