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Resumo:
Biótipos de buva resistentes aos herbicidas podem apresentar menor habilidade competitiva, comparado com o biótipo suscetível, quando em convivência com a cultura da soja. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a habilidade competitiva de soja com biótipos de buva, resistente e suscetível ao herbicida glyphosate, e identificar as alterações no metabolismo secundário e danos celulares em função da competição. Foram realizados três experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo o primeiro conduzido em série aditiva e os demais em série de substituição, com população de 315 plantas m-2. As variáveis avaliadas foram estatura, área foliar, massa seca, fenóis totais, peroxidação lipídica e extravasamento eletrolítico. A análise da competitividade foi feita por aplicação de diagramas e interpretações dos índices de competitividade. Os biótipos de buva resistente e suscetível ao glyphosate apresentam maior habilidade competitiva que o cultivar de soja CD 226 RR, ao passo que os biótipos de buva possuem similar capacidade em competir com a cultura. A interferência interespecífica causa maiores danos à cultura da soja, enquanto a interespecífica é mais prejudicial aos biótipos de buva. A cultura sofre alterações no seu metabolismo secundário em razão da competição com ambos os biótipos de buva.
Resumo:
Organismos epifílicos em C. macrophyllus foram encontrados em duas parcelas amostradas em julho de 1996, em duas áreas com diferentes graus de perturbação pelo fogo, no Parque Estadual do Rio Doce, MG. Quatorze espécies epifílicas foram encontradas incluindo: 11 líquens, uma alga, uma hepática e um fungo. Os líquens totalizaram 81,8% das espécies na área menos perturbada e 72,7% na mais perturbada. A espécie mais abundante foi Porina epiphylla, que ocorreu em 80,8% dos forófitos da primeira área e em 97% dos forófitos da segunda. O número de folhas cobertas em cada forófito, o grau de cobertura em cada folha e a altura dos forófitos foram significativamente diferentes entre as duas áreas, enquanto que a área foliar e o número de folhas por forófito não o foram. Embora diferenças significativas não tenham sido encontradas na composição específica do epifilo entre as duas áreas, a maior ocorrência de folhas cobertas pelo epifilo pode estar associada à perturbação. A penetração de luz, intensificada pelas clareiras, pode ter aumentado o crescimento em altura do forófito e a colonização das folhas pelos organismos epifílicos.
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Plantas sob forte sombreamento (2% ou 6% da luz solar direta) apresentaram, em relação às plantas sob maior nível de luz, menor biomassa, menores taxas de crescimento, menor razão raiz/parte aérea, menor massa foliar específica (MFE), menor razão clorofila a/b e maior razão de área foliar (RAF). Com o aumento da irradiância as plantas apresentaram três tipos de comportamento, dependendo da quantidade de luz dada: 1) até cerca de 20% da luz solar direta as plantas apresentaram, com aumento da luz, aumento de biomassa, das taxas de crescimento relativo (TCR) e de assimilação líquida (TAL), maior alocação de biomassa para a raiz, maior número de folhas, maior MFE, maior razão clorofila a/b e menor razão de peso foliar (RPF) e RAF; 2) entre 20% e 70% de luz as plantas não mostraram alterações morfológicas ou fisiológicas com aumento na quantidade de luz, à exceção de um aumento na razão clorofila a/b; e 3) plantas crescendo em luz solar plena apresentaram uma redução do crescimento em massa seca. As plantas transferidas de 4% para 20 ou 30% de luz mostraram respostas similares àquelas das plantas crescidas sempre em mais luz. A densidade de estômatos mostrou uma leve tendência ao aumento em plantas transferidas para maior quantidade de luz. O menor crescimento em níveis mais fortes de sombreamento e o maior crescimento com aumento de irradiância até 20-30% da luz solar total sugere que a espécie possa se beneficiar do aparecimento de clareiras para sua regeneração. O menor desempenho das plantas em condições de luz plena ou forte sombreamento sugere menor capacidade competitiva da espécie em grandes clareiras ou sob dossel fechado.
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Este estudo comparou a fenologia de três gramíneas nativas do Cerrado em dois níveis estruturais: variação do número de folhas por perfilho (colmo) e do número de perfilhos por planta. As espécies C4 Axonopus marginatus (Trin.) Chase e Trachypogon marginatus (L.f.) Kuntze e a C3 Echinolaena inflexa (Poir.) Chase foram estudadas na Reserva Ecológica do IBGE em Brasília, Distrito Federal, entre novembro de 1996 e junho de 1998. A fenologia de perfilhos foi comparada em três comunidades vegetais: cerrado denso protegido de fogo por 26 anos, campo sujo protegido de fogo por 22 anos e campo sujo queimado bienalmente. A fenologia de folhas foi estudada apenas no cerrado denso. O número de folhas da espécie C3 foi sempre maior que das C4. A área foliar foi constante durante todo o período na espécie C3, mas decresceu nas espécies C4 durante a estação seca. Para as espécies A. marginatus e E. inflexa, o número de perfilhos foi maior no campo sujo protegido, seguido de cerrado denso protegido e do campo sujo queimado. O número de perfilhos de T. spicatus no campo sujo protegido foi o dobro do encontrado no campo sujo queimado; o campo sujo queimado, não diferiu do cerrado denso. As diferenças fenológicas foram mais claras no nível foliar que no de perfilhos. O fogo promoveu a simplificação da arquitetura da planta nas três espécies.
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Vernonia herbacea acumula altas concentrações de frutanos do tipo inulina em seus órgãos subterrâneos de reserva, denominados rizóforos. Foi estudada a influência da adubação nitrogenada no crescimento dessa espécie e na produção de frutanos. Plantas obtidas a partir de fragmentos de rizóforos foram cultivadas em área de cerrado onde receberam três doses de nitrogênio: 6, 12 e 24 kg N.ha-1 na forma de (NH4)2SO4. Plantas jovens, com seis meses de idade, mostraram aumento em altura, área foliar e massa seca da parte aérea e dos rizóforos em resposta ao aumento da dose de nitrogênio. Por outro lado, o teor de frutanos decresceu com o aumento da concentração do nitrogênio. Após doze meses de cultivo, o crescimento das plantas foi estimulado apenas nas doses entre 6 e 12 kg.ha-1 de nitrogênio. Os resultados mostraram, também, que o teor de frutanos em plantas jovens está correlacionado negativamente tanto ao crescimento quanto às concentrações crescentes de nitrogênio. Já as plantas tratadas com 24 kg N.ha-1 chegaram a acumular 6,0 g de frutanos por planta, enquanto nas plantas controle, que não receberam N suplementar, esse valor foi de 3,5 g. Assim, aplicação de 24 kg N.ha-1 é recomendada para uma colheita antecipada (12 meses) visando à produção de frutanos.
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Verificou-se a resposta de crescimento à variação na intensidade de luz de plântulas de três espécies arbóreas da Floresta Tropical Atlântica, Cecropia glazioui Sneth., Cedrela fissilis Vell. e Bathysa australis (A. St.-Hil.) Hook. ex Sch., respectivamente de estádios inicial, intermediário e final de sucessão. As três espécies mostraram, dentro de um determinado gradiente de luz, plasticidade para aumentar a captação de luz quando em baixa irradiância (através de aumento da razão de área foliar -RAF e diminuição da razão entre raiz e parte aérea - R/PA) e plasticidade para aumentar o ganho de carbono e diminuir a transpiração quando em alta irradiância (através dos aumentos da razão R/PA e densidade estomática, e da diminuição da RAF). A plasticidade das espécies em variar determinado parâmetro em função da intensidade de luz foi dependente do gradiente de intensidade de luz aplicado. A plasticidade foi maior nas intensidades mais baixas de luz tanto para C. glazioui quanto para C. fissilis. Para a maior parte dos parâmetros analisados, C. glazioui mostrou maior parte plasticidade para aclimatar-se à maior irradiância, que C. fissilis. As variações apresentadas pelas espécies na morfologia e fisiologia em relação à variação na intensidade de luz são consistentes com o local de ocorrência de cada espécie.
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Vários estudos têm procurado estabelecer relações entre as condições ambientais e as propriedades foliares. Neste trabalho foram medidas as concentrações de pigmentos (clorofilas a, b, carotenóides e antocianinas), N e P e área foliar específica (AFE) em folhas de seis espécies de cerrado (sendo três decíduas e três sempre-verdes) em dois sítios de cerrado stricto sensu com diferenças de cobertura arbustiva-arbórea e em diferentes períodos: início do período seco (junho), fim da seca (setembro) e início das chuvas (novembro). As concentrações de nutrientes variaram mais em função da fenologia e da sazonalidade do que em relação às diferenças estruturais nos sítios, ao contrário do que foi observado para os pigmentos foliares. Os maiores valores de concentração de clorofilas a e b foram encontrados no início (junho) em relação ao final da seca (setembro) nas duas áreas. Em junho, as concentrações de clorofilas a e b foram maiores na área mais densa enquanto a razão clorofila a/b foi menor. A razão clorofila total/carotenóides também foi significativamente maior no cerrado fechado em relação ao aberto nesse período devido às maiores concentrações de clorofilas no primeiro sítio. Espécies decíduas apresentaram maiores médias de AFE em relação às sempre-verdes, tanto na estação seca como na chuvosa, mas concentrações mais elevadas de N e P foram encontradas em espécies sempre-verdes em relação às decíduas. Nos dois grupos fenológicos, as concentrações foliares de N e P e a razão N:P foram maiores na estação chuvosa (novembro) em relação à estação seca (junho).
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O principal objetivo deste estudo foi comparar as variações nas concentrações foliares de nutrientes de 15 espécies lenhosas do cerrado sensu stricto pertencentes a diferentes grupos fenológicos para determinar a influência da deciduidade na nutrição mineral. As principais hipóteses foram que espécies sempre-verdes apresentariam menores concentrações de nutrientes foliares, menor área foliar específica e menor variação sazonal que espécies decíduas porque suas folhas persistem por mais de um ciclo anual de estações seca e chuvosa. O estudo foi realizado em um cerrado sensu stricto na Reserva Ecológica do IBGE no Distrito Federal. Folhas completamente expandidas coletadas de três indivíduos de cada espécie, em intervalos de dois meses durante um ano, foram analisadas. A área foliar específica também foi determinada. A concentração de N, P, K, Ca e Mg e a variação sazonal foram menores nas espécies sempre-verdes do que nas decíduas. Espécies decíduas mostraram as maiores concentrações de N, P e K no inicio da estação chuvosa, época em que as folhas encontram-se recentemente maduras e suas concentrações decresceram até o começo da próxima estação seca. Concentrações de Ca foram maiores no final da estação seca. Espécies brevidecíduas tiveram menores concentrações de N e P que espécies decíduas e maiores concentrações de N, P, Ca e Mg que as sempre-verdes. A área foliar específica média das espécies sempre-verdes (54,0 cm² g-1) foi menor do que a das decíduas (67,0 cm² g-1) e brevidecíduas (83,5 cm² g-1). A área foliar específica foi correlacionada com N e P. Houve diferenças não só entre espécies decíduas e sempre-verdes, mas também entre espécies decíduas e brevidecíduas.
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O experimento foi conduzido na Área Experimental e Didática do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel", Universidade Federal de Pelotas, com objetivo de avaliar o efeito de uso de lotes de sementes com diferentes níveis de qualidade fisiológica, sobre a emergência e o crescimento inicial de plântulas de arroz irrigado. Foram testados dois níveis de qualidade fisiológica, sendo o nível alto, correspondente a lotes de sementes com germinação acima de 95% e o nível baixo, correspondente a lotes com germinação entre 80 a 85%. Os diferentes lotes de sementes da classe fiscalizada, da cultivar IRGA 417 foram obtidos de produtores de sementes credenciados junto à CESM/RS. O uso de sementes de menor qualidade fisiológica provocou redução, retardamento e desuniformidade na emergência em campo, continuando posteriormente a atuar após a emergência em plantas isoladas de arroz, afetando a produção de biomassa seca e de área foliar. O benefício do uso das sementes de maior qualidade fisiológica ocorreu devido à produção de plantas com maior tamanho inicial, que, conseqüentemente, proporcionou maiores taxas de crescimento da cultura. As diferenças observadas no crescimento da cultura entre plantas provenientes de sementes de diferentes níveis de qualidade fisiológica foram diminuindo com o avanço no período de crescimento devido às maiores taxas de crescimento relativo apresentadas pelas plantas de sementes de menor qualidade
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O milho (Zea mays L.) é uma planta de clima tropical que exige calor e umidade para produzir satisfatoriamente e proporcionar rendimentos compensadores. Diversos fatores podem comprometer a germinação das sementes e a emergência de plântulas no campo, merecendo destaque a semeadura em solos com baixas temperaturas. Em regiões que predominam condições de baixas temperaturas, seria importante o uso de sementes mais tolerantes a essa condição de estresse. Sementes de milho apresentam variabilidade genética para a germinação a baixas temperaturas. O objetivo deste trabalho foi classificar genótipos de milho quanto a tolerância das sementes à baixa temperatura de germinação, identificando àqueles com potencial para utilização em semeadura precoce. Avaliaram-se 16 genótipos provenientes do programa de melhoramento de milho da empresa KSP Sementes e Pesquisas Ltda., sendo 10 linhagens em diferentes estádios endogâmicos, seis populações de fecundação aberta e três híbridos simples comerciais, recomendados para semeadura precoce na Região Sul do Brasil. A avaliação da qualidade fisiológica das sementes foi feita pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, comprimento de plântula, biomassa seca, área foliar e radicular nas temperaturas de 25°C e 10°C. Foram realizadas análises eletroforéticas para os sistemas isoenzimáticos da fosfatase ácida, esterase e peroxidase. Os resultados permitiram classificar os genótipos quanto à tolerância das sementes à baixa temperatura, evidenciando que há variabilidade entre eles e potencialidades para serem usados em semeadura precoce na região sul do Brasil.
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O trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento individual e de populações de plantas de arroz híbrido originadas de sementes de alto e de baixo vigor, dentro de populações que foram constituídas de diferentes combinações de distribuição dessas plantas ao longo da linha de semeadura. O experimento foi conduzido em condições de campo na Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão/RS, constando de cinco tratamentos (proporções de 0, 25, 50, 75 e 100% de plantas originadas de sementes de alto vigor na população). Para tanto, utilizou-se sementes de arroz do híbrido Avaxi da empresa RiceTec®, originadas de dois lotes devidamente caracterizados como alto e baixo vigor. A semeadura de cada lote foi realizada em bandejas distintas com solo como substrato. Após a emergência das plântulas foi realizado um desbaste nas bandejas, retirando as plantas mais precoces no lote de baixo vigor e as plântulas mais tardias no lote de alto vigor, com o propósito de utilizar as plântulas emergidas no dia de maior freqüência de emergência em cada um dos níveis de vigor. O transplante das plantas foi realizado aos 20 dias após a semeadura. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso com 3 repetições. Avaliou-se: a estatura das plantas aos 60 Dias Após Transplante (DAT), área foliar, número de perfilhos aos 60 DAT, número de panículas por planta aos 115 DAT, número de grãos por panícula, número de grãos por planta, e rendimento de grãos por planta. As plantas originadas de sementes de alto vigor apresentaram desempenho superior às plantas provenientes de sementes de baixo vigor para as características avaliadas, independente do sistema de distribuição das plantas ao longo da linha de semeadura. O uso de sementes de alto vigor no estabelecimento de comunidades de arroz híbrido proporciona acréscimos superiores a 30% no rendimento de grãos.
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O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do vigor de sementes sobre características agronômicas em plantas de arroz, híbrido Avaxi, cultivadas isoladamente. Utilizou-se dois lotes de sementes, procedentes da empresa RiceTec®, caracterizados como alto e baixo vigor. A semeadura foi realizada direto no campo, em covas espaçadas de 50 cm de forma a manterem as plantas isoladas. Foi feita a semeadura com 10 sementes por cova para permitir posterior desbaste, deixando ao final uma planta por cova. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso com 20 repetições. Testaram-se dois tratamentos; plantas originadas de sementes de alto e de baixo vigor, sendo cada parcela constituída por uma única planta. A correção da fertilidade foi realizada de acordo com análise de solo e o controle de plantas invasoras realizado manualmente. Avaliou-se: altura das plantas aos 60 e 115 dias após a emergência, na ocasião da colheita o número de panículas por planta, área foliar, massa da matéria seca da parte aérea da planta, número de grãos por panícula, número de grãos por planta, peso de 1000 sementes e rendimento de grãos por planta. Conclui-se que a qualidade fisiológica das sementes utilizadas para o estabelecimento das plantas, afeta o desempenho das plantas adultas. Sementes de alto vigor originam plantas com maior potencial fisiológico o que se refle em maior crescimento e maior rendimento de grãos.
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O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do estresse salino induzido por diferentes potenciais osmóticos das soluções de NaCl, KCl e CaCl2, na germinação de sementes e no vigor de plântulas de milho. O trabalho foi constituído por dois experimentos realizados no Laboratório de Sementes da Universidade Federal da Grande Dourados e em casa de vegetação da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados-MS. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 3 x 6, com quatro repetições, sendo o primeiro fator constituído pelos sais e o segundo pelos potenciais osmóticos: 0,0; -0,2; -0,4; -0,8; -1,2 e -1,6MPa. Foram analisadas as variáveis: Experimento 1 - porcentagem de germinação, comprimento de parte aérea e comprimento da raiz primária; Experimento 2 - altura final de planta, comprimento radicular, diâmetro de colmo, área foliar, teor de clorofila e massa seca de parte aérea e de raiz. A germinação não foi afetada pelo estresse salino. A diminuição do potencial osmótico nas soluções de KCl e NaCl, causou decréscimos no comprimento de parte aérea e acréscimos no comprimento da raiz primária. A condição de estresse provocada pelos sais proporciona comportamento diferenciado no vigor de plântulas de milho. O efeito salino do NaCl é maior nas características altura de planta, comprimento radicular, área foliar e massa seca de raiz.
Resumo:
Os efeitos do vigor de lotes de sementes sobre a emergência das plântulas e estabelecimento do estande, principalmente sob condições menos favoráveis de ambiente, estão bem documentados na literatura. Porém, há necessidade de intensificar a pesquisa para esclarecer as relações entre o potencial fisiológico das sementes e o desempenho das plantas em campo; este foi o principal objetivo deste estudo.Utilizaram-se duas cultivares de ervilha, 'Telefone Alta' (crescimento indeterminado) e 'Itapuã' (determinado), cada uma representada por quatro lotes armazenados, durante oito meses, em três ambientes: laboratório, câmara fria e seca (10 ºC e 30% de umidade relativa do ar) e ambiente controlado (20 ºC e 70% de umidade relativa do ar); este procedimento permitiu criar diferenças entre o potencial fisiológico dos lotes de cada cultivar. Após a determinação da germinação e do vigor (condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, comprimento e emergência de plântulas), foi conduzido ensaio de campo, realizando-se avaliações do estande inicial e final, altura e área foliar de plantas, número de vagens e produção de grãos verdes e secos. O vigor das sementes de ervilha influencia a emergência de plântulas e o estabelecimento do estande em campo, especialmente em lotes pouco vigorosos. O vigor de sementes de ervilha afeta negativamente o desenvolvimento das plantas e a produção final, quando há redução acentuada do estande; a extensão desses efeitos é proporcional à intensidade dessa redução.
Resumo:
A ferrugem da folha é a moléstia de maior importância econômica para a cultura da aveia e a resistência qualitativa, geralmente utilizada para o seu controle, apresenta pouca durabilidade. A utilização de resistência parcial, caracterizada pelo progresso lento da moléstia, tem sido reconhecida como alternativa para obtenção de genótipos com resistência mais durável. Os objetivos deste trabalho foram determinar o progresso da ferrugem, o controle genético da resistência, e identificar marcadores moleculares associados a essa resistência, em várias gerações e anos. Populações F2, F3, F4, F5 e F6 do cruzamento UFRGS7/UFRGS910906 (sucetível/parcialmente resistente) (1998, 1999 e 2000) e F2 do cruzamento UFRGS7/UFRGS922003 (1998), foram avaliadas a campo quanto à porcentagem de área foliar infectada, para determinar a área sob a curva do progresso da doença (ASCPD). Mapeamento molecular, com marcadores AFLP (amplified fragment length polymorphism), foi realizado em F2 e F6, do primeiro cruzamento, identificando marcadores associados à resistência quantitativa (“quantitative resistance loci” ou QRLs). Resultados de três anos evidenciaram alta influência do ambiente na expressão da resistência, apresentando, entretanto, variabilidade genética para resistência parcial nas populações segregantes. A distribuição de freqüências do caráter ASCPD nas linhas recombinantes F5 e F6 foi contínua, indicando a presença de vários genes de pequeno efeito em seu controle. Estimativas de herdabilidade variaram de moderada a alta. O mapa molecular F2 foi construído com 250 marcadores, em 37 grupos de ligação, e o mapa F6 com 86 marcadores em 17 grupos de ligação. Cinco QRLs foram identificados na F2 e três na F6. O QRL identificado na F6, pelo marcador PaaMtt340 apresentou consistência em dois ambientes.