929 resultados para Estuarine dolphin


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O presente estudo estima a biomassa mdia e caracteriza a distribuio espao-temporal dos peixes da familia Sciaenidae no esturio do rio Caet, no litoral norte do Brasil com nfase nas espcies Stellifer rastrifer, Stellifer naso, Macrodon ancytodon e Cynoscion rnicrolepidotus. Estimam-se parmetros biolgicos como a idade da primeira maturao sexual (L<sub>50 </sub>), os perodos de desova, a relao peso-comprimento, hbitos alimentares, a sobreposio das dietas, o consumo mdio de alimento por unidade de peso (Q/B), bem como a estrutura e dinmica populacional. Para tal durante o perodo outubro de 1996 a agosto de 1997, foram feitas 6 coletas bimensais, no esturio do rio Caet. Onze espcies de peixes da famlia Sciaenidae foram coletadas. A biomassa mdia da famlia Sciaenidae foi de 0,840g/m. A distribuio espacial da biomassa no sistema foi relacionada com a dinmica de recrutamento e reproduo das espcies. Assim, os juvenis das espcies S. rastrifer, S. naso e M. ancylodon distriburam-se nas reas mais internas do esturio e os adultos nas reas externas, com maiores teores de salinidade. Os valores de L<sub>50 </sub> foram estimados em 10cm, 10,7cm e 21,5cm, respectivamente. Foram determinados para essas trs espcies dois perodos anuais de reproduo, que definiram dois perodos de recrutamento, cada coorte apresentando diferentes parmetros de crescimento. As relaes peso-comprimento foram do tipo alomtrico positivas, sem mostrar diferenas significativas entre sexos. Foi achada uma mudana na composio da dieta relacionada com o tamanho da espcie. Assim o zooplncton foi comum nos indivduos jovens, para ser substitudo por juvenis de crustceos decpodos, poliquetas e juvenis de peixes nos indivduos maiores. O grau de sobreposio das dietas variou durante o desenvolvimento ontognico das espcies. A relao Q/B mostrou que as espcies menores como S. rastrifer e S. naso consumem anualmente maior proporo de alimento em relao ao seu peso corporal, ao ser comparado com as espcies maiores M. ancylodon e C. rnicrolepidotus. Os resultados demostraram maiores taxas de crescimento, menores comprimentos para cada idade e menor longevidade para os peixes do esturio do Caet, quando comparados com as mesmas espcies em latitudes maiores.

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Este trabalho apresenta informaes sobre a pesca, alimentao, reproduo e desenvolvimento embrionrio do carata, Pseudauchempterus nodosus, com base em material coletado no rio Marapanim, PA, no perodo de dezembro de 1998 a abril de 1999. Para tal, foram realizadas coletas dirias e quinzenais, utilizando-se curral, tapagem e cerca, em quatro trechos do rio: na baa, no funil estuarino, nas pores mdia e superior. Foi confirmada que a pesca era realizada durante o perodo reprodutivo da espcie, sendo a maior parte da produo vendida nos municpios vizinhos. Os dados de captura ao longo do rio destacaram a poro superior (33%) e mdia (44%) como os trechos mais produtivos do rio Marapanim e indicaram que o carata realiza movimento ascendente regido pela lua. A espcie ingeriu maiores pores de alimento no trecho de gua trbida, principalmente nos crregos de mar, sendo sua dieta composta por aneldeos, artrpodes, moluscos e peixes. As observaes locais e a distribuio das freqncias dos ovrios nos estdios maduro, de reproduo e esvaziado indicaram que o carata desova no trecho de gua doce e limpa, nas margens do rio e dos igaraps, sob floresta no perturbada. As desovas ocorrem durante os ltimos picos das mars mximas de sizigia, e aps a retrao das mars, os ovos so incubados no solo por cerca de 11 dias at a sizigia seguinte, sob temperatura de 22 a 27,5 C. Aps a ecloso, enquanto a mar no chega, os embries permanecem na casca e, quando escapam desta, sobrevivem no solo por cerca de duas horas. Esses embries eclodem aptos a consumir alimento exgeno, enquanto que aqueles incubados na gua eclodiam precocemente, aparentando pouca percepo do ambiente. A interferncia na reposio anual de carata no rio Marapanim pareceu depender mais da distribuio das chuvas locais e da integridade da floresta do que da pesca.

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O presente estudo incluiu espcimes da famlia Potamotrygonidae, nica dentre os elasmobrnquios que possui todos representantes exclusivamente em guas doces, e foi desenvolvido na regio estuarina da baa de Maraj nas ilhas de Cotijuba e Colares, durante os meses de maio, agosto, outubro e dezembro de 2000. As coletas incluram os gneros Plesiotrygon, Potamotrygon, Paratrygon e um quarto gnero que est atualmente em processo de descrio. Informaes relacionadas a freqncia de ocorrncia e biomassa indicam uma predominncia de Potamotrygon spp. e de Plesiotrygon iwamae nesta regio, sendo o tamanho das raias selecionado pelos aparelhos de pesca. Observaes mais especficas sobre a alimentao e biologia reprodutiva da espcie P. iwamae foram realizadas. As anlises de contedo estomacal, realizadas atravs do ndice de Importncia Relativa (TRI), apontaram esta espcie como uma consumidora de crustceos e peixes. Observaes macroscpicas de rgos reprodutivos de machos e fmeas foram efetuadas. Os resultados indicaram que esta espcie apresenta viviparidade aplacentria com matrotrofia-trofodermata. Provavelmente seu ciclo reprodutivo sazonal, est ligado a oscilaes de salinidade e muitas fmeas so capturadas ao aproximarem-se das margens da baa para reproduzirem. As raias de gua doce nesta regio so rotineiramente capturadas predominantemente para fins de consumo, medicinal e ornamental. Um grande nmero de acidentes com ferroadas de raias e respectivos tratamentos foram observados em ambas as localidades. A conservao das espcies de raias de gua doce requer maiores conhecimentos sobre sua biologia, um acompanhamento de sua explorao e eventuais medidas de manejo.

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O presente estudo incluiu espcimes da Famlia Potamotrygonidae, nica dentre os elasmobrnquios em que todos os representantes so exclusivamente de gua doce. Este trabalho foi desenvolvido na regio estuarina da baa de Maraj, na ilha de Colares, durante os meses de maio, agosto, outubro e dezembro de 2000, dezembro de 2001 e maro de 2002. As coletas compreenderam os gneros Plesiotrygon, Poiamotrygon, Paratrygon e um quarto gnero no descrito, totalizando 723 exemplares capturados. Informaes relacionadas freqncia de ocorrncia e biomassa indicaram uma predominncia nesta regio do gnero Potamotrygon, em especial da espcie P. scobina. O tamanho das raias capturadas foi influenciado pelos aparelhos de pesca. Observaes sobre os padres de colorao dorsal, estrutura de tamanho e sexual da espcie P. scobina foram realizadas. Os resultados da anlise estatstica multivariada e da gentica molecular para P. scobina, mostraram que os morfotipos comumente definidos com base em padres de colorao dorsal no se referem na realidade a espcies distintas. Trs novos padres de colorao dorsal para sub-adultos / adultos e dois novos padres para juvenis foram observados em P. scobina. Os caracteres externos analisados para a referida espcie mostraram uma ampla variao em forma, nmero, tamanho e disposio dessas estruturas, mais evidentes nas classes sub-adulta / adulta. As raias de gua doce nesta regio so rotineiramente capturadas predominantemente para fins como alimento, medicinais e ornamentais. A conservao das espcies de raias de gua doce requer maiores conhecimentos sobre sua biologia e taxonomia para acompanhamento de sua explorao e eventuais medidas de manejo.

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O estudo de comunidades de peixes estuarinos tem recebido a ateno de pesquisadores, pelo fato destes ecossistemas apresentarem uma grande variedade e abundncia de peixes. Muitas destas espcies possuem interesse comercial, constituido-se numa ferramenta fundamental para a avaliao dos estoques pesqueiros, contribuindo tambm para a conservao dos ambientes estuarinos e costeiros. O esturio do rio Curu localiza-se na costa norte, regio do salgado paraense, apesar da pesca ser a principal atividade econmica das cidades da regio, existem poucos estudos a respeito da ictiofauna local. O objetivo principal deste trabalho foi de caracterizar a ictiofauna demersal dos canais principais do esturio do rio Curu, identificando as variaes anuais e espaciais na composio, densidade e biomassa, bem como os fatores abiticos que influenciam nestas variaes. Para isto, foram realizadas coletas bimestrais, utilizando uma rede de arrasto de fundo, nos dois canais principais do esturio. Ao final do estudo foram capturados 18.989 indivduos, pertecentes a 73 espcies, destas Ophichthus cylindroideus, Hippocampus reidi, Sygnathus pelagicus e Butis koilomatodon ainda no haviam sido registradas para a costa norte. As famlias Sciaenidae, Engraulidae e Ariidae, foram as mais representativas em nmero de espcies, densidade e biomassa, dominando as capturas. As 20 espcies classificadas como estuarinas foram a maioria, e apresentaram as maiores densidades e biomassa em todos os meses e estaes de coleta. A densidade mdia (0,12 ind/m) foi significativamente maior na estao chuvosa, j para a biomassa (1,11 g/m) no houve diferenas significativas entre os meses de coleta. Entre os perfis, Curu apresentou uma maior riqueza de espcies, densidade e biomassa. Esta diferena est relacionada principalmente a uma maior heterogenidade de substratos deste perfil, fazendo com que este possua uma maior disponibilidade de microhabitat. Os parmetros fsicos-qumicos da gua se apresentaram homogneos ao longo dos pontos de coletas tendo pouca influncia sobre a distribuio espacial da ictiofauna. O fato de encontrarmos novos registros de espcies para a regio, refora a importncia de novos estudos para uma maior compreenso da ictiofauna local, que um importante recurso econmico para as populaes locais.

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ABSTRACT: The Maraj Basin area presents geologic and geomorphologic features chiefly due to the Mesozoic extension and post-Miocene neotectonics. The extension event with an Early and a Late Cretaceous phases originated four sub-basins that constitutes the Maraj Basin, with a thick continental clastic sequence showing marine influence. NW and NNW normal faults and NE and ENE strike-slip faults controlled the basin geometry. The extension, related to the Equatorial Atlantic opening, propagated into the continent along crustal weakness zones of the Precambrian Tumucumaque, Amap and Araguaia orogenic belts. The neotectonic event is a strike-slip regime which developed transtensional basins filled in by Upper Tertiary shallow marine (Pirabas Formation) and transitional sequences (Barreiras Group), followed by Quaternary fluvial deposits and transitional sequences derived from the Amazon and Tocantins rivers and the Marajoara estuary. The current landscape has a typical estuarine morphology. The coast morphology presents sea-cliffs on transitional Upper Tertiary sequences, while inwards dominate hills sustained by Mid-Pleistocene lateritic crust, with a flat erosive surface at 70 m. In the eastern Maraj Island several generations of paleochannels associated with fluvial-estuarine sequences are recognized, while a fluvial-marine plain is widespread on its western side.

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A Baa do Guajar (Regio Metropolitana de Belm-PA) faz parte do esturio Amaznico e o acidente geogrfico que mais sofre com a influncia urbana. Com base nisto objetivou-se neste trabalho realizar um estudo sobre as condies de sanidade da zona estuarina da Baa do Guajar, diagnosticando o efeito dos lanamentos de efluentes na qualidade do corpo hdrico utilizando a ictiofauna como indicador ecolgico. Foram selecionadas cinco estaes de coletas considerados contaminadas (4 localizadas no canal principal e 1 nos igaraps) e trs referncias (2 no canal principal e 1 no igarap) que foram visitados em 4 ocasies para coleta da ictiofauna e parmetros ambientais. Foram capturados 567 indivduos de 40 espcies, a maioria foi Siluriformes. A abundncia relativa em nmero (CPUEn) no canal principal apresentou maiores valores em dezembro (S/C). Nos igaraps foi observada variao significativa entre as estaes de coleta. A maioria das espcies, tanto nos igaraps como canal principal foram consideradas acessrias e ocasionais. Esta fauna visitante utiliza a rea para reproduo, berrio e alimentao. Esta escolha se deve disponibilidade alimentar e a possibilidade de obter refgio contra predadores e parasitas. Quanto diversidade, no canal principal, os resultados foram semelhantes entre os perodos e estaes de coletas no apresentando variao significativa. Nos igaraps houve variao significativa apenas para as estaes de coleta. Atravs da anlise multivariada foi observado que houve uma distino da ictiofauna que habita o canal principal da baa do Guajar da que habita os igaraps. As espcies capturadas no canal em grande parte apresentaram hbitos migratrios, movimentando-se entre os ambientes lmnico-estuarino e estuarino-costeiro. J nos igaraps a maioria apresentou hbito lmnico, com indivduos que realizam apenas pequenas migraes dentro dos igaraps. Para o canal principal a coleta de dezembro apresentou diferena altamente significativa. Nos igaraps houve variao significativa entre as estaes de coleta. A anlise do BIO-ENV no identificou nenhum fator abitico podendo influenciar a estrutura da ictiofauna. Apesar de os resultados terem mostrado que a ictiofauna do canal no est sendo afetada diretamente pela contaminao urbana da cidade de Belm, registra-se, um fenmeno de bio-estimulao (fonte alimentar), que pode ser um sinal de inicio de poluio orgnica e pode provocar a eutrofizao do ambiente podendo causar danos irreparveis ao ambiente e populao que o utiliza.

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A partir da hiptese de que a salinidade influencia fortemente a comunidade zooplanctnica, o objetivo deste trabalho analisar a influncia deste fator sobre essa comunidade no esturio do rio Quatipuru, Estado do Par. Foram realizadas amostragens zooplanctnicas e de variveis fsicas e qumicas da gua ao longo do esturio, contemplando diferentes faixas de salinidade. As coletas foram realizadas em mars vazantes e enchentes. Os resultados mostraram que este esturio possui uma variao temporal de caractersticas fsica, qumica e biolgica. A salinidade, em especial, sofreu variaes decorrentes das mudanas de mars, bem como da variao sazonal da pluviosidade. A salinidade variou de 1,4 a 33,5 ups no perodo seco e de 0 a 17,9 ups no perodo chuvoso. Esta amplitude de salinidade possibilitou determinar para rea diferentes condies hidrolgicas (limntica, oligohalina, meso-polihalina e euhalina). Foram identificados 48 taxa, destacando os Copepoda como o grupo mais importante em termos quali-quantitativos, sendo adultos de Parvocalanus crassirostris, Pseudodiaptomus richardi, Acartia tonsa, Acartia lilljeborgi, Paracalanus quasimodo, Euterpina acutifrons e copepoditos os principais responsveis pela sua dominncia. Mollusca foi o segundo grupo dominante, onde vligeres de gastrpodes representaram 95% do total. A densidade total do zooplancton variou entre 993, 9 e 13254,7 Ind. m<sup>-3</sup> no vero e entre 944, 3 e 35908,8 Ind. m<sup>-3</sup> no inverno. As maiores abundncia em maio e novembro foram em ocasio de mar vazante e enchente, respectivamente. Os baixos valores de diversidade e equitabilidade encontrados na faixa zero na condio de enchente mostram o predomnio de determinado grupo sobre os demais (larvas de Gastropoda). A maior diversidade e uniformidade da comunidade zooplanctnica ocorreram no vero. A comunidade zooplanctnica respondeu as variaes de salinidade com espcies adaptadas aos maiores valores de salinidade na poro inferior do esturio, no vero, assim como espcies adaptadas as condies de mixohalinizao na poro mais a montante, em maio. A maior abundncia de copepoditos esteve associada negativamente com a salinidade, demonstrando que as espcies que esto recrutando os copepoditos so mais estuarinas verdadeiras do que costeiras. As anlises de agrupamento e de componentes principais revelou grupos definidos, distribudos em diferentes faixas de salinidade, este parmetro sozinho explicou 56% (p=0,028) da variao da fauna no esturio do rio Quatipuru. A distribuio dos organismos, de uma maneira geral, esteve de acordo com a hiptese de que a salinidade influencia fortemente a comunidade zooplanctnica no sistema estuarino de Quatipuru - Par.

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As variaes sazonal e nictemeral do fitoplncton e dos parmetros hidrolgicos foram estudadas em uma estao fixa (0046'37.2"S-04643'24.5"W) localizada na Ilha Canela (Bragana-Par) em setembro e dezembro de 2004 e maro e junho de 2005. Amostras subsuperficiais de gua foram coletadas para os estudos qualitativos, quantitativos e para a determinao das concentraes de clorofila a. Simultaneamente, foram medidos os parmetros fsico-qumicos da gua: salinidade, temperatura, pH, oxignio dissolvido e percentual de saturao. Foram identificados 64 txons entre Cyanophyta (um txon), Bacillariophyta (54 txons) e Dinophyta (nove txons). A concentrao de clorofila a variou de 4,67 mg m<sup>-3</sup> (perodo seco) a 5,44 mg m<sup>-3</sup> (perodo chuvoso) e acompanhou a densidade fitoplanctnica, que foi mais elevada durante o perodo chuvoso (mdia=1.870 x 10<sup>3</sup> cl L<sup>-1</sup>). Os fitoflagelados dominaram quantitativamente o fitoplncton local, seguidos pelas diatomceas. Dimeregramma minor e Skeletonema sp. constituram espcies muito freqentes e muito abundantes. A ressuspenso de sedimentos provocadas pelos intensos ventos e a arrebentao das ondas favoreceram a dominncia de D. minor durante o perodo seco. No perodo chuvoso, a elevada pluviometria, os moderados ventos, bem como a influncia das guas estuarinas do Taperau e Caet, propiciaram a reduo da salinidade e o desenvolvimento de outras espcies fitoplanctnicas.

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A situao socioeconmica de Bragana depende principalmente dos recursos biolgicos estuarinos e marinhos, que so influenciados pelos ciclos de mars e climatologia. Coletas oceanogrficas (com medidas de variveis hidrolgicas, hidro-dinmicas e microbiolgicas) foram realizadas na rea mais urbanizada do esturio do Caet, para caracterizar a qualidade das guas no setor estudado. Durante o perodo seco, o esturio foi mais eutrfico e apresentou os maiores valores de temperatura (30,5C em Out./06), salinidade (17 psu em Fev./07), pH (8,24 em Fev./07) e coliformes fecais (>1000 MNP/ 100 ml em Dez./06 e Fev./07). As espcies fitoplanct-nicas Cyclotella meneghiniana, Coscinodiscus centralis e outras espcies r-estrategistas tambm foram observadas. A falta de saneamento bsico foi responsvel pela contaminao local, especialmente durante o perodo seco, quando o esgoto foi lanado mais concentrado no esturio, mostrando a influncia humana na reduo da qualidade da gua estuarina estudada. A pesca considerada uma das principais atividades econmicas do municpio de Bragana e, portanto, esta contaminao poder afetar negativamente a qualidade ambiental deste ecossistema amaznico.

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Este um estudo sobre a relao trabalho, sade e doena no cenrio da pesca artesanal no Estado do Par em que buscamos apreender a complexidade das questes relativas sade dos trabalhadores valendo-nos da contribuio das cincias sociais. Somam-se neste estudo os aportes disciplinares da sociologia, da psicodinmica do trabalho, da antropologia da sade, com o que buscamos melhor nos aproximar de um desejado enfoque interdisciplinar. Dada a vinculao desta pesquisa aos referenciais do campo da Sade do Trabalhador, orientao paradigmtica que sustenta as noes e anlises nela presentes, enfatizamos o papel estruturador que o trabalho assume na vida dos pescadores artesanais, bem como na conformao dos valores, concepes e na forma com que constroem e lidam com as questes relativas sua sade, sem descurar as dimenses social e subjetiva presentes na dinmica do processo sade-doena em sua relao com o trabalho. Como afirma Minayo (2004a) o enfoque da pesquisa qualitativa em sade, nossa referncia metodolgica para o desenvolvimento deste estudo, a fala dos sujeitos, suas concepes de sade e doena, para o que foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com pescadores de cada um dos municpios, que voluntariamente concordaram em participar do estudo. Para um aprofundamento quanto aos aspectos referentes aos processos de adoecimento e as possveis relaes com a atividade laboral desenvolvida por esses trabalhadores, valemo-nos tambm do instrumento da observao participante, acompanhando os pescadores durante a sua atividade de trabalho. O material obtido envolve 23 entrevistas com informantes de 6 (seis) municpios do Estado do Par: Abaetetuba, Igarap-Miri, Mocajuba, Bragana, Salinpolis e So Caetano de Odivelas, todos eles municpios onde a pesca artesanal desempenha papel importante na economia local e agrega um grande contingente de trabalhadores, permitindo-nos assim observar distintas realidades da atividade no Par, que dispe de uma diversidade de ecossistemas aquticos, apresentando ambientes de guas continentais, estuarinas e martimas, nos quais a pesca desenvolvida com inmeras adaptaes e particularidades. A escolha para referencial de anlise a hermenutica dialtica, entendida como nos diz Minayo (2004a, p. 227), como um caminho do pensamento, a partir do que se busca entender a fala, o depoimento, como resultado do processo social (trabalho e dominao), para o qual o olhar ampliado, perscrutador, sobre o cenrio da vida e do trabalho se apresenta imprescindvel. Buscamos ento estabelecer o campo das determinaes fundamentais, qual seja o contexto scio-histrico desse conjunto de trabalhadores, ressaltando, dentre vrios aspectos, a importncia dos pescadores artesanais e sua insero no sistema de produo; suas condies de reproduo (trabalho, renda, moradia, acesso a bens e servios etc.); acesso a polticas de seguridade social, enfatizando a compreenso que entende as concepes de sade e doena enquanto conceitos construdos historicamente, vivamente permeados pelas condies histrico-sociais dos indivduos e particularmente demarcados em sua relao com o trabalho.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Este trabalho tem por objetivo identificar e discutir as unidades de relevo dos municpios de Colares e Santo Antnio do Tau, Estado do Par, Brasil. Apresenta como objeto de estudo a compartimentao do relevo. A rea de estudada se localiza na parte oriental do Golfo Marajoara, poro nordeste da baa de Maraj, em um trecho tipicamente estuarino da zona costeira. A pesquisa foi realizada com base em reviso de literatura, levantamento cartogrfico, tratamento, interpretao e vetorizao de imagens orbitais e trabalhos de campo. Duas escalas de anlise foram trabalhadas. A primeira escala referiu-se Zona Costeira Amaznica (ZCA), caracterizada por ser uma costa baixa, predominantemente sedimentar, sujeita a regime de macromars em sua maior parte e fortemente influenciada pelas descargas fluviais condicionadas pelo clima mido. A formao regional desta costa deve-se s flutuaes do nvel relativo do mar, oscilaes climticas e neotectnica, atuantes ao longo do Cenozico Superior. A poro oriental do Golfo Marajoara constituda pelo esturio do rio Par, que se comporta como um tidal river ou esturio dominado por correntes fluviais, apesar da influncia das mars. As descargas fluviais so o fator principal da hidrodinmica estuarina, constituio sedimentar e organizao da biota. Trata-se de um ambiente costeiro mais protegido da ao de ondas e da deriva litornea, em comparao com o litoral atlntico do Nordeste do Par. Na segunda escala de trabalho foram identificadas 8 unidades de relevo: leito estuarino arenoso; banco lamoso de intermar; plancie de mar lamosa; praia estuarina; cordo arenoso; plancie aluvial sob influncia de mar; plancie aluvial; tabuleiro. Apenas a unidade do tabuleiro considerada como relevo erosivo. A seguir, discutiu-se a distribuio espacial das unidades de relevo, que mostrou a presena de dois setores especficos. O setor 1, situado a oeste, amplamente influenciado por mars, e nele predominam formas de relevo de acumulao, com destaque para as plancies aluviais sob influncia de mar, que ocupam maior rea, fato que revela um esquema de transio entre o domnio marinho e o flviocontinental. As vrzeas sucedem os mangues para o interior, medida que diminui a influncia da gua salgada. O esquema bsico de distribuio sedimentar representado por areias de fundo de canal e lamas depositadas nas margens durante a mar baixa. As praias so reduzidas, o que se explica pela menor atuao de ondas, e pelo papel decisivo das correntes de mar e das vazantes na dinmica costeira. Cordes arenosos localizados no interior da plancie costeira so o testemunho da progradao da linha de costa. Neste setor, os tabuleiros encontramse muito fragmentados, em consequncia da eroso e sedimentao por mars, canais e guas das chuvas. O setor 2, a leste, no sofre influncia de mars, e apresenta um relevo menos compartimentado, com tabuleiros seccionados pela rede de drenagem. A dissecao fluvial forma vales com estreitas plancies aluviais, fato que revela uma superfcie erosiva mais ampla.

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Com o objetivo de pesquisar a presena de helmintos, suas freqncias e intensidades de infeces, na musculatura e serosa abdominal parietal de peixes de importncia comercial beneficiados em Belm-PA, foram examinados 175 exemplares de quatro espcies de peixes capturados no litoral norte do Brasil, sendo trs espcies marinhas da Famlia Sciaenidae a pescada amarela (Cynoscion acoupa), a pescada-cambu (Cynoscion virescens) e a pescadinha-g ou pescada-foguete (Macrodon ancylodon); e um siluriforme estuarino da Famlia Ariidae - a uritinga (Arius proops). Os peixes foram mensurados quanto ao seu comprimento corporal padro, analisou-se a musculatura e a serosa abdominal em mesa de inspeo candling table aps o filetamento das amostras. Foi encontrado apenas parasitismo por larvas plerocercides de cestides da Ordem Trypanorhyncha. Os blastocistos recuperados foram observados quanto a sua morfologia e tamanho, sendo o mesmo realizado com os esclices aps a sua liberao. Todas as espcies de peixes analisadas apresentavam indivduos parasitados, sendo 16% em M. ancylodon, 77,78% em A. proops, 79,17% em C. virescens e 82% em C. acoupa, correspondendo uma freqncia parasitria geral de 61,71% (108 exemplares) e uma intensidade mdia de infeco de aproximadamente seis larvas por peixe. As freqncias de infeco apresentadas pelas espcies de cestides foram as seguintes: Callitetrarhynchus gracilis (52,57%), Pterobothrium heteracanthum (13,71%), Poecilancistrium caryophyllum (12%) e Pterobothrium crassicolle (3,43%). Entre os peixes parasitados, 85,19% apresentavam parasitismo na regio abdominal (serosa e musculatura abdominal) e 81,48% parasitismo muscular (musculatura abdominal e corporal). A espcie P. heteracanthum preferencialmente parasitou a regio abdominal dos peixes e a espcie P. caryophyllum a musculatura. Verificou-se associao significativa (P < 0,01) entre as espcies de peixes analisadas e a freqncia de parasitismo.