920 resultados para Single Health System
Resumo:
Investiga os determinantes para a existncia de um sub-sistema nao institucional de ateo sade compondo, juntamente com a medicina oficial, o sistema de sade das regies urbanas. Discute criticamente o enfoque dado pela teoria da modernizao, segundo o qual, ocorreria o desaparecimento das prticas ditas tradicionais com o advento dos processos de urbanizao e industrializao. Para esta discusso, destaca a importcia da anlise do fator cultural nas representaes de sade e doena dos usurios, valendo-se de contribuies tericas de cunho historico-cultural
Resumo:
Esta dissertao analisa como as estratgias de entrada de mercado adotadas por uma organizao privada de sade contriburam para a formao dos recursos e capacidades dos seus novos empreendimentos e para o desempenho desses negcios. Para tanto, este trabalho recorre a reviso bibliogrfica sobre Entrada de Mercado e Teoria dos Recursos da Firma (RBV) e aplica um estudo de caso no Fleury S.A., apoiado em entrevistas semi-estruturadas com os altos executivos da organizao. Os empreendimentos Check-up, Hospital-Dia e a Holding NKB so estudados em profundidade e evidenciam caractersticas distintas de entrada, que variam conforme os laos de ligao com o Fleury: por meio do crescimento interno, da formao de uma Joint Venture e da criao de uma Spin-off. Como resultados, verifica-se a convergncia da literatura de Entrada de Mercado e RBV, em que os recursos e capacidades do potencial entrante tm um importante impacto no modo de entrada, bem como em sua performance ps-entrada de mercado. Por outro lado, a inexperincia no novo mercado e as analogias equivocadas foram observadas como as principais responsveis pela entrada inapropriada em um novo mercado.
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O objetivo deste estudo avaliar o processo de implementao da Licena Compulsria no caso do anti-retroviral efavirenz. Esta pesquisa de carter descritivo, o meio de investigao foi o estudo de caso e foi conduzido com entrevistas semi-estruturadas contendo questes abertas para um conjunto de atores representativos da rea da Sade Pblica que participaram do processo da licena compulsria residentes nos estados do Rio de Janeiro e So Paulo e no Distrito Federal durante os meses de outubro a dezembro de 2009. Permitiu-se que esses indivduos se expressassem mais ou menos livremente de forma que eles produzissem discursos. Para a anlise dos discursos, utilizou-se a tcnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados demonstraram que o Brasil possui capacitao tecnolgica para desenvolver e produzir anti-retrovirais em um prazo relativamente curto. Os resultados mostram ainda que a Licena Compulsria ajudou a refrear os gastos com anti-retrovirais e que o instrumento pode ser utilizado para garantir o acesso da populao a medicamentos anti-retrovirais de alto custo e estratgicos para o Sistema nico de Sade em um ambiente de recursos limitados sempre que se chegar a um impasse na negociao para reduo de preos com os laboratrios farmacuticos transnacionais.
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O presente trabalho aborda o desempenho dos sistemas municipais de sade, tendo como foco a sade materno-infantil. Com o objetivo de apontar as possveis fragilidades dos sistemas de sade, especificamente daqueles em que a Ateno Primria (AP) a principal ou exclusiva estratgia de atuao da gesto municipal, foi criado um modelo terico de avaliao dos indicadores de sade, denominado de ADS. Aplicado s cidades com populao entre 14 mil e 35 mil habitantes, onde o sistema de sade se baseia exclusivamente na poltica de AP, esse modelo foi construdo por meio da tcnica de consenso, com a formao de um grupo de 12 especialistas na rea de sade coletiva para definio e validao de critrios para anlise dos sistemas. Testado na cidade de Iati, localizada no Agreste Meridional e distante 282 quilmetros da capital pernambucana, o ADS apontou fatores ambientais e socioeconmicos abaixo da mdia, alm de vulnerabilidades da assistncia materno-infantil que influenciam negativamente a situao de sade do municpio. A avaliao verificou ainda desempenho insatisfatrio no que diz respeito ao acompanhamento das crianas e gestantes por meio de consultas mdicas (efetividade); assistncia criana (continuidade); cobertura de consultas em crianas e imunizao de gestantes (acesso aos servios da Ateno Primria); produtividade das aes realizadas pelos profissionais de sade (eficincia) e capacidade de investigao dos bitos infantis, qualidade dos registros e controle da sfilis em gestantes (vigilncia sade). Tambm foi observada baixa alocao de investimentos em sade em combinao com a carncia de recursos humanos e materiais para prestar os servios. Ao final da pesquisa, foi possvel constatar a viabilidade de aplicao do modelo para planejamento das auditorias, avaliando o desempenho dos indicadores de sade no mbito municipal.
Resumo:
A necessidade de coibir o descontrole do mercado dos planos de sade tornou-se uma questo importante no cenrio nacional, na dcada de 90. Desta forma, 10 anos aps a criao do Sistema nico de Sade (SUS), em um contexto de presses e de baixa regulao dos planos de sade, instituiu-se a Lei no 9.656/1998, uma legislao indita no Brasil, pois regulou as atividades das operadoras de planos de sade (OPSs) em nvel nacional. Dentre outras questes, a Lei estabeleceu a poltica de ressarcimento ao SUS, impondo no Artigo no 32 o ressarcimento pelas OPSs das despesas geradas ao SUS quando um beneficirio usa a rede pblica para um procedimento coberto pelo seu plano. No entanto, esta poltica parte dos conflitos que se situa no limite dos interesses entre o setor privado e pblico: as OPSs j em 1998 moveram uma ao direta de inconstitucionalidade contra a mesma e tm recorrido frequentemente ao judicirio para no pagarem os valores cobrados pela Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS). Aps 12 anos da Lei, ainda no se conhece o seu real impacto. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade da poltica de ressarcimento ao SUS. A metodologia utilizada baseou-se na avaliao de dados produzidos pela ANS e pelo Ministrio da Sade/DATASUS, e das entrevistas realizadas com gerentes da rede pblica e privada. Apesar das aes da ANS, os resultados apontaram a reduzida efetividade da poltica em termos financeiros, jurdicos e sobre o seu pblico-alvo. Apenas 22% do cobrado s OPSs foi restitudo ao Sistema nico de 1999 a 2006, a poltica vista como inconstitucional pelo mercado e tem reduzido impacto sobre as OPSs, o SUS e os beneficirios. Questes como os valores da tabela nica nacional de equivalncia de procedimentos (TUNEP), a inconstitucionalidade do ressarcimento e a opo do beneficirio pelo uso do SUS foram explicitadas pelos gestores de planos de sade como fatores geradores de resistncia das OPSs frente poltica. Os dirigentes pblicos afirmaram a importncia da mesma para tutela de beneficirios e do SUS, como de ter viabilizado a construo do Cadastro de Beneficirios da ANS, porm, reconhecem os seus baixos resultados. Recomenda-se a manuteno do ressarcimento ao Sistema nico como um instrumento para coibir empresas que procuram contornar as exigncias legais da Agncia Reguladora, a qual atua promovendo a defesa do interesse pblico na assistncia suplementar sade. No entanto, a mesma deve sofrer as devidas reformulaes e devem ser estabelecidos consensos entre o SUS e o setor suplementar.
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Este estudo reflete uma preocupao pessoal com a efetividade da jurisdio na questo do direito fundamental sade e os dilemas que se apresentam ao juiz, o- brigado a decidir sobre questes complexas e que transcendem matria jurdica. A Constituio Federal de 1988 estabeleceu, no artigo 6o, que a sade um direito social a ser disponibilizado pelo Estado. J o artigo 196 diz que a sade direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante polticas sociais e econmicas. O acesso s aes e servios universal e gratuito, constituindo o SUS em patrimnio social e o nico respaldo da maioria da populao em caso de doena. A realidade dos servios oferecidos est distante das formulaes constitucionais. H aspectos, contudo, em que ele funciona e elogiado, como a poltica pblica de medicamentos para portadores de AIDS. As demandas judiciais so crescentes, em especial em busca de medicamentos, sempre dispendiosos e diferentes dos disponibilizados pelo servio pblico. Esta atuao judicial tem se dado de forma pouco racional, no havendo uma fundamentao das decises, causando fortes impactos nos oramentos. O Judicirio passa a ser visto como um elemento perturbador, criando pontos de tenso com os gestores pblicos. Para contribuir com algum elemento, sem ter a pretenso de esgotar a matria, a- presento um resumo do percurso histrico-social da matria na evoluo da socie- dade brasileira. A construo das polticas pblicas em sade e seus formuladores. Os princpios em direito sanitrio e as polticas em torno dos medicamentos. Reunidos estes elementos, verificam-se as decises judiciais, procurando identificar os fundamentos e os critrios que orientaram os julgados e as tendncias observa- das. Investiga-se sobre a Audincia Pblica no 4, percebida como prtica inovadora na administrao da Justia, que no se esgota em si, e prossegue gerando repercusses. Constata-se e conclui-se que o direito sade se afirma de forma preponderante por polticas pblicas e o Poder Judicirio esfora-se por construir uma poltica institucional para melhor cumprir o seu papel.
Resumo:
A presente dissertao procura analisar as condies de implantao do Sistema nico de Sade, identificando dilemas e desafios para a institucionalizao do SUS. O estudo apresenta uma sntese histrica da Poltica Pblica de Sade no Brasil, ressaltando as dicotomias entre as aes de natureza preventiva, patrocinadas ao longo do tempo pelo Ministrio da Sade, e as de natureza assistencial, afetas ao Ministrio da Previdncia Social. Nesta perspectiva, o resgate do processo de formulao e implementao das aes integradas e descentralizadas de sade comparece como de fundamental importncia para a consolidao dos pressupostos do SUS, baseados nas diretr;zes constitucionais de universalidade, integralidade, descentralizao e participao da comunidade na gesto do Sistema. Os limites desta consolidao so medidos atravs da verificao das competncias das diferentes esferas de governo; do exerccio do controle social pela populao; e, das possibilidades de financiamento do sistema.
Resumo:
luz do institudo pela Constituio Federal de 1988, os direitos fundamentais passaram a ser vistos sob um novo olhar. Todavia, temas considerados complexos, como o transexualismo, segundo a Classificao Internacional das Doenas (CID 10) considerado Transtorno de Identidade Sexual, ainda suscitam maior aprofundamento por parte da sociedade, do poder judicirio e do poderes executivo e legislativo. O Sistema nico de Sade SUS passou a permitir a cirurgia de transgenitalizao no Brasil, na qual se opera a redesignao de sexo, tendo sido estipulados por lei critrios para a sua realizao. Aps a cirurgia, surge um problema: o da identidade civil, uma vez que o novo gnero da pessoa operada no se coaduna com o seu registro civil, causando-lhe constrangimento. No h lei que regule a matria. A partir desta constatao, o presente estudo se prope a explorar as decises judiciais de todos os estados da Federao, por intermdio de pesquisa nos sites dos seus respectivos tribunais, bem como das cortes superiores, buscando os termos transexual e prenome e utilizando o filtro temporal a partir de 1988, ano da promulgao da Carta Cidad, at final de 2010. Tendo em vista a falta de lei que normatize a matria, o escopo primordial consiste na obteno de uma narrativa de como vm sendo decididas as demandas na temtica ora proposta. A concluso do trabalho sugere que apesar de no haver um marco normativo estabelecido, o discurso do poder judicirio se utiliza de diversos argumentos de ordem social, psicolgica e jurdica, devidamente sistematizados e apreciados, bem como de princpios jurdicos, sendo, nesse caso, o princpio da dignidade da pessoa humana, previsto na Carta Magna, o mais utilizado.
Curso evolutivo e fatores de progresso da nefropatia diabtica em pacientes com diabete melito tipo 2
Resumo:
A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.
Resumo:
O estudo aborda o tema do financiamento do SUS, procurando fazer uma reconstruo histrica evidenciando os embates intra Poder Executivo, entre as reas de Sade e Fazenda e procurando compreender quais foram os fatores que refletiram nas dificuldades de resoluo da questo durante todo o perodo que se seguiu criao do SUS na Constituio Federal de 1988. Para isso, procuramos entender quais foram os constrangimentos e restries impostas a essa poltica, especialmente nos governo de Fernando Henrique Cardoso e Lula. Procuramos entender em que medida os diferentes contextos sociais, polticos e econmicos desses governos levaram opo pela no priorizao do equacionamento da insuficincia de recursos. Nesse sentido, procuramos compreender se houve um carter de continuidade entre esses governos. Destacamos todas as dificuldades de carter financeiro enfrentadas por essa poltica universal na dcada de 90 at 2010, a luta pela ampliao de recursos e as solues que se apresentaram, especialmente a CPMF, Emenda Constitucional n. 29, bem como sua regulamentao. Ressaltamos tambm o papel do Executivo e do Legislativo na produo de legislao em sade, bem como os conflitos entre as reas de Sade e Fazenda e o papel dos rgos de fiscalizao e controle (Tribunal de Contas da Unio e Ministrio Pblico Federal). Como resultados, apresentamos as evidncias de que houve continuidade na abordagem do tema do financiamento do SUS nos governos FHC e Lula e de que a agenda que prevaleceu foi a da rea econmica. Apesar disso, a rea de sade conseguiu preservar-se como direito social universal e obteve muitos avanos.
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Este trabalho estuda empiricamente alguns fatores determinantes das transferncias intergovernamentais na rea da sade no Brasil. Em especial, discute e investiga a existncia de uma relao positiva entre arrecadao municipal e o recebimento de recursos federais atravs do Sistema nico de Sade (SUS) pelos municpios brasileiros. Como a legislao do SUS atrela gastos dos municpios obrigatrios em sade a uma parcela de sua arrecadao, o fenmeno tambm pde ser investigado luz da teoria do flypaper effect. A anlise emprica foi realizada atravs da estimao de modelos em painel com efeitos fixos. Para tanto, utilizou-se dados dos municpios brasileiros no perodo de 2002 a 2010, obtidos, em sua maioria, atravs do Departamento de Informaes do SUS (DATASUS) e do Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos em Sade (SIOPS), ambos do Ministrio da Sade. Os resultados apontam que a arrecadao municipal exerce, de fato, um impacto positivo e significante sobre o recebimento de transferncias. Considerando o aspecto redistributivo, essa relao pode no ser desejvel. Argumentamos sobre a possibilidade de que os recursos repassados pelo SUS no sejam suficientes, de modo que uma contrapartida financeira dos governos locais seria necessria para cobrir os custos dos programas e servios em sua totalidade. Foram identificados tambm indcios de que pode haver fatores polticos influenciando o recebimento de recursos do SUS.
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This article starts by analysing healthcare litigation in Brazil by means of a literature review of articles that contribute with empirical findings on this phenomenon. Based on this review, I argue that health care litigation in Brazil makes the public health system less fair and rational. In the second part of this article, I discuss the three most overarching responses to control the level of litigation and its impact on the public health system: (i) the public hearing held by the Supreme Federal Court and the criteria the court established thereafter; (ii) the recommendations by the National Council of Justice aimed at building courts institutional capacity; and (iii) the enactment of the Federal Law 12.401/11, which created a new health technology assessment system. I argue that latter is the best response because it keeps the substantive decisions on the allocation of healthcare resources in the institution that is in the best position to make them. Moreover, this legislation will make the decisions about provision of health treatments more explicit, making easier for courts to control the procedure and the reasons for these decisions.
Resumo:
Contexto: O diabetes mellitus (DM) uma causa importante de morbimortalidade nas sociedades ocidentais devido carga de sofrimento, incapacidade, perda de produtividade e morte prematura que provoca. No Brasil, seu impacto econmico desconhecido. Objetivos: Dimensionar a participao do DM nas hospitalizaes da rede pblica brasileira (1999-2001), colaborando na avaliao dos custos diretos. Especificamente, analisar as hospitalizaes (327.800) e os bitos hospitalares (17.760) por DM como diagnstico principal (CID-10 E10-E14 e procedimento realizado) e estimar as hospitalizaes atribuveis ao DM, incluindo as anteriores e aquelas por complicaes crnicas (CC) e condies mdicas gerais (CMG). Mtodos: A partir de dados do Sistema de Informao Hospitalar do Sistema nico de Sade (SIH/SUS) (37 milhes de hospitalizaes), foram calculados indicadores por regio de residncia do paciente e sexo (ajustados por idade pelo mtodo direto, com intervalos de confiana de 95%), faixas etrias, mdias de permanncia e de gastos por internao e populacional em US$. Realizou-se regresso logstica mltipla para o desfecho bito. As prevalncias de DM foram combinadas aos riscos relativos de hospitalizao por CC e CMG (metodologia do risco atribuvel) e somadas s internaes por DM como diagnstico principal. Utilizou-se anlise de sensibilidade para diferentes prevalncias e riscos relativos. Resultados: Os coeficientes de hospitalizaes e de bitos hospitalares e a letalidade por DM como diagnstico principal atingiram respectivamente 6,4/104hab., 34,9/106hab. e 5,4%. As mulheres apresentaram os coeficientes mais elevados, porm os homens predominaram na letalidade em todas as regies. O gasto mdio (US$ 150,59) diferiu significativamente entre as internaes com e sem bito, mas a mdia de permanncia (6,4 dias) foi semelhante. O gasto populacional equivaleu a US$ 969,09/104hab. As razes de chances de bito foram maiores para homens, pacientes 75 anos, e habitantes das regies Nordeste e Sudeste. As hospitalizaes atribuveis ao DM foram estimadas em 836,3 mil/ano (49,3/104hab.), atingindo US$ 243,9 milhes/ano (US$ 14,4 mil/104hab.). DM como diagnstico principal (13,1%), CC (41,5%) e CMG (45,4%) responderam por 6,7%, 51,4% e 41,9% respectivamente dos gastos. O valor mdio das internaes atribuveis (US$ 292) situou-se 36% acima das no-atribuveis. As doenas vasculares perifricas apresentaram a maior diferena no valor mdio entre hospitalizaes atribuveis e no-atribuveis (24%), porm as cardiovasculares destacaram-se em quantidade (27%) e envolveram os maiores gastos (37%). Os homens internaram menos (48%) que as mulheres, porm com gasto total maior (53%). As internaes de pacientes entre 45-64 anos constituram o maior grupo (45%) e gastos (48%) enquanto os pacientes com 75, os maiores coeficientes de hospitalizao (350/104hab.) e de despesa (US$ 93,4 mil/104hab.). As regies mais desenvolvidas gastaram o dobro (/104hab.) em relao s demais. Consideraes Finais e Recomendaes: As configuraes no consumo de servios hospitalares foram semelhantes s de pases mais desenvolvidos, com importantes desigualdades regionais e de sexo. O gasto governamental exclusivamente com hospitalizaes atribuveis ao DM foi expressivo (2,2% do oramento do Ministrio da Sade). A ampliao de atividades preventivas poderia diminuir a incidncia do DM, reduzir a necessidade de internaes, minimizar as complicaes e minorar a severidade de outras condies mdicas mais gerais.
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Este trabalho aborda as representaes e prticas dos fisioterapeutas inseridos no Sistema nico de Sade. Com o intuito de desvendar o modo de pensar e agir, alm do nvel de insero que alcanou a fisioterapia dentro do Sistema nico de Sade, busquei compreender a lgica orientadora de suas aes teraputicas bem como sua adequao s diretrizes desse Sistema. Para tal, utilizei uma abordagem antropolgica de cunho qualitativo com o privilgio da observao participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas em dois servios de sade de Porto Alegre: um hospital e um ambulatrio de nvel secundrio. A reviso histrica da profisso ajudou na contextualizao e, deste modo, entender por que os fisioterapeutas esto centrados na abordagem fsica das pessoas. Esse modo de tratar as pessoas ensinado aos profissionais no processo de formao e reforado na prtica profissional dirigida reabilitao, tendo o manuseio do paciente um valor importante para o fisioterapeuta. Por sua vez, este tipo de trabalho manual associado a um papel feminino do cuidado so fatores de demrito frente as outras profisses da sade. Isto refora a posio hierrquica inferior que o profissional possui dentro do Sistema nico de Sade, que em alguns momentos confundido como um especialista da medicina fsica. Desse modo, este trabalho contribuiu para repensarmos as concepes de sade que so ensinadas na academia, o que vem a ser o fazer fisioteraputico, bem como, a integralidade das aes teraputicas dentro do Sistema nico de Sade.
Resumo:
O objetivo dessa pesquisa fazer uma avaliao dos resultados obtidos por novas polticas de sade implementadas em escala municipal. Essa avaliao foi feita pela caracterizao do processo de cesso parcial da rede de Ateno Bsica de um municpio de mdio porte - Suzano, SP - para gesto pelo setor privado por meio de convnio. A parceria com o setor privado na prestao de servios de sade uma das mais importantes polticas introduzidas no Sistema nico de Sade (SUS) desde sua criao; contudo, existem poucos estudos que avaliem o seu impacto na sade da populao ou no acesso aos servios de sade, e isso se deve falta de compreenso sobre os variados tipos de interao entre o sistema de sade e os atores sociais e instituies que esto envolvidos em sua implementao e gesto. O estudo foi realizado com pesquisa bibliogrfica sobre a contratualizao, convnios e parcerias na sade brasileira, seguida de trabalho de campo no municpio de Suzano. L foram ouvidos gestores pblicos na Secretaria Municipal de Sade (SMS) e, depois, foram realizadas 19 entrevistas semi-estruturadas com gerentes, mdicos e enfermeiros de 12 equipamentos de sade da rede de Ateno Bsica municipal. Depois foram realizadas outras 4 entrevistas com gestores da SMS. O conjunto de unidades investigado reflete a diversidade de bairros, populaes e necessidades de sade de um municpio de porte mdio, com uma rede de sade bastante sofisticada e avaliada positivamente dentro dos parmetros nacionais. Verificou-se que, apesar das dificuldades e dos objetivos que ainda no foram alcanados, existe um padro recorrente na gesto do SUS que bastante positivo: as reformas federais que foram implementadas paulatinamente desde 1990 tm baseado-se em avaliaes corretas sobre os problemas do SUS e, ainda que lentamente, tm conseguido produzir transformaes positivas no mesmo.