814 resultados para discourse psychology


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Essa pesquisa procurou investigar o processo de composição narrativa pela dupla estagiário-terapeuta/paciente, em uma situação de psicoterapia psicanalítica, a partir do contexto de uma prática supervisionada de estágio em Psicologia Clínica. Participaram da pesquisa duas acadêmicas de Psicologia que realizaram o estágio em um abrigo municipal. O trabalho clínico desenvolvido pelas estagiárias foi acompanhado pela supervisão acadêmica, cuja responsável na época era a pesquisadora. Também participaram dessa pesquisa três meninas de seis, nove e dez anos de idade, acolhidas temporariamente na instituição e em acompanhamento psicoterapêutico pelas estagiárias. Os atendimentos foram realizados uma vez por semana, individualmente, na própria instituição. As estagiárias relataram cada entrevista preliminar realizada com as crianças sob a forma escrita de entrevista dialogada, cujo objetivo é a memorização do desenvolvimento da entrevista. Essa memorização associada às reflexões acerca do estágio produzidas no espaço de supervisão acadêmica formaram as fontes dos dados. Para atingir o objetivo dessa pesquisa, três estudos foram realizados e, em cada um deles, três casos, constituídos por diferentes duplas terapêuticas, foram analisados. Os resultados dos três estudos demonstram, inicialmente, que o discurso elaborado pelas duplas terapêuticas, em cada entrevista preliminar isoladamente, estrutura-se narrativamente porque esse discurso apresenta os dois princípios da narrativa, que são a sucessão e a transformação, como propõe Tzvetan Todorov. A análise conjunta dessas entrevistas denota, entretanto, que as narrativas constituídas nesse processo não podem ser reduzidas a uma lógica de sucessão linear como formula esse autor. A seqüência narrativa é regida pela lógica de causalidade semântica, que é de natureza polifônica, como propõe Paul Ricoeur. As intervenções das estagiárias sob a forma de construções, conforme conceito estabelecido por Freud, mesmo que guiadas pelo princípio da associação livre, são demarcadas, em sua maioria, pela repetição de uma versão já conhecida da história da vida de seu paciente, geralmente àquela que versa sobre o motivo do abrigamento. Assim, essas intervenções, cujo efeito possível seria que o paciente pudesse desconstruir os sentidos dados a priori, reconstruindo novas versões para os acontecimentos de sua vida e, com isso, ocupasse o lugar de autor de sua história, acabam insistindo no trauma. Dessa forma, fica explicitado um dos paradoxos do processo de formação da escuta clínica: o estagiário, ao procurar abrir os sentidos para o seu paciente, construindo junto com ele uma versão possível para a sua história, acaba, muitas vezes, fechando o sentido, construindo uma única versão para os eventos narrados pelo paciente.

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Dividida em três blocos principais, a presente dissertação pretende apontar as relações entre o gosto da juventude pela história de terror e a Psicologia da Educação.

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Afinal, o que os gestores entendem por resiliência? É o questionamento que pautou este estudo e para respondê-lo desenvolvemos uma pesquisa empírica com 17 gestores de empresas de diversos portes, aqui no Rio de Janeiro, por meio de entrevista semi-estruturada, realizada durante os meses de janeiro a junho de 2015. As respostas colhidas foram submetidas à Análise do Discurso posibilitando identificar na prática discursiva, figuras de linguagem, ethos do entrevistado, seleção lexical predominante, intertextualidade e temas de fundo, e relacioná-los aos elementos do corpus discursivo acadêmico, o que permitiu a constituição das categorias analíticas sobre: resiliência humana e resiliência organizacional. A análise concluiu que, para os gestores, embora o conceito de resiliência humana ainda seja influenciado pelos conceitos de elasticidade e invulnerabilidade, que informaram a construção do conceito de resiliência nos estudos iniciais no campo da Psicologia, a resiliência é um processo dinâmico cujo resultado é a adaptação bem sucedida e a transformação do indivíduo. A resiliência organizacional é personificada na resiliência dos indivíduos, especificamente, na dos gestores cujos comportamentos, individuais e coletivos, contribuem ou impedem a resiliência organizacional, com destaque para a revelação a respeito de como a resiliência influencia o processo de tomada de decisão, tanto por sua presença como por sua ausência. Este estudo é relevante na medida que suas revelações consubstanciam implicações para a academia e para as empresas. Para a academia a influência da resiliência no processo decisório sinaliza um denominador comum diante do qual as pesquisas acadêmicas podem partir, viabilizando a elaboração de proposições epistemológicas, metodológicas e praxiólogicas que ampliem, de forma realista, as possibilidades de acesso, por indivíduos e organizações, de um repertório de respostas produtivas às adversidades. Para as empresas as revelações deste estudo implicam em maior foco das iniciativas de desenvolvimento, tanto organizacional quanto de pessoas, no alinhamento de estrutura, processos e gestão de ativos intangíveis relacionados ao exercício da liderança, que resultem no delineamento de uma cultura organizacional favorável e compatível com um contexto viabilizador da resiliência organizacional.

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CRUZ, Ângela M. P.; Lycurgo, Tassos. Da atividade dialógica: aspectos lógicos. Revista Vivência, Natal, v. 26, p. 51-58, 2004.

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No Brasil, vemos surgir, a partir da década de setenta, diversas propostas inovadoras no campo da atenção à saúde mental. A partir de então, multiplicam-se no país ambulatórios de psicologia e psiquiatria, hospitais-dia, residências terapêuticas e diversos núcleos/centros de atenção psicossocial. Transformados em política pública, os centros de atenção psicossocial espalham-se pelo país, preconizando um atendimento ambulatorial, interdisciplinar e de orientação territorial. Geralmente formado sob os auspícios de um grande hospital, o psiquiatra que se propõe a trabalhar, a partir da ótica psicossocial, imerso em uma pequena cidade, vê-se exposto às diversas contradições e ilogicidades do discurso psiquiátrico clássico. Os variados saberes locais são uma ameaça ao saber psiquiátrico medicamente constituído. Respostas, antes fáceis no interior do hospital, têm variadas implicações no território e adquirem uma complexidade para a qual o psiquiatra não se encontra preparado. Assim, este trabalho tenta demonstrar a dissonância entre essas duas espécies de psiquiatria: a clássica (afinada com a biologia, com a normatividade e com a instituição) e a psicossocial (que se volta para respostas localmente construídas e que se afina com o homem, em uma dimensão muito além do seu corpo).

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Considering infancy as the socio-historic construction required from the researcher, not only gives problems to the natural character of the human development, that for a long period in the history of psychology has sown to be predominant, but before anything assumes the position in which the vision of the social condition, i.e., for the contexts of the insertion of the human being, is predominant. In this sense, it is not possible to talk about infancy in the singular, once the different developmental contexts enable different forms of immersion in the daily experiences, amongst which this research focuses on the experience of the ludic. According to various theories of development amongst which we emphasize the socio-historic, this element brings important contributions in the processes of the human being constitution. From the legal aspect this recognition is present in the Code of Practice of the Child and Adolescent which considers playing to be a right of the child. However, the childhood of many children have this aspect affected by many factors. It is in the context of this discussion that we developed this research which has as its objective investigate how children in a working environment experience playing on a daily basis. Four children, girls, took part in this research, who develop activities in the process of the usage of cashew nuts. We used interviews, observations, photographs and drawings. The perspective of analysis which guided this task is based on socio-historic and discursive studies. In this way, the elements which constitute the child s discourse, formed from the corpus were: be a child, the ludic culture, the work in the child s life and the perspective of future and change. The participants discourse showed to be conflicting, contradictory, arisen from a specific ideological formation. In the children s daily routine it was possible to verify that there is an existence of a rich ludic culture, even if it is lived in few moments of the day in consequence of the workload

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Lacanian psychoanalysis has won a considerable space in brazilian university: a search for Lacan in the field of subject of the CAPES Thesis Bank shows 1.032 results! However the difference in the style of knowledge production and language usage is considerable between academic psychology and lacanian theory. The difficulty in reading and understanding Lacan is something pointed out by supporters and critics alike. In addition to that, his disciples choose many times to imitate his baroque, complex style, full of neologisms, causing perplexity in many unprepared audiences. What is the origin of such an enigmatic and polemic style of expression? How it became so widespread under the sign of repetition? And which are the consequences of this style to the communication, transmission and teaching of lacanian psychoanalysis? Through these questions it is our goal to contribute to the dialogue between lacanian psychoanalysis and the academy, to provide a better understanding of the causes of this style, analyzing the consequences it has to the transmission of psychoanalysis. We chose to perform a theoretical study, using authors that have treated Lacan s style and the history of psychoanalysis from a critical point of view, like Beividas (2000), Roustang (1987, 1988) and Gellner (1988), and also those that have defended and justified its legitimacy, like Glynos e Stavrakakis (2001), Fink (1997) and Souza (1985), using as well some works by Freud and Lacan. The study of these texts has led us to three main themes: 1) the difficulty of the lacanian text; 2) Lacan, heir of Freud; 3) consequences of the lacanian style. In the first one, we enumerate many different explanations and interpretations given by commentators about the difficulty and particularity of the lacanian discourse; in the second, we show how Lacan came to occupy the place of great idealization that was before destined to Freud, what made his style something to be taken as a model, to be imitated by disciples; in the third, we explore the way in which the concepts are treated in lacanian psychoanalysis, arguing that their multiple meanings point out that the final goal is not to build a clear and coherent theory, but to try to aim directly at the subject, to catch him

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This study analysed the relationship between the production of argumentative discourses and the development and (re)signification of ethical/moral concepts, conceptions and reasoning. It focused on ethical-argumentative reasoning concerning other people and their different points of view. The specific aims of this research were: (1) to investigate the considering alternative positions on adolescents previous views on a specific topic; (2) to verify whether the ability to generate counterarguments was associated with higher levels of moral reasoning, according to Kohlberg theory, and (3) to have a better comprehension of a possible relationship between adolescents abilities to use cognitive and verbal-argumentative strategies and the (re) signification of concepts/beliefs of an ethical/moral nature, and also the solution of conflicts of the same nature. The participants in this study were seventh grade students of private and public schools. Four empirical tasks were used in order to evaluate argumentative and moral reasoning. These tasks focused on: the evaluation of moral dilemmas (DIT); the evaluation of moral dilemmas with the presentation of a written justification for subjects responses; the production of arguments and the reaction to counterarguments. There was also a group-debate situation in which both argumentation and the discussion ethical/moral issues were observed. The moral dilemmas tasks aimed to evaluate the level of moral reasoning of the participants. The argumentation tasks investigated whether the adolescents generated and justified a point of view and how they dealt with counterarguments or alternative information which could lead the participants to modify their initial positions on the topic under discussion in a monological situation as well as in a group-debate setting. The results showed that, in a monological situation, most of the adolescents produced only a partial developed argumentative discourse, whereas in a more social-verbal interaction situation their discourse appeared to be more elaborated. As a general result, it was observed that the confrontation with the other s views, or dealing with counterarguments allow the adolescents to re-evaluate and re-elaborate their own views on a debatable topic. Regarding the relationship between counterargumentation and moral reasoning, it was verified that there was a subtle tendency associating the two processes. However, other factors, such as, social, emotional and cultural aspects might also influence the development of moral reasoning

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Tendo como base os estudos recentes sobre as sexualidades e os gêneros e, em especial, os relativos à diversidade sexual, este artigo promove uma discussão ética sobre as vicissitudes da clínica psicológica com a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Para tanto, problematizamos a construção sócio-histórica-cultural da homossexualidade e da heterossexualidade, as hierarquias das sexualidades e algumas ações terapêuticas na clínica direcionada ao público não-heterossexual, tendo em vista a Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. Desse modo, matizamos o discurso da clínica usualmente orientada para o trabalho com pessoas heterossexuais, pensando de modo crítico o trabalho desenvolvido com sujeitos que transitam entre a vulnerabilidade e a invisibilidade devido a sua dissidência dos preceitos heteronormativos.

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