999 resultados para Proteção ambiental, Brasil
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a prevalncia e fatores de risco para queimadura solar em jovens com idade entre 10 e 29 anos. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostragem em mltiplos estgios, realizado com residentes da zona urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, entre os meses de outubro e dezembro de 2005. Para a coleta de dados foram feitas entrevistas com 1.604 indivduos, utilizando questionrio padronizado e pr-codificado com informaes sobre a famlia e outro questionrio aos indivduos com idade entre dez e 29 anos para avaliao da ocorrncia de episdios de queimadura solar. Queimadura solar foi definida como ardncia na pele aps exposio ao sol. Para as comparaes entre propores, utilizou-se teste do qui-quadrado com correo de Yates. Na anlise multivariada utilizou-se a regresso de Poisson com controle para efeito de delineamento e ajuste robusto da varincia. RESULTADOS: Das pessoas com idade entre 10 e 29 anos, 1.412 relataram exposio ao sol no ltimo vero. As perdas e recusas somaram 5,5%. Queimadura solar no ltimo ano foi relatada por 48,7% dos entrevistados. As variveis associadas ocorrncia de queimadura segundo a anlise multivariada foram: cor da pele branca (RP=1,41; IC 95%: 1,12;1,79), maior sensibilidade da pele quando exposta ao sol (RP=1,84; IC 95%: 1,64;2,06), idade entre 15 e 19 anos (RP=1,30; IC 95%: 1,12;1,50), pertencer ao quartil de maior renda (RP=1,20; IC 95%: 1,01;1,42) e fazer uso irregular de fotoprotetor (RP=1,23; IC 95%: 1,08;1,42). CONCLUSES: A prevalncia de queimadura solar na populao estudada foi alta, principalmente entre jovens, de pele branca, com maior sensibilidade da pele, de maior renda e que faziam uso irregular de fotoprotetor. A exposio solar em horrios seguros e com mtodos de proteção adequados deve ser estimulada.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia do tabagismo em estudantes e os fatores associados. MTODOS: Foram utilizados dados secundrios, provenientes do inqurito Vigescola realizado em Curitiba (PR), Florianpolis (SC) e Porto Alegre (RS) em 2002 e 2004. A amostra compreendeu 3.690 escolares de 13 a 15 anos, cursando as stima e oitava sries do ensino fundamental e primeira do ensino mdio, em escolas pblicas e privadas. Para a anlise dos resultados foram estimadas propores ponderadas, odds ratio (OR), e utilizada a tcnica de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: As taxas de prevalncia de tabagismo corresponderam a 10,7% (IC 95%: 10,2;11,3) em Florianpolis, 12,6% (IC 95%: 12,4;12,9) em Curitiba e 17,7% (IC 95%: 17,4;18,0) em Porto Alegre. Os fatores associados ao tabagismo em escolares em Curitiba foram: sexo feminino (OR=1,49), pai fumante (OR=1,59), amigos fumantes (OR=3,46), exposio fumaa do tabaco fora de casa (OR=3,26) e possuir algum objeto com logotipo de marca de cigarro (OR=3,29). Em Florianpolis, as variveis associadas ao tabagismo foram escolares do sexo feminino (OR=1,26), ter amigos fumantes (OR=9,31), exposio fumaa do tabaco em casa (OR=2,03) e fora de casa (OR=1,45) e ter visto propaganda em cartazes (OR=1,82). Em Porto Alegre, as variveis que estiveram associadas com o uso de tabaco pelos escolares foram sexo feminino (OR=1,57), idade entre 14 anos (OR=1,77) e 15 anos (OR=2,89), amigos fumantes (OR=9,12), exposio fumaa do tabaco em casa (OR=1,87) e fora de casa (OR=1,77) e possuir algo com logotipo de marca de cigarro (OR=2,83). CONCLUSES: H elevada prevalncia de tabagismo entre escolares de 13 a 15 anos, cujos fatores significativamente associados comuns s trs capitais so: ter amigos fumantes e estar exposto fumaa ambiental fora de casa.
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Com o objetivo de analisar a proporo de adultos que dirigem alcoolizados nas capitais brasileiras e no Distrito Federal aps instituio da Lei n 11.705 foram analisados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Em 2008, 1,5% dos indivduos entrevistados referiram em pelo menos uma ocasio ter conduzido veculo motorizado aps consumo abusivo de bebida alcolica. A freqncia de adultos que dirigiram aps o consumo abusivo se manteve entre 1,8% e 2,2% nos oito meses anteriores Lei, caindo no ms seqente promulgao da mesma, voltando a crescer dois meses depois, atingindo o mximo de 2,6% ao final de 2008 e retornando aos nveis iniciais nos primeiros meses de 2009.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de caractersticas associadas a comportamentos saudveis em jovens. MTODOS: Foram analisados dados de 14.193 indivduos com idades entre 18 e 29 anos, referentes ao sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas 27 capitais brasileiras em 2006. Foi considerado saudvel quem no fuma, pratica atividade fsica regular e consome frutas/hortalias cinco ou mais dias na semana. Foi analisada associao entre comportamento saudvel com variveis sociodemogrficas e indicadores de sade. A anlise dos dados baseou-se na razo de prevalncia obtida por regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de jovens saudveis foi de 8,0%; 39,6% relataram dois comportamentos saudveis, 45,3% relataram um, e 7,0% nenhum. Na anlise multivariada, o comportamento saudvel foi mais freqente entre participantes com 25-29 anos, escolaridade maior que nove anos de estudo e que relataram haver local para praticar esportes prximo residncia. A freqncia de comportamento saudvel foi significativamente menor entre participantes que relataram cor de pele parda ou preta, consumo de leite integral e de carne vermelha ou frango com gordura, estar em dieta e autopercepo da sade como ruim. CONCLUSES: Indivduos com menos comportamentos saudveis percebem sua sade como ruim, sugerindo que estes comportamentos influenciam negativamente a percepo da prpria sade. O fato de jovens mais saudveis terem maior escolaridade, serem de cor branca e morarem prximo a local para praticar esportes sugere desigualdades no acesso a prticas saudveis.
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OBJETIVO: Estimar as prevalncias de comportamentos prejudiciais sade e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertenso auto-referida e comparando-as com de no-hipertensos. MTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domiclios com pelo menos uma linha telefnica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitncia de trs ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalncias de atividades fsicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortalias inferior a cinco pores dirias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adio de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de lcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalncias foram semelhantes s observadas entre no hipertensos (p >0,05), exceto tabagismo. A prevalncia do tabagismo foi menor entre hipertensos (razo de prevalncia ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalncias de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais sade entre idosos persistem aps o diagnstico da hipertenso arterial.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de sade auto-avaliada como ruim e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados de 54.213 pessoas com idade >18 anos, coletados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Um residente em cada domiclio, com ao menos uma linha de telefonia fixa, foi sorteado em amostras probabilsticas, respondendo ao questionrio. As variveis independentes analisadas foram de natureza demogrfica, comportamental e de morbidade referida. Foram estimadas prevalncias e razes de prevalncia brutas e ajustadas da sade auto-avaliada como ruim utilizando regresso de Poisson. RESULTADOS: Sade auto-avaliada como ruim foi mais freqente em mulheres, em indivduos mais idosos, de menor escolaridade, sem atividade ocupacional, e residentes em capitais do Norte e do Nordeste; entre homens, a prevalncia de auto-avaliao da sade ruim foi mais elevada na regio Sudeste comparativamente Sul. Fumar > 20 cigarros/dia, no praticar atividade fsica no lazer regularmente e apresentar baixo peso ou obesidade associaram-se a auto-avaliao de sade como sendo ruim em ambos os sexos; pr-obesidade e consumo freqente de frutas e hortalias foram significantes entre mulheres e, no assistir televiso, entre os homens. A prevalncia de sade como sendo ruim cresceu com o aumento do nmero de morbidades referidas. Apresentar quatro ou cinco morbidades resultou em RP=11,4 entre homens e RP=6,9 entre mulheres, em comparao queles que no apresentavam morbidades. CONCLUSES: Desigualdades regionais, de sexo e escolaridade foram observadas na prevalncia da sade auto-avaliada como ruim, e sua associao com comportamentos nocivos sade e comorbidades reforam a necessidade de estratgias de promoo de hbitos saudveis e de controle de doenas crnicas.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia de tabagismo e uso acumulado de cigarro na vida e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Foram calculadas as prevalncias de tabagismo estratificadas por escolaridade segundo sexo para as cidades de cada regio e as razes de prevalncia brutas e ajustadas por nmero de pessoas e de cmodos no domiclio. O consumo de cigarros na vida (maos-ano) foi analisado segundo escolaridade e sexo por regio. RESULTADOS: No Brasil, a prevalncia de tabagismo foi significativamente maior entre homens e mulheres com baixa escolaridade (at oito anos de estudo = 24,2% e nove ou mais = 15,5%). Esta diferena diminuiu com a idade ou se inverteu entre os mais idosos. Observou-se diminuio de risco de ser fumante para a populao de maior escolaridade, independentemente do nmero de pessoas e de cmodos por domiclio. A prevalncia de fumantes com consumo intenso de cigarros foi maior entre os de escolaridade mais baixa, principalmente entre mulheres da regio Norte. A exceo foram os homens da regio Sul, onde esse percentual foi maior entre aqueles com maior escolaridade. CONCLUSES: Confirmou-se haver maior concentrao de fumantes na populao de menor escolaridade, principalmente entre homens mais jovens. necessrio compreender melhor a dinmica da epidemia de tabagismo para adequar medidas preventivas especficas para indivduos conforme idade e estrato social.
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OBJETIVO: Estimar a freqncia do consumo de frutas e hortalias e fatores associados. MTODOS: Foram estudados 54.369 indivduos com idade >18 anos, entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Os indicadores do consumo alimentar foram: consumo regular (>5 dias/semana) de frutas e hortalias e consumo adequado (>5 vezes/dia). Calculou-se a prevalncia dos indicadores e intervalos de confiana, estratificada por sexo. Para analisar a associao das variveis sociodemogrficas foram calculados odds ratio bruta e ajustada por sexo, idade, escolaridade e estado civil. RESULTADOS: Menos da metade dos indivduos referiu consumo regular de fruta (44,1%) ou hortalias (43,8%), enquanto 23,9% referiram consumo regular de frutas e hortalias em conjunto; o consumo adequado foi referido por 7,3% dos entrevistados. O consumo de frutas e hortalias variou entre as cidades estudadas, foi maior entre as mulheres e aumentou com a idade e escolaridade. CONCLUSES: Iniciativas de promoo do consumo de frutas e hortalias devem atender a populao como um todo, especialmente s cidades das regies Norte e Nordeste, aos jovens, aos homens e aos estratos populacionais com baixa escolaridade.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia da prtica de atividades fsicas por adultos e sua associao com fatores sociodemogrficos e ambientais. MTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico coletados em 2006. Os 54.369 adultos entrevistados residiam em domiclios com linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal. A prtica de atividades fsicas foi considerada nos domnios do lazer, trabalho, atividade domstica e deslocamento. As variveis estudadas incluram caractersticas sociodemogrficas dos indivduos e ambientais das cidades; a associao com as atividades fsicas foi analisada segundo sexo. RESULTADOS: As propores de indivduos ativos foram de 14,8% no lazer, 38,2% no trabalho, 11,7% no deslocamento e 48,5% nas atividades domsticas. ndices superiores a 60% de inativos no lazer foram observados em dez capitais. Os homens foram mais ativos que as mulheres em todos os domnios, exceto nas atividades domsticas. A proporo de indivduos ativos decresceu com o aumento da idade. A escolaridade associou-se diretamente com a atividade fsica no lazer. Os homens ativos no deslocamento tiveram maior chance de ser ativos no lazer, enquanto que as pessoas inativas no trabalho tiveram maior chance de serem ativas no lazer. A existncia de local para praticar atividades fsicas prximo residncia associou-se atividade fsica no lazer. CONCLUSES: Os resultados obtidos so importantes para o monitoramento dos nveis de atividades fsicas no Brasil. Para a promoo das atividades fsicas, deve-se considerar as diferenas entre homens e mulheres, as diferenas nas faixas etrias e nos nveis de escolaridade. Deve-se investir principalmente na promoo das atividades fsicas no lazer e como forma de deslocamento e em locais adequados para a prtica prximos s residncias.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de diabetes e de hipertenso auto-referidas e seus nmeros absolutos no Brasil. MTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas 27 capitais brasileiras em 2006, que responderam positivamente a questes sobre presso alta e diabetes. Os percentuais de hipertenso e diabetes auto-referidas estimados na amostra foram projetados para a populao brasileira segundo idade, sexo e estado nutricional, utilizando o mtodo direto de padronizao. RESULTADOS: A prevalncia de diabetes foi de 5,3%, maior entre as mulheres (6,0% vs. 4,4%), variando de 2,9% em Palmas (TO) a 6,2% em So Paulo (SP). A prevalncia de hipertenso foi de 21,6% (21,3;22,0), maior entre as mulheres (24,4% vs. 18,4%), variando de 15,1% em Palmas a 24,9% em Recife (PE). As prevalncias aumentaram com categorias de idade e nutrio. Estimou-se haver no Brasil um total de 6.317.621 de adultos que referem ter diabetes e 25.690.145 de adultos que referem ter hipertenso. CONCLUSES: As prevalncias de diabetes e hipertenso auto-referidas so elevadas no Brasil. O monitoramento destas e outras condies de sade pode ser feito por estratgias como a do VIGITEL, preferencialmente se acompanhado de estudos de validao, visando a generalizao de resultados.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes a indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivduos, o ndice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m) e obesidade (IMC >30 kg/m). Prevalncia e razes de prevalncia foram apresentadas segundo variveis sociodemogrficas, escolaridade e condio de sade/comorbidades e auto-avaliao da sade, estratificadas por sexo. Utilizou-se regresso de Poisson para anlises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associao direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associao inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqente entre os homens que viviam com companheira e no esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalncias de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presena de diabetes, hipertenso arterial sistmica e dislipidemias, bem como considerar sua sade como regular ou ruim, tambm foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variveis socioeconmicas e demogrficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares queles encontrados em outros estudos brasileiros.
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OBJETIVO: Analisar variaes do ndice de massa corporal (IMC) entre adultos segundo fatores individuais e caractersticas ambientais das cidades. MTODOS: Foram utilizados dados de 2006 do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Trata-se de inqurito baseado em entrevistas telefnicas realizadas em amostras probabilsticas da populao com idade >18 anos nas 26 capitais estaduais brasileiros e no Distrito Federal. A anlise de fatores associados incluiu variveis socioeconmicas e demogrficas, individuais e ambientais da cidade referentes a 49.395 participantes do VIGITEL. O consumo alimentar foi avaliado por escore de alimentao saudvel e pelo consumo de frutas e hortalias cinco ou mais vezes por dia. Atividade fsica foi avaliada pela freqncia e durao de exerccios, e pela presena local de equipamentos para realiz-los. As associaes foram testadas em modelos lineares multinvel (p<0,05). RESULTADOS: As associaes do IMC com as variveis explicativas individuais diferiram entre os sexos. Escolaridade associou-se positivamente ao IMC em homens e negativamente em mulheres. Consumo de frutas e hortalias associou-se positivamente ao IMC em homens. Para ambos, a existncia de localidades para realizar exerccios associou-se negativamente com o IMC. CONCLUSES: Embora haja grande discrepncia nas mdias de IMC entre as cidades brasileiras, a existncia de local para atividade fsica, caractersticas econmicas e de consumo alimentar pouco explicaram a variao no IMC.
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OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de osteoporose auto-referida (com diagnstico mdico prvio) e de fatores de risco e proteção associados. MTODOS: Estudo transversal baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Foram entrevistados 54.369 indivduos com idade >18 anos residentes em domiclios servidos por pelo menos uma linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Estimativas de osteoporose segundo fatores socioeconmicos, comportamentais e ndice de massa corporal foram estratificadas por sexo. Foram calculados riscos de ocorrncia de osteoporose para cada varivel individualmente, e em modelo multivariado, considerando-se odds ratio como proxy da razo de prevalncia. RESULTADOS: A prevalncia de osteoporose referida foi de 4,4%, predominantemente entre mulheres (7,0%), com idade >45 anos, estado civil no solteiro e ex-fumante. Entre homens, ter mais de 65 anos, ser casado ou vivo e sedentrio associaram-se positivamente ao desfecho. CONCLUSES: Dentre os fatores associados osteoporose, destacam-se aspectos modificveis relacionados com a preveno da doena, como a atividade fsica e tabagismo.
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OBJETIVO: Inquritos populacionais constituem ferramenta fundamental para monitorar a cobertura de mamografia e os fatores associados sua realizao. Em inquritos baseados na populao residente em domiclios com telefone as estimativas tendem a ser superestimadas. O estudo teve por objetivo estimar a cobertura de mamografia com base em pesquisas de base populacional. MTODOS: A partir das coberturas por mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, com e sem telefone fixo, observadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) 2003, calcularam-se as razes entre elas e o respectivo coeficiente de variao. A razo de cobertura foi multiplicada pela cobertura estimada pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteção para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), permitindo estimar a cobertura entre mulheres sem telefone em 2007. Essas estimativas foram aplicadas populao de mulheres, com e sem telefone, obtidas a partir da PNAD 2006, obtendo-se assim as estimativas finais para as capitais. RESULTADOS: Em 2007, para o conjunto das capitais, estimou-se a cobertura de mamografia em aproximadamente 70%, variando de 41,2% em Porto Velho (RO) a 82,2% em Florianpolis (SC). Em 17 municpios a cobertura foi maior que 60%; em oito, de 50%-60%; e em dois, a cobertura foi inferior a 50%. Em termos absolutos, a diferena entre as coberturas do VIGITEL e as estimadas foi de 6,5% para o conjunto dos municpios, variando de 3,4% em So Paulo (SP) a 24,2% em Joo Pessoa (PB). CONCLUSES: As diferenas nas magnitudes das estimativas da cobertura de mamografia por inquritos populacionais so em grande parte reflexo dos desenhos dos estudos. No caso especfico da mamografia, seria mais apropriado estimar sua cobertura combinando dados do VIGITEL com aqueles de outros inquritos, que incluam informaes sobre mulheres com e sem telefone fixo, especialmente em municpios de baixa cobertura de telefonia fixa.