947 resultados para Diabetes Insípida
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a incidência de repercussões materno-fetais e controle glicêmico em gestantes com diagnóstico de Diabetes Melito Gestacional (DMG) tendo como corte a glicemia de jejum de 85 mg/dL no primeiro trimestre e correlacionar com fatores de risco. MÉTODOS: Foram revisados os prontuários das gestantes acompanhadas no ambulatório de Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) no período de janeiro de 2011 a março de 2012 e selecionadas aquelas com diagnóstico de DMG para contato e verificação do cartão de pré-natal. Foram colhidos dados de idade, paridade, glicemia de jejum do primeiro trimestre, valor do Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), Índice de Massa Corpórea (IMC), via de parto, forma de controle, repercussões fetais e fatores de risco para DMG. A análise estatística foi realizada no software PSPP 0.6.2 e consistiu de análise descritiva de frequências, teste do χ2 para variáveis categóricas, teste t de Student para amostras independentes e teste de Pearson para as correlações com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Das 408 gestantes atendidas, 105 tinham diagnóstico de Diabetes Melito Gestacional (DMG) e 71 tinham prontuários completos ou responderam ao contato para fornecer as informações faltantes. No grupo DMG-jejum <85, (com glicemia de jejum <85 mg/dL na primeira consulta no primeiro trimestre) foram incluídas 29 gestantes (40,8%) e no grupo DMG-jejum>85 (glicemia de jejum >85 mg/dL na primeira consulta, no primeiro trimestre) 42 gestantes (59,1%). Observou-se que poucas pacientes (5 no grupo DMG-jejum <85 e 3 no grupo DMG-jejum>85) não apresentavam fatores de risco para DMG. Houve maior frequência da necessidade de controle com insulina nas pacientes do grupo DMG-jejum >85. Não houve diferença significativa quanto às repercussões fetais e via de parto entre os grupos. CONCLUSÃO: A glicemia de jejum do primeiro trimestre, tendo como ponto de corte o valor 85 mg/dL, isoladamente, ou associado a fatores de risco, não seria bom preditor isolado de repercussões materno-fetais do DMG.
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A prevalência de incontinência urinária em gestantes diabéticas é significantemente elevada e persiste por até dois anos após o parto cesárea, podendo ser a sequela mais frequente da hiperglicemia gestacional comparada a outras complicações. Dessa forma, identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária em diabéticas é o principal objetivo na prevenção dessa condição tão comum. Pesquisas recentes apontam que não apenas o músculo uretral mas também a matriz extracelular uretral desempenham papel importante no mecanismo da continência urinária. Os trabalhos do nosso grupo de pesquisa evidenciaram que, em ratas, o diabetes durante a prenhez lesa a matriz extracelular e o músculo estriado uretral, o que pode explicar a alta prevalência de incontinência e disfunção do assoalho pélvico em mulheres com diabetes mellitus gestacional. O diabetes exerce efeito sobre a expressão, organização e alteração dos componentes da matriz extracelular em diversos órgãos, e a remodelação do tecido e a fibrose parecem ser uma consequência direta dele. Assim, a compreensão do impacto de fatores de risco modificáveis, como o diabetes, permitirá que, utilizando estratégias preventivas, reduzamos as taxas de incontinência urinária, bem como os custos de assistência à saúde, e melhoremos a qualidade de vida das mulheres, especialmente na gestação e no pós-parto.
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Resumo OBJETIVO: Avaliar a influência da amamentação nos resultados do teste oral de tolerância à glicose pós-parto (TTGp) de mulheres que apresentaram diabetes gestacional atendidas em unidade terciária do município de São Paulo. MÉTODOS: Foram obtidos dados de pacientes com diabetes gestacional no período de janeiro a dezembro de 2014. As informações foram obtidas por meio de acesso aos prontuários eletrônicos e pelo contato telefônico. Seguindo os critérios de inclusão adotados, 132 pacientes foram elegíveis para o estudo. Para análise estatística dos dados, as pacientes foram divididas em dois grupos, segundo a informação de terem ou não amamentado. Foram utilizados os testest de Student, de Mann-Whitney, do χ2 e exato de Fisher, dependendo do tipo de variável analisada. Foram considerados estatisticamente significativos testes com p<0,05. RESULTADOS: Das 132 pacientes incluídas no estudo, 114 amamentaram e 18 não amamentaram. Em ambos os grupos, houve um predomínio de pacientes na faixa do sobrepeso e/ou obesidade. As pacientes que amamentaram apresentaram índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional menor que as que não amamentaram (p=0,006). No grupo que não amamentou, a idade gestacional de introdução de insulina foi mais precoce (23.21±4.33 versus 28.84±6.17; (p=0,04) e o valor médio da glicemia de jejum do TTGp (91.3±8.7 versus 86.5±9.3; (p=0,01) foi maior do que o grupo que amamentou. A amamentação agiu como fator protetor para o desenvolvimento de intolerância à glicose no TTGp (OR=0,27; IC95% 0,09-0,8). Pela regressão logística, a amamentação mostrou-se ser fator protetor independente. CONCLUSÃO: Houve relação estatisticamente significativa entre a amamentação e a diminuição do risco de desenvolver intolerância à glicose. Esse ato deve ser estimulado, visto que é uma intervenção efetiva de baixo custo e fácil acesso a todas as pacientes no puerpério.
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Objetivo Apresentar e validar um registro eletrônico de saúde (RES) multifuncional para atendimento ambulatorial a portadoras de endocrinopatias na gestação e comparar a taxa de preenchimento de informações de saúde com o prontuário convencional. Métodos Desenvolvemos um RES denominado Ambulatório de Endocrinopatias na Gestação eletrônico (AMBEG) para registro sistematizado das informações de saúde. O AMBEG foi utilizado para atendimento obstétrico e endocrinológico de gestantes acompanhadas no ambulatório de endocrinopatias na gestação na maternidade referência em gestação de alto risco na Bahia, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2013. Aleatoriamente foramselecionadas 100 pacientes atendidas como AMBEG e 100 pacientes atendidas comprontuário convencional comregistro em papel e comparou-se a taxa de preenchimento de informações clínicas. Resultados Foram realizados 1461 atendimentos com o AMBEG: 253, 963 e 245 respectivamente, admissões, consultas de seguimento e puerpério. Eram portadoras de diabetes 77,2% e sendo 60,1% portadoras de diabetes pré-gestacional. O AMBEG substituiu, satisfatoriamente, o prontuário convencional. O percentual de informações clínicas registradas em ambos os prontuários foi significativamente maior no AMBEG: queixas clínicas (100 versus 87%, p < 0,01), altura uterina (89 versus 75%, p = 0,01), ganho de peso total (91 versus 40%, p < 0,01) e dados específicos sobre o diabetes (dieta, esquema de insulina, controle glicêmico e manejo de hipoglicemias) revelando diferença significativa (p < 0,01). A possibilidade de exportar dados clínicos para planilhas facilitou e agilizou a análise estatística de dados. Conclusões O AMBEG é uma ferramenta útil no atendimento clínico a mulheres portadoras de endocrinopatias na gestação. A taxa de preenchimento de informações clínicas foi superior à do prontuário convencional.
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Objetivo Avaliar se há correlação das dosagens de frutosamina e de hemoglobina glicosilada (HbA1c) com as frequências de desvios de glicemia capilar em gestantes com diabetes mellitus. Métodos estudo observacional, retrospectivo, de corte transversal, incluindo todas as gestantes comdiabetes que iniciaram o pré-natal emhospital terciário de ensino durante o ano de 2014 e que apresentavam pelo menos 20 dias de auto monitoramento glicêmico previamente às dosagens séricas de frutosamina e de HbA1c. Os desvios de glicemia capilar foram considerados "hipoglicemias" quando menores que 70mg/dL ou "hiperglicemias" quando acima do alvo glicêmico terapêutico para o horário. Foram testadas as correlações lineares par a par das dosagens de frutosamina e de HbA1c com as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias capilares pelo teste Tau-b de Kendall. Na sequência, foi avaliada a regressão linear entre as dosagens de HbA1c e de frutosamina e as frequências de hipoglicemias e de hiperglicemias. Resultados Foram incluídas 158 gestantes que contribuíram com 266 amostras para dosagem sérica de frutosamina e HbA1c. As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes τ de Kendall de 0,29 (p < 0,001) e 0,5 (p < 0,001) com a frequência de hiperglicemias, e de 0,09 (p = 0,04) e 0,25 (p < 0,001) com a frequência de hipoglicemias capilares. No modelo de regressão linear, as dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentaram, respectivamente, coeficientes de determinação R2 = 0,26 (p < 0,001) e R2 = 0,51 (p < 0,001) para a predição de hiperglicemias, e R2 = 0,03 (p = 0,003) e R2 = 0,059 (p < 0,001) para a predição de hipoglicemias. Conclusão As dosagens de frutosamina e de HbA1c apresentam correlação fraca a moderada com as frequências de hiperglicemias e hipoglicemias capilares no auto monitoramento glicêmico e não são capazes de traduzir com precisão os desvios da meta glicêmica no tratamento de gestantes com diabetes.
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A catarata representa uma das principais causas de cegueira em cães, sendo que as alterações metabólicas provocadas pelo Diabetes mellitus (DM), constituem a segunda causa mais comum de catarata nesta espécie. A biomicroscopia ultrassônica (UBM) é um método ultrassonográfico de alta frequência (50 MHz) que permite a obtenção de imagens do modo B de qualidade microscópica. Este estudo objetivou, por meio do uso da UBM, comparar as estruturas do segmento anterior de olhos de cães com catarata, diabética e não-diabética, às de cães normais, para verificar possíveis alterações decorrentes do DM. Os parâmetros avaliados foram espessura da córnea, profundidade da câmara anterior, aumento de celularidade no interior da câmara anterior e medida do ângulo iridocorneal. Foram realizados exames de 87 olhos de 47 animais da espécie canina, divididos em 3 grupos: grupo controle (GCO), grupo de portadores de catarata não-diabéticos (GCAT) e o grupo dos diabéticos (GDM). Os resultados revelam que o grupo dos diabéticos apresentou maiores espessuras de córnea que os demais grupos enquanto o grupo controle apresentou maiores câmaras anteriores. Encontrou-se aumento de celularidade em câmara anterior apenas nos grupos com catarata. Quando analisadas as medidas do ângulo iridocorneal, não houve diferença entre os 3 grupos. Com base no que foi aferido, permite-se concluir que olhos de cães diabéticos com catarata apresentam maior espessura de córnea central que olhos de cães com catarata de outras etiologias e de cães normais, que há diminuição da câmara anterior, com aumento de celularidade, em olhos de cães com catarata, quando comparados a cães normais e que não há diferença na medida do ângulo iridocorneal em olhos de cães com catarata, diabética ou não, e de cães normais.
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Background: Type 2 diabetes patients have a 2-4 fold risk of cardiovascular disease (CVD) compared to the general population. In type 2 diabetes, several CVD risk factors have been identified, including obesity, hypertension, hyperglycemia, proteinuria, sedentary lifestyle and dyslipidemia. Although much of the excess CVD risk can be attributed to these risk factors, a significant proportion is still unknown. Aims: To assess in middle-aged type 2 diabetic subjects the joint relations of several conventional and non-conventional CVD risk factors with respect to cardiovascular and total mortality. Subjects and methods: This thesis is part of a large prospective, population based East-West type 2 diabetes study that was launched in 1982-1984. It includes 1,059 middle-aged (45-64 years old) participants. At baseline, a thorough clinical examination and laboratory measurements were performed and an ECG was recorded. The latest follow-up study was performed 18 years later in January 2001 (when the subjects were 63-81 years old). The study endpoints were total mortality and mortality due to CVD, coronary heart disease (CHD) and stroke. Results: Physically more active patients had significantly reduced total, CVD and CHD mortality independent of high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP) levels unless proteinuria was present. Among physically active patients with a hs-CRP level >3 mg/L, the prognosis of CVD mortality was similar to patients with hs-CRP levels ≤3 mg/L. The worst prognosis was among physically inactive patients with hs-CRP levels >3 mg/L. Physically active patients with proteinuria had significantly increased total and CVD mortality by multivariate analyses. After adjustment for confounding factors, patients with proteinuria and a systolic BP <130 mmHg had a significant increase in total and CVD mortality compared to those with a systolic BP between 130 and 160 mmHg. The prognosis was similar in patients with a systolic BP <130 mmHg and ≥160 mmHg. Among patients without proteinuria, a systolic BP <130 mmHg was associated with a non-significant reduction in mortality. A P wave duration ≥114 ms was associated with a 2.5-fold increase in stroke mortality among patients with prevalent CHD or claudication. This finding persisted in multivariable analyses. Among patients with no comorbidities, there was no relationship between P wave duration and stroke mortality. Conclusions: Physical activity reduces total and CVD mortality in patients with type 2 diabetes without proteinuria or with elevated levels of hs-CRP, suggesting that the anti-inflammatory effect of physical activity can counteract increased CVD morbidity and mortality associated with a high CRP level. In patients with proteinuria the protective effect was not, however, present. Among patients with proteinuria, systolic BP <130 mmHg may increase mortality due to CVD. These results demonstrate the importance of early intervention to prevent CVD and to control all-cause mortality among patients with type 2 diabetes. The presence of proteinuria should be taken into account when defining the target systolic BP level for prevention of CVD deaths. A prolongation of the duration of the P wave was associated with increased stroke mortality among high-risk patients with type 2 diabetes. P wave duration is easy to measure and merits further examination to evaluate its importance for estimation of the risk of stroke among patients with type 2 diabetes.
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METFORMIININ KÄYTTÖ RASKAUSDIABETEKSESSA Raskausdiabeteksella tarkoitetaan sokeriaineenvaihdunnan häiriötä, joka todetaan ensimmäisen kerran raskauden aikana. Hoidolla voidaan vähentää raskausdiabetekseen liittyviä äidin ja vastasyntyneen haittoja. Lääkitystä tarvitaan, jos ruokavaliohoidolla ei saavuteta hyvää sokeritasapainoa. Perinteisesti lääkityksenä on käytetty insuliinia, mutta metformii¬nin käyttöä insuliinin vaihtoehtona on ehdotettu. Metformiini läpäisee istukan, mutta sen läpäisymekanismi ei ole selvillä. Tämän tutkimuskokonaisuuden pääasiallisin tarkoitus oli verrata metformiinin tehokkuutta ja turvallisuutta insuliiniin raskausdiabeteksen hoidossa selvittämällä lääkkeen vaiku¬tusta äitiin ja vastasyntyneeseen. Lisäksi haluttiin tutkia, mitkä tekijät ennustavat insulii¬nin tarvetta metformiinin lisänä, jotta saavutettaisiin hyvä sokeritasapaino. Metformiinin annoksen vaikutus äitiin ja vastasyntyneeseen arvioitiin mittaamalla metformiinin pitoisuus äidistä, ja sikiön puolelta napanuoran veressä. Tässä tutkimuksessa selvitettiin myös aktiivisen kuljetusproteiinin (OCT) merkitystä metformiinin kulkeutumiseen istukan läpi perfusiomalla istukkaa ex vivo . Ex vivo istukkaperfuusiotutkimuksen tulokset viittasivat siihen, että OCT-kuljetusproteiinilla ei ollut todennäköisesti merkittävää osuutta metformiinin kulkeutumisessa istukan läpi. Metformiinin pitoisuusmittaukset synnytyksen yhteydessä osoittivat metformiinin siirtyvän sikiöön istukan läpi suuressa määrin (96 %) kertymättä kuitenkaan sikiön verenkiertoon. Metformiinin pitoisuudella ei ollut vaikutusta vastasyntyneen hyvinvointiin. Maksi¬maalisella metformiinin annostuksella ja korkealla metformiinipitoisuudella todettiin olevan suotuisa vaikutus äidin painon nousuun raskauden aikana. Insuliiniin verrattuna metformiini ei lisännyt äidin, sikiön tai vastasyntyneen haittatapahtumia, eikä sillä ollut vaikutusta synnytystapaan. Sokeritasapaino insuliini- ja metformiinilääkityksen aikana oli yhtäläinen arvioitaessa sitä HbA1c- ja fruktosamiinimittauksilla, mutta 21 % metformiinin käyttäjistä tarvitsi lisäksi insuliinia hyvän sokeritasapainon saavuttamiseksi. Tutkimuksesssa todettiin, että mitä iäkkäämpi äiti oli, mitä varhaisemmassa raskauden vaiheessa sokerirasitus oli tehty ja lääkitys aloitettu, ja mitä korkeammat HbA1c ja fruktosamiinipitoisuudet olivat, sitä suuremmalla todennäköisyydellä metformiinin lisänä tarvittiin insuliinia.