991 resultados para Serviço social - Brasil


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Foi apresentado um modelo de atendimento multiprofissional para uso em hospital escola, embasado numa viso global da problemtica de sade da criana. A utilizao do modelo, pela sistematizao de dados considerados bsicos, permite alm da identificao especfica das condies fsicas e psico-sociais da criana, um conhecimento da situao familiar e caracterizao da comunidade. Com estes elementos, torna-se factvel a elaborao de um diagnstico global, visando o tratamento da criana, a modificao de situaes ambientais desfavorveis criana ou reforo de condies favorveis a seu melhor crescimento e desenvolvimento. Esta abordagem, com relao assistncia, possibilita um tratamento que atenda s necessidades da criana nos seus aspectos biolgico, cognitivo, afetivo e psicomotor. Com relao ao ensino, favorece a formao de profissionais com uma viso biolgica e psico-social de sade, dando oportunidade para desenvolvimento de trabalho em equipe multiprofissional. Em termos de pesquisa, permite a realizao de estudos de normalizao de atendimento nas reas mdica, de serviço social, de enfermagem, de nutrio e de educao para a sade.

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So apresentados resultados de uma pesquisa exploratria da satisfao/insatisfao de 158 pacientes que recorreram a um Hospital Universitrio (HUPE) para consulta inicial. As entrevistas foram feitas por alunos do primeiro ano, como parte de projeto de insero precoce do mesmo com a prtica mdica, acompanhando pacientes como observadores. Foi utilizado questionrio que cobriu os vrios aspectos do problema: variveis scio-demogrficas, arte do cuidado, resolutividade da consulta mdica, sugestes de melhoria dos serviços. Tanto alunos/observadores como os usurios conseguiram perceber com preciso os problemas do processo do atendimento (recepo, matrcula, consulta, enfermagem, serviço social, farmcia, exames complementares) mas houve divergncia de opinio entre vrios aspectos da satisfao/insatisfao entre alunos e usurios, provavelmente devido s origens sociais diferentes e expectativas diversas.

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OBJETIVO: O consumo de lcool um problema de sade pblica. A disponibilidade comercial um importante fator no estmulo ao consumo de lcool por adolescentes. O objetivo do estudo foi verificar com que freqncia menores de 18 anos conseguem comprar bebidas alcolicas em estabelecimentos comerciais. MTODOS: Adolescentes com idades entre 13 e 17 anos tentaram comprar bebidas alcolicas em uma amostra aleatria de estabelecimentos comerciais em Paulnia (N=108) e Diadema (N=426), no Estado de So Paulo. O estudo foi realizado em novembro e dezembro de 2003 em Paulnia e de julho de 2004 a agosto de 2005 em Diadema. Eles foram orientados a no mentir sobre sua idade quando questionados e a dizer que a bebida era para consumo prprio. Os testes estatsticos realizados foram bi-caudais e o nvel de significncia considerado foi de p<0,05. RESULTADOS: Adolescentes abaixo da idade mnima legal conseguiram comprar bebidas alcolicas em uma primeira tentativa em 85,2% dos locais testados em Paulnia e em 82,4% em Diadema. Os adolescentes compraram bebidas alcolicas com a mesma facilidade em todos os estabelecimentos pesquisados. CONCLUSES: Os dados mostraram uma quase unnime facilidade de obteno de bebidas alcolicas, sugerindo a relevncia do problema nestas cidades (e provavelmente no Brasil). Ressalta-se a importncia da adoo de polticas especficas para esta faixa etria, no sentido de reduzir o consumo de lcool.

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OBJETIVO: Avaliar o impacto de programas de alimentao para os trabalha-dores sobre o ganho de peso e sobrepeso. MTODOS: Estudo de coorte retrospectiva, conduzido no Estado da Bahia entre 1995 e 2000. Participaram 10.368 trabalhadores de indstrias manufatureiras e construo civil atendidos em programas de sade do trabalhador do Serviço Social da Indstria. Dados dos trabalhadores foram obtidos de pronturios mdicos eletrnicos com registros dos exames admissionais, peridicos e demissionais. Dados das empresas foram obtidos por entrevistas telefnicas com informantes-chave da rea de recursos humanos das empresas. Para a anlise estatstica empregou-se a razo da taxa de incidncia e seus respectivos intervalos de confiana a 95%, estimados pelo mtodo exato binomial. RESULTADOS: Beneficirios do Programa de Alimentao do Trabalhador (Razo de Taxa de Incidncia, RTI=1,71; IC 95%: 1,45; 2,00) ou de outros programas de alimentao (RTI=2,00; IC 95%: 1,70; 2,35) apresentavam maiores taxas de incidncia de ganho de peso em comparao com os trabalhadores no cobertos. O sobrepeso tambm se associou cobertura pelo Programa, (RTI=1,91; IC 95% 1,26; 2,91) e outros programas de alimentao (RTI=2,13; IC 95%: 1,41; 3,23). CONCLUSES: Programas de alimentao para trabalhadores contriburam para o ganho de peso e sobrepeso. As estratgias adotadas por esses programas necessitam ser revistas, considerando alm da quantidade de calorias, balano de nutrientes adequado e o incentivo realizao de atividades fsicas, dentre outros bons hbitos de vida.

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O texto aqui presente introduz as temticas constantes da primeira Revista Comunidades, dando, igualmente, conta das atividades que a Direo Regional das Comunidades, do Governo dos Aores, se encontrava a desenvolver na poca.

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Na qualidade de Diretora Regional das Comunidades, fomos responsvel pela redao dos artigos e coordenao da pgina "Comunidades", integrada no jornal Aoriano Oriental, servindo a mesma para a divulgao das atividades realizadas pela Direo Regional Das Comunidades do Governo dos Aores.

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OBJETIVO: As mortes por causas externas representam um dos mais importantes desafios para a sade pblica, sendo a segunda causa de bito no Brasil. O objetivo do estudo foi analisar os diferenciais de mortalidade por causas externas segundo raa/cor da pele. MTODOS:Estudo descritivo realizado em Salvador (BA), com 9.626 registros de bitos por causas externas entre 1998 e 2003. Dados foram obtidos do Instituto Mdico Legal e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. O indicador "anos potenciais de vida perdidos" foi utilizado para identificar diferenciais entre grupos etrios, de raa/cor da pele e sexo. RESULTADOS: As mortes por causas externas determinaram perda de 339.220 anos potenciais de vida, dos quais 210.000 foram devidos aos homicdios. Indivduos negros morreram em idades mais precoces e perderam 12,2 vezes mais anos potenciais de vida devido a mortes por homicdio que indivduos brancos. Embora a populao negra (pardos e pretos) fosse trs vezes maior que a populao branca, o nmero de anos perdidos daquela foi 30 vezes superior. A populao de pretos era 11,4% menor que a populao branca, mas apresentou anos perdidos quase trs vezes mais. Mesmo aps a padronizao por idade, mantiveram-se as diferenas observadas no indicador de anos potenciais perdidos/100.000 hab e nas razes entre estratos segundo raa/cor. CONCLUSES: Os resultados mostram diferenciais na mortalidade por causas externas segundo raa/cor da pele em Salvador. Os negros tiveram maior perda de anos potenciais de vida, maior nmero mdio de anos no vividos e morreram, em mdia, em idades mais precoces por homicdios, acidentes de trnsito e demais causas externas.

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Esta tese aborda as prticas e as representaes de mulheres em idade frtil, que vivem em contextos sociais de pobreza. As prticas sobre o acesso e as formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva. As representaes das mulheres relativamente maternidade e/ou fecundidade, verificando de que forma estas influenciam a utilizao de cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). E as representaes dos profissionais de sade e tcnicos de serviço social sobre os comportamentos de fecundidade e as formas como as mulheres (pobres e no pobres) utilizam os cuidados de sade reprodutiva. Devido natureza do objecto de estudo e complexidade inerente, optou-se por utilizar uma combinao de mtodos qualitativos e quantitativos e respectivas tcnicas de recolha e anlise de dados, num mesmo desenho de estudo, tendo em vista a triangulao metodolgica, que ajudou compreenso mais profunda da realidade em estudo. Como tal dividiu-se a investigao em trs estudos: 1) o estudo exploratrio; que apoiou nas decises, nomeadamente na delimitao do objecto de estudo, dos objectivos gerais e especficos, das hipteses centrais de investigao e dos aspectos metodolgicos relacionados com o estudo de caso-controlo e o estudo qualitativo; 2) o estudo de caso-controlo (quantitativo); 3) o estudo qualitativo. Estudo de caso-controlo O estudo de caso-controlo foi realizado com mulheres em idade frtil, em que os casos so mulheres consideradas muito pobres, havendo dois controlos para cada caso: os controlos 1, que so mulheres consideradas pobres e os controlos 2, que so mulheres consideradas no pobres. Este estudo foi planeado com uma amostra de 1513 mulheres em idade frtil, com 499 casos seleccionados segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional (de mulheres consideradas muito pobres) seleccionados da base de dados de beneficirios de RSI, da SCML. E 1014 controlos (de mulheres no consideradas como muito pobres): os controlos 1 foram seleccionados tambm segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional dos restantes beneficirios da SCML; os controlos 2 foram seleccionados de forma bi-etpica, primeiro procedeu-se a uma amostragem aleatria simples de quatro Centros de Sade e de seguida optou-se por uma regra sistemtica de seleco das utentes desses Centros de Sade, mediante a aplicao de um formulrio de critrios de incluso. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio semi-quantitativo aplicado por entrevista. Responderam ao questionrio um total de 1054 mulheres, sendo que o total de respondentes distribui-se pelos grupos em estudo, isto , 304 referentes aos casos (muito pobres), e 750 respeitantes aos controlos [293 pertencentes ao grupo de controlos 1 (pobres) e 457 provenientes do grupo de controlos 2 (no pobres)]. Os dados foram analisados utilizando tcnicas estatsticas bivariadas e multivariadas. Concretamente, comeou-se pela anlise descritiva (frequncias absolutas e relativas; medidas de tendncia central: moda, mdia, mediana, mdia aparada a 5%) das variveis demogrficas e das variveis de fecundidade (representaes, tenses, prticas e controlo de fecundidade) em funo das variveis de condio social (gradientes de pobreza segundo os grupos em estudo). Seguiu-se a anlise de comparao e associao - o teste de Qui-quadrado para testar a homogeneidade e para testar a homogeneidade de varincias aplicou-se o teste de Levene e a normalidade da varivel quantitativa, nos grupos em estudo, foi testada atravs do teste de Kolmogorov Smirnov e o teste de Shapiro-Wilk. Sempre que as condies de aplicao da ANOVA no se verificaram, aplicou-se a alternativa no paramtrica: o teste de Kruskal-Wallis. O clculo do odds ratio da varivel ter gravidez e filhos foi efectuado de acordo com o proposto por Mantel-Haenszel aplicado nas situaes em que existem dois controlos por caso. Foram ainda utilizados modelos de regresso logstica (pelo mtodo Forward: LR) para avaliar a probabilidade de ser do grupo de casos (muito pobre), relativamente a ser do grupo de controlos 1 (pobre) e ser do grupo de controlos 2 (no pobre). E dois modelos de regresso logstica multinomial para estudar a relao entre uma varivel dependente de resposta qualitativa no binria [no presente estudo com trs classes - os trs grupos em estudo: casos (muito pobres), controlos 1 (pobres) e controlos 2 (no pobres)] e um conjunto de variveis explicativas (predictor variables), que podem ser de vrios tipos. A anlise efectuada confirma a existncia de gradientes de pobreza e a sua associao a gradientes de fertilidade, que se reflectem em termos de acesso sade e nos padres de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. O facto de as mulheres terem tido filhos (varivel ter gravidez e filhos) aumenta a probabilidade (OR=1,17; p<0,001; IC = 1,08 1,26) de serem muito pobres, comparativamente a serem pobres e no pobres. Isto , a maternidade configura-se como um factor explicativo da pertena social das mulheres, sobretudo quando interligado com outros factores. Concretamente, verifica-se atravs da anlise dos modelos de regresso logstica que existe uma interligao entre a condio social das mulheres e um conjunto de caractersticas sciodemogrficas, que se configuram como factores de risco de pobreza, como sejam o baixo rendimento dos agregados, a dimenso dos agregados familiares, a baixa escolaridade e as pertenas tnicas. Quanto ao acesso econmico, constata-se que as mulheres muito pobres apresentam incapacidades financeiras para comportar custos com a compra de medicamentos muito superiores s restantes, constituindo-se esta como uma caracterstica forte para explicar a sua condio social actual. Em termos de utilizao de cuidados de sade reprodutiva percebe-se que as mulheres muito pobres so caracterizadas por baixa frequncia das consultas de reviso do parto, com todas as eventuais implicaes no seu estado de sade. Um aspecto pertinente prende-se com a sistemtica aproximao das mulheres pobres s muito pobres, distanciando-se em quase tudo das mulheres no pobres. Ou seja, existe um nmero considervel da nossa populao mdia com vulnerabilidades, que deveriam merecer uma ateno prioritria em termos de polticas sociais (nomeadamente, na rea da sade, do trabalho e do apoio social). Assim, de enfatizar a importncia de haver uma adequao das polticas de sade no sentido de assegurar que as populaes mais vulnerveis consigam utilizar de forma apropriada os cuidados de sade reprodutiva. Estudo Qualitativo Foi efectuado um estudo qualitativo, atravs de realizao de entrevistas e grupos focais. Concretamente, foram feitas oito entrevistas e dois grupos focais a mulheres provenientes de diferentes contextos socioeconmicos (pobreza e no pobreza), num total de 18 indivduos. Foram conduzidos dois grupos focais a profissionais de sade (enfermeiros e mdicos), num total de 15 participantes. E realizados quatro grupos de discusso a tcnicos de serviço social, num total de 36 participantes. Todas as entrevistas e grupos focais foram gravados, seguindo-se a sua transcrio integral. Os dados foram analisados com base nos procedimentos de anlise de contedo habituais no mbito de abordagens qualitativas. No que diz respeito aos grupos focais, procedeu-se a uma anlise categorial temtica. Atravs da anlise das representaes de fecundidade percebe-se que para as mulheres, independentemente do grupo socioeconmico a que pertencem, o melhor e o pior dos filhos, envolve trs nveis: os sentimentos, o desempenho das funes parentais e as privaes. E a maioria das mulheres assume que foi atravs de amigos, dos media e/ou de vizinhos que obteve as primeiras informaes sobre os mtodos contraceptivos. Revelando ainda a inexistncia de influncia familiar, especialmente das mes, na transmisso desses conhecimentos e informaes sobre contracepo, em todos os grupos socioeconmicos. Alis, a percepo generalizada de que o sexo foi um assunto tabu na educao destas mulheres. Muitas das mulheres no estudo descrevem uma preparao inadequada para o sexo e contracepo na primeira gravidez, acontecendo esta como resultado de impreparao e no de planeamento. Encontram-se semelhanas entre as mulheres provenientes de diferentes gradientes sociais, mas tambm se encontram diferenas, nomeadamente, acerca do papel do parceiro masculino no planeamento familiar e no planeamento das gravidezes. Existe uma diferena entre mulheres provenientes de grupos socioeconmicos distintos (muito pobres e pobres vs. no pobres) relativamente ao papel do parceiro na contracepo: no utilizao do preservativo porque companheiros no aceitam vs. as mulheres que assumem que as decises quanto contracepo so e foram sempre da sua responsabilidade. Os resultados vm mostrar a importncia atribuda ao sexo do mdico e a vergonha envolvida na utilizao dos cuidados de sade materna, cujas consequncias se revelaram impeditivas de realizao das consultas ps-parto. Vrios estudos j apontaram o desconforto durante o encontro biomdico nos cuidados pr-natais resultando de uma incapacidade da mulher para lidar com certas caractersticas do profissional de sade, que podem incluir idade, gnero e linguagem (cfr. nomeadamente, Whiteford e Szelag, 2000). Um outro aspecto em que h diferenas entre grupos socioeconmicos nos resultados do estudo de caso-controlo, e que vem ser ainda mais aprofundado atravs do estudo qualitativo, est relacionado com os apoios recebidos quando os filhos nascem e quando existe uma situao de doena. As mais pobres encontram-se numa posio de vulnerabilidade acrescida, porque no podem colmatar a falta de apoios, por exemplo com amas para tomar conta dos filhos, como admitido, por exemplo, por uma mulher de etnia cigana. Mas emerge uma semelhana entre as mulheres dos diferentes grupos socioeconmicos, quando reivindicam a necessidade de existir mais apoio, nomeadamente uma rede de creches. Os profissionais (sade e social) demonstram nas suas representaes as influncias do modelo biomdico de sade. Quanto s mulheres, consoante o seu contexto cultural, elas tendem a integrar num modelo prprio a sua relao com os cuidados de sade, especificamente com os cuidados pr-natais. Modelo esse que no exclui o uso dos serviços biomdicos durante a gravidez, o que acontece que as mulheres conservam as suas crenas e algumas prticas tradicionais em face de novas. Deixando em aberto a possibilidade de negociao e transmisso de conhecimentos por parte dos profissionais de sade, processo facilitado com existncia de dilogo e abertura dos profissionais de sade para as especificidades culturais (cfr. outros estudos, nomeadamente, Atkinson e Farias, 1995; Whiteford e Szelag, 2000). Os profissionais atribuem ao pobre uma caracterstica-tipo: o imediatismo. Este condiciona a actuao dos indivduos pobres nas prticas de planeamento familiar e nas formas de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. Por exemplo, para os profissionais de sade e tcnicos de serviço social a utilizao correcta da contracepo depender do nvel educacional da mulher. Mas no se comprova tal facto nos estudos, havendo mesmo indcio de uma certa transversalidade nas falhas de utilizao, por exemplo da plula. Atravs do estudo de caso-controlo comprovase que a plula era o contraceptivo mais usado no momento em que as mulheres engravidaram do ltimo filho, sendo que aparentemente algo ter falhado (dosagem, esquecimento, toma simultnea de antibitico), no existindo diferenas entre os grupos socioeconmicos. A anlise reflecte a existncia de representaes nem sempre coincidentes entre mulheres e profissionais de sade, no que diz respeito maternidade, gravidez e fecundidade, mas tambm s necessidades e formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). Chama-se a ateno para a importncia dos decisores terem estes factos em ateno de forma a adequar as polticas de sade s expectativas e percepes de necessidade por parte das populaes vulnerveis, procurando atingir o objectivo de utilizao adequada de cuidados de sade reprodutiva e, em ltima anlise, promover a equidade em sade. Concluses Gerais Esta investigao insere-se numa lgica de perceber as caractersticas associadas no continuum de pobreza, procurando-se os factores que explicam a posio relativa dos grupos nesse mesmo continuum. Em termos de sade, contata-se existir uma associao entre a no realizao de consultas de reviso do parto e as chances superiores de pertencer a um grupo socioeconmico mais pobre. Haver aqui lugar a um cuidado acrescido em termos de organizao de cuidados de sade para que estas mulheres, com vulnerabilidades de vria ordem, sejam devidamente acompanhadas, orientadas, apoiadas para a realizao deste tipo de consultas, envolvendo uma sensibilizao para gostar de si prpria, de valorizao individual, mesmo depois do nascimento dos filhos. As redes de sociabilidade so distintas consoante a posio que a mulher ocupa em termos de gradiente social, sendo que a posio mais vulnervel para as mulheres muito pobres e pobres, quer em situao de doena, quer em situao de apoio para os filhos e ainda em termos de privao material existe um efeito em termos de diluio das sociabilidades para grupos j to fragilizados a outros nveis. Ao descrever, analisar e caracterizar os gradientes de pobreza e privao mltipla entre os grupos de mulheres em estudo posso concluir que existem aspectos diferenciadores das mulheres pobres relativamente s mulheres no pobres.Mas elas manifestam sobretudo caractersticas que as aproximam das mulheres muito pobres. Ou seja, este grupo de pessoas est particularmente envolta numa multiplicidade de riscos sociais, uma vez que so mulheres que tm filhos, trabalham, tm redes de sociabilidade enfraquecidas e no podem contar com a ajuda do Estado em termos de medidas de apoio social, no sendo elegveis, por exemplo, para o RSI. Urge rever as condies de atribuio de medidas, no necessariamente com a configurao actual, mas que tenham em ateno este conjunto populacional. A actividade sexual comea muito cedo nas vidas das jovens, independentemente da provenincia socioeconmica, pelo que esse um aspecto que, penso, dever continuar a ser considerado em termos de sade sexual e reprodutiva por parte das diferentes entidades no que se refere educao e promoo para a sade. As questes relacionadas com a incapacidade para comportar custos de sade - deixar de comprar medicamentos, sobretudo, para as prprias mulheres, no poder pagar consultas em mdicos especialistas e dentistas - revelam-se srias, na medida em que fazem emergir as diferenas em termos de grupos socioeconmicos, constituindo-se como um factor associado com as iniquidades em sade ainda existentes em Portugal. Como sabido pelos estudos realizados, estas so tambm causas de pobreza. Assim, esta uma das reas a merecer actuao prioritria no sentido de contribuir para que caminhemos para uma sociedade com mais equidade. A existncia de diferenas na acessibilidade e no acesso geogrfico e econmico, marcada pelas diferenas em termos de gradientes sociais, deixa em aberto a necessidade de actuar no sentido de que o sistema de sade tenha polticas de promoo da equidade, nomeadamente a equidade de acesso econmico, na investigao desenvolvida sobre sistemas de sade. Parece que fica evidente a necessidade de monitorizar quais as interaces entre as polticas, de sade e sociais, e a variabilidade nas desigualdades sociais ao longo do tempo, ou seja, a importncia de monitorizar os efeitos das polticas nos grupos vulnerveis. S avaliando poderemos saber se as medidas devem continuar com contedo e formas de implementao actuais ou se, pelo contrrio, devero acontecer mudanas nas medidas de apoio para melhorar as condies sociais e de sade das populaes.

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Esta pesquisa de mestrado em educao se insere na linha de inovao pedaggica que tem como tema central, os experimentos cientficos influenciando a aprendizagem nas sries iniciais. Teve como proposta investigar se existe inovao nos ambientes alfabetizadores onde acontecem os experimentos cientficos. Nesta investigao, foi utilizada a metodologia etnogrfica para explanao e coleta de dados, descrevendo aes, fatos e realidades vivenciadas entre os sujeitos. Este trabalho est fundamentado numa abordagem qualitativa e objetivou apresentar a realidade concreta apresentada do contexto da pesquisa a partir da observao participante por permitir um contato direto com o fenmeno observado, anlise de documentos, realizao de entrevistas, dirio de campo, numa sala de 5 ano, da escola municipal Maria de Lourdes Duarte, situado no municpio de Juazeiro Bahia, Brasil. A anlise teve como ponto de partida a realidade apresentada pela postura da professora, a partir dos conceitos trabalhados em sala e seus reflexos na construo de uma conscincia crtica dos educandos. O carter diferenciado da metodologia apresentada pela professora contribua para atitudes questionadoras e reflexivas, favorecendo momentos de discusses, interaes e troca de informaes e conhecimento, despertando aes diferenciadas do modo tradicional visto na maioria das escolas. A pesquisa respaldou-se, principalmente, nos estudos de Bizzo (1998,2002), Ausubel (1981), Kuhn (1989), Lapassade (1993,2005) e muitos outros. Embasada nos conceitos de inovao pedaggica buscamos as contribuies de Carlos Nogueira Fino, Farias e Sebarroja, dentre outros, que contriburam significativamente para fundamentao terica desta pesquisa. Em sntese, esta investigao pretendeu desvendar as sutilezas do processo de ensino e de aprendizagem nas sries iniciais, na perspectiva de uma prtica pedaggica inovadora.

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Os AA avaliaram dois grupos de crianas oriundas de diferentes estratos socio-familiares, procurando variantes do normal, que confirmem a importncia do jardim de infncia como factor atenuante de ambiente familiar menos estimulante. Material Mtodos: Foram seleccionados aleatoriamente pelo Serviço Social do Hospital, dois jardins de infncia, em Lisboa. A avaliao incidiu num grupo de crianas dos dois aos quatro anos, sem patologia. Na caracterizao social e familiar foi utilizada a escala de Graffar. A avaliao de desenvolvimento psicomotor foi efectuada por observado nico; o teste utilizado foi o "Schedule of Growing Skills in Practice" e a anlise estatstica foi efectuada pelo teste The Student (significncia p=<0,05). Resultados: A populao estudad foi constituda por 34 crianas, 14 das quais frequentava Jardim de Infncia particular (JIP) e as restantes 20, Insitutio Particular de Solidariedade Social (IPSS), com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos. Na subescala da Locomoo, a pontuao obtida foi de 12,8 e 12,9 respectivamente no IPSS e JIP (=0,824) e na Manipulao foi de 19,3 (IPSS) e 20,7 (JIP) (p=0,006). Os resultados obtidos na rea da Viso foram de 16,1 e 17,3 respectivamente na IPSS e JIP (p=0,005). A avaliao da Audio/Linguagem revelou resultados de 13,1 (IPSS) e 15,5 (JIP) (p=0,002) e na subescala da Fala/Linguagem, foram obtidos resultados de 14,5 (IPSS)e 17,3 (JIP) (p=0,008). As reas de interaco social e autonomia, revelaram ambas pontuaes de 18,3 (IPSS) e 19,8 (JIP), (respectivamente p=0,001 e p=0,017). Concluses: Na avaliao efectuada, no encontrmos diferenas estatsticamente significativas nas subescalas de Locomoo e da Manipulao. Nas reas da Autonomia, Audio/Linguagem e Fala/linguagem, os resultados foram estatsticamente superioes no grupo de crianas que frequentavam o JIP (oriundas de classes socio-familiares mais favorecidas e de famlias menos numerosas), comparativamente s que frequentavam a IPSS.

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As perturbaes do neurodesenvolvimento so das patologias crnicas mais frequentes da infncia e com tendncia a aumentar nas sociedades modernas. Tm na grande maioria dos casos um percurso crnico e com limitao da aprendizagem necessria para a integrao na sociedade de um modo autnomo. A Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Pediatria procedeu em 2008 e 2009 ao levantamento de recursos, movimento e necessidades na rea assistencial do neurodesenvolvimento no universo de 49 hospitais portugueses com Pediatria, referente a 31 de Dezembro de 2007. Responderam 42 (85.7%) hospitais. O nmero total de consultas de desenvolvimento representou 10.7% das de Pediatria, e foi- -lhe imputada uma mediana de tempo de 20 horas por semana. Dedicavam-se ao desenvolvimento 82 pediatras, mas mais de dois teros s o fazia a tempo parcial. Outros profissionais (fisiatras, psiclogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, docentes e tcnicos de Serviço Social) faziam parte das equipas do desenvolvimento, mas em menor nmero que os pediatras, e de igual modo s raramente a tempo completo. Aguardava por consulta de desenvolvimento uma mediana de 185 crianas, e o tempo de espera variou entre um e 18 meses(mediana de seis). No seu conjunto os hospitais a curto prazo recrutariam 34 Pediatras para se dedicarem rea do neurodesenvolvimento,metade em regime de tempo completo. Dos outros profissionais requisitados [psiclogos (21), terapeutas da fala (20), docentes (20), terapeutas ocupacionais (14), fisioterapeutas (8) e tcnicos do Serviço Social (6)], solicitavam-nos a tempo inteiro. Conclu-se que o movimento assistencial especfico desta rea no contexto global da Pediatria representa j um nmero significativo de consultas. Ainda assim, a resposta na rea do neurodesenvolvimento revelou-se insuficiente e as equipas no funcionavam na generalidade em trabalho multidisciplinar. Contudo, os pedidos solicitados de recursos humanos mdicos e no mdicos e a preferncia de que a dedicao ao neurodesenvolvimento fosse a tempo completo reflecte uma evoluo positiva a curto prazo, caso estes recrutamentos se venham a concretizar.

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RESUMO: A sade pblica deve estar atenta aos contextos e s mudanas sociais, polticas, econmicas, cientficas e tecnolgicas com que se confrontam constantemente as comunidades, particularmente em situaes de grandes transformaes como o momento que a Unio Europeia atravessa. A urbanizao provavelmente a mudana demogrfica mais importante das ltimas dcadas. Tendo importantes repercusses sobre a sade mental, importante desenvolver a investigao neste domnio, de forma multidisciplinar e integrando a compreenso dos diferentes determinantes sociais, psicolgicos e fsicos. As polticas de sade mental tornaram-se uma parte importante da poltica social e da sociedade de bem-estar, em particular se considerarmos a urbanizao das nossas comunidades. Considerar a sade mental em espao urbano fundamentalmente estudar como um espao particular pode influenciar a sade. Baseado nesta reflexo, desenvolveu-se uma investigao participada de base comunitria, com recurso a uma metodologia de estudo de caso. Recorreu-se a dezenas de documentos de referncia local, registos em arquivo, observao direta, observao participante e observao in loco do espao urbano. Foi utilizada uma amostragem em bola de neve, estratificada, para selecionar 697 habitantes de uma cidade da rea metropolitana de Lisboa. Estes habitantes foram entrevistados por 42 entrevistadores, previamente formados, assim como foram enviados questionrios online dirigidos aos professores (196) e aos Tcnicos Superiores de Serviço Social (12) em exerccio no espao urbano em estudo, para a caraterizao sociodemogrfica e para avaliao de indicadores de sade, de indicadores relacionados com a sade e de indicadores estruturais de sade mental. Os resultados mostraram um espao urbano promotor de sade estrutura-se para capacitar os seus cidados a se integrarem ativamente no funcionamento da sua comunidade. Foram identificadas algumas caratersticas como 1) o incio do processo de promoo da sade mental ser o mais precoce possvel; 2) a participao comunitria ativa, num sentimento de segurana individual e comunitria, envolvendo estruturas governamentais e no-governamentais; 3) a solidariedade e a incluso, promovendo o voluntariado e a promoo do suporte social e desenvolvendo a coeso social; 4) o reconhecimento das necessidades expressas pelos habitantes; 5) a identificao de respostas para a conciliao entre vida pessoal, familiar e profissional; 6) as estruturas de acompanhamento dos grupos sociais mais desfavorecidos; 7) as estratgias de combate ao isolamento envolvendo a populao snior e outros grupos minoritrios ativamente no processo de reorganizao do seu funcionamento social; 8) uma efetiva governana e gesto relacional por parte dos poderes locais, centrando a vida quotidiana da comunidade nas pessoas. A investigao participada de base comunitria constitui um instrumento til e eficaz no desenho de planos locais de promoo da sade mental para encontrar respostas ao desafio em sade pblica: a sade mental e a urbanizao.

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Dissertao apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Sociologia, na rea de especializao de Comunidades e Dinmicas Sociais

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OBJETIVO: Avaliar o impacto da carga de trabalho sobre a satisfao profissional, a qualidade de vida e a prevalncia de transtornos psiquitricos menores em profissionais de sade mental. MTODO: Estudo transversal com amostra de 203 profissionais de sade mental. Foram aplicados os instrumentos: IMPACTO-BR, SATIS-BR, SRQ-20 e um questionrio sociodemogrfico ocupacional. RESULTADOS: 75,4% dos participantes eram do sexo feminino, com idade mdia de 33,7 anos (DP = 9); 15,8% dos participantes apresentaram transtornos psiquitricos menores. Em relao ao trabalho, obteve-se nvel de satisfao global mediano (escore 3,59; DP = 0,485). O impacto global foi avaliado como pequeno (escore 1,85; DP = 0,536). Sobre a qualidade de vida, houve prejuzo nos subitens dor, estado geral de sade e vitalidade. CONCLUSO: Os dados obtidos com esta pesquisa demonstram que os profissionais que atuam na rea da sade mental sentem-se mais satisfeitos em relao qualidade dos serviços oferecidos e ao trabalho realizado em equipe. O fator que gerou menor satisfao est relacionado s condies de trabalho oferecidas. Foram observados escores mais elevados na subescala referente ao impacto emocional, assim como maior presena de transtornos psiquitricos menores nos profissionais de terapia ocupacional e serviço social. Profissionais que trabalham mais de 20 horas semanais apresentam prejuzos na qualidade de vida.