937 resultados para Jews--Historiography
Resumo:
Na segunda metade do sculo XIX, os discursos dos presidentes da Provncia do Par enfatizavam os ideais de progresso econmico local, que seria alcanado atravs do restabelecimento dos negcios e do comrcio entre as diversas vilas e cidades da regio. Para isso, lanavam a proposta de se organizar o mercado interno e se instalar companhias de comrcio e navegao a vapor para dinamizar essas atividades comerciais. Porm, essas idias polticas tambm atentavam para a necessidade de se implementar o controle fiscal, diante da ao do comrcio clandestino. A partir das fontes impressas e da historiografia sobre o tema, analisam-se essas idias e polticas entendendo nelas os argumentos e as finalidades da implementao da navegao a vapor voltada para o abastecimento interno da provncia e para o incremento do comrcio de exportao. O objetivo deste trabalho estudar essas polticas sobre a navegao fluvial e a fiscalizao das atividades comerciais que burlavam as aes do fisco, fato sobre o qual reincidem as falas das autoridades da provncia.
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Ps-graduao em Letras - FCLAS
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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A surdez o defeito sensorial mais frequente nos seres humanos, podendo ter diferentes causas ambientais ou hereditrias. Em pases desenvolvidos, estimativas sugerem que em cada 1000 nascidos dois manifestam algum tipo de surdez e mais de 60% desses casos so de origem gentica. No Brasil, muito pouco ainda conhecido sobre surdez hereditria, acreditasse que quatro em cada mil recm-nascidos manifestem algum tipo de deficincia auditiva e que a frequncia da surdez causada por fatores genticos seja da ordem de 16%, enquanto os 84% restantes dos casos sejam causado por fatores ambientais e de etiologia desconhecida. As vrias formas de surdez hereditria j identificada so muito raras, com exceo de uma causada por mutaes no gene GJB2 que codifica a conexina 26. As conexinas representam uma classe de famlia de protenas responsveis pela formao de canais de comunicao entre clulas adjacentes (Gap Junctions), esta comunicao entre clulas adjacentes fundamental para o crescimento e para a diferenciao de tecidos. At o presente foram descritas 102 mutaes do GJB2 que esto associadas com surdez hereditria. Trs mutaes se destacam por apresentarem frequncia elevada em grupos populacionais especficos: 35delG entre europeus e brasileiros; 167delT entre Judeus askenazitas; e 235delG entre asiticos. Neste trabalho, foi realizada a anlise molecular de toda a sequncia codificadora do gene GJB2 (Conexina 26) em uma amostra populacional constituda de 30 indivduos no aparentados com surdez espordica pr-lingual no sindrmica provenientes da populao de Belm do Par. O DNA foi obtido atravs de amostras de sangue perifrico e analisado por meio da tcnica convencional de PCR seguida do sequenciamento automtico. Mutaes no gene da Conexina 26 foram observadas em 20% da amostra (6/30). As mutaes 35delG e R143W foram observadas em um nico paciente (1/30), as duas no estado heterozigoto e relacionadas com a surdez do paciente. Duas outras mutaes foram observadas em diferentes indivduos: G160S em 1 paciente correspondendo a 3,3% (1/30); e V27I foi observado em 4 indivduos com frequncia allica de 0.08; contudo as mutaes G160S e V27I no esto relacionadas com a surdez. Neste trabalho as frequncias observadas de mutaes so equivalentes a frequncias observadas em outras populaes anteriormente estudadas. Esses resultados indicam que mutaes no gene GJB2 so importantes causas de surdez em nossa regio e no se pode excluir que a possibilidade da surdez apresentada por alguns indivduos possa ser decorrente, principalmente, por fatores ambientais como processos infecciosos ocorridos durante a gestao, ou nos primeiros meses de vida.
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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A historiografia sobre o perodo colonial na Amaznia supe uma realidade moldada pela oposio entre um projeto colonial agrcola e a ocorrncia de situaes concretas de economias extrativistas, a depender da disponbilidade de capital a ser aplicado no principal meio de produo, o escravo negro. De modo que um longo perodo de escassez de recursos teria conformado o ciclo da economia extrativista na Regio dominado pelas "drogas do serto", substitudo por esforos da gesto pombalina por um ciclo agrcola. A gesto pombalina seria a inflexo para uma dinmica estruturada pela agricultura que, alimentada adiante por conjunturas do mercado mundial, sobretudo as ligadas guerra da independncia americana, s encontraria limitao importante na emergncia do novo ciclo extrativista centrado na borracha. Os resultados aqui discutidos no demonstram ser a perodo pombalino o momento em que, enfim, se estabeleceram os fundamentos da economia amaznica. Trata-se, na verdade, de fundamental e criativo momento de uma trajetria que, todavia, j iniciara quase de sculo antes, se imps ao protagonismo reformador que marcou o perodo e dele recebeu condicionantes que marcaram indelevelmente a histria da Regio at os dias atuais.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Esta dissertao discute as imagens e representaes encontradas na Literatura e as lutas pelo controle da cultura no exemplo da Festividade, da Irmandade e da Marujada de So Benedito, na cidade de Bragana, Estado do Par, na Amaznia brasileira, a partir da dcada de 1930, no sculo XX. Analisando uma farta bibliografia nos temas Folclore, Memria, Tradio Popular e Antropologia, o estudo tenta explicar como se construram as relaes sociais entre os sujeitos histricos da Igreja Catlica pela Prelazia do Guam e da Irmandade do Glorioso So Benedito de Bragana, relacionando-os com o recurso literrio e com os principais tericos da historiografia, para entender o catolicismo popular e oficial em suas representaes assim como os smbolos construdos no tempo, como elementos da Histria de tenso entre as ideias e regras de controle eclesistico catlico e a reao popular dos irmos de So Benedito.
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A atividade aucareira no Estado do Maranho pouco tratada pela historiografia brasileira e apresenta peculiaridades. Esta dissertao compreende uma anlise da atividade aucareira no Estado do Maranho na primeira metade do sculo XVIII, com a finalidade de compreender a importncia do acar nas Capitanias do Par e Maranho, onde a atividade foi intensamente praticada ao longo do perodo colonial. Ancorado firmemente na documentao manuscrita e relatos do perodo, buscou-se identificar os significados do acar nesta regio que no eram puramente econmicos a fim de explicar a continuidade da atividade aucareira na regio em meio a problemas caractersticos de sua historia dentre os quais pode-se destacar a falta de escravos, ataques indgenas, inexistncia de moeda metlica, entre outros.
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Paisagens Urbanas: fotografia e modernidade na cidade de Belm (1846-1908) prope uma discusso sobre os documentos fotogrficos que serviam de instrumentos de propaganda dos governantes na ltima dcada do sculo XIX e no incio do sculo XX. A linguagem visual desta dissertao permite mostrar a forma como os indivduos se fizeram representar nos cenrios urbanos, dando visibilidade aos tipos sociais que foram flagrados sutilmente pelas cmeras fotogrficas a servio da propaganda do governo que tinha por objetivo divulgar uma cidade moderna, revelando a intensidade e a rapidez com que desejava alcanar a modernidade, ao mesmo tempo em que traz a luz uma cidade de acordo com os modelos provenientes da Europa, percebe-se o registro de uma outra cidade que nos remete a espaos de convivncia de diferentes realidades. A imagem fotogrfica, assim como outras fontes e objetos visuais, constitui-se em importantes instrumentos de investigao histrica para identificar novos objetos e novos problemas. A contribuio deste estudo se ancora no uso da fotografia como principal documento de anlise para produo historiogrfica, entendendo que a fotografia representa um testemunho que fala do passado na intensidade que o historiador a questiona. Este estudo busca analisar a relao entre fotografia e cidade a partir da narrativa visual dos lbuns e relatrios de Belm que foram produzidos no perodo de 1898 a 1908. A interpretao dos lbuns, enquanto narrativa que visualiza uma cidade moderna, constitu-se em uma das estratgias metodolgicas para abordagem do uso da fotografia como documento para o historiador, considerando que nesse tipo de documentao pode mostrar dados dispersos ou mesmo silenciados por outras fontes de pesquisas.
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O presente trabalho visou estudar aspectos fundamentais da recepo crtica da obra dramtica de Gonalves Dias. Para isso buscou-se, em primeiro lugar, compreender o lugar da obra dramtica do autor em sua produo literria considerando-se algumas crticas ao poeta publicadas em peridicos, revistas e em obras pertencentes historiografia literria do sculo XIX e XX. Em segundo lugar, buscou-se compreender o lugar da produo dramtica do autor por meio da anlise de sua correspondncia ativa.
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O objetivo desta dissertao consiste em analisar determinados aspectos da escravido negra na cidade de Belm, entre 1871 (ano de promulgao da Lei do Ventre Livre) e maio de 1888 (quando a escravido foi abolida). O foco da pesquisa est voltado para a experincia humana e o cotidiano de um contingente populacional, que, apesar de expressivo (pelo menos at meados da dcada de 1880), no costuma aparecer na historiografia sobre a Belm de fins do sculo XIX, comumente chamada de Belm da Belle-poque. Elementos componentes deste contexto, como o boom da economia da borracha, a propagao das ideias de civilizao, modernidade e progresso, e o crescimento da populao livre, acabam no deixando espao para os escravos que residiam e/ou circulavam pelos quatro cantos da cidade e matizavam sua paisagem. O processo criminal em que foi ru um destes escravos urbanos, Camilo Joo Amancio, ser o fio condutor dos quatro captulos deste trabalho, que abordam as seguintes problemticas: a relao dos escravos com a polcia e a justia; sua insero no mundo do trabalho e no mercado urbano de escravos; os usos e significados do tempo de no trabalho de que dispunham; e as redes de sociabilidades que teciam com os mais variados indivduos.
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Nosso propsito foi estudar o trfico de africanos para o Estado do Gro-Par e Rio Negro no perodo de 1777 a 1815. Para alcanar nosso intento, utilizamos as informaes contidas na Base de Dados do Comrcio Transatlntico de Escravos (BDCTE), a documentao compilada do Arquivo Pblico do Par por Anaza Vergolino e Napoleo Figueiredo no livro A presena Africana na Amaznia Colonial: uma notcia histrica, cruzamos com os documentao do Projeto Resgate AHU, alm disso, consultamos a bibliografia. No primeiro captulo elaboramos uma apreciao da historiografia para identificar a percepo da mesma acerca do trfico de africanos para o Gro-Par, apresentando, questionando e articulando os principais argumentos sobre a questo, alm disso, identificamos a produo e as perspectivas da historiografia que trata sobre o trfico no Estado do Maranho. Em seguida buscamos apontar os elementos que permitiram a continuidade do comrcio de cativos oriundos da frica, estando extinto o monoplio comercial. Abordamos alguns aspectos polticos e econmicos experimentados pelo Estado do Gro-Par. Neste cenrio foi possvel identificar os impactos do fim do exclusivo comercial, por meio das reaes de moradores e administradores do Gro-Par, expresso nos discursos produzidos pelos mesmos. No final nos detemos em identificar dinmica e organizao do trfico, os aspectos quantitativos do mesmo. Alm disso, observamos que pouqussimo foi dito pela historiografia sobre os responsveis em dar continuidade neste comrcio aps a CCGPM, por isso identificamos quem eram os homens de negcio, quem financiava o trfico para o estado em questo, ressaltando a participao dos moradores do Gro- Par, como custeadores deste comrcio.
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Do final do sculo XIX at durante as primeiras dcadas do sculo XX, os engenheiros estiveram entre os principais nomes da produo da historiografia paraense. Esta dissertao tem como objetivo examinar a conformao de uma tradio historiogrfica marcada pelo dilogo estreito com o pensamento geogrfico. A proximidade entre histria e geografia foi articulada tanto entorno de uma percepo datada a respeito da funo social que cabia a cada uma delas, quanto entorno de um projeto poltico pensado para a Amaznia. Em busca de redefinir, agora sob o olhar republicano, as bases da identidade regional, cabia histria rever e reaver o passado amaznico inserindo a regio numa longa tradio marcada pelo desenvolvimento progressivo da civilizao. J geografia cumpria estabelecer as bases do conhecimento espacial necessrio identidade local, e fundamental ao do Estado. Tomo como objeto os engenheiros Joo de Palma Muniz, Henrique Santa Rosa e Igncio Baptista de Moura. Entre produo historiogrfica, celebraes de efemrides cvicas e a fundao de instituies, o projeto poltico desses trs engenheiros fez parte de um movimento mais amplo da intelectualidade paraense. Em outras palavras, os engenheiros-historiadores foram parte especial de um amplo exerccio de compreenso da construo da identidade da regio amaznica a partir da tica do poder do Estado-Nao.