1000 resultados para Saramago, José, 19222010 Crítica e interpreção
Resumo:
No presente trabalho, o autor procura analisar, ou mais exatamente desconstruir, a essncia do pensamento dito de “estratgia” e de governana das organizaes, atualmente dominante na cena acadmica da administrao. Servindo-se de uma leitura tanto histrica, heurstica, como epistemolgica e metodolgica da obra e do sistema dominantes no assunto, denominado por ele “porterismo”, o autor faz um balano crtico do conjunto de teorias da “estratgia” gerencial em geral e daquela do autor mais considerado no assunto: Michael Porter.
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Este artigo trata da gesto da diversidade nas organizaes, analisando-a criticamente como parte integrante da ideologia tecnocrtica, que procura deslocar o tratamento das desigualdades sociais do mbito poltico para a administrao de recursos humanos das empresas. A partir da anlise da literatura estrangeira e nacional sobre o tema, infere-se que a gesto da diversidade surgiu como resposta dos administradores norte-americanos s polticas de ao afirmativa das dcadas de 1960 e 1970. Essa literatura defende que a gesto da diversidade mais efetiva para o enfrentamento das desigualdades sociais por usar critrios de meritocracia e possibilitar atingir benefcios econmicos para os indivduos e as empresas. A transposio dessas prticas para o contexto brasileiro, porm, encontra um elemento complicador em sua adoo quando se considera a ideologia da democracia racial brasileira, que mascara o preconceito e entra em tenso com a ideologia da gesto da diversidade.
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O objetivo avaliar os desafios e possibilidades do uso da pedagogia crítica no ensino da Administrao. Na introduo, discutimos a situao da pesquisa e do ensino de gesto no Brasil e no mundo, sugerindo a necessidade de mudanas nos contedos e mtodos pedaggicos, como a introduo da abordagem crítica. Na primeira parte do artigo, apresentamos a gnese e os conceitos da pedagogia crítica, bem como as dificuldades enfrentadas para implement-la. Na segunda parte, analisamos algumas experincias de uso da pedagogia crítica no ensino de graduao e ps-graduao em Administrao. Na terceira parte, descrevemos a nossa prpria experincia. Nas consideraes finais, fazemos algumas recomendaes para os docentes que pretendem seguir esta abordagem.
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Este estudo objetiva retomar a discusso da fragmentao da cincia, explorar como esse fenmeno manifesta-se em Administrao e quais suas implicaes para o avano do conhecimento cientfico. Para tanto, utilizou-se a interface entre os campos de Operaes e Recursos Humanos como caso ilustrativo. A metodologia adotada foi o estudo bibliomtrico por meio de um mapeamento estruturado da produo cientfica dessas duas grandes reas. Os resultados indicaram que ambas evoluram de modo independente, com pouca sinergia entre os autores dos diferentes campos. Foram evidenciados fatores que ressaltam a fragmentao (vises epistemolgicas, preferncias metodolgicas e distanciamento entre os autores). Finalmente, buscou-se provocar a reflexo quanto s oportunidades oferecidas pelo intercmbio entre reas para a evoluo do conhecimento.
Resumo:
Revista Lusfona de Cincias Sociais
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Revista Lusfona de Cincias Sociais
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Revista de Filosofia da Unidade de Investigao em Cincia, Tecnologia e Sociedade da Universidade Lusfona
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Aps longo perodo de desinteresse por questes sociais ou polticas e devido aos recentes escndalos protagonizados por grandes corporaes, observamos nos ltimos 10 anos a aproximao da rea de estratgia, em especial nos EUA, do tema responsabilidade social empresarial (RSE). Fenmeno similar comea a ser observado no Brasil. Este artigo argumenta que essa aproximao deve ser desafiada. Baseando-se na anlise crítica da rea de estratgia feita recentemente por pesquisadores europeus, os autores mostram que a no-neutralidade da rea de estratgia, vista como um campo organizacional, ajuda a explicar o escndalo da Enron, por exemplo. O desinteresse da literatura dominante por esse tipo de crítica pode esclarecer por que importantes abordagens tericas em RSE vm sendo negligenciadas pela literatura de estratgia na era da globalizao. Por meio de uma anlise histrica interdisciplinar este artigo mostra que a abordagem contempornea mais conhecida de RSE e a rea de estratgia dividem uma mesma diretriz problemtica: a legitimao das grandes empresas e o desprezo pela dimenso pblica e pelo Estado. Ao final, os autores argumentam que a aproximao da rea de estratgia do tema RSE deve contemplar a dimenso pblica para que questes sociais no se transformem em meros recursos estratgicos e polticos de grandes corporaes.
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Este artigo prope uma leitura crítica da prtica da democracia em tempos atuais. Para tanto, empreende uma reflexo sobre a democracia na modernidade, em que os limites impostos pelo Estado burocrtico apontam para a possibilidade do desenvolvimento mais profcuo da democracia deliberativa. Os autores observam teoricamente a prtica discursiva e seu potencial democratizante, para ento desvelar em que medida a orientao estratgica da ao em espaos discursivos pretensamente democrticos compromete o sentido de igualdade participativa. Para ilustrar a abordagem terica, analisam empiricamente o caso do Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social (CDES), um frum de debates entre representantes da sociedade civil e do governo, criado no incio da gesto Lula no intuito de fomentar a participao da sociedade em questes do Estado. A despeito do avano obtido na adoo de tal modelo, quando o contexto democrtico analisado luz da teoria do discurso, surgem novas referncias de anlise das contradies nas quais se estabelece a prtica democrtica nesses tipos de fruns. O caso do CDES revela um paradoxo: apesar de certos procedimentos da democracia deliberativa, recorrente a orientao estratgica.
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pouco conhecido que durante vrios sculos e at ao fim do colonialismo portugus no Oriente seguiu-se a prtica de enviar bispos aorianos. Eram brancos e no tinham outra lngia e cultura que no fossem portuguesas. Eram critrios suficientes para serem preferidos a candidatos asiticos mesmo com formao superior e conhecedores das lnguas e culturas dos seus povos. Desconfiava-se da sua lealdade e patriotismo. Isto era particularmente crucial quando se iniciaram movimentos independentistas na sia. D. Jos da Costa Nunes estudado neste ensaio como um paradigma desta poltica colonial.
Resumo:
Este artigo apresenta uma viso crítica acerca da mudana dos camels para os de nominados shoppings populares, implementados pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, com a finalidade de cumprir o cdigo de conduta do projeto "Centro Vivo". Argumenta-se que a atitude da prefeitura foi de limpeza da cidade, provocando uma desarticulao do trabalho informal dos camels e "toreros", bem como aumentando a precariedade de suas condies polticas e sociais de trabalho. O argumento baseia-se no discurso da mdia impressa e de algumas atas de reunio da prefeitura concernentes ao tema. Os autores contrastam o discurso com o dos prprios camels, que foram entrevistados, a respeito de como percebiam o processo de mudana para os shoppings e o que isso acarretou em termos do seu trabalho.