983 resultados para Citrus spp
Resumo:
Para estudar a potencialidade antagônica de espécies de Trichoderma spp. in vitro e in vivo a Rhizopus stolonifer, patógeno causador da podridão floral do maracujazeiro, foram estudadas as espécies de Trichoderma viride, T. virens, T. harzianum e T. stromaticum. O crescimento micelial do fitopatógeno foi realizado pelo teste do pareamento de culturas, para crescimento individual foram utilizadas cinco temperaturas. Avaliou-se também o crescimento micelial em 24h e 48h, avaliando a taxa de crescimento dos isolados. Na produção de metabolitos voláteis e não voláteis foram utilizados papel celofane e sobreposição de placas. Em condição de campo os frutos/planta foram tratados com a suspensão na concentração de 2 x 10(8) Conídios/mL sendo avaliado o número médio de frutos aos 15 e 30. No pareamento de cultura todos os isolados de Trichoderma spp. apresentaram crescimento micelial, impedindo o desenvolvimento do fitopatógeno, para todos os isolados as temperaturas ideais de crescimento foram de 25ºC e 30ºC. Nos períodos de incubação de 24 e 48h, foram constatadas diferenças significativas no crescimento micelial entre os isolados os antagonistas apresentaram velocidade de crescimento maior que o fitopatógeno. Houve uma produção de metabólitos voláteis e não voláteis de ação antifúngica ao R. stolonifer. No ensaio em campo houve diferença significativa entre os tratamentos, verificando-se que o melhor resultado entre os antagonistas em estudo cujos percentuais de pegamento foram 74% para os tratamentos Trichoderma harzianum e T. virens, e os tratamentos T. viride e T. stromaticum obtiveram um porcentual de 75% enquanto a testemunha obteve um percentual de 42%.
Resumo:
O experimento teve como objetivo caracterizar biológica e molecularmente os isolados de CTV, obtidos de árvores de laranja Pêra em pomares das regiões Norte e Noroeste do Paraná, visando selecionar isolados fracos do Citrus tristeza virus com capacidade protetiva para pré-imunização. Os resultados apontaram sintomas fracos a moderados de caneluras e revelaram similaridade genética da maioria dos isolados analisados e o isolado fraco controle, sugerindo que as plantas selecionadas estão infectadas por haplótipos fracos de CTV, com potencial para serem utilizadas como plantas matrizes.
Resumo:
Leaf blight and defoliation of Eugenia stipitata Mc Vaugh and Eugenia patrisii Vahl, caused respectively by Cylindrocladium candelabrum (Calonectria scoparia) and C. spathiphylli (Calonectria spathiphylli) are reported in the state of Pará, Brazil. On both host species, the disease is characterized by dark brown lesions of different sizes and shapes. A whitish bright sporulation, resembling Cylindrocladium is observed on the necrotic lesions by using a stereomycroscope or a pocket lense (10-20 X). Under favorable conditions and depending on the level of infection, intense premature tree defoliation may also be found.Although the conidial germination and mycelial growth were higher at 25ºC for both species, C. candelabrum was more sensitive to the variation of temperature (10, 20, 30 and 40 ºC) than C. spathiphylli. This is the first report of C. candelabrum and C. spathiphylli on Eugenia stipitata (araçá-boi) and on Eugenia patrisii (ubaia-da-amazônia), respectively in Brazil.
Resumo:
O Brasil é considerado o maior produtor de citros e o maior exportador de suco de laranja. Doenças de pós-colheita representam uma grande perda para a citricultura, sendo que para a exportação de frutos são rígidas as exigências com relação a isenção de resíduos químicos nos mesmos. Patógenos de importância em pós-colheita de citros incluem o Penicillium digitatum, agente causal do bolor-verde e o Colletotrichum gloeosporioides, agente causal da antracnose. Dada a importância econômica que representam estas doenças dos frutos cítricos, tanto em termos de comprometimento da qualidade e dificuldade de controle, a busca de alternativas adicionais que possam viabilizar a capacidade produtiva e garantir a obtenção de frutos com excelentes padrões de qualidade torna-se imprescindível. Portanto, estudou-se os efeitos dos extratos aquosos do flavedo de Citrus aurantifolia var. Tahiti, Lentinula edodes, Agaricus subrufescens (syn. Agaricus brasiliensis), albedo de Citrus sinensis var. Valência e do ácido jasmônico no controle póscolheita do bolor verde e da antracnose e na indução de resistência em frutos de laranjeira Valência (Citrus sinensis). Foi possível observar que o extrato aquoso do flavedo (C. aurantifolia) apresentou efeito inibitório sobre os patógenos, quando tratados em pós-colheita, em função da redução dos sintomas e esporulação. Porém, os extratos de albedo (C. sinensis), L. edodes, A. subrufescens e o ácido jasmônico não apresentaram efeitos sobre P. digitatum e C. gloeosporioides.
Resumo:
The effectiveness of six Trichoderma-based commercial products (TCP) in controlling Fusarium root rot (FRR) in common bean was assessed under field conditions. Three TCP, used for seed treatment or applied in the furrow, increased seedling emergence as much as the fungicide fludioxonil. FRR incidence was not affected, but all TCP and fludioxonil reduced the disease severity, compared to control. Application of Trichoderma-based products was as effective as that of fludioxonil in FRR management.
Resumo:
We studied the effectiveness of application of Trichoderma spp. in controlling white mold on common beans at the fall-winter crop in the Zona da Mata region of the State of Minas Gerais, Brazil. There was no effect of the antagonist in reducing the disease severity, which could be explained by the low temperatures and the high inoculum pressure in the field. We concluded that Trichoderma applications are not recommended for control of white mold on common beans at the fall-winter season in regions with average temperature bellow 20 °C, since this condition favor more the pathogen than the antagonist.
Resumo:
Os experimentos objetivaram avaliar em condições de casa de vegetação o biocontrole dos fitopatógenos Rhizoctonia solani (RS) e Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli (FOP) em alface (Lactuca sativa L.) cultivar Regina, e feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) cultivar Alessa, respectivamente, utilizando como agentes antagonistas, 10 isolados de Trichoderma spp. selecionados em testes in vitro. Foram feitos biopreparados à base de arroz previamente colonizado por isolados de Trichoderma spp. e posteriormente triturados. Para a realização dos testes, os biopreparados foram inoculados previamente na proporção de 10(9) conídios.mL-1, em substrato comercial para produção de mudas. Após sete dias, os patógenos foram introduzidos separadamente em duas concentrações distintas: R. solani na proporção de 144 mg de meio de arroz por kg de substrato e F. oxysporum f.sp. phaseoli inoculado na forma de suspensão contendo 4,75 x 10(6) conídios.mL-1. Avaliou-se a influência dos biopreparados na % de damping-off de pós-emergência em plantas de alface e a severidade de murcha em plantas de feijão-vagem. O biopreparado referente ao isolado T-03 foi o mais eficiente no controle de R. solani em plantas de alface cultivar Regina, por ter reduzido a incidência de damping-off de pós-emergência nessa cultura. Por outro lado, nenhum dos biopreparados apresentou efeito antagonista satisfatório à F. oxysporum f.sp. phaseoli em plantas de feijão-vagem.
Resumo:
O efeito antagônico exercido por fungos do gênero Trichoderma foi avaliado contra os fitopatógenos Sclerotium rolfsii e Verticillium dahliae, isolados de áster ornamental e morangueiro, respectivamente. Utilizaram-se 20 isolados do antagonista, pertencentes às espécies T. asperellum, T. hamatum, T. harzianum, T. koningiopsis, T. spirale e Trichoderma sp. O antagonismo foi verificado por meio de testes de culturas pareadas e produção de metabólitos bioativos pelo método de sobreposição de placas. A maioria dos isolados exibiu efeito inibitório sobre o crescimento micelial de S. rolfsii e V. dahliae quando comparado com as testemunhas. Excetuando-se os testes de produção de metabólitos não-voláteis, verificou-se maior ação inibitória contra V. dahliae. Mesmo os metabólitos não-voláteis termoestáveis apresentaram efeito inibitório contra ambos os patógenos testados, mostrando que os metabólitos secundários do antagonista exercem efeito significativo sobre essas espécies patogênicas.
Resumo:
Bottom rot, caused by Rhizoctonia solani AG 1-IB, is an important disease affecting lettuce in Brazil, where its biological control with Trichoderma was not developed yet. The present study was carried out with the aim of selecting Trichoderma isolates to be used in the control of lettuce bottom rot. Forty-six Trichoderma isolates, obtained with baits containing mycelia of the pathogen, were evaluated in experiments carried out in vitro and in vivo in a greenhouse in two steps. In the laboratory, the isolates were evaluated for their capabilities of parasitizing and producing toxic metabolic substances that could inhibit the pathogen mycelial growth. In the first step of the in vivo experiments, the number and the dry weight of lettuce seedlings of the cultivar White Boston were evaluated. In the second step, 12 isolates that were efficient in the first step and showed rapid growth and abundant sporulation in the laboratory were tested for their capability of controlling bottom rot in two repeated experiments, and had their species identified. The majority of the isolates of Trichoderma spp. (76%) showed high capacity for parasitism and 50% of them produced toxic metabolites capable of inhibiting 60-100% of R. solani AG1-IB mycelial growth. Twenty-four isolates increased the number and 23 isolates increased the dry weight of lettuce seedlings inoculated with the pathogen in the first step of the in vivo experiments.In both experiments of the second step, two isolates of T. virens, IBLF 04 and IBLF 50, reduced the severity of bottom rot and increased the number and the dry weight of lettuce seedlings inoculated with R. solani AG1-IB. These isolates had shown a high capacity for parasitism and production of toxic metabolic substances, indicating that the in vitro and in vivo steps employed in the present study were efficient in selecting antagonists to be used for the control of lettuce bottom rot.
Resumo:
A utilização de gramíneas forrageiras em sistemas de integração lavoura-pecuária tem sido cada vez mais frequente no Brasil. Entretanto, alguns genótipos forrageiros podem hospedar fitonematoides, contribuindo para manter populações elevadas destes organismos no solo. Objetivando-se avaliar a reação de acessos e cultivares de Brachiaria spp. (B. ruziziensis, B. brizantha cvs. BRS Piatã e BRS Paiaguás, B. humidicola cv. BRS Tupi, e os genótipos B4 e HBGC 331) e Panicum maximum (cvs. Tanzânia-1 e Massai e os genótipos PM32, PM36, PM45 e PM46) à Pratylenchus brachyurus, realizou-se este trabalho. Como testemunhas utilizaram-se o milho BRS 2020 (suscetível) e milheto ADR 300 (resistente) à P. brachyurus. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Embrapa Gado de Corte, Campo Grande-MS, em blocos casualizados com sete repetições, de maio a setembro de 2011 e de março a maio de 2012. Utilizaram-se cinco plantas por vaso, que foram inoculadas com 1.000 espécimes de P. brachyurus. Após 90 dias, avaliaram-se as populações de nematoides na raiz e no solo, com a finalidade de obtenção da população final dos nematoides e o fator de reprodução (FR). Determinou-se ainda a reação dos genótipos em relação à porcentagem de redução do FR. Com exceção de B. humidicola cv. BRS Tupi, com FR de 0,98 e 0,44, no primeiro e segundo experimentos, respectivamente, todos os materiais avaliados permitiram a multiplicação do nematoide. Em relação à porcentagem de redução do FR, apenas a B. humidicola cv. BRS Tupi e o milheto ADR 300 foram classificados como moderadamente resistentes, com reduções de, no máximo 90,58% e 94,73%, no primeiro e segundo experimento, respectivamente. Entre os genótipos de forrageiras estudados a maioria mostrou-se suscetível à P. brachyurus, apesar de variação do grau de suscetibilidade entre os mesmos. Dessa forma, em áreas com histórico de presença de P. brachyurus, a B. humidicola cv. BRS Tupi pode ser indicada nos sistemas de integração e/ou em rotação de culturas, como estratégia de manejo para a redução populacional de P. brachyurus.
Resumo:
A mancha bacteriana do tomateiro causada por quatro espécies de Xanthomonas pode provocar perdas significativas na produção da cultura e a utilização do silício na proteção de plantas tende a reduzir a incidência de doenças. O objetivo do trabalho foi avaliar fontes de silício no controle da mancha bacteriana do tomateiro. Para a avaliação da inibição do crescimento bacteriano in vitro foram utilizados discos de papel de filtro esterilizados contendo 10 µL de silício coloidal ou silicato de potássio nas concentrações de 10, 30, 40 e 50 µg µL-1. Esses discos foram colocados sobre a bactéria cultivada em placas de Petri com meio de cultura, observando-se a formação de halos de inibição. Para avaliação da redução da severidade da mancha bacteriana do tomateiro em casa de vegetação, plantas de tomate foram pulverizadas com os produtos nas concentrações 10, 20, 30, 40 e 50 g L-1 e, após três dias, foi feita a inoculação por aspersão da suspensão bacteriana (109 UFC mL-1). Como testemunhas foram utilizadas plantas pulverizadas com água destilada ou inoculadas com a suspensão bacteriana. O silício coloidal não foi eficiente no controle de Xanthomonas spp. Concentrações de 30, 40 e 50 µg µL-1 de silicato de potássio inibiram o crescimento bacteriano in vitro e concentrações de 40 e 50 g L-1 reduziram o índice de doença da mancha bacteriana do tomateiro.
Resumo:
O gênero Ceratocystis contempla diversas espécies distribuídas em vários lugares do mundo. No Brasil ocorrem relatos da existência de três espécies, sendo elas: C. cacaofunesta, C. paradoxa e C. fimbriata, sendo esta última relacionada a doença em culturas de importância econômica. O trabalho objetivou verificar, em meios de cultura específicos, a produção das enzimas extracelulares amilase, lipase, celulase, protease, lacase e lignina peroxidase e pectiliase (pectato-liase) por isolados de Ceratocystis sp. Foram usados 41 isolados: 3 de mangueira (Mangifera indica), 19 de eucalipto (Eucalyptus spp.), 15 de cacaueiro (Theobroma cacao), 2 de Teca (Tectona grandis) e 2 de atemóia (Annona sp.). As colônias foram incubadas no escuro a 25ºC , com exceção do meio para detecção de pectinase que foi incubado sob fotoperíodo alternado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 4 repetições. A partir dos meios específicos foi possível detectar a produção de amilase, lacase e protease quase na totalidade dos isolados Ceratocystis sp. testados. Não foi observada a produção de celulase, lípase e pectatoliase. A produção da enzima lignina peroxidade foi detectada em pouca quantidade e em somente alguns isolados do fungo. Este perfil enzimático obtido da população do fungo pode auxiliar em futuros estudos relacionados com a caracterização deste.
Resumo:
A mosca branca Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) é considerada uma das pragas agrícolas mais ameaçadoras em todo o mundo, pelo seu efeito direto na sucção de seiva das plantas e principalmente pelo seu efeito indireto de transmitir vírus, em especial os begomovírus. No Brasil, a espécie de begomovírus predominante em solanáceas é o Tomato severe rugose vírus - ToSRV. Uma possibilidade de manejo da doença é a utilização de cultivares resistentes ou tolerantes tanto ao vírus, como ao inseto vetor. Foram avaliados neste trabalho a dispersão primária e secundária do ToSRV por Bemisia tabaci, espécie MEAM1, também conhecida como biótipo B, em cultivares tolerantes ao ToSV Capsicum baccatum (IAC-1357) C. annuum (IAC-1566) e C. frutescens (IAC-1544). O genótipo (IAC-1544) apresentou menor número de plantas infectadas pelo ToSRV no ensaio de dispersão primária e nenhuma eficiência na transmissão do isolado na dispersão secundária. Estes resultados colaboram para o melhoramento de pimentão e pimentas visando a resistência ao ToSRV e seu inseto vetor.
Resumo:
Clonal cleaning, followed by pre-immunization with protective complexes of Citrus tristeza virus(CTV), allowed the commercial cultivation of Pêra sweet orange, a variety that has great importance for Brazilian citriculture but is sensitive to the virus. The use of mild protective isolates in other citrus varieties, even those more tolerant to CTV, can also be of interest to prevent the spread of severe isolates. The aim of this study was to characterize, by means of SSCP (Single Strand Conformational Polymorphism) analysis of the coat protein gene, CTV isolates present in plants of the sweet orange cultivars Pêra, Hamlin and Valencia propagated from four budwood sources: 1) old lines, 2) nucellar lines, 3) shoot-tip-grafted lines, and 4) shoot-tip-grafted lines pre-immunized with the mild CTV protective isolate 'PIAC'. We also evaluated the correlation of the obtained SSCP patterns to stem pitting intensity, tree vigor and fruit yield. SSCP results showed low genetic diversity among the isolates present in different trees of the same variety and same budwood source and, in some cases, in different budwood sources and varieties. Considering tristeza symptoms, lower intensity was noted for plants of new, shoot-tip-grafted and pre-immunized shoot-tip-grafted lines, compared to old lines of the three varieties. The observed SSCP patterns and symptomatology suggested that more severe CTV complexes infect the plants of old lines of all three varieties. The protective complex stability was observed in the SSCP patterns of CTV isolates of some shoot-tip-grafted and pre-immunized clones. It was concluded that the changes detected in other electrophoretic profiles of this treatment did not cause loss of the protective capacity of CTV isolate 'PIAC' inoculated in the pre-immunization.