870 resultados para Maria Margarida Ferreira Borges
Resumo:
Neste artigo apresentamos a concepção e validação dum programa de estratégias de aprendizagem promotor do sucesso académico, bem como do bem-estar pessoal e escolar. Cada conteúdo de aprendizagem utiliza uma estratégia com 8 estádios: Pré-teste e Contrato, Descrição, Modelação, Prática Verbal, Prática Controlada e Feedback, Prática Avançada e Feedback, Pós-teste e Contratos, e Generalização. Trata-se dum estudo quasi-experimental, com pré e pós-teste, grupo experimental e de controlo. Avaliou-se o efeito do programa na (a) compreensão e expressão verbal; (b) aproveitamento escolar; (c) auto-estima, hábitos de estudo; (d) atribuições causais do sucesso; e (e) opiniões dos professores. O GE (n=110) melhorou significativamente comparativamente ao GC (n=99) indicando que o Programa traz benefícios escolares e pessoais aos estudantes portugueses.
Resumo:
A ESCRITA NEGRA de VERGÍLIO FERREIRA Maria Antónia Lima Universidade de Évora/ CEAUL Num tempo de crise existencial justificada pela permanente inquietação dos indivíduos perante um destino incerto, inseguro e imprevisível, gerador de constantes sintomas de desorientação e de vazio antropológico, surge decerto uma profunda identificação com a obra de Vergílio Ferreira, um autor que confessou não ter nascido para “escrever coisas alegres”, sendo o seu romance Para Sempre considerado um livro pessimista, negro e macabro. Títulos como Onde tudo foi morrendo revelam bem esta falta de vocação do autor para o optimismo literário, essencialmente resultante de Vergílio ter desde sempre sentido trazer dentro de si um “eu” que “é para morrer”, o que lhe concedeu profunda consciência do absurdo negro da existência e dessa “estúpida inverosimilhança da morte”. Daí que a sua análise da condição do homem em face do mistério da vida e da morte inevitavelmente se desenvolva através de uma escrita negra que recria a solidão cósmica com que grande parte dos seus duplos-narradores se debatem, partilhando uma visão negra também comum a muitos protagonistas do film noir americano alicerçado na ficção policial de autores como Dashiell Hammett, Raymond Chandler e James M. Cain. Como Vergílio, esta geração de escritores e realizadores, além de partilharem o mesmo interesse pela construção da narrativa cinematográfica e pela mútua contaminação entre literatura e cinema, buscavam a autenticidade das suas personagens através da construção de dramas inteligentes permeados de niilismo e fatalismo onde seres solitários e moralmente ambíguos deambulavam, revelando corrupções sociais e humanitárias tão comuns ao nosso tempo. Como Humphrey Bogart, um dos actores americanos mais conotados com o noir, qualquer personagem central de Vergílio Ferreira poderia muito bem ter concluído que “things are never so bad they can’t be made worse”.
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A ESCRITA NEGRA de VERGÍLIO FERREIRA Maria Antónia Lima Universidade de Évora/ CEAUL Num tempo de crise existencial justificada pela permanente inquietação dos indivíduos perante um destino incerto, inseguro e imprevisível, gerador de constantes sintomas de desorientação e de vazio antropológico, surge decerto uma profunda identificação com a obra de Vergílio Ferreira, um autor que confessou não ter nascido para “escrever coisas alegres”, sendo o seu romance Para Sempre considerado um livro pessimista, negro e macabro. Títulos como Onde tudo foi morrendo revelam bem esta falta de vocação do autor para o optimismo literário, essencialmente resultante de Vergílio ter desde sempre sentido trazer dentro de si um “eu” que “é para morrer”, o que lhe concedeu profunda consciência do absurdo negro da existência e dessa “estúpida inverosimilhança da morte”. Daí que a sua análise da condição do homem em face do mistério da vida e da morte inevitavelmente se desenvolva através de uma escrita negra que recria a solidão cósmica com que grande parte dos seus duplos-narradores se debatem, partilhando uma visão negra também comum a muitos protagonistas do film noir americano alicerçado na ficção policial de autores como Dashiell Hammett, Raymond Chandler e James M. Cain. Como Vergílio, esta geração de escritores e realizadores, além de partilharem o mesmo interesse pela construção da narrativa cinematográfica e pela mútua contaminação entre literatura e cinema, buscavam a autenticidade das suas personagens através da construção de dramas inteligentes permeados de niilismo e fatalismo onde seres solitários e moralmente ambíguos deambulavam, revelando corrupções sociais e humanitárias tão comuns ao nosso tempo. Como Humphrey Bogart, um dos actores americanos mais conotados com o noir, qualquer personagem central de Vergílio Ferreira poderia muito bem ter concluído que “things are never so bad they can’t be made worse”.
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Caracterizado muitas vezes e talvez algo injustamente como um escritor que publicou sobretudo romances de ideias, expressão que não deixa de ser equívoca, é indiscutível que a obra de Vergílio Ferreira, nas suas múltiplas dimensões, transita frequentemente entre os territórios classicamente definidos como literatura e filosofia. Por isso, é habitual associar-se alguns dos seus romances, nomeadamente aquele que tem por cenário a cidade de Évora (Aparição, 1959), ao existencialismo sartriano. Essa colagem merece ainda assim ser questionada. Até porque, noutros passos da sua obra, Vergílio discute longa e pertinentemente algumas teses do autor de L’Être et le Néant (cf., por exemplo, as páginas 128-138, escritas precisamente em Évora, do Diário Inédito, 2010). Menos referida é, contudo, a relação que os escritos de Vergílio têm com outro filósofo francês, Jacques Derrida. Essa relação não é, com certeza, de circunstância. Aliás, deve-se a Vergílio aquela que é, seguramente, uma das primeiras tentativas de traduzir para a língua portuguesa a famosa expressão cunhada por Derrida: différance (cf. Espaço do Invisível II, 1976, pp. 82-83). A presente comunicação visa pôr em diálogo dois livros de Vergílio Ferreira que estão, como se sabe, intimamente vinculados entre si – Para Sempre (1983) e a Cartas para Sandra (1996) – com a matriz teórica derridiana, designadamente com as suas concepções de escrita, de destinação e até de destinerrância. Fá-lo-á sobretudo a partir de La Carte Postale – de Socrate à Freud et au-delà (1980), obra singular no próprio trajecto do filósofo francês em que se mesclam o diário e a ficção, a teoria e o género epistolar.
Resumo:
Esta colectânea de ensaios sobre a extensa obra de Vergílio Ferreira assinala o centenário do nascimento de Vergílio Ferreira (1916-1996) e associa-se ao Congresso Internacional de cariz interdisciplinar - "Vergílio Ferreira em Évora: Entre o silêncio e a palavra total" - ocorrido na Universidade de Évora, de 29 de Fevereiro a 2 de Março de 2016: uma organização conjunta do Departamento de Linguística e Literaturas e do Departamento de Filosofia. Este evento e a presente publicação constituem-se como gesto de homenagem consentâneo com a instituição, em 1997, do prestigiado Prémio Vergílio Ferreira (de ensaio ou romance) que anualmente é atribuído pela Universidade de Évora. Com efeito, a cidade de Évora, onde viveu, e a sua Universidade, situada hoje no edifício onde funcionou o Liceu de Évora, do qual Vergílio Ferreira foi Professor entre 1945 e 1959, estão muito vinculadas à obra e à vida do autor de Carta ao Futuro e Aparição. Tal como, reciprocamente, Évora foi impregnada pela escrita de Vergílio Ferreira que dela nos incita a descobrir a face menos visível à espera de se revelar.
Resumo:
Os povos indígenas vivem em mais de 12% do território nacional, em um mosaico de terras tradicionais com dimensões diversas. Totalizam cerca de 230 povos que vivem em milhares de aldeias. Praticam o que se pode chamar de agricultura indígena que envolve sistemas aqrícolas muito específicos, nos quais os recursos genéticos cultivados vêm sendo selecionados e adaptados há gerações, A agricultura indígena é extremamente importante para a conservação in situtolun farm de espécies vegetais.
Resumo:
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes e a glicemia basal de borregas nulíparas em dois momentos da gestação e submetidas a dois manejos nutricionais: restrito e não restrito. O experimento foi realizado na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, no laboratório de Calorimetria e Metabolismo Animal. No período de junho a julho de 2006. Foram utilizadas 20 borregas nulíparas divididas em dois manejos nutricionais (restrito e não restrito). Os animais foram mantidos em gaiolas de metabolismo providas de cocho, bebedouro (balde plástico) e saleiro. As dietas eram compostas de feno de Tifton 85 picado, concentrado experimental (farelo de milho, farelo de soja e calcáreo) e quando preciso era adicionado o farelo de soja a mais para fechar as rações. As necessidades nutricionais foram baseadas no NRC (1985) e foi respeitada a divisão da gestação conforme a recomendação desse comitê. Para os animais mantidos em restrição nutricional foram retirados 15% das necessidades em energia na forma de nutrientes digestíveis totais (NDT) e proteína bruta. Os dois períodos experimentais (100 dias e 130 dias de gestação) tiveram duração de 20 dias cada, sendo 15 dias de adaptação e cinco de coletas. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casulizado em arranjo fatorial (dois manejos nutricionais e dois períodos da gestação), sendo que as avaliações foram feitas sobre o mesmo animal. No caso da glicemia foram feitas avaliações aos (100, 110, 120, 130 e 140 dias de gestação), durante 24 horas nos seguintes tempos (0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 e 24). A primeira coleta (tempo 0) foi realizada antes da primeira alimentação. Entre os tempos 6 e 9 os animais receberam a segunda alimentação do dia. O consumo de matéria seca (CMS) em gramas/dia elevou-se significativamente entre os períodos da gestação. Não se observou efeito do manejo nutricional na digestibilidade da matéria seca (DMS) em função do manejo nutricional. O manejo nutricional adotado promoveu diferenças estatísticas sobre o consumo de proteína bruta, nitrogênio e na excreção do nitrogênio fecal. O período gestacional não alterou o consumo das frações fibrosas, com exceção ao consumo de celulose, que foi maior para os animais aos 130 dias de gestação. Contudo, observa-se que o manejo nutricional aplicado aos animais restritos elevou o consumo das frações fibrosas. A glicemia basal das borregas apresentou interação entre manejo nutricional e dias de gestação. Borregas nulíparas são sensíveis a restrição nutricional e ao período gestacional.
Resumo:
A contextualização histórica e social da sociedade contemporânea, com o advento da globalização; dos avanços científicos e tecnológicos; e das profundas transformações dos meios de informação e de comunicação tem afetado diretamente nosso cotidiano provocando desafios. Isso exige um sistema educacional reconstruído e reformulado e uma educação que fomente e tenha como prioridade a formação de cidadãos críticos e ativos. Assim, o presente trabalho busca compreender o processo ensino aprendizagem e os recursos e procedimentos metodológicos utilizados em Geografia na Escola Municipal Professora Maria de Lourdes Pinheiro, na cidade de Montes Claros-MG. A pesquisa está inserida no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, fomentado pela UNIMONTES-Universidade Estadual de Montes Claros e financiado pela CAPES-Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. O caminho metodológico utilizado foi a revisão bibliográfica, seguida da metodologia da técnica do Grupo Focal com a aplicação de questionário semi estruturado aos discentes da disciplina abordada, se estendendo às unidades administrativas desta instituição de ensino. Os resultados da pesquisa possibilitarão firmar novas metodologias, qualificação e incentivo à prática docente.
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2016
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College students (N = 3,435) in 26 cultures reported their perceptions of age-related changes in physical, cognitive, and socioemotional areas of functioning and rated societal views of aging within their culture. There was widespread cross-cultural consensus regarding the expected direction of aging trajectories with (1) perceived declines in societal views of aging, physical attractiveness, the ability to perform everyday tasks, and new learning, (2) perceived increases in wisdom, knowledge, and received respect, and (3) perceived stability in family authority and life satisfaction. Cross-cultural variations in aging perceptions were associated with culture-level indicators of population aging, education levels, values, and national character stereotypes. These associations were stronger for societal views on aging and perceptions of socioemotional changes than for perceptions of physical and cognitive changes. A consideration of culture-level variables also suggested that previously reported differences in aging perceptions between Asian and Western countries may be related to differences in population structure.
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We examined properties of culture-level personality traits in ratings of targets (N=5,109) ages 12 to 17 in 24 cultures. Aggregate scores were generalizable across gender, age, and relationship groups and showed convergence with culture-level scores from previous studies of self-reports and observer ratings of adults, but they were unrelated to national character stereotypes. Trait profiles also showed cross-study agreement within most cultures, 8 of which had not previously been studied. Multidimensional scaling showed that Western and non-Western cultures clustered along a dimension related to Extraversion. A culture-level factor analysis replicated earlier findings of a broad Extraversion factor but generally resembled the factor structure found in individuals. Continued analysis of aggregate personality scores is warranted.
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Consensual stereotypes of some groups are relatively accurate, whereas others are not. Previous work suggesting that national character stereotypes are inaccurate has been criticized on several grounds. In this article we (a) provide arguments for the validity of assessed national mean trait levels as criteria for evaluating stereotype accuracy and (b) report new data on national character in 26 cultures from descriptions (N= 3323) of the typical male or female adolescent, adult, or old person in each. The average ratings were internally consistent and converged with independent stereotypes of the typical culture member, but were weakly related to objective assessments of personality. We argue that this conclusion is consistent with the broader literature on the inaccuracy of national character stereotypes
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Age trajectories for personality traits are known to be similar across cultures. To address whether stereotypes of age groups reflect these age-related changes in personality, we asked participants in 26 countries (N = 3,323) to rate typical adolescents, adults, and old persons in their own country. Raters across nations tended to share similar beliefs about different age groups; adolescents were seen as impulsive, rebellious, undisciplined, preferring excitement and novelty, whereas old people were consistently considered lower on impulsivity, activity, antagonism, and Openness. These consensual age group stereotypes correlated strongly with published age differences on the five major dimensions of personality and most of 30 specific traits, using as criteria of accuracy both self-reports and observer ratings, different survey methodologies, and data from up to 50 nations. However, personal stereotypes were considerably less accurate, and consensual stereotypes tended to exaggerate differences across age groups.
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Numerous studies have documented subtle but consistent sex differences in self-reports and observer-ratings of five-factor personality traits, and such effects were found to show well-defined developmental trajectories and remarkable similarity across nations. In contrast, very little is known about perceived gender differences in five-factor traits in spite of their potential implications for gender biases at the interpersonal and societal level. In particular, it is not clear how perceived gender differences in five-factor personality vary across age groups and national contexts and to what extent they accurately reflect assessed sex differences in personality. To address these questions, we analyzed responses from 3,323 individuals across 26 nations (mean age = 22.3 years, 31% male) who were asked to rate the five-factor personality traits of typical men or women in three age groups (adolescent, adult, and older adult) in their respective nations. Raters perceived women as slightly higher in openness, agreeableness, and conscientiousness as well as some aspects of extraversion and neuroticism. Perceived gender differences were fairly consistent across nations and target age groups and mapped closely onto assessed sex differences in self- and observer-rated personality. Associations between the average size of perceived gender differences and national variations in sociodemographic characteristics, value systems, or gender equality did not reach statistical significance. Findings contribute to our understanding of the underlying mechanisms of gender stereotypes of personality and suggest that perceptions of actual sex differences may play a more important role than culturally based gender roles and socialization processes.