O PAPEL DA COMUNICAÇÃO FACE A FACE NAS ORGANIZAÇÕES NO CONTEXTO DA SOCIEDADE MIDIATIZADA

Este estudo trata da comunicação face a face nas organizações sob diferentes abordagens teóricas. Considera a perspectiva da simultaneidade dos meios, já que as empresas utilizam diversos canais para dialogar com seus públicos de interesse. Leva em conta o fenômeno da midiatização, que reestrutura o modo como as pessoas se relacionam na sociedade contemporânea. O objetivo geral da pesquisa é sistematizar papeis potencialmente exercidos pela interação face a face e conhecer algumas circunstâncias que envolvem sua prática nas organizações. Por se tratar de uma tese teórica, a pesquisa bibliográfica se apresenta como um dos principais procedimentos metodológicos; análises de casos empíricos e um estudo de caso desenvolvido na Embrapa Pantanal constituem situações ilustrativas. Conclui-se que a comunicação face a face nas empresas ocorre de forma simultânea e combinada a outros canais de comunicação, porém, ela proporciona resultados práticos e filosóficos ainda pouco explorados. É rara a utilização estratégica de contatos presenciais como mecanismo para estabelecer relacionamentos, conhecer as reações alheias e ajustar a comunicação, aliar o discurso corporativo às práticas empresariais e avaliar o contexto onde se desenvolvem as interações, o que pode ser decisivo para a comunicação organizacional.

Complete mitochondrial genome suggests diapsid affinities of turtles

Despite more than a century of debate, the evolutionary position of turtles (Testudines) relative to other amniotes (reptiles, birds, and mammals) remains uncertain. One of the major impediments to resolving this important evolutionary problem is the highly distinctive and enigmatic morphology of turtles that led to their traditional placement apart from diapsid reptiles as sole descendants of presumably primitive anapsid reptiles. To address this question, the complete (16,787-bp) mitochondrial genome sequence of the African side-necked turtle (Pelomedusa subrufa) was determined. This molecule contains several unusual features: a (TA)n microsatellite in the control region, the absence of an origin of replication for the light strand in the WANCY region of five tRNA genes, an unusually long noncoding region separating the ND5 and ND6 genes, an overlap between ATPase 6 and COIII genes, and the existence of extra nucleotides in ND3 and ND4L putative ORFs. Phylogenetic analyses of the complete mitochondrial genome sequences supported the placement of turtles as the sister group of an alligator and chicken (Archosauria) clade. This result clearly rejects the Haematothermia hypothesis (a sister-group relationship between mammals and birds), as well as rejecting the placement of turtles as the most basal living amniotes. Moreover, evidence from both complete mitochondrial rRNA genes supports a sister-group relationship of turtles to Archosauria to the exclusion of Lepidosauria (tuatara, snakes, and lizards). These results challenge the classic view of turtles as the only survivors of primary anapsid reptiles and imply that turtles might have secondarily lost their skull fenestration.

Os impactos ambientais no meio físico: erosão e assoreamento na bacia hidrográfica do rio Taquari, MS, em decorrência da pecuária

O aumento da inundação em áreas do baixo curso do rio Taquari, no Pantanal do estado do Mato Grosso do Sul, tem transformado a pecuária desta região numa atividade com baixa rentabilidade, à medida que extensas áreas de campo passaram a ser inundadas vários meses durante o ano a partir da década de 70. A pecuária realizada em campos naturais de regiões úmidas do Pantanal indica que há necessidade de se investigar metodologias apropriadas para avaliação de impacto ambiental, que abordem impactos diretos, indiretos, cumulativos e processos do meio físico que alteram, de maneira prejudicial, o meio ambiente. Supõe-se que a inundação na planície do rio Taquari esteja relacionada com a ocupação antrópica nas áreas de planalto da bacia do rio Taquari. O presente trabalho tem por objetivo avaliar os impactos ambientais na planície de inundação do baixo curso do Taquari, decorrentes da ocupação antrópica da bacia hidrográfica do rio Taquari em sua totalidade, considerando os impactos ambientais causados pela pecuária à medida que se configura como principal atividade econômica da bacia bem como os processos erosivos e de assoreamento no quadro atual do regime de inundações. As etapas de caracterização da área, de análise dos impactos e as propostas de ações mitigadoras, previstas num Estudo de Impacto Ambiental, foram aqui analisadas. Foram utilizadas informações sobre as características do meio físico, biótico e socioeconômico, selecionadas a partir do levantamento dos dados existentes com recorte efetuado para a bacia hidrográfica do rio Taquari. Na maior parte dos temas, este foi um processo de levantamento, ordenamento e recuperação de informações, na escala original de 1:250.000, do Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai-PCBAP, gerenciado no SPRING. Foram também realizadas viagens de campo para a complementação dos dados e para o levantamento de atividades antrópicas com verificações \"in loco\" da ocorrência de impacto ambiental. A maioria dos dados socioeconômicos compilados para o presente trabalho teve por base os censos agropecuários e demográficos realizados pelo IBGE. Os resultados obtidos demonstram que os impactos ambientais decorrentes da pecuária no planalto interferem no regime de inundação na planície da bacia, o que só foi possível de ser identificado a partir de análises integradas em toda a bacia hidrográfica do rio Taquari. Verificou-se que os métodos de EIA são adequados para identificar os impactos diretos decorrentes da pecuária, mas não são adequados para identificar os processos e seus efeitos cumulativos na extensão da bacia hidrográfica do rio Taquari. Além disto, a abordagem da avaliação ambiental estratégica, como procedimento para análise ambiental em políticas, planos e programas, mostra-se adequada para as análises na BHRT à medida que está centralizada nos efeitos do ambiente sobre as necessidades e oportunidades de desenvolvimento. Contudo, somente a recuperação de danos ambientais, o controle das origens dos impactos no ambiente e um sistema de gestão consciente de seus compromissos podem levar, juntamente com a melhora dos procedimentos técnicos e administrativos para análises ambientais, à uma maior proximidade da sustentabilidade ambiental na BHRT.

Adequabilidade ambiental dos biomas brasileiros à ocorrência do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e efeitos da composição da paisagem em sua ecologia espacial, atividade e movimentação

O lobo-guará é uma espécie de ampla distribuição na América do Sul, tendo no Brasil sua maior área de ocorrência. No entanto, as modificações das áreas naturais principalmente destinadas à agropecuária tornam a espécie vulnerável à extinção. A investigação objetivou conhecer em larga escala a área de distribuição potencial gerada por atributos ambientais favoráveis e áreas adequadas à sua ocorrência nos biomas brasileiros e investigar como a espécie responde à estrutura da paisagem, avaliando os efeitos de ambientes modificados pelo homem na sua ecologia espacial, nos padrões de atividade e na movimentação. Modelos de distribuição de espécie foram gerados pelo Maxent, utilizando uma base de pontos de localização de presença a partir de 2000 para o Cerrado (Ce), Pantanal (Pa), Mata Atlântica (MA) e Pampas (Pp) e um conjunto de onze variáveis ambientais não correlacionadas (topográficas, climáticas e paisagísticas). Para análises de ecologia espacial, das atividades e de movimentação, utilizou-se localizações de telemetria (GPS) de animais habitantes de áreas protegidas (AP), e indivíduos em paisagens modificados (AM). Análises de áreas de vida (AV) foram realizadas utilizando o estimador AKDE e associadas com classificação da paisagem local. Os modelos de distribuição do lobo-guará apresentaram uma área de distribuição potencial de 78% do total dos biomas. Apesar de possuírem grandes proporções de áreas adequadas (Ce, 90%; Pa, 93%; MA, 65% e Pp, 6%), somente um pequeno percentual (4,4% do Ce e 4,7% da MA) possui adequabilidade ambiental acima de 50%. Dos atributos que favorecem sua presença, a altitude (para todos os biomas), a precipitação (Ce e Pa), diferenças de temperatura e uso e cobertura do solo (Ma e Pp) foram os mais importantes. Em nível local, animais apresentaram média de AV de 90Km2 em AP e 41Km2 em AM, uma diferença significativa (p<0,01) com áreas diretamente proporcionais ao percentual de áreas naturais na paisagem. Ainda, apesar dos padrões regulares de atividade não mostrarem grandes mudanças, o período de repouso foi significativamente maior (p<0,01) entre os animais AM (46% do dia) que em animais AP (25% do dia). Lobos-guarás de AP e AM não apresentaram grandes diferenças no deslocamento diário com média geral de 14km caminhados por dia, com comprimentos de passos de 1Km. Diferenças no comprimento de passo foram relacionadas à composição da diversidade de contato de classes da paisagem com a proporção de ambientes naturais no passo (quanto maior as variáveis, maior o passo). Passos menores refletem menor persistência de movimento interferindo no deslocamento diário. Com os resultados desse estudo identificou-se a MA e Pa muito importantes, mas o Ce como bioma mais adequado à espécie. Foram encontrados indícios de que a estrutura de suas AV, o uso da paisagem, as atividades e movimentação são afetados pela paisagem modificada. Isso pode comprometer a viabilidade populacional, interferindo na presença em uma área e refletindo no seu potencial de distribuição. As estratégias de manejo de uso do solo, e a recuperação e conexão de áreas adequadas são urgentes e necessárias para que o lobo-guará permaneça presente e funcional nas paisagens dos biomas brasileiros.

Fossil specimens of Macrochelys from the Tertiary of the plains / Rainer Zangerl --

v.10:no.2(1945)

U, FE, AND LI ISOTOPE RATIOS IN THE MINERALIZED AND BARREN AREAS OF THE KOMBOLGIE BASIN

The Paleo- to Meso-Proterozoic Jabiluka unconformity related uranium mine is located within the Alligator River Uranium Field, found in the Northern Territories, Australia. The uranium ore is hosted in the late middle Paleoproterozoic Cahill Formation, which is unconformably overlain by a group of unmetamorphosed conglomerates known as the Kombolgie subgroup. The Kombolgie subgroup provided the source for oxidized basinal brines, carrying U as the mobile form U(VI), which interacted with reducing lithologies in the Cahill formation, thus reducing U(VI) to the solid U(IV), and leading to the precipitation of uraninite (UO2). In order to characterize fluid interaction with the ore body and compare that to areas without mineralization, several isotopic tracers were studied on a series of clay samples from drill core at Jabiluka as well as in barren areas throughout the ARUF. Among the potential tracers, three were selected: U (redox sensitive and recent fluid mobilization), Fe (redox sensitive), and Li (fractionated by hydrothermal fluids and adsorption reactions). δ238U values were found to be closely linked to the mineralogy, with samples with higher K/Al ratios (indicating high illite and low chlorite concentrations) having higher δ238U values. This demonstrates that 235U preferentially absorbs onto the surface of chlorite during hydrothermal circulation. In addition, δ234U values lie far from secular equilibrium (δ234U of 30‰), indicating there was addition or removal of 234U from the surface of the samples from recent (<2.5Ma) interactions of mobile fluids. δ57Fe values were found to be related to lithology and spatially to known uranium deposits. Decreasing δ57Fe values were found with increasing depth to the unconformity in a drill hole directly above the ore zone, but not in drill holes in the barren area. Similarly to δ238U, δ7Li is found to correlate with mineralogy, with higher δ7Li values associated with samples with more chlorite. In addition, higher δ7Li values are found at greater depth throughout the basin, indicating that the direction of the mineralizing fluid circulation was upwards from the Cahill formation to the Kombolgie subgroup.

La sombra de la madre : novela /

Cover title.

Interactions between ecology, demography, capture stress, and profiles of corticosterone and glucose in a free-living population of Australian freshwater crocodiles

In this study we examined three aspects pertaining to adrenocortical responsiveness in free-ranging Australian freshwater crocodiles (Crocodylus johnstoni). First, we examined the ability of freshwater crocodiles to produce corticosterone in response to a typical capture-stress protocol. A second objective addressed the relationship between capture stress, plasma glucose and corticosterone. Next we examined if variation in basal and capture-stress-induced levels of plasma corticosterone was linked to ecological or demographic factors for individuals in this free-ranging population. Blood samples obtained on three field trips were taken from a cross-sectional sample of the population. Crocodiles were bled once during four time categories at 0, 0. 5, 6, and 10 h post-capture. Plasma corticosterone increased significantly with time post-capture. Plasma glucose also significantly increased with duration of capture-stress and exhibited a positive and significant relationship with plasma corticosterone. Significant variation in basal or stress induced levels of corticosterone in crocodiles was not associated with any ecological or demographic factors including sex, age class or the year of capture that the crocodiles were sampled from. However, three immature males had basal levels of plasma corticosterone greater than 2 standard deviations above the mean. While crocodiles exhibited a pronounced, adrenocortical and hyperglycaemic response to capture stress, limited variation in adrenocortical responsiveness due to ecological and demographic factors was not evident. This feature could arise in part because this population was sampled during a period of environmental benigness. (C) 2003 Elsevier Science (USA). All rights reserved.

Effect of aestivation on long bone mechanical properties in the green-striped burrowing frog, Cyclorana alboguttata

The green-striped burrowing frog, Cyclorana alboguttata, survives extended drought periods by burrowing underground and aestivating. These frogs remain immobile within cocoons of shed skin and mucus during aestivation and emerge from their burrows upon heavy rains to feed and reproduce. Extended periods of immobilisation in mammals typically result in bone remodelling and a decrease in bone strength. We examined the effect of aestivation and, hence, prolonged immobilisation on cross-sectional area, histology and bending strength in the femur and tibiolibula of C alboguttata. Frogs were aestivated in soil for three and nine months and were compared with control animals that remained active, were fed and had a continual supply of water. Compared with the controls, long bone size, anatomy and bending strength remained unchanged, indicating an absence of disuse osteoporosis. This preservation of bone tissue properties enables C. alboguttata to compress the active portions of their life history into unpredictable windows of opportunity, whenever heavy rains occur.

Integration of autonomic and local mechanisms in regulating cardiovascular responses to heating and cooling in a reptile (Crocodylus porosus)

Reptiles change heart rate and blood flow patterns in response to heating and cooling, thereby decreasing the behavioural cost of thermoregulation. We tested the hypothesis that locally produced vasoactive substances, nitric oxide and prostaglandins, mediate the cardiovascular response of reptiles to heat. Heart rate and blood pressure were measured in eight crocodiles (Crocodylus porosus) during heating and cooling and while sequentially inhibiting nitric-oxide synthase and cyclooxygenase enzymes. Heart rate and blood pressure were significantly higher during heating than during cooling in all treatments. Power spectral density of heart rate and blood pressure increased significantly during heating and cooling compared to the preceding period of thermal equilibrium. Spectral density of heart rate in the high frequency band (0.19-0.70 Hz) was significantly greater during cooling in the saline treatment compared to when nitric-oxide synthase and cyclooxygenase enzymes were inhibited. Cross spectral analysis showed that changes in blood pressure preceded heart rate changes at low frequencies (

Evidence for endothermic ancestors of crocodiles at the stem of archosaur evolution

Physiological, anatomical, and developmental features of the crocodilian heart support the paleontological evidence that the ancestors of living crocodilians were active and endothermic, but the lineage reverted to ectothermy when it invaded the aquatic, ambush predator niche. In endotherms, there is a functional nexus between high metabolic rates, high blood flow rates, and complete separation of high systemic blood pressure from low pulmonary blood pressure in a four-chambered heart. Ectotherms generally lack all of these characteristics, but crocodilians retain a four-chambered heart. However, crocodilians have a neurally controlled, pulmonary bypass shunt that is functional in diving. Shunting occurs outside of the heart and involves the left aortic arch that originates from the right ventricle, the foramen of Panizza between the left and right aortic arches, and the cog-tooth valve at the base of the pulmonary artery. Developmental studies show that all of these uniquely crocodilian features are secondarily derived, indicating a shift from the complete separation of blood flow of endotherms to the controlled shunting of ectotherms. We present other evidence for endothermy in stem archosaurs and suggest that some dinosaurs may have inherited the trait.

Diving behaviour of a reptile (Crocodylus johnstoni) in the wild: Interactions with heart rate and body temperature

The differences in physical properties of air and water pose unique behavioural and physiological demands on semiaquatic animals. The aim of this study was to describe the diving behaviour of the freshwater crocodile Crocodylus johnstoni in the wild and to assess the relationships between diving, body temperature, and heart rate. Time-depth recorders, temperature-sensitive radio transmitters, and heart rate transmitters were deployed on each of six C. johnstoni (4.0-26.5 kg), and data were obtained from five animals. Crocodiles showed the greatest diving activity in the morning (0600-1200 hours) and were least active at night, remaining at the water surface. Surprisingly, activity pattern was asynchronous with thermoregulation, and activity was correlated to light rather than to body temperature. Nonetheless, crocodiles thermoregulated and showed a typical heart rate hysteresis pattern (heart rate during heating greater than heart rate during cooling) in response to heating and cooling. Additionally, dive length decreased with increasing body temperature. Maximum diving length was 119.6 min, but the greatest proportion of diving time was spent on relatively short (

Physiological mechanisms of thermoregulation in reptiles: a review

The thermal dependence of biochemical reaction rates means that many animals regulate their body temperature so that fluctuations in body temperature are small compared to environmental temperature fluctuations. Thermoregulation is a complex process that involves sensing of the environment, and subsequent processing of the environmental information. We suggest that the physiological mechanisms that facilitate thermoregulation transcend phylogenetic boundaries. Reptiles are primarily used as model organisms for ecological and evolutionary research and, unlike in mammals, the physiological basis of many aspects in thermoregulation remains obscure. Here, we review recent research on regulation of body temperature, thermoreception, body temperature set-points, and cardiovascular control of heating and cooling in reptiles. The aim of this review is to place physiological thermoregulation of reptiles in a wider phylogenetic context. Future research on reptilian thermoregulation should focus on the pathways that connect peripheral sensing to central processing which will ultimately lead to the thermoregulatory response.