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Os lentivírus de pequenos ruminantes (SRLV) têm distribuição mundial e causam infecções persistentes em ovinos e caprinos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um teste de imunofluorescência indireta (IFA), utilizando isolados brasileiros de SRLV, para o diagnóstico sorológico de infecção por estes agentes em caprinos. A técnica de IFA foi comparada, quanto à sensibilidade e à especificidade, ao teste de AGID com antígeno do vírus Maedi-Visna WLC-1. Cultivos celulares secundários de membrana sinovial ovina infectadas com dois isolados de SRLV de origem caprina (CAEV Br/UFRGS-2 e CAEV Br/UFRGS-5) foram utilizados para o teste de IFA. Duzentas e trinta e nove amostras de soro caprino foram submetidas aos dois testes. O teste de AGID detectou 129 (53.9%) amostras de soro caprino com anticorpos para SRLV. O teste de IFA detectou mais amostras reagentes, sendo que resultados diferentes foram observados de acordo com o isolado de SRLV empregado. Quando o isolado CAEV Br/UFRGS-2 foi utilizado como antígeno, 216 (90.3%) amostras de soro caprino foram reagentes, enquanto que o isolado CAEV Br/UFRGS-5 detectou 213 (89.1%) amostras de soro positivas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre esses dois isolados. O teste de IFA desenvolvido teve sensibilidade de 94.6% e 96.9% e especificidade 14.5% e 20%, quando os isolados CAEV Br/UFRGS-2 e CAEV Br/UFRGS-5 foram usados como antígeno, respectivamente. O aprimoramento da técnica, assim como sua comparação com um teste mais sensível, ainda se fazem necessários. No entanto, os resultados demonstraram que a técnica de IFA, utilizando isolados brasileiros de SRLV como antígeno, apresenta potencial como um teste alternativo e complementar para o diagnóstico sorológico de infecção por estes agentes.

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Em uma propriedade no município de Roseira Velha, São Paulo, com histórico de doença cardíaca, abortos e sinais nervosos em bovinos, associados à ingestão de Tetrapterys multiglandulosa, foi observada fibrose cardíaca em um bezerro de uma semana de idade que apresentava apatia, fraqueza e insuficiência respiratória. Os objetivos desse trabalho foram determinar se a espécie ovina é sensível à intoxicação por T. multiglandulosa, descrever as alterações clínicas e patológicas da intoxicação e avaliar a utilização dessa espécie como modelo experimental para a intoxicação. Para determinar a toxicidade de T. multiglandulosa a ser utilizada em ovinos, foi realizado um experimento prévio em um bovino, sendo administrado 22g por kg de peso vivo (g/kg/pv) da planta verde durante 9 dias. Após 9 dias de ingestão o animal apresentou sinais nervosos e no 12º dia foi eutanasiado. Na necropsia não foram observadas lesões. No estudo histológico observou-se vacuolização (status spongiosus, espongiose) da camada profunda da substância cinzenta do córtex cerebral e da substância branca subcortical. Para a reprodução da enfermidade em ovinos foram utilizados 6 ovinos, machos, divididos em 3 grupos de 2 animais cada. Os Ovinos 1 e 2 do Grupo 1 receberam doses diárias de 6 g/kg/pv da planta seca por um período de 30 dias; os Ovinos 3 e 4 do Grupo 2 receberam doses diárias de 3 g/kg/pv por um período de 60 dias; e os Ovinos 5 e 6 do Grupo 3 serviram como controle. O Ovino 1 foi sacrificado aos 30 dias de administração da planta. Apresentou somente arritmia cardíaca e não foram observadas lesões significativas na necropsia. Os Ovinos 2, 3 e 4 apresentaram arritmia a partir dos dias 9, 12 e 18 do início do experimento, respectivamente. A partir do 52º dia iniciaram a apresentar depressão, relutância em locomover-se e incoordenação. Esses sinais foram se agravando e os ovinos foram sacrificados, com sinais clínicos acentuados, aos 60, 70 e 80 dias após o início do experimento, respectivamente. Na necropsia apresentaram hidropericárdio, ascite, hidrotórax, fígado em noz moscada e miocárdio endurecido e esbranquiçado, especialmente no septo interventricular e ventrículo esquerdo. Microscopicamente, o coração dos Ovinos 2, 3 e 4 apresentava áreas de fibrose associadas a infiltrado inflamatório mononuclear. Não foram observadas lesões cardíacas no coração do Ovino 1. No cérebro e tronco encefálico de todos os animais que receberam a planta observou-se espongiose, principalmente na camada profunda da córtex e da substância branca subcortical. No cerebelo observou-se espongiose da substância branca e na medula cervical havia espongiose da substância branca e espongiose discreta da substância cinzenta. Essa lesões eram discretas no Ovino 1 e moderadas a acentuadas nos Ovinos 2, 3 e 4. Na microscopia eletrônica da substância branca cerebelar foi observado que o status spongiosus observado na microscopia de luz é causado por edema intramielínico. Os dois ovinos do grupo controle, sacrificados aos 80 dias após o início do experimento, não apresentaram sinais clínicos nem lesões macroscópicas ou histológicas significativas.

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Este trabalho descreve o estabelecimento de um pro!tocolo de "nested-PCR" para a detecção do vírus da anemia das galinhas (CAV, chicken anemia virus), agente causador da anemia infecciosa das galinhas. Para a extração de DNA a partir de amostras clínicas um método baseado no uso de tiocianato de guanidina mostrou-se mais sensível e prático, do que os demais avaliados. Para a PCR inicial foi selecionado um par de primers que amplifica uma região de 664 pares de bases (pb) do gene VP1. Para a "nested-PCR" propriamente dita, foi selecionado um segundo par que amplifica uma região interna de 520 pb. A especificidade dos primers foi avaliada utilizando amostras de lotes controlados para CAV. Outras trinta amostras vírus e bactérias, causadoras de doenças em aves, não geraram produto de amplificação. A sensibilidade do teste foi determinada a partir de diluições seriadas de uma amostra vacinal de CAV. A "nested-PCR" mostrou ser mais sensível do que a PCR e foi capaz de detectar pelo menos 0,16 TCID50% da cepa vacinal. Além disso, detectou DNA viral em tecidos, soro e cama aviária de lotes com e sem sinais clínicos. Conclui-se que, como técnica para a detecção do CAV, o protocolo de "nested-PCR" aqui descrito, é mais sensível, rápido e menos trabalhoso do que o isolamento viral em cultivo celular.

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Através de experimentos por via oral, verificou-se que o búfalo é tão sensível quanto o bovino à intoxicação por Ipomoea asarifolia R. et Schult., planta responsável por ocasionais surtos de intoxicação em bovinos, ovinos e caprinos. Uma a quatro doses diárias de 10-20g/kg provocaram o aparecimento de sintomas acentuados e bastante semelhantes em ambas as espécies, consistindo principalmente em incoordenação, tremores musculares e balanço da cabeça, inclusive da parte anterior do corpo (movimento pendular). Em búfalos, os sintomas de incoordenação eram um pouco menos acentuados, com tendência de os animais permanecerem em decúbito esternal. Embora não haja nenhum relato de intoxicação natural por I. asarifolia em búfalos, é possível que casos de intoxicação nessa espécie estejam passando despercebidos.

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A imagem por ressonância magnética (IRM) é o método de diagnóstico por imagem não invasivo mais sensível para avaliar as partes moles, particularmente o encéfalo, porém trata-se de uma técnica onerosa. O método fundamenta-se no fenômeno da ressonância magnética nuclear que ocorre quando núcleos atômicos com propriedades magnéticas presentes no corpo são submetidos a um campo magnético intenso, sendo posteriormente excitados por energia de radiofrequência e gerando, por sua vez, um sinal de onda de radiofrequência capaz de ser captado por uma antena receptora, passando por um processo matemático, chamado Transformada de Fourier, para posterior formação da imagem. Esse estudo objetivou realizar 10 exames completos da cabeça em cadáveres de cães normais à IRM e confeccionar um Atlas com as estruturas identificadas. As imagens foram adquiridas em um aparelho de ressonância magnética Gyroscan S15/HP Philips com campo magnético de 1,5Tesla. Os cadáveres foram posicionados com a cabeça no interior de uma bobina de cabeça humana e foram submetidos a cortes iniciais sagitais a partir de onde se planejou os cortes transversais e dorsais nas sequências de pulso spin-eco T1, T2 e DP. Em T1 utilizou-se TR=400ms e TE=30ms, T2 utilizou-se TR=2000ms e TE=80ms e na DP utilizou-se TR=2000ms e TE=30ms. A espessura do corte foi de 4mm, o número de médias foi igual a 2, a matriz foi de 256x256, o fator foi igual a 1,0 e o campo de visão foi de 14cm. A duração do exame completo da cabeça foi de 74,5minutos. As imagens obtidas com as sequências utilizadas e com a bobina de cabeça humana foram de boa qualidade. Em T1 a gordura tornou-se hiperintensa e o líquido hipointenso. Em T2 a gordura ficou menos hiperintensa e o líquido hiperintenso. A cortical óssea e o ar foram hipointensos em todas as sequências utilizadas devido a baixa densidade de prótons. A sequência DP mostrou o melhor contraste entre a substância branca e cinzenta quando comparada a T2 e a T1. T2 evidenciou o líquido cefalorraquidiano tornando possível a distinção dos sulcos e giros cerebrais. Através do exame de IRM foi possível, pelo contraste, identificar as estruturas ósseas componentes da arquitetura da região, músculos, grandes vasos venosos e arteriais e estruturas do sistema nervoso central, além de elementos do sistema digestório, respiratório e estruturas dos olhos entre outras. Nesse estudo as IRM adquiridas nas sequências T1, DP e T2 foram complementares para o estudo dos aspectos anatômicos da cabeça de cães demonstrando-os com riqueza de detalhes. O tempo requerido para o exame completo da cabeça é compátivel para uso em animais vivos desde que devidamente anestesiados e controlados. Os resultados obtidos por esse trabalho abrem caminho em nosso meio, para o estudo de animais vivos e para o início da investigação de doenças, principalmente as de origem neurológica, visto ser esta técnica excelente para a visibilização do encéfalo.

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Objetivou-se com este trabalho estudar a etiologia da mastite em ovelhas na região nordeste do Pará, além de estabelecer o perfil de sensibilidade das bactérias isoladas frente a antimicrobianos. Foram examinadas 176 ovelhas da raça Santa Inês, em lactação, mantidas em sistema semi-intensivo, pertencentes a sete propriedades especializadas na criação de ovinos. Foi realizado o exame clínico da glândula mamária, o exame macroscópico da secreção láctea por meio do Teste da Caneca Telada, o California Mastitis Test (CMT), o exame microbiológico do leite e o antibiograma. Das 352 metades mamárias estudadas (176 ovelhas), 21 (5,97%) apresentaram mastite clínica, 26 (7,39%) apresentaram mastite subclínica e 305 (86,64%) metades mamárias foram negativas. A maioria dos animais acometidos pela mastite estava no terço médio da lactação, com menor número de crias e maior número de lactações. Na mastite clínica (MC) as bactérias isoladas foram Staphylococcus spp. coagulase negativo (42,9%); Staphylococcus aureus (9,52%); Streptococcus spp. (4,76%) e Escherichia coli (4,76%). As associações observadas foram Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. (4,76%); Staphylococcus spp. coagulase negativo não hemolítica, Staphylococcus spp. coagulase negativo hemolítica e Staphylococcus spp. coagulase negativo pigmento não hemolítica (4,76%). Já na mastite subclínica (MSC), as bactérias isoladas foram Staphylococcus spp. coagulase negativo (26,9%); Staphylococcus aureus (15,4%); Streptococcus spp. (7,69%); Escherichia coli (7,69%) e Citrobacter freundii (11,5%). A associação observada foi Staphylococcus spp. coagulase negativo não hemolítica e Staphylococcus spp. coagulase negativo hemolítica (3,85%). Os antimicrobianos com maior eficácia contra os agentes isolados Gram positivos foram penicilina/novobiocina (100%), cefalotina (100%) e florfenicol (100%) e contra o Citrobacter freundii foram a ampicilina (100%) e florfenicol (100%). Já em relação a Escherichia coli, 66,7% dos isolados mostraram-se resistentes à ampicilina, cefalotina, florfenicol e tetraciclina. A mastite está presente em ovelhas no estado do Pará, havendo a necessidade de estimar, em estudos futuros, as perdas econômicas causadas por essa enfermidade. O CMT apresentou resultados satisfatórios, podendo ser recomendado como teste de triagem para o diagnóstico de casos individuais de mastite subclínica em ovinos, uma vez que apresentou boa relação com o exame microbiológico. No antibiograma foi observado que a maioria dos agentes isolados apresenta-se sensível aos diferentes antimicrobianos testados, sendo os antibióticos com melhor eficiência o florfenicol e a cefoxitina.

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Metternichia princeps, árvore que pertence à família Solanaceae, ocorre na Mata Atlântica desde o estado do Rio de Janeiro até a Bahia. É conhecida popularmente com os nomes de "café-do-mato", "trombeteira" e "jasmin-do-morro". Em um estabelecimento no município de Itaguaí, RJ, suspeitou-se que M. princeps era responsável por doença renal letal em caprinos. A intoxicação foi reproduzida experimentalmente nessa espécie, confirmando a suspeita. Foram então realizados experimentos em coelhos. Folhas de M. princeps foram coletadas no município de Itaguaí/RJ, local onde foi diagnosticada a intoxicação em caprinos. Onze coelhos receberam a planta dessecada, dez receberam a planta fresca e um coelho serviu como controle. As folhas dessecadas de M. princeps foram trituradas e misturadas com água. Inicialmente, a suspensão foi administrada por via intragástrica através de sonda a nove coelhos e causou a morte de sete coelhos nas doses a partir de 0,125g/kg. Dois coelhos que adoeceram mas sobreviveram às doses de 0,0625 e de 0,125g/kg, dois meses mais tarde receberam doses de 0,5 e 0,25g/kg, respectivamente, e morreram, o que indica que não houve desenvolvimento de tolerância à toxidez da planta. Adicionalmente, a planta dessecada, administrada a dois coelhos nas doses de 0,5 e 1g/kg seis meses após a coleta, causou a morte somente do coelho que recebeu a dose de 1g/kg, indicando que a planta armazenada perde em toxidez. Os brotos frescos causaram a morte de três dos seis coelhos, nas doses de 1,55g/kg a 3g/kg. As folhas maduras frescas causaram a morte de um dos quatro coelhos, na dose de 2g/kg, o que sugere que não há diferença na toxidez entre a brotação e as folhas maduras. As folhas dessecadas causaram a morte dos coelhos em doses menores que as folhas frescas, o que talvez possa ser explicado pelo modo de administração da planta; as folhas dessecadas eram administradas em poucos minutos, enquanto que as folhas frescas eram ingeridas durante um a dois dias, o que influenciaria a rapidez da absorção do princípio tóxico da planta. Tanto nos experimentos com as folhas dessecadas quanto com as folhas frescas (brotos e folhas maduras), predominaram no quadro clínico-patológico alterações relativas ao coração e ao fígado. A evolução da intoxicação foi superaguda a aguda. Os coelhos tornaram-se apáticos, com mucosas pálidas a cianóticas e orelhas frias, até que subitamente se debatiam na gaiola, faziam movimentos de pedalagem, vocalizavam, apresentavam acentuada dispneia e morriam. À necropsia, o fígado apresentava-se com evidenciação da lobulação; os demais órgãos estavam congestos e os vasos sanguíneos ingurgitados. À histopatologia, as lesões mais relevantes foram: no fígado, intensa congestão, especialmente centrolobular, tumefação acentuada dos hepatócitos e focos de necrose incipiente de hepatócitos; no coração, além de congestão, fibras cardíacas com aumento de eosinofilia, com picnose nuclear, fibras cardíacas com vacuolização, e no rim, congestão e tumefação de células epiteliais. Esses experimentos demonstram que o coelho é sensível à intoxicação pelas folhas dessecadas e frescas de M. princeps. Sugere-se que o princípio tóxico responsável pelo quadro clínico-patológico da intoxicação por M. princeps em coelhos não seja o mesmo princípio responsável pela intoxicação nos caprinos, ou que os coelhos reagem de maneira diferente dos caprinos; nos coelhos predominam alterações cardíacas e hepáticas enquanto que em caprinos as lesões são renais.

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O método de eletrocardiografia computadorizada (ECG-C) vem sendo crescentemente difundido na medicina veterinária, havendo atualmente diversas marcas e modelos de eletrocardiógrafos disponíveis no mercado. Diante da possibilidade de diferenças na sensibilidade e na reprodutibilidade das medidas obtidas nos traçados, o presente estudo teve como objetivo comparar os parâmetros eletrocardiográficos de cães, obtidos por dois sistemas. Foram avaliados dois diferentes softwares computadorizados, o Wincardio Micromed® (WIN) e o modelo TEB ECGPC® (TEB). Quarenta e dois cães hígidos, de diferentes raças (Cocker Spaniel, Daschund, Labrador, Pinscher, Pit Bull Terrier Poodle, Schnauzer, Shit Tzu, Yorkshire e sem raça definida), machos e fêmeas e com idade entre 4 meses e 16 anos foram agrupados segundo o peso e examinados pelos dois sistemas. As medidas eletrocardiográficas dos diferentes traçados foram analisadas na derivação DII. Os resultados indicaram que o sistema TEB apresentou maior sensibilidade na obtenção das medidas de duração da onda P e do complexo QRS, enquanto o sistema WIN foi mais sensível para determinar as medidas de amplitude dos mesmos parâmetros. Os animais de maior porte (26-37kg) apresentaram maior variância nas medidas de duração e amplitude de onda P e duração do complexo QRS em comparação aos cães de médio (14-25kg) e pequeno (1-13kg) porte. O achado de diferenças entre os sistemas testados deve ser levado em consideração ao se empregar os diversos equipamentos para diagnóstico por meio de ECG-C na rotina clínica, de modo a evitarem-se divergências na interpretação dos exames entre diferentes prestadores de serviços veterinários.

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A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia dos felinos e é caracterizada por hipertrofia miocárdica concêntrica, sem dilatação ventricular. Disfunções miocárdicas ocorrem em gatos com CMH, mas pouco se conhece a respeito destas alterações nos estágios iniciais da afecção. Em gatos da raça Maine Coon, a mutação no gene MyBPC-A31P está relacionada com a CMH de origem familial, porém, a correlação exata entre o genótipo e o fenótipo ainda é inconclusiva. A ecocardiografia tecidual é uma modalidade não invasiva que permite avaliação da função miocárdica e é mais sensível que a ecocardiografia convencional. Para avaliar as funções sistólica e diastólica, antes ou após a ocorrência de hipertrofia ventricular, gatos da raça Maine Coon (n=57), geneticamente testados para a mutação, foram avaliados por meio de ecocardiografias convencional e tecidual (nas modalidades Doppler tecidual pulsado e Doppler tecidual colorido). Posteriormente, foram fenotipicamente classificados em: normais (n=45), suspeitos (n=7) e acometidos pela CMH (n=5); e genotipicamente classificados em: negativos (n=28), heterozigotos (n=26) e homozigotos para a mutação (n=3). Valores de velocidades miocárdicas (Doppler tecidual pulsado e colorido) medidos na região basal e média do septo interventricular (SIV), da parede livre do ventrículo esquerdo (PVE), da parede anterior do ventrículo esquerdo (PAVE), da parede posterior do ventrículo esquerdo (PPVE) e do segmento radial da PVE, foram comparados nos diferentes grupos. Observou-se que as velocidades longitudinais Em (Doppler tecidual pulsado) na região média da PVE foram menores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. Os valores de Em/Am (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foram inferiores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. A relação E/Em (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foi maior nos gatos com CMH em relação aos suspeitos e normais, enquanto que os valores de Sm (Doppler tecidual colorido), em região basal da PVE, foram menores nos gatos heterozigotos quando comparados com os negativos, ambos sem hipertrofia ventricular. Observou-se correlação positiva entre a ocorrência de fusão das ondas Em e Am e a frequência cardíaca, assim como correlação positiva entre valores de Sm e Em e a frequência cardíaca (Doppler tecidual pulsado e colorido). A ecocardiografia tecidual é uma nova modalidade ecocardiográfica reprodutível em gatos que, isoladamente, não permite diferenciar gatos portadores da mutação antes do desenvolvimento de hipertrofia ventricular. Apresenta utilidade como auxílio no diagnóstico em fases iniciais, mas, apesar da expectativa para a identificação precoce de indivíduos portadores da CMH, ainda há necessidade de estudos mais extensos e com maior número de indivíduos.

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Resumo: A intoxicação por plantas é sabidamente uma das principais causas de morte de bovinos adultos no Brasil. Uma vez que pouco pode ser feito no que diz respeito ao tratamento destas intoxicações, os esforços devem se concentrar na adoção de medidas profiláticas alternativas, como a utilização de uma espécie menos sensível no local de ocorrência de determinadas plantas. Objetivou-se com esse trabalho verificar a sensibilidade de caprinos às crotalárias (Crotalaria spectabilis e Crotalaria juncea) para que estes possam ser utilizados na profilaxia da intoxicação por essas plantas em bovinos. Sementes de C. spectabilis e C. juncea foram fornecidas em doses únicas ou diárias a oito caprinos adultos jovens, de ambos os sexos, divididos aleatoriamente em dois grupos de quatro animais (um grupo para cada planta). Dos quatro caprinos que receberam as sementes de C. juncea, nenhum desenvolveu sinais clínicos de intoxicação ou apresentou alterações significativas no exame bioquímico. Entre os quatro caprinos que receberam sementes de C. spectabilis três morreram. Um animal recebeu uma dose única de 20g/kg de sementes da planta e desenvolveu sinais de intoxicação aguda, caracterizadas macro e microscopicamente por necrose hemorrágica centrolobular. Os outros dois caprinos desenvolveram um quadro de intoxicação crônica pela administração de doses diárias de 2g/kg de sementes da planta por 35 e 150 dias respectivamente. Um animal apresentou uma marcada pneumonia intersticial e lesões hepáticas leves, enquanto no outro caprino observaram-se apenas lesões hepáticas crônicas. Ambos os animais apresentaram alterações transitórias ao exame bioquímico. O quarto caprino recebeu a dose única de 10g/kg, sobreviveu e não apresentou alterações clínicas ou da bioquímica sanguínea significativas. Os resultados do trabalho mostraram que não se deve usar caprinos como medida profilática na intoxicação por C. spectabilis,mas que pode se recomendar esta espécie na profilaxia da intoxicação por C. juncea.

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As plantas invasoras que ocorrem em uma determinada cultura, constituem sério problema, tendo em vista a concorrência em água, luz e nutrientes que promove com a planta cultivada, determinando uma sensível queda da produtividade da lavoura. O levantamento e reconhecimento dessas plantas, além do estudo biológico, permitem um controle mais eficiente e económico. A coleta do material botânico foi realizada através de visitas em áreas de várzeas cultivadas e em três épocas distintas do ano, com a finalidade de se levantar o maior número possível de espécies invasoras. A fenologia, o modo ou modos de reprodução, frequência e ciclo são elementos indispensáveis para um controle racional e efetivo. Apesar do maior número de espécies pertencerem as famílias Compositae e Gramineae, as espécies de maior importância econômica estão abrigadas também nas famílias Cyperaceae, Lythraceae, Onagraceae, Polygonaceae, Pontederiaceae e Portulacaceae.

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Foram realizados três experimentos a campo em 1980, no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo/EMBRAPA, Passo Fundo, RS, visando conhecer o comportamento dos herbicidas diclofop, dicamba, a associação 2,4 D com dicamba e a mistura diclofop + (2,4 D + dicamba), no controle de azevém (Lolium multiflorum L.) e gorga (Spergula arvensis L.). Ao mesmo tempo foi avaliada a seletividade que estes herbicidas apresentam às culturas de trigo (Triticum aestivum L.), cevada (Hordeum vulgare L.) e centeio (Secale cereale L.). Os resultados da avaliação visual de fitotoxicidade mostra ram que o dicamba causou o maior grau de injúria para as três culturas. Cevada mostrou ser a cultura mais sensível ao dicamba na fase inicial. Trigo, cevada e centeio foram tolerantes ao diclofop. A mistura diclofop + (2,4 D + dicamba) não controlou o azevém nas três culturas. Esta mistura apresentou ainda redução no controle de gorga, nas culturas de cevada e centeio. Dicamba ocasionou redução no rendimento de grãos das culturas, mostrando ser pouco seletivo na dose testada. Centeio sofreu uma redução no rendimento de grãos causada por diclofop, enquanto que a mistura diclofop + (2,4 D + dicamba) foi seletiva para todas as culturas.

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Objetivando-se a verificação da resistência de genótipos de algodão ao herbicida diuron, foi conduzido um ensaio de casa-de-vegetação, na Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. Utilizaram-se representantes das espécies G. hirsutum latifolium Hutch. (IAC-17 e BR-1), G. hirsutum marie galante Hutch. (C-71) e G. barbadense brasiliense Hutch . (Rim-de -Boi). O ensaio foi delineado em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e com quatro repetições. As parcelas foram as doses do herbicida 0,000; 0,048; 0,096; 0,357; 0,714 e 1,428 kg/ ha, aplicadas quando as plantas estavam no estádio de uma a duas folhas verdadeiras, na superfície do substrato, que foi de areia de rio lavada, evitando-se o contacto com a fitomassa hidratada epígea das plantas. As sub parcelas foram os genótipos de algodoeiro. Cada parcela era representada por uma caixa de madeira de 37,2cm x 40,7cm x 11,0cm de dimensões, preenchida com areia de rio, onde foram colocadas as sementes, por linha, de cada genótipo, previamente tratadas com ácido sulfúrico. Os resultados mostraram que os cultivar es IAC- 17 e BR-1 foram mais resistentes ao estresse químico causado pelo herbicida, que os demais genótipos testados, conforme foi revelado pelos valores obtidos para as variáveis: grau de fitotoxicidade, 15 dias após a aplicação do produto, altura plantular, peso da fitomassa hidratada, peso da fitomassa, taxa de elongação caulinar e taxa de crescimento relativo em fitomassa hidratada epígea. O cultivar Rim-de -Boi mostrou-se o mais sensível ao diuron tendo-se verificado que, com uma dose de 0,096 kg/ ha, o estresse já se transformava em dano. O cultivar C-71, que é um polihíbrico natural, envolvendo os genomas do G. hirsutum latifolium e do G. barbadense, apresentou -se intermediária, no que se refere à capacidade de resistir ao estress e químico provocado pelo diuron. Tais resultados evidenciam que na recomendação de doses do diuron para a cultura do algodão, deve-se levar em consideração, além dos demais fatores já sabidos, o cultivar a ser plantado.

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O presente trabalho teve por finalidade avaliar os possíveis efeitos alelopáticos de três plantas daninhas (Cyperus rotundus, Sorghum halepense e Cynodon dactylon), uma leguminosa (Canavalia ensiformis) e colza (Brassica napus), na germinação das sementes do tomateiro (Lycopersicon esculentum cv. Santa Cruz) utilizado como indicador. Tubérculos de tiririca, rizomas de capim massambará, o sistema radicular de grama seda, além de folhas e raízes de feijão-de-porco e colza, foram homogeneizados em solução aquosa, submetidos a filtração e centrifugação. A aplicação do sobrenadante no substrato de germinação das sementes de tomateiro mostrou afetar o processo germinativo e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo. C. rotundus, S. halepense e raízes de C. ensiformis possuem substâncias altamente inibitórias à germinação do tomateiro 'Santa Cruz'', sendo que a planta indicadora também mostrou-se sensível às substâncias presentes nas folhas de B. napus e em C. dactylon.

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Examinou-se o potencial alelopático da planta invasora de pastagem assa-peixe (Vernonia polyanthes), através dos efeitos dos extratos aquosos (concentração de 10%) da parte aérea, de raízes e de sementes sobre a germinação (porcentagem e velocidade) e o alongamento da radícula das gramíneas forrageiras Brachiaria humidicola, Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha cv. Marandu. O pH, a condutividade e o potencial osmótico foram determinados em cada extrato. A contribuição do potencial osmótico foi isolada através de cálculo, tendo por base os potenciais osmóticos dos extratos e da água e a equação de regressão que se ajustou a cada parâmetros, em função da variação do potencial osmótico na faixa de 0,0 a 0,4 MPa. Os bioensaios foram desenvolvidos em câmaras do tipo BOD, com temperatura controlada para 35/15oC (diurna/noturna) e fotoperíodo de 12 horas-luz (bioensaios de germinação), e temperatura constante de 35oC e fotoperíodo de 24 horas-luz (bioensaios de alongamento da radícula). Os resultados indicaram que tanto o pH como a concentração de cátions não contribuíram para os resultados encontrado. O assa-peixe evidenciou potencialidade alelopáticas que variaram em função da espécie receptora e da parte da planta doadora do extrato. A velocidade de germinação foi o indicador mais sensível aos efeitos dos extratos aquosos da assa-peixe.