903 resultados para |Aditivo alimentar
Resumo:
A obesidade, doena resultante do acmulo excessivo de gordura corporal, importante fator de risco para diabetes mellitus tipo 2, dislipidemias e doenas cardiovasculares, doenas de alta prevalncia em todo o mundo. O processo de transio nutricional decorrente da globalizao contribuiu para o crescente nmero de indivduos com obesidade, principalmente pela modificao nos hbitos alimentares da populao, com ampla incluso de produtos industrializados ricos em gordura saturada, sal e acar, denominada dieta ocidental. Os mecanismos pelos quais a obesidade induzida por dieta leva ao desenvolvimento de doenas cardiovasculares ainda no esto completamente esclarecidos na literatura, porm sabe-se que a obesidade leva ao comprometimento da funo cardaca e do metabolismo energtico, aumentando a morbidade e mortalidade. Em grande parte dos estudos relacionados obesidade, o metabolismo energtico celular comprometido associa-se disfuno mitocondrial. Neste contexto, torna-se importante avaliar a funo mitocondrial na obesidade, visto que as mitocndrias so organelas com funes-chave no metabolismo energtico. No presente estudo, avaliamos inicialmente o efeito obesognico da dieta ocidental em camundongos Swiss por 16 semanas a partir do desmame. Para tal, analisamos a ingesto alimentar, evoluo da massa corporal, ndice de Lee, peso das gorduras epididimal e retroperitoneal, peso e morfologia do fgado, relao entre o peso do fgado/massa corporal, peso do ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal, glicemia de jejum e teste intraperitoneal de tolerncia glicose. Avaliamos tambm o consumo de oxignio das fibras cardacas atravs da respirometria de alta resoluo. Alm disso, o contedo das protenas envolvidas no metabolismo energtico: Carnitina Palmitoil Transferase 1 (CPT1), protena desacopladora 2 (UCP2), Transportadores de glicose 1 e 4 (GLUT1 e GLUT4), protena quinase ativada por AMP (AMPK), protena quinase ativada por AMP fosforilada (pAMPK), receptor de insulina β (IRβ) e substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) foi determinado por western blotting. Nossos resultados confirmaram o carter obesognico da dieta ocidental, visto que os camundongos submetidos a esta dieta (GO), apresentaram-se hiperfgicos (P<0,001) e obesos (72,031,82, P<0,001), com aumento progressivo no ganho de massa corporal. Alm do aumento significativo dos parmetros: ndice de Lee (362,902,44, P<0,001), gorduras epididimal e retroperitonial (3,310,15 e 1,610,11, P<0,001), relao entre o peso do fgado/massa corporal (0,060,003, P<0,001) e peso de ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal (0,080,002, P<0,01), hiperglicemia de jejum (192,1014,75, P<0,01), intolerncia glicose (P<0,05, P<0,01) e deposio ectpica de gordura no fgado. A respirometria de alta resoluo evidenciou disfuno mitocondrial cardaca no grupo GO, com reduzida capacidade de oxidao de carboidratos e cidos graxos (P<0,001) e aumento do desacoplamento entre a fosforilao oxidativa e a sntese de ATP (P<0,001). Os resultados de western blotting evidenciaram aumento nos contedos de CPT1 (1,160,08, P<0,05) e UCP2 (1,080,06, P<0,05) e reduo no contedo de IRS-1 (0,600,08, P<0,05). No houve diferena significativa nos contedos de GLUT1, GLUT4, AMPK, pAMPK, pAMPK/AMPK e IRβ. Em concluso, o consumo da dieta ocidental resultou no desenvolvimento de obesidade com disfuno mitocondrial associada a alteraes no metabolismo energtico.
Resumo:
Adolescentes apresentam rpido crescimento e intensas mudanas corporais que os tornam vulnerveis em termos nutricionais. A prtica de restries alimentares, bastante comum entre adolescentes, pode levar a inadequaes nutricionais que parecem ser o primeiro sinal para o incio de uma desordem alimentar (DA). A participao feminina no esporte e o nmero de casos de DA em adolescentes atletas de modalidades que exigem exposio do corpo, agilidade e leveza dos movimentos, como o tnis, tm aumentado nos ltimos anos. As DA podem levar a complicaes de sade como irregularidades menstruais (IM) e baixa densidade mineral ssea (DMO), caracterizando a Trade da Mulher Atleta (TMA). Desta forma, acredita-se que alguns componentes dietticos podem ter associao com DA e seus agravos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a associao de componentes dietticos com desordens alimentares, irregularidades menstruais e composio corporal em adolescentes atletas tenistas e no atletas do sexo feminino. Trata-se de estudo do tipo transversal. Foram realizadas avaliaes do desenvolvimento puberal pela auto-aplicao dos critrios de Tanner; da composio corporal pela absortometria radiolgica de dupla energia (DXA); dos parmetros dietticos por registro alimentar de trs dias alternados; das DA pela aplicao de trs questionrios validados (Eating Attitudes Test - EAT-26, Bulimic Investigatory Test, Edinburgh- BITE e o Body Shape Questionnaire - BSQ); do ciclo menstrual por questionrio validado e da DMO tambm pelo DXA. A Trade da Mulher Atleta (TMA) foi estabelecida pela presena concomitante de DA e/ou baixa disponibilidade de energia (BDE), IM e baixa DMO. Foram realizadas associaes por meio de correlaes de Spearman entre as variveis numricas de componentes dietticos com DA e composio corporal. Tambm foram realizadas associaes por meio do teste qui-quadrado, teste exato de Fisher ou prova binomial para as variveis categricas de adequao dos componentes dietticos com DA e seus agravos. Participaram do estudo 75 adolescentes (25 tenistas, 50 no atletas) apresentando desenvolvimento puberal similar. Atletas obtiveram melhor perfil da composio corporal quanto ao tecido adiposo. Quanto ingesto de macronutrientes, os carboidratos merecem destaque. Em ambos os grupos, a maioria das participantes apresentaram baixa ingesto de carboidratos, sendo este percentual de inadequao significativamente maior para as atletas. Os micronutrientes que obtiveram maior percentual de inadequao foram folato e clcio em ambos os grupos. Verificou-se que 92%, 32% e 24% das atletas e 72%, 8% e 30% das no atletas preencheram critrios para DA e/ou BDE, IM e baixa massa ssea, respectivamente. Apesar de adolescentes atletas tenistas e no atletas apresentarem prevalncia de DA similares, as no atletas apresentaram maior insatisfao com a imagem corporal pelo teste BSQ. No entanto, as atletas parecem estar em situao mais grave uma vez que apresentaram maior prevalncia de BDE e de IM. A DMO e a prevalncia de TMA foram similares entre os grupos. Foi verificada associao inversa e significativa entre alguns componentes dietticos (principalmente energia e carboidratos) e os escores do teste BSQ. Foi possvel concluir que a baixa ingesto de alguns componentes dietticos, principalmente energia e carboidratos, podem funcionar como marcadores para desordens alimentares em ambos os grupos a fim de previnir posteriores consequncias sade
Resumo:
Estudos demonstram que o sobrepeso e a obesidade podem afetar a fertilidade masculina. Alm disso, a funo tireidea tambm esta associada alterao da funo testicular, entretanto, o papel fisiolgico dos hormnios tireoideanos na regulao do sistema reprodutor masculino ainda no esta claro. Aos 21 dias de idade, ratos machos receberam uma dieta manipulada contendo diferentes concentraes de leo de soja at a idade de 30 e 60 dias, os grupos controle (C30, n=6 e C60, n=6), receberam dieta contendo 7% e os grupos hiperlipdicos (HL30, n=6 e HL60, n=6), receberam dieta contendo 19% deste leo. Ao final de cada perodo, os animais foram avaliados por DXA (Absorciometria de Raios-x em Duas Energias) e sacrificados por exsanguinao. Para avaliar alteraes na estrutura dos tecidos testicular e tireideo, foram realizados a morfologia e a estereologia. No plasma, para determinar os perfis bioqumico e hormonal, foram avaliados, triglicerdeos, colesterol total, HDL-colesterol, VLDL, glicose e albumina, por mtodos colorimtricos e leptina, insulina, T4, T3, TSH e testosterona por radioimunoensaio (RIE). Para evidenciar a expresso de receptor andrognico (AR) em testculos, foi realizado imunomarcao, com anti-AR. Durante todo o perodo experimental, foram analisados a massa corporal, a ingesto alimentar e o comprimento corporal, os quais permaneceram inalterados. No grupo HL, a massa magra foi menor aos 30 dias, j a gordura corporal total foi maior no mesmo grupo, aos 60 dias nenhuma diferena foi notada entre os grupos. No grupo HL30 no houve diferena quanto massa dos tecidos, j no grupo HL60, o peso do epiddimo, fgado e gordura visceral mantiveram-se aumentados. No grupo HL30 no houve diferena em relao ao perfil bioqumico, j no grupo HL60, os nveis de glicose, mantiveram-se altos. Quanto s dosagens hormonais no grupo HL30, TSH e leptina estiveram aumentados e T3 reduzido, e no grupo HL60, T3 e leptina estiveram aumentados. Os dados morfomtricos e estereolgicos de testculo no grupo HL30 mostram aumento no nmero de tbulos seminferos e da densidade de comprimento (Lv), j no grupo HL60, h reduo no nmero de tbulos seminferos e no dimetro do mesmo. Quanto expresso de receptor andrognico nas clulas testiculares, no parece haver diferena entre os grupos independente da idade de consumo da dieta. A dieta hiperlipdica promoveu alteraes metablicas aos 30 dias e modificaes na morfologia do tecido tireoidiano e testicular em ambas as idades, o que indica reflexos na funo reprodutora.
Resumo:
Os Transtornos Alimentares (TA) so caracterizados por graves perturbaes no comportamento alimentar, geralmente de incio precoce e curso duradouro. Vrios fatores esto associados a sua etiologia, como fatores familiares, socioculturais, biolgicos e psicolgicos. Alguns autores demonstraram existir correlao entre gravidade nos comportamentos alimentares inadequados, baixos nveis de assertividade, altos nveis de hostilidade autodirigida e dificuldade em expressar a raiva. Alm disso, a raiva tem sido relacionada principalmente aos episdios de compulso alimentar e mtodos compensatrios. A literatura, j h algum tempo reconhece o papel central do afeto negativo na etiologia e manuteno da compulso alimentar. A teoria da regulao do afeto pressupe que os episdios de compulso alimentar esto associados a uma dificuldade para regular as emoes de forma adaptada, configurando-os como uma estratgia inadequada para aliviar sofrimento e reduzir afetos intensos. Pesquisadores indicam que um tero das mulheres com compulso alimentar, comem em resposta a emoes negativas, mais especificamente a raiva, depresso e ansiedade. A compulso alimentar teria como funo regular a experincia emocional, reduzindo a conscincia da emoo. A raiva tambm tem sido associada a dficits em habilidades sociais. A literatura sugere que os indivduos socialmente habilidosos so mais propensos a manejar com a emoo da raiva do que aqueles com dficits em habilidades sociais e resoluo de problemas, e que muitos dos tratamentos efetivos para raiva e comportamento agressivo incluem o desenvolvimento dessas habilidades. Assim como elevados nveis de raiva esto associados a comportamentos alimentares disfuncionais, evidncias apontam para a relao entre dficits em habilidades sociais e gravidade do comportamento alimentar. A literatura mostra que no tratamento da raiva, o treinamento de habilidades sociais tem sido bastante efetivo. Dessa forma, identificar de que forma a raiva se relaciona ao comportamento alimentar inadequado , bem como aos dficits em habilidades sociais se torna relevante para a criao de programas de interveno que tenham como objetivo ensinar o indivduo a manejar com a raiva e frustrao, aumentando assim, a capacidade de resoluo de problemas e diminuindo a ocorrncia de comportamentos alimentares inadequados. Portanto, o objetivo desse estudo avaliar as relaes entre habilidades sociais e a raiva em pacientes com Bulimia Nervosa e Transtorno da Compulso Alimentar Peridica. Em funo das crticas ao uso de questionrios de auto-informe em pesquisas, essa tese foi dividida em trs estudos. O primeiro foi uma reviso sistemtica da literatura que teve como propsito avaliar as relaes entre nveis disfuncionais de raiva e compulso alimentar em pacientes com bulimia nervosa e TCAP. O segundo estudo avaliou as relaes entre nveis de habilidades sociais, raiva disfuncional e gravidade da compulso alimentar em amostra clnica, atravs de questionrios de autorrelato. E por fim, o terceiro estudo teve como objetivo identificar pensamentos automticos e comportamentos associados a emoo da raiva atravs de entrevista estruturada, composta por cinco questes abertas. Os resultados de cada estudo sero discutidos, assim como sua implicao no tratamento dos TA
Resumo:
Este trabalho traz como proposta a obteno de nanocompsitos (PLA/HDPE-g-AM/HDPE-Verde/n-CaCO3) com propriedades mecnicas e de fluxo adequadas para aplicao no setor de embalagens. A produo desses nanocompsitos ocorreu por meio de uma mistura de PLA e polietileno proveniente de fonte renovvel (HDPE-Verde), viabilizada pela ao do agente compatibilizante polietileno enxertado com anidrido maleico (HDPE-g-AM) e do aditivo carbonato de clcio nanoparticulado (n-CaCO3), atravs do estudo das condies timas de processamento e composio, realizado por meio do Planejamento Fatorial Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR). A obteno deste balano timo se deu ao se avaliar a influncia dos fatores de estudo velocidade de rotao (100-400rpm), teor da fase dispersa PLA 2003D (0-35%) e teor da nanocarga mineral - n-CaCO3 (1-4%) sobre as propriedades mecnicas, trmicas, morfolgicas e de fluxo dos nanocompsitos, atravs das variveis de resposta - mdulo de Young, resistncia ao impacto, grau de cristalinidade (c) e ndice de fluidez (MFI).Avaliaes preliminares conduziram escolha do PLA como fase dispersa dos compsitos. As variveis de resposta do planejamento indicaram que a viscosidade dessas amostras diretamente proporcional concentrao de n-CaCO3 e a velocidade de processamento, por promoverem, respectivamente, maior resistncia ao escoamento e disperso da carga. As composies apresentaram como caracterstica resistncia ao impacto similar ao comportamento do PLA puro e em contrapartida, mdulo de Young similar a matriz de HDPE-Verde. A cristalinidade dos polmeros foi melhorada, observando-se uma ao mtua do HDPE-Verde e do PLA para este aumento, havendo ainda colaborao do n-CaCO3 e da velocidade de mistura. A morfologia dos compsitos foi funo da velocidade que favoreceu maior disperso e distribuio da fase dispersa e ainda por maiores teores de n-CaCO3 que ocasionaram a formao de gotas de PLA de menores dimenses, favorecendo uma estrutura mais homognea. Maiores teores de PLA alteraram a morfologia dos compsitos, ocasionando a formao de grandes domnios dessa fase na forma de gota que atriburam ao material maior rigidez. A avaliao individual do efeito do n-CaCO3 sobre o PLA e o HDPE-Verde individualmente apontaram que a ao da carga mineral em geral benfica para a melhoria das propriedades, com exceo da resistncia ao impacto. Alm disso, os resultados mostram que a compatibilizante HDPE-g-AM tambm minimiza a atuao da carga. Em relao influncia do HDPE-g-AM sobre a mistura HDPE-Verde/PLA possvel observar que a compatibilizao da mistura tende a ocorrer, porm no de forma eficiente como o esperado
Resumo:
O desmame precoce (DP) leva ao desenvolvimento tardio de obesidade e de resistncia insulnica (RI), sendo essas alteraes prevenidas quando os animais so suplementados com clcio. Sabe-se que os peptdeos gastrointestinais (GI) atuam na regulao do apetite e em diversos outros processos, podendo ter um papel relevante no desenvolvimento da obesidade e RI. Uma vez que os animais programados pelo DP so obesos e hiperfgicos, investigamos o perfil plasmtico e tecidual de GLP-1, CCK e PYY (anorexgenos) de grelina (orexgena) e de seus receptores, assim como o efeito da dieta rica em clcio sobre estes peptdeos a fim de identificar algum distrbio no controle do apetite. Ao nascimento das proles, ratas lactantes Wistar foram separadas em: grupo DP (desmame precoce, n=20), filhotes cujas mes tiveram as mamas enfaixadas, impedindo o acesso da prole ao leite nos ltimos 3 dias de lactao; e grupo C (controle, n=10), filhotes com livre acesso ao leite materno. Aos 120 dias, as proles DP foram subdivididas em: grupo DP, alimentado com rao comercial padro, e grupo DPCa, alimentado com rao suplementada com clcio (10g de carbonato de clcio/Kg de rao). Os animais foram sacrificados aos 21 e 180 dias de vida. Quantificamos: GLP-1, CCK, PYY, grelina e citocinas (IL-6, TNF-α e IL-10) plasmticas por ELISA; o contedo de grelina no estmago por ELISA e imunohistoqumica; o contedo de GLP-1 (intestino), GLP1-R (intestino, TA e ARC) e GHSR-1a (estmago e ARC) por Western blotting. Dados significativos quando p<0,05. Aos 21 dias, a prole DP apresentou aumento de GLP-1 no plasma (+168%) e GLP1-R no tecido adiposo (+72%), embora menor contedo de GLP-1 (-59%) e GLP1-R (-58%) no intestino. No observamos alteraes plasmticas de grelina, CCK e PPY e no contedo de GHSR-1a no estmago aos 21 dias. Aos 180 dias, no verificamos diferena em nenhum dos peptdeos GI no plasma na prole DP. Porm, observamos menor contedo intestinal de GLP-1 tanto no grupo DP (-33%) quanto no DPCa (-32%), e uma tendncia da grelina (+20%) e do GHSR-1a (+31%) a estarem elevados no estmago do grupo DP. Alm de menor contedo de GLP1-R no tecido adiposo no grupo DP (-59%) e maior contedo de GLP1-R no intestino da prole DPCa (+62%). No encontramos diferena entre os grupos na expresso de GLP1-R e GHSR-1a no ARC. O grupo DP apresentou ainda um perfil pr-inflamatrio caracterizado por maior TNF-α e menor IL-10 no plasma. O DP alterou o perfil dos peptdeos GI a curto e longo prazos, o que pode ter colaborado para o desenvolvimento da obesidade, hiperfagia e RI neste modelo, uma vez que o GLP-1, nico peptdeo alterado no perodo de imprinting, possui um possvel papel adipognico. A suplementao com clcio foi capaz de reverter todas as alteraes produzidas pelo DP. Evidenciamos, ento, a importncia do aleitamento materno na formao do comportamento alimentar e do balano metablico, bem como o papel da suplementao com clcio no tratamento da obesidade e seus distrbios associados, inclusive nas alteraes do apetite.
Resumo:
A presente pesquisa objetiva verificar a contribuio da tecnologia da informao na previso de indicadores de desempenho da Empresa Alfa. Para a realizao deste estudo, foi realizado um estudo de caso nico a fim de aprofundar na pesquisa de forma exploratria e descritiva. As tcnicas utilizadas para tal foram anlise documental e entrevista, que deram suporte pesquisa quantitativa atendendo ao objetivo proposto no estudo e na fundamentao terica. A pesquisa teve como base principal os resultados dos indicadores de desempenho dos anos de 2012 e 2013 descritos no planejamento estratgico referente ao ano de 2013. Atravs desses resultados foi possvel prever os resultados dos indicadores para 2014 utilizando o software Weka e assim realizar as anlises necessrias. Os principais achados demonstram que a Empresa Alfa precisar antecipar aes para maximizar seus resultados evitando que impactem negativamente na rentabilidade, alm de ter a necessidade de manter uma base de dados slida e estruturada que possa subsidiar previses confiveis e alimentar futuramente o programa a fim de realizar novas previses. O resultado da pesquisa aponta que o sistema de informaes Weka contribui para a previso de resultados, podendo antecipar aes para que a organizao possa otimizar suas tomadas de decises, tornando-as mais eficientes e eficazes.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi investigar a associao entre a depresso ps-parto e a reteno de peso no ps-parto. Trata-se de um estudo longitudinal, com 563 mulheres no baseline acolhidas em unidades de sade do municpio do Rio de Janeiro entre 2005 e 2009, acompanhadas at o 6 ms ps-parto, com dados sobre peso e estatura aos 15 dias ps-parto e peso pr-gestacional. O peso retido aps o parto foi calculado a partir da diferena entre o peso aferido nas ondas de seguimento (15 dias, 1, 2, 4 e 6 ms) e o peso pr-gestacional. O estado nutricional pr-gestacional foi classificado de acordo com a OMS. A presena de depresso ps-parto foi avaliada a partir da verso em portugus da Escala de Depresso Ps-parto de Edimburgo (EPDS) aos 15 dias e no 2 ms aps o parto, utilizando-se 11/12 da EPDS como ponto de corte. Considerou-se depresso recorrente quando houve presena de depresso nos dois momentos. Inicialmente analisaram-se caractersticas da populao. Para as anlises estatsticas do efeito do estado nutricional pr-gestacional e do efeito da depresso ps-parto sobre a reteno de peso ps-parto empregou-se o proc mixed do pacote estatstico SAS. Dentre os principais achados, destaca-se que 22,7% (IC 95% 19,3-26,4) das mulheres iniciaram a gravidez com sobrepeso e 10,9% (IC 95% 7,0-15,7) apresentaram depresso recorrente. A reteno mdia de peso foi de 5,6 kg (IC 95% 5,1-6,1) aos 15 dias ps-parto. Na anlise das trajetrias no tempo do peso ps-parto por estado nutricional pr-gestacional ajustadas por idade, escolaridade, nmero de filhos, aleitamento materno e ganho de peso gestacional, observou-se diminuio da reteno de peso ps-parto para os grupos de baixo peso e sobrepeso pr-gestacional e aumento da reteno de peso ps-parto para o grupo de obesidade pr-gestacional. Na anlise das trajetrias no tempo do peso ps-parto por depresso ps-parto verifica-se que o efeito entre o tempo e a reteno de peso ps-parto se modifica para mulheres com depresso ps-parto recorrente nas anlises bruta e ajustadas por idade, escolaridade, estado nutricional pr-gestacional, nmero de filhos, ganho de peso gestacional, aleitamento materno e rede social, nas quais observa-se que as mulheres com depresso ps-parto recorrente perdem menos peso. Os resultados permitem identificar que h no ps-parto perda e ganho de peso, apesar de ser esperada perda de peso almejando o retorno ao peso pr-gestacional. Ressalta-se o impacto da depresso ps-parto observado nesta dinmica de peso, uma vez que mulheres com depresso ps-parto recorrente apresentaram menor perda de peso. Destaca-se a relevncia dos resultados deste estudo para o desenvolvimento da promoo da sade e da segurana alimentar e nutricional, visando um monitoramento do estado nutricional ps-parto e avaliao da sade mental materna de forma a contribuir para a preveno da obesidade feminina e comorbidades
Resumo:
Dieta materna hiperlipdica (HF) em roedores ocasiona o desenvolvimento de resistncia insulina e o diabetes mellitus tipo 2 na prole adulta. Camundongos fmeas foram alimentadas com dieta SC (standard chow) ou HF (hiperlipdica) durante oito semanas anteriores ao acasalamento, durante o perodo gestacional e metade da lactao. Os filhotes machos foram avaliados ao nascimento (0 dia) e aos 10 dias de idade. Nas progenitoras, foram avaliados o ganho de massa corporal (MC), a presso arterial (PA), a eficincia alimentar (EA) e o teste oral de tolerncia glicose (TOTG). Na prole, foram avaliadas a evoluo da massa corporal (MC), a glicemia, a estrutura da ilhota do pncreas e a massa de clula-beta. Nas progenitoras, a ganho de massa corporal (MC) e a eficincia alimentar (EA) do grupo HF apresentaram um aumento de 50% em relao ao grupo SC durante o perodo pr-gestacional e um aumento de 70% do ganho de MC e 250% na EA, durante a gestao (P<0,0001). A presso arterial e os nveis de corticosterona foram maiores no grupo HF quando comparados ao grupo SC (P=0,001). Em relao massa corporal das proles, no houve diferena ao nascimento, contudo aos 10 dias de idade o grupo HF apresentou um aumento neste parmetro, assim como um aumento dos nveis de glicemia e aumento do dimetro da ilhota em relao ao grupo SC (P<0,001). Ao nascimento, a razo da massa de clula-beta/massa do pncreas (MCB/MP), foi menor no grupo HF quando comparado ao grupo SC (-54%, P<0,0001), no entanto essa diferena no foi observada aos 10 dias de idade. A MCB/MP foi maior no grupo HF aos 10 dias de idade em relao ao grupo SC (+146%, P<0,0001). Desta forma, sugere-se que a administrao de dieta materna hiperlipdica durante o perodo pr-gestacional, durante a gestao e metade da lactao, culmina em alteraes precoces no pncreas da prole, incluindo um remodelamento e uma hipertrofia da clula-beta, a qual apresenta uma recuperao da massa de clula-beta ao final da organognese, podendo desta forma afetar a sua funo na vida adulta.
Resumo:
Os elementos de terras raras, representados em sua maioria pelos lantandeos, ocorrem principalmente como constituintes-trao da maioria dos minerais de rochas comuns (monazita, apatita) e tambm esto presentes em alguns minrios. Tais elementos foram largamente usados por dcadas como fertilizantes na China. Na rea das inovaes tecnolgicas, a demanda por esses metais vem crescendo por conta das suas aplicaes em diversos campos. Consequentemente, grandes quantidades desses elementos so acumulados em ambientes aquticos atingindo o fitoplncton. Assim, as microalgas que so organismos ecologicamente importantes na cadeia alimentar tm sido frequentemente usadas em estudos ambientais para avaliar a toxicidade relativa de vrias descargas qumicas e so largamente estudadas na deteco dos primeiros impactos no ecossistema. Somado a isso, so biomassas que possuem boa capacidade de biossoro de metais devido presena de ligantes na sua estrutura que promovem a captao deles quando em soluo. Dessa forma, as interaes entre as microalgas verdes Monoraphidium e Scenedesmus e os ons La3+ e Ce3+ foram investigadas neste trabalho. Para isso, foram avaliados o efeito txico e a bioacumulao do La3+ pelas duas microalgas verdes. Adicionalmente, estudos em batelada da biossoro do La3+ e Ce3+ em solues contendo os elementos isoladamente ou em combinao foram realizados. No estudo de toxicidade e de bioacumulao o meio de cultivo utilizado foi o ASM-1, com e sem presena de La3+ (10 mg.L-1 a 100 mg.L-1), onde o efeito txico do metal foi monitorado por anlises micro e macroscpica das clulas e tambm pela quantificao do crescimento celular baseada em medidas da massa seca. A bioacumulao do metal foi avaliada da mesma forma para ambas as microalgas. Os resultados obtidos mostraram que o efeito txico do metal foi presente em concentraes inicas de 50 e 100 mg.L-1 e que houve uma bioconcentrao do La3+ em ambas espcies de microalgas, principalmente quando a concentrao inicial do La3+ foi de 10 e 25 mg.L-1, mostrando que houve uma relao direta entre a bioconcentrao e a toxicidade do La3+. O gnero Monoraphidium bioconcentrou mais metal que o gnero Scenedesmus. Os resultados da biossoro dos metais em soluo monoelementar mostraram que as microalgas apresentaram grande capacidade de captao do La3+ (20,7 mmol.g-1 para Monoraphidium sp. e 17,8 mmol.g-1 para Scenedesmus sp.) e do Ce3+ (25,7 mmol.g-1 para Monoraphidium sp. e 11,5 mmol.g-1 para Scenedesmus sp.). Os resultados obtidos revelaram que os dados melhor se ajustaram ao modelo de Freundlich, na maioria dos casos. Em sistema binrio, notou-se que houve uma menor captao de cada um individualmente, evidenciando uma competio entre eles pelos mesmos stios ligantes e que ambas apresentaram maior afinidade pelo Ce3+
Resumo:
A modulao do tecido adiposo marrom (TAM) e do tecido adiposo branco (TAB) est associada preveno ou reduo do ganho de massa corporal. O leo de peixe possui diversos efeitos benficos que podem estar relacionados a esses tecidos. Dessa forma, objetivou-se avaliar os efeitos antiobesognicos de diferentes dietas hiperlipdicas com leo de peixe na termognese do TAM e na lipognese e beta-oxidao do TAB. Para isso, foram utilizados camundongos machos C57BL/6, com trs meses de idade, que foram divididos em quatro grupos experimentais: um que recebeu dieta standard-chow (SC, 10% kcal de lipdios) e outros trs que receberam dieta hiperlipdica (HL, 50% kcal de lipdios). Obtivemos os grupos HL com banha de porco (HL-B), HL com banha de porco mais leo de peixe (HL-B+Px) e HL com leo de peixe (HL-Px). As dietas foram administradas por um perodo de oito semanas, sendo que a ingesto alimentar foi avaliada diariamente e a massa corporal, semanalmente. Na ltima semana de experimento, realizou-se a calorimetria indireta e o teste oral de tolerncia glicose. No sacrifcio, a glicemia foi aferida, o sangue foi puncionado para obteno do plasma e o TAM interescapular e o TAB epididimrio foram dissecados e armazenados. A leptina, os triglicerdeos e a insulina foram mensurados no plasma. O ndice de adiposidade e o HOMA-IR foram calculados. O TAM e o TAB foram avaliados por microscopia confocal e de luz. Realizou-se RT-qPCR e Western blot para avaliao de marcadores termognicos, da captao e oxidao de cidos graxos e glicose e de PPAR no TAM, e para a avaliao da lipognese e beta-oxidao e de PPAR no TAB. Com relao aos resultados, o grupo HL-B apresentou ganho de massa corporal e elevao da adiposidade, associado com hipertrofia dos adipcitos, hiperleptinemia, hipertrigliceridemia, intolerncia glicose e resistncia insulina, reproduzindo um quadro de obesidade e sndrome metablica. Por outro lado, a ingesto de leo de peixe nos dois grupos (HL-B+Px e HL-Px) foi capaz de reduzir o ganho de massa corporal e a adiposidade, sem alterar a ingesto alimentar. Essa ingesto tambm aumentou o gasto energtico dos animais, regularizou a leptina e os triglicerdeos plasmticos, bem como a tolerncia glicose e a resistncia insulina. Esses efeitos foram associados ao aumento de marcadores termognicos no TAM, bem como da captao e oxidao de cidos graxos e glicose e da expresso de PPAR nesse tecido. No TAB, houve reduo de marcadores da lipognese e aumento de marcadores da beta-oxidao, juntamente com elevao na expresso de PPAR. Em concluso, nossos resultados mostram que a ingesto de leo de peixe tem efeitos antiobesognicos em camundongos atravs da modulao benfica do TAM e do TAB e pode, portanto, representar uma terapia auxiliar alternativa contra a obesidade e suas comorbidades.
Resumo:
Crianas de mes fumantes so mais suscetveis a se tornarem adultos obesos e se viciarem em drogas ou alimentos palatveis. Drogas e alimentos ativam a via mesolmbica de recompensa, causando sensao de prazer que induz ainda mais o consumo. Assim, avaliamos a relao entre a exposio apenas nicotina ou fumaa do cigarro durante a lactao com a preferncia alimentar e sistema dopaminrgico de recompensa cerebral das proles, em dois modelos de programao: Modelo I: no 2o dia ps-natal (PN), lactantes receberam implante de minibombas osmticas que liberam nicotina (NIC) ou salina (C), durante 14 dias. Em PN150 e novamente em PN160, as proles foram divididas em 4 grupos para um desafio alimentar: N-SC e C-SC que receberam rao padro; N-SSD e C-SSD que podiam escolher livremente entre as dietas hiperlipdica e hiperglicdica. A ingesto alimentar foi avaliada aps 12 h. As mes foram sacrificadas apenas na 21 da lactao (desmame) e as proles em PN15 (com nicotina), PN21 e PN170 (ausncia da NIC). Ao desmame, as ratas lactantes NIC apresentaram menor contedo de tirosina hidroxilase (TH), maior OBRb e SOCS3 na area tegmentar ventral (VTA); menor TH, maior receptor de dopamina 1 (D1R), receptor de dopamina 2 (D2R) e transportador de dopamina (DAT) no ncleo accumbens (NAc); maior contedo de TH no estriado dorsal (DS); e maior D2R e SOCS3 no ncleo arqueado (ARC). Em PN15, os filhotes NIC apresentaram maior contedo de D1R, D2R e menor DAT no NAc, enquanto em PN21, apresentaram apenas menor DAT no DS, e menor contedo de pSTAT3 em ARC. Aos 170 dias, as proles SSD demonstraram maior preferncia para a rao hiperlipdica. No entanto, os animais N-SSD consumiram mais rao hiperglicidica do que as proles C-SSD. A prole N apresentou menor contedo de D2R e DAT no NAc e menor D2R no ARC. Modelo II: as mes e suas proles foram divididas em: expostos fumaa do cigarro (grupo S: 4 vezes / dia, do 3 ao 21 dia de lactao), e expostos ao ar filtrado (grupo C). Em PN175, as proles foram divididas em 4 grupos para o desafio alimentar S-SC, C-SC, S-SSD e C-SSD. A ingesto alimentar foi avaliada aps 30 min e 12 h. Em PN180, as proles foram sacrificadas. O grupo S-SSD ingeriu mais das raes palatveis do que o grupo C-SSD em 30 min e 12 h. Ambos os grupos preferiram a rao hiperlipdica. No entanto, os animais S-SSD consumiram mais rao hiperlipdica do que C-SSD em 30 min. A prole S apresentou menor contedo de TH no VTA, menor contedo de TH, D2R e maior contedo de D1R no NAc e menor OBRb no ARC. Demonstramos que tanto a nicotina isolada como a exposio fumaa do cigarro durante a lactao resultaram em mudanas no sistema dopaminrgico das proles, programando o comportamento alimentar devido diminuio da dopamina no NAc.
Resumo:
O objetivo central deste projeto precisar matematicamente certos objetos combinatrios que servem como ponto de partida nas apresentaes usuais da Anlise Combinatria e so comumente apresentados de maneira informal e intuitiva. Estabelecido este referencial terico preciso, pretendemos, a partir dele, reapresentar os conceitos de Anlise Combinatria de modo mais rigoroso privilegiando sempre a apresentao mais natural possvel. Mais precisamente, estaremos interessados em reapresentar os resultados referentes ao captulo dois do livro do professor Augusto C. Morgado a partir de uma verso matematicamente mais precisa dos Princpios Aditivo e Multiplicativo. Alm disso, pretendemos que os argumentos usados em nossas dedues usem predominantemente induo ou construo de bijees, o que um dos grandes objetos de estudo da combinatria moderna
Resumo:
A obesidade um dos maiores problemas de sade pblica que cresce em todo o mundo, resultante de um desequilbrio entre ingesto alimentar e gasto energtico. Pode-se dizer que a obesidade o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenas crnicas de maior prevalncia como dislipidemias, doenas cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e esteatose heptica no alcolica, acarretando na reduo da qualidade e expectativa de vida. A Grelina um hormnio sintetizado pelo estmago, que atua em diferentes tecidos atravs de um receptor especfico (GHS-R1a), incluindo hipotlamo e tecidos perifricos, como o fgado. Esse hormnio est envolvido no comportamento alimentar e adiposidade, modulando o armazenamento ou utilizao dos substratos energticos no corao, msculo esqueltico, adipcitos e fgado, alm disso, revela-se de grande importncia na manuteno do metabolismo energtico heptico. Estes dados suportam a hiptese de que as vias de sinalizao responsivas grelina so um importante componente da regulao do metabolismo energtico heptico e da homeostase glicmica. O objetivo deste trabalho, foi estudar o metabolismo energtico heptico e a sinalizao da grelina em camundongos Swiss adultos obesos submetidos a dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidratos simples. Avaliamos o efeito desta dieta a partir do 21 dia de idade (desmame) at o 133 dia destes animais, atravs de parmetros biomtricos e bioqumicos, avaliao histomorfolgica, respirometria de alta resoluo, contedo de glicognio heptico e contedo de algumas protenas envolvidas na sinalizao de insulina e grelina, alm do metabolismo energtico heptico. Baseado em nossos resultados observamos que o consumo de dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidrato simples durante 16 semanas causa hiperfagia, levando ao quadro de obesidade na idade adulta e prejuzo nas vias de sinalizao dos hormnios insulina e grelina, que so importantes moduladores do metabolismo energtico heptico, favorecendo o desenvolvimento de esteatose heptica no alcolica.
Resumo:
O ambiente universitrio um espao estratgico para a promoo da alimentao saudvel e da segurana alimentar e nutricional, pois muitos hbitos alimentares adquiridos pelos estudantes se mantm na idade adulta. No Brasil, nos ltimos anos, esse ambiente passou a ser ainda mais estratgico, uma vez que incorporou medidas de ao afirmativa (sistema de cotas) e de permanncia dos estudantes. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da implementao do Restaurante Universitrio (RU) na alimentao de estudantes de uma universidade pblica brasileira. Seus resultados esto apresentados na forma de dois artigos. O primeiro objetivou descrever as prticas alimentares de estudantes do campus Maracan da UERJ antes da implementao do RU e examin-las segundo sua forma de ingresso na universidade (cotistas e no cotistas). No segundo semestre de 2011, foi realizado um estudo seccional com o universo de estudantes ingressantes no primeiro semestre daquele ano. Utilizou-se questionrio autopreenchido e identificado que abarcou os hbitos de realizar desjejum e de substituir o almoo e/ou o jantar por lanche regularmente (≥ 5 dias/semana) e o consumo regular (≥ 5 dias/semana) de alimentos marcadores de alimentao saudvel e no saudvel. Participaram do estudo 1336 estudantes. Foram descritas e comparadas a distribuio da frequncia semanal dessas prticas e, tambm, a proporo de estudantes que realizaram essas prticas em pelo menos cinco dias na semana que antecedeu o estudo. Foram observadas propores expressivas de: no realizao do desjejum, substituio do jantar por lanche, baixo consumo de frutas, hortalias e feijo e consumo frequente de bebidas aucaradas, guloseimas e biscoitos e/ou salgadinhos de pacote. Entre cotistas, foi mais frequente o consumo de feijo, de biscoitos e/ou salgadinhos de pacote e de biscoitos doces e menos frequentes a substituio de jantar por lanche e o consumo de hortalias e de frutas. Cotistas e no cotistas apresentaram prticas alimentares com algumas semelhanas e desfavorveis para a sade. As diferenas observadas entre os dois grupos foram, em sua maioria, na direo de um quadro mais desfavorvel para os cotistas, exceto para o feijo. O segundo artigo objetivou avaliar o impacto da implementao do RU sobre as prticas alimentares dos estudantes segundo forma de ingresso na universidade. Para isso, entre os meses de dezembro de 2012 e maro de 2013, os estudantes responderam outra vez o questionrio autopreenchido no baseline complementado com questes sobre utilizao do RU (n= 1131). A variao das prticas alimentares foi examinada pela diferena entre propores obtidas antes e depois da implementao do RU e pela trajetria individual de cada estudante em relao s prticas estudadas. Foi observada associao entre maior assiduidade ao RU e maior frequncia de consumo regular de feijo, hortalias, hortalias cruas, hortalias cozidas e frutas e, tambm, menor frequncia de consumo regular de batata frita e/ou salgados fritos e de biscoitos e/ou salgadinhos de pacote. Quando comparados aos demais, os usurios assduos tiveram maior chance de trajetria positiva para realizao do almoo, do jantar e consumo de feijo, hortalias, hortalias cruas, frutas e guloseimas e menor chance de trajetria negativa para consumo de feijo, hortalias cruas, batata frita e/ou salgados fritos. Cotistas assduos ao RU apresentaram resultados favorveis para consumo de feijo, hortalias, hortalias cruas, biscoitos e/ou salgadinhos de pacote e batata frita e/ou salgados fritos e no cotistas assduos ao RU, para consumo de feijo, hortalias cruas, embutidos e guloseimas. A implementao do RU promoveu a melhoria na alimentao dos estudantes assduos ao RU.