993 resultados para Vaccinium vitis-idaea
Resumo:
Atualmente, há interesse crescente no cultivo de cultivares de uvas apirenas no Brasil, devido ao aumento na demanda e ao alto valor recebido pelos seus frutos, além da possibilidade de produção em épocas de pouca oferta no mercado mundial. Este trabalho teve o objetivo de introduzir e avaliar o desempenho agronômico das cultivares Catalunha, Sultanina, Crimson Seedless e Superior Seedless enxertadas sobre 'IAC 572 Jales'. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Mocambinho, distrito de Jaíba-MG, em delineamento inteiramente casualizado, com sete repetições. Foram analisados a fertilidade de gemas, o número e a massa de cachos, e o número e a massa de ramos. O ciclo, da poda à colheita dos cachos, foi de 97 dias para 'Superior Seedless', 104 dias para 'Sultanina', 106 dias para 'Catalunha' e 125 dias para 'Crimson Seedless'. As melhores produtividades foram obtidas nas safras com podas realizadas no primeiro semestre de cada ano, para todas as cultivares. 'Catalunha' apresentou os melhores resultados quanto ao número de cachos por planta e fertilidade de gemas, atingindo produtividade média de 19,0t/ha/ano. A cultivar Catalunha pode ser indicada para o cultivo em Jaíba-MG, sendo, entretanto, necessários novos estudos de manejo para o aumento da fertilidade de gemas de 'Crimson Seedless', 'Sultanina' e 'Superior Seedless'.
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O manejo do dossel vegetativo da videira pode causar modificações na composição e na qualidade da uva e do vinho. Dentre as práticas culturais utilizadas para essa finalidade, destacam-se as relacionadas à poda verde. Nesse sentido, visando a melhorar a qualidade do mosto da uva Merlot, conduziu-se este experimento com diferentes modalidades de poda verde. O trabalho foi realizado de 1993/1994 a 1996/1997, num vinhedo conduzido em latada. Houve 12 tratamentos e três repetições, sendo o delineamento experimental em blocos casualizados. Os tratamentos constituíram-se da testemunha e de 11 diferentes modalidades de poda verde, i.e., desbrota, desponta e desfolha, algumas delas em diferentes épocas do ciclo vegetativo da videira. Os resultados mostram que houve variação de ano para ano, mas, considerando a média dos quatro anos de avaliação, constatou-se que os tratamentos 10 (desbrota + desponta + desfolha realizada no início da floração e eliminando todas as folhas abaixo dos cachos) e 9 (desbrota + desfolha realizada 21 dias antes da colheita e eliminando metade das folhas abaixo dos cachos) proporcionaram maior síntese e acúmulo de açúcar na uva, o que é expresso pelo ºBrix e pela densidade, e menor de acidez, expressa pelos ácidos tartárico e málico, pH e acidez titulável. Num segundo plano, mas ainda eficientes, citam-se os tratamentos 11 (desbrota + desponta + desfolha realizada 21 dias antes da colheita e eliminando metade das folhas abaixo dos cachos), 2 (desponta) e 3 (desfolha no início da floração e eliminando todas as folhas abaixo dos cachos).
Níveis de produção em vinhedos de altitude da cv. Malbec e seus efeitos sobre os compostos fenólicos
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O presente trabalho teve como objetivo obter informações sobre a evolução dos compostos fenólicos, de acordo com o nível de raleio de cachos, durante a maturação de uvas cv. Malbec, de modo a estabelecer critérios que contribuam para definir o manejo mais apropriado ao vinhedo. Os ensaios foram conduzidos durante as safras de 2005/06 e 2006/07, em um talhão do vinhedo Villa Francioni, no município de São Joaquim - Santa Catarina, com videiras da cultivar Malbec, enxertadas sobre 'Paulsen 1103' conduzidas em espaldeira, com espaçamento de 3,0m x 1,2m e cobertura antigranizo. Os níveis de raleio de cachos, ajustados na virada de cor "véraison", corresponderam a 13 t ha-1 (Testemunha), 11 t ha-1 (T1), 9 t ha-1 (T2) e 7 t ha-1 (T3), compondo um delineamento em blocos casualizados. Avaliou-se a evolução dos compostos fenólicos durante as oito semanas antecedentes à colheita, conforme os três níveis de raleio. Dos resultados obtidos, conclui-se que, para as condições de altitude, a prática de raleio de cachos influencia na composição fenólica das bagas da cultivar Malbec, aumentando o conteúdo de antocianinas facilmente extraíveis para um tratamento de raleio de cachos com uma produção esperada de aproximadamente 10 t ha-1, melhorando a composição fenólica das bagas, atributos favoráveis à produção de vinhos tintos finos amplos e estruturados.
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O desempenho agronômico da videira 'Syrah' cultivada em ciclo outono-inverno foi avaliado nos anos de 2005 e 2006, em vinhedo não-irrigado, localizado em Três Corações- MG. Avaliou-se a duração do ciclo entre a poda e a colheita, porcentagem de brotação e fertilidade das gemas, produção, incidência de podridões, superfície foliar primária, potencial hídrico foliar de base, taxa fotossintética líquida, temperatura próxima aos cachos, sólidos solúveis totais, acidez total e pH, durante o período da maturação. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que, para as condições climáticas da região cafeeira do sul de Minas Gerais, é possível a alteração do ciclo da videira 'Syrah' em vinhedo não-irrigado, mantendo-se índices de produtividade entre 6,16 e 7,70t.ha-1.
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No Rio Grande do Sul (RS), as aplicações foliares de nitrogênio, quando necessárias, têm sido usadas para complementar a adubação via solo. Entretanto, carece-se de informações dos efeitos da freqüência e da quantidade de N aplicado sobre a sua dinâmica na folha e de reservas nitrogenadas e de carboidratos nas partes perenes da videira, que compõem o objetivo deste trabalho. O trabalho foi conduzido em um vinhedo da cultivar Chenin Blanc, safra 2004/05, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), sobre um Neossolo Litólico. Os tratamentos consistiram de uma, duas e três aplicações foliares de 0 (água); 1,11; 2,23; 3,31 e 4,41g de N planta-1. Após cada aplicação de nitrogênio, foram coletadas folhas inteiras (limbo+pecíolo) no terço médio dos ramos do ano, no interior e exterior dos diferentes lados da planta, secas, moídas e preparadas para a análise de N total. Na última época de coleta de folhas, foram coletados três ramos do ano em cada planta, retiradas seis gemas em cada ramo, as quais foram submetidas à análise de amido, carboidratos solúveis totais, carboidratos redutores, aminoácidos totais e proteínas totais. As aplicações foliares de N aumentaram o teor do nutriente na folha inteira, de forma destacada, nas épocas de coletas próximas às aplicações; entretanto, essas aplicações diminuíram os teores de amido e carboidratos solúveis totais nas gemas dos ramos do ano e não afetaram os teores de carboidratos redutores e os totais de aminoácidos e proteínas.
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O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade pós-colheita de três cultivares de uvas de mesa sem semente submetidas ao processamento mínimo e armazenadas sob refrigeração e à temperatura ambiente. Para tanto, foram utilizadas uvas das cultivares BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena, produzidas na Embrapa Uva e Vinho/Estação Experimental de Viticultura Tropical, em Jales-SP. Os cachos, depois de higienizados e imersos em água clorada a 200 mg de cloro.L-1 por 5 minutos, foram mantidos em câmara fria, a 12ºC, por 12 h. As bagas foram degranadas e lavadas em solução de álcool a 70%, por 5 segundos. Depois de escorrido o excesso da solução alcoólica, as bagas foram acondicionadas em bandejas de tereftalato de polietileno (PET) transparente com tampa e com capacidade para 500 mL. Cada unidade, contendo 200 g de bagas, foi armazenada a 12±1,8ºC e 24±0,8ºC, por 12 dias. Avaliaram-se, a cada três dias, a perda de massa fresca, a aparência, a coloração e os teores de sólidos solúveis (SS) e de acidez titulável (AT). A temperatura de 12ºC manteve a turgidez, a coloração, as qualidades organoléptica (relação SS/AT) e comercial das bagas das três cultivares testadas, por nove dias, enquanto no armazenamento à temperatura ambiente (24ºC), ocorre perda da qualidade comercial das bagas aos três dias para as cvs. BRS Clara e BRS Linda, e aos seis dias para a cv. BRS Morena.
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Com a finalidade de reduzir as perdas ocasionadas pela degrana e podridões na pós-colheita de uva 'Niagara Rosada', foram realizados em 2005, em vinhedos localizados nos municípios de Jales e Louveira, São Paulo-Brasil, experimentos utilizando-se de cinco concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2) a 0; 5; 10; 15 e 20 g.L-1, com ou sem a aplicação de 100 mg.L-1 de ácido naftalenoacético (ANA). Com base nos resultados obtidos, realizou-se, em 2006, experimento com quatro concentrações de ANA a 0; 50; 100 e 150 mg L-1, associadas ou não a 10 g.L-1 de CaCl2. As aplicações do ANA foram realizadas um dia antes da colheita, e a do CaCl2, no início da maturação das bagas. Após a colheita, avaliaram-se o teor de sólidos solúveis, a acidez titulável, o pH, a degrana e a incidência de podridões. Os cachos provenientes dos diferentes tratamentos foram armazenados sob condição ambiente a 25ºC/70% UR, por 5 dias, e sob refrigeração a 1ºC/85% UR, por 21 dias, seguido por transferência para condição ambiente por mais 5 dias, sendo avaliadas após esses períodos as mesmas variáveis. O ANA foi eficiente na redução da degrana e da incidência de podridões nos cachos, principalmente após acondicionamento dos mesmos sob condição ambiente, sendo a concentração de 150 mg.L-1 a mais efetiva. Os tratamentos promoveram poucas alterações nos teores de sólidos solúveis, pH e acidez titulável.
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Considerando a redução ou eliminação do uso de substâncias sintéticas que preconizam os sistemas sustentáveis de produção de frutas, este trabalho teve como objetivo a busca de novas alternativas para a quebra de dormência e o controle de doenças em videiras. Estacas de videira contendo uma gema foram pulverizadas com os seguintes tratamentos: 1) testemunha; 2) OV (óleo vegetal) 1%; 3) extrato de alho (EA) 3%; 4) EA 3% + OV 1%. Posteriormente, as estacas foram mantidas em câmara de crescimento (25±2.5ºC) por 56 dias. O único tratamento que estimulou a brotação das estacas de videira cv. Isabel Precoce foi o EA 3% + OV 1%, que atingiu 35% de brotação, diferindo estatisticamente dos tratamentos- testemunha (12,5%), OV 1% (17,5%) e EA 3% (15,0%). Provavelmente, o estádio de endodormência profunda das gemas, após apenas 90 horas de frio ( < 7,0ºC), impediu melhores resultados dos tratamentos para quebra de dormência. Três experimentos, foram conduzidos in vitro, com diferentes doses de extrato de alho, com o objetivo de avaliar o controle do fungo Elsinoe ampelina. Em todos os experimentos, houve efeito quadrático no crescimento micelial, sem ter havido diferenças entre os tratamentos com extrato de alho, evidenciando o seu efeito fungicida, mesmo na dose mais baixa de EA (0,0615%).
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Os efeitos da cobertura plástica (CP) sobre a fenologia e o requerimento térmico da Vitis vinifera L. 'Moscato Giallo' foram estudados em dois ciclos (2005/2006 e 2006/2007). Determinou-se a duração média dos principais períodos fenológicos por meio de avaliações semanais, desde a poda até a queda das folhas. O somatório térmico em graus-dia acumulados (GD) foi calculado considerando-se a temperatura-base de 10ºC, e medidas da temperatura do ar máxima e mínima ao longo de todo o ciclo, nas áreas coberta e descoberta (testemunha). A cobertura plástica aumentou o somatório térmico e antecipou o início da brotação, reduzindo a duração das etapas fenológicas da poda até a mudança de cor das bagas. Entretanto, a redução da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) proporcionada pela cobertura plástica atrasou, em média, 18 dias o processo de maturação das uvas da cultivar Moscato Giallo. A soma térmica acumulada (poda até colheita) das áreas coberta e descoberta foi, respectivamente, 2.079 e 1.847 GD no primeiro ciclo, e 1.864 e 1.640 GD no segundo ciclo. A cobertura plástica exige uma alteração nas práticas culturais, como a necessidade de poda verde para reduzir os efeitos da restrição de RFA e o atraso na data de colheita, em relação ao cultivo convencional, em função da menor taxa de evolução da maturação sob a cobertura.
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Mudas de mirtilo apresentam crescimento inicial lento e baixo índice de sobrevivência. Dentre os fatores envolvidos na produção de mudas, a qualidade do substrato é um fator de grande importância. O trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desenvolvimento de mudas de mirtilo, em diferentes composições de substrato, durante os meses de dezembro de 2005 a março de 2006. Foram utilizadas mudas da cultivar Georgiagem, do grupo highbush, oriundas de multiplicação in vitro. Foram utilizados sete diferentes substratos para a formação das mudas: T1 - Plantmax® (100%); T2 - Plantmax® + perlita (1:1); T3 - solo + composto industrial + perlita (1:1:1); T4 - solo + casca de arroz + terra (1:1:2); T5 - solo + composto industrial + vermiculita (1:1:1); T6 - casca de acácia + terra (1:2); T7 - acícula de pínus + terra - (1:2). Foram avaliados: altura das plantas; acúmulo de matéria seca da parte aérea e raiz, e análise química dos substratos. A composição do substrato influenciou no desenvolvimento das mudas de mirtilo. Os melhores resultados foram observados em substratos com pH ácido. Conclui-se que os substratos acícula de pínus + terra, Plantmax®, Plantmax® + perlita e casca de arroz + terra apresentaram melhores resultados.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da cobertura de videira 'Cabernet Sauvignon' com lona plástica translúcida sobre a disponibilidade de luz e água, a concentração foliar de clorofila e a fotossíntese. As plantas com cinco anos de idade foram conduzidas em sistema 'Y' sobre porta-enxerto Paulsen 1103. O experimento seguiu o delineamento em blocos ao acaso, com dois tratamentos (plantas sem e com cobertura plástica) e quatro repetições de 15 plantas (unidade experimental). A cobertura plástica reduziu o suprimento às plantas de radiações ultravioleta (UV), azul, verde, vermelho, vermelho distante e total (300-750 nm), bem como a disponibilidade hídrica nas camadas superficiais do solo (0-30 cm). As plantas cobertas apresentaram maior taxa fotossintética máxima e condutância estomática em relação às plantas descobertas. Os pontos de compensação e de saturação de luz, a eficiência quântica aparente, a respiração no escuro, a concentração foliar de clorofilas e o potencial hídrico foliar de base não foram influenciados pelo uso da cobertura plástica. A cobertura plástica reduziu a radiação e a disponibilidade hídrica nas camadas superficiais do solo, porém favoreceu a assimilação foliar de CO2.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do ácido indolbutírico (0 - controle; 500; 1.000; 1.500 e 2.000 mg L-1) no enraizamento de microestacas de mirtileiro de espécie e grupos distintos (cultivar O'Neal, Vaccinium sp., grupo Southern highbush e cv. Aliceblue, Vaccinium ashei Reade, grupo Rabbiteye), associado ao efeito da luminosidade na fase inicial do enraizamento das microestacas (14 dias de escuro ou luminosidade natural). Após o tratamento com IBA, as microestacas foram colocadas em bandejas de poliestireno expandido contendo como substrato perlita + Plantmax® (1:1) e mantidas em telado equipado com nebulização intermitente. Aos 60 dias após o estaqueamento, avaliaram-se a porcentagem de microestacas enraizadas, porcentagem de microestacas sobreviventes, número médio de raízes, comprimento médio de raízes e a porcentagem de formação de calo. Através dos resultados obtidos, concluiu-se que, para o enraizamento de microestacas de mirtileiro das cultivares O'Neal e Aliceblue, não é necessária a aplicação de IBA. A presença de luz na fase inicial do enraizamento não interfere na capacidade de enraizamento das microestacas. O tratamento com escuro na fase inicial do enraizamento reduz a formação de calos, promovendo diminuição da sobrevivência das microestacas e do percentual de enraizamento.
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Este trabalho foi conduzido visando a desenvolver métodos não destrutivos para estimar a área foliar e o conteúdo de clorofilas em folhas de plantas jovens de videira 'Cabernet Sauvignon'. Para a estimativa da área foliar, foram tomadas medidas de comprimento da nervura principal e das duas maiores nervuras secundárias em folhas representando uma grande amplitude de áreas foliares, seguindo-se da leitura em um integrador de área foliar. Para a quantificação de clorofilas, folhas com tonalidades variando de verde-amareladas (folha clorótica) a verde-escuras foram avaliadas individualmente com um medidor de clorofila (Minolta SPAD-502) e um colorímetro (Minolta CR-400, no espaço de cores L, C e hº), nas faces abaxial (inferior) e adaxial (superior), seguido de quantificações destrutivas de clorofilas a, b e totais. A quantificação do comprimento da nervura principal proporcionou boa estimativa da área foliar, sendo que a soma do comprimento das duas nervuras secundárias, bem como do somatório destes comprimentos com o comprimento da nervura principal, resultou em aumento muito pequeno na capacidade de estimativa da área foliar. Os valores das leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro, avaliados em ambas as faces das folhas, aumentaram com o incremento nos teores de clorofilas. Os modelos ajustados entre os teores de clorofilas e as leituras do medidor de clorofila e da relação hº/(LxC) do colorímetro apresentaram valores de R² similares. Todavia, a medição da relação hº/(LxC) do colorímetro, feita na face adaxial da folha, mostrou melhor estimativa do teor de clorofila, expresso em unidade de área (µg.cm-2 de folha).
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No presente trabalho, foram avaliadas as taxas de dispersão anemófila de esporangiósporos de Plasmopara viticola nos ciclos de 2005/06 e 2006/07 e sua correlação com o microclima, em vinhedo sob cobertura plástica e em cultivo convencional. Foi utilizado vinhedo comercial da cultivar Moscato Giallo (Vitis vinifera L.), localizado em Flores da Cunha-RS (29° 06'S, 51° 20'O, 541 m). Este foi coberto com plástico impermeável tipo ráfia (160 µm), de 12 fileiras com 35 m, deixando-se cinco fileiras sem cobertura (controle). O microclima do vinhedo foi avaliado próximo ao dossel vegetativo, em ambos tratamentos, considerando: temperatura, umidade relativa, velocidade do vento e precipitação pluvial. A presença de esporos em cada área foi determinada por coletores de esporos, utilizando fitas transparentes, untadas com solução adesiva de gelvatol. Semanalmente, as fitas foram retiradas das armadilhas e postas em lâminas de microscopia, das quais, em cada ciclo, foram selecionadas 20, dias de cada sistema de cultivo e analisado com auxílio de microscópio. O vinhedo sob cobertura plástica apresentou maior quantidade de dispersão anemófila de esporangiósporos de Plasmopara viticola. Maiores dispersões anemófilas destes esporangiósporos foram observadas no período da tarde, independentemente do sistema de cultivo.
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A mosca-das-frutas sul-americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae), é considerada praga-chave das fruteiras de clima temperado na região Sul do Brasil. No entanto, poucas informações encontram-se disponíveis quando a espécie está associada à cultura da videira. Neste trabalho, foi avaliado o efeito da cobertura plástica sobre a população de adultos de A. fraterculus durante o ciclo de cultivo da videira cv. Moscato Giallo. O experimento foi conduzido nos ciclos de 2005/06 e 2006/07, em vinhedo comercial localizado em Flores da Cunha-RS (latitude 29° 06' sul, longitude 51° 20' oeste e altitude de 541 m), coberto com plástico impermeável tipo ráfia (160 µm) de 12 fileiras com 35 m, deixando-se cinco fileiras sem cobertura (controle). Os adultos foram monitorados nas duas áreas com armadilhas McPhail, utilizando-se como atrativo de proteína hidrolisada (BioAnastrepha®) a 5%, no período de outubro a abril, nos dois ciclos. O pico populacional da espécie, nos dois ciclos, foi observado no período de maturação da uva. Não foram registradas diferenças significativas nas capturas entre as áreas, concluindo-se que a cobertura plástica não afeta a mobilidade e a flutuação populacional de A. fraterculus em cultivo protegido de videira.