899 resultados para Língua portuguesa Palavras e expressões Teses


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Rui de Oliveira Barbosa, jurisconsulto e estadista, nasceu em Salvador, em 1849, e morreu em Petrpolis, Rio de Janeiro, em 1923. Iniciou o curso de Direito na Faculdade do Recife, em 1866, concluindo-se na Faculdade de Direito de So Paulo, em 1870. Entusiasta da campanha abolicionista, escreveu artigos, ainda como estudante, no jornal o Radical Paulistano e no Dirio da Bahia. Elegeu-se deputado-geral pela Bahia, em 1878. Destacando-se nas discusses sobre as eleies diretas, abolio da escravatura e reforma do ensino. Com a Proclamao da Repblica, foi nomeado Ministro da Fazenda do Governo Provisrio e Vice-Presidente da Repblica, quando defendeu a primeira Constituio da Repblica na imprensa e no Parlamento. Em 1891, foi eleito Senador pela Bahia, mandato que desempenhou at sua morte, em 1923. Rui Barbosa foi autor dos decretos da proclamao da Bandeira Nacional, da liberdade de cultos e de tantos outros que estruturaram as instituies democrticas brasileiras. Em 1907, chefiou a delegao do Brasil II Conferncia da Paz, em Haia, onde defendeu o princpio da igualdade entre as naes. Scio fundador da Academia Brasileira de Letras, foi eleito seu presidente, cargo que ocupou at 1919. Rui Barbosa no foi apenas notvel como jurisconsulto, mas tambm como orador, conferencista, jornalista e escritor. Sendo considerado, hoje, um dos grandes clssicos da língua portuguesa. Projecto n. 48... de julho de 1884, traz, na ntegra, o projeto de lei, do qual Rui Barbosa foi relator, que objetivava abolir a escravatura no Brasil, mas que foi rejeitado pela Cmara dos Deputados. De acordo com Sacramento Blake, esse projeto foi publicado no Dirio Oficial e depois em outra fontes da Corte.

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Joo de Barros, historiador, renascentista portugus, nasceu por volta de 1496, provavelmente em Viseu, e morreu em 20 de outubro de 1570, na quinta de S. Loureno, prximo da Ribeira de Litm. Entrou para o servio do Rei D. Manuel desde menino, onde teve seus primeiros mestres e escreveu sua primeira obra, um romance de cavalaria, a Chronica do Imperador Clarimundo. Em 1525, foi nomeado tesoureiro e, em 1533, feitor da Casa da ndia, posto que lhe permitiu ter acesso a numerosas e autnticas fontes, tornando-se um dos historiadores mais importantes da expanso portuguesa. Quando o governo de D. Joo III estabeleceu para o Brasil o regime das capitanias hereditrias, a Joo de Barros e a dois associados (Aires da Cunha e Ferno de lvares de Andrade) foi concedido o trato de terra que ia do Rio Grande ao Maranho. Em 1531, morreu Loureno de Cceres, que deveria escrever a histria da ndia, e foi esta, ento, confiada a Joo de Barros, seu sobrinho. Em 1552, saa a primeira das Dcadas da sia. Alm dos trabalhos histricos , escreveu o tratado Rpica pneuma (Mercado espiritual); o Dilogo da viciosa vergonha; o Dilogo sobre preceitos morais; uma gramtica da língua portuguesa e uma cartilha para aprender a ler. Dedicou-se s línguas e s letras clssicas, Geografia, Histria e Cosmografia. A obra est assim dividida: da primeira quarta dcada, por Joo de Barros, em oito volumes; um volume contendo a obra de Joo de Barros, por Manuel Severim de Faria , e o ndice das quatro dcadas; da quarta dcima segunda dcada, de Diogo do Couto, em quinze volumes, a includo o ndice das Dcadas de Couto. Contm, ainda, nas obras, retratos de Joo de Barros, do Infante D. Henrique e de Afonso de Albuquerque e cinco cartas geogrficas. Segundo Brunet, as Dcadas XI e XII parecem estar abreviadas. Classifica, tambm, esta como uma bela edio e que substitui com vantagens as anteriores. A primeira edio Da Asia de Joo de Barros e de Diogo de Couto foi publicada em Lisboa, em 1522, por Germo Galhardo.

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Coleo formada por trs volumes, datados de 1735-1746, que contm, respectivamente, 141, 145 e 196 cartas escritas pelo Padre Vieira, que refletem a mais pura prosa da língua portuguesa. Segundo Francisco Freire de Carvalho, no seu Ensaio da histria literria de Portugal, "estas cartas tm merecido ser emparelhadas em virtudes de estilo e na pureza de linguagem s de Ccero, ou pouco menos: e, como tais, elogiadas por todos quantos se prezam de bom gosto literrio".

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A guerra com a Espanha foi objeto de relaes e notcias, que so as primeiras manifestaes do jornalismo em língua portuguesa. Curiosamente, s so encontradas em portugus as que relatam vitrias portuguesas. Inversamente, as vitrias espanholas so encontradas apenas em castelhano.

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Relato e anlise da experincia de estudantes de Belm (PA) no projeto Cmara Mirim, promovido pela Cmara dos Deputados. Mostra a contribuio do projeto na formao poltica e no desenvolvimento da competncia lingustica dos discentes, a partir da escrita e da oralidade, usando a língua como prtica social e exerccio de cidadania, fora do espao fsico da sala de aula. O projeto colocou os alunos em contato com diversos gneros textuais e com o Parlamento em um contexto real e de interao. Os estudos foram baseados em bibliografias sobre gneros de texto e nas orientaes dos Parmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN).

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Apresenta resultados que permitam a melhor compreenso dos efeitos do fenmeno da mudana lingustica na recuperao da informao que ocorrer no futuro de longo prazo por pessoas utilizando estados posteriores da língua portuguesa em relao ao estado de língua utilizado na criao dos documentos. O escopo definido compreende documentos de arquivo histricos produzidos contemporaneamente, os quais precisaro ser recuperados atravs de sistemas informatizados, ao longo do tempo em que sero utilizados os novos estados da língua portuguesa.

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O contexto educativo atual cada vez mais diversificado, mais condicionado por condies econmicas difceis que potenciam desigualdades no sistema educativo e por novas realidades culturais e sociais a que a Escola e os professores no podem ser alheios. O sucesso escolar atingido de formas cada vez mais diversificadas inutilizando o conceito de escola de massas e requerendo uma escola inclusiva. A prtica letiva prev a diversificao de metodologias de ensino e aprendizagem. A avaliao formativa reveste-se de vital importncia neste mbito, uma vez que se provou que a sua utilizao melhora o sucesso escolar, como atestam estudos realizados por Paul Black and Dylan Wiliam (Kings College London School of Education). No presente texto, apresenta-se o resultado de um estudo realizado numa escola do Alentejo, em que participaram quinze professores do 2. e 3.ciclos das disciplinas de Línguas Estrangeiras, Língua Portuguesa e Matemtica. Tendo como instrumento de recolha dados um inqurito por questionrio, procurmos conhecer as percees dos professores sobre a avaliao das aprendizagens dos alunos, designadamente a avaliao formativa e de que forma os professores esto envolvidos em prticas de avaliao formativa. Procurmos ainda saber em que medida a formao de professores contempla a avaliao formativa e se os professores sentem necessidade de formao nesta rea. Sero, ainda, tecidas algumas reflexes a partir dos resultados obtidos.

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CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM: REPRESENTAES SOCIAIS CONSTRUDAS POR ESTUDANTES DE FORMAO INICIAL Fonseca, A.; Lopes, M. J.; Sebastio, L., & Magalhes, D. (2013). Conhecimento em enfermagem: representaes sociais construdas por estudantes de formao inicial. In Mendes, F; Gemito, L; Cruz, D., & Lopes, M. (org). Enfermagem Contempornea. Dez Temas, Dez Debates. (pp 30-43), N 1. Coleo E-books. Oficinas Temticas. ISBN:978-989-20-4162-9. Palavras chave: enfermagem; conhecimento; representaes sociais; formao inicial. A aquisio e a construo pessoal do conhecimento em enfermagem resultam de processos complexos de compreenso das situaes, nas quais, experincia e saber so estruturados e alvo de reflexo. O conhecimento em enfermagem que o estudante constri ao longo do tempo, consciente da sua responsabilidade pela prpria aprendizagem e num processo contnuo de desenvolvimento, h de possibilitar-lhe o desempenho profissional, pois ser mobilizvel, nas diversas situaes, para dar resposta s necessidades de cuidados de enfermagem. A forma como os estudantes se apropriam dos saberes, como se relacionam com eles e como constroem o seu conhecimento em enfermagem est vinculada representao que tm deste, uma vez que a constatao da realidade presente nas representaes sociais alicera-se solidamente no indivduo que a possui e baliza o modo como ele se relaciona com o objeto de representao (Moscovici,1976, 2010; Jodelet, 2001; Abric, 1994). Partindo da questo quais as representaes sociais do conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem em diferentes etapas da sua formao inicial?, e tendo como referencial terico-metodolgico a Teoria das Representaes Sociais proposta por Moscovici (1961), procurou-se: Identificar as representaes sociais de conhecimento em enfermagem, na perspetiva dos estudantes de enfermagem; Analisar a estrutura das representaes sociais de conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem. Realizou-se um estudo exploratrio, no qual, a partir do total de estudantes da Escola Superior de Enfermagem de S. Joo de Deus da Universidade de vora, se selecionaram dois grupos: - Grupo A, composto por 33 estudantes do 1 semestre do 1 ano, recm-admitidos na escola e ainda sem participao em atividades no mbito da sua formao, obviando assim qualquer contaminao das construes previamente elaboradas; - Grupo B , constitudo por 39 estudantes do 2 semestre do 4 ano, no ltimo dia da sua formao. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio, previamente testado, que inclua questes para caraterizao sociodemogrfica e um estmulo indutor conhecimento em enfermagem -, para que os sujeitos, atravs da tcnica de associao livre de palavras, evocassem as cinco palavras ou expressões que, por ordem decrescente de importncia, associavam a este estmulo . Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word e processados no software Evoc que forneceu estrutura das representaes sociais. Cumpriram-se os procedimentos tico-legais, em conformidade com o preconizado pela Comisso de tica da rea da Sade e Bem-Estar da Universidade de vora. Apresentao dos resultados Dos 33 estudantes do 1 ano (Grupo A), 5 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com mdia de idade de 19,5 anos. Dos 39 estudantes do 4 ano (Grupo B), 5 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino, com mdia de idade de 23,59 anos. Relativamente ao ncleo central da estrutura das representaes sociais do objeto em estudo, constata-se que os estudantes do 1 ano, ao estmulo conhecimento em enfermagem, associaram os elementos ajudar; empenho; competncia; prtica; desenvolvimento; investigao e pessoas. Os estudantes do 4 ano vincularam conhecimento em enfermagem aos elementos sabedoria; cuidados de qualidade; cuidar e responsabilidade. No que concerne segunda periferia, verifica-se que os estudantes do 1 ano associaram ao estmulo conhecimento em enfermagem os elementos processos de diagnstico; trabalho; disponibilidade para com os outros e responsabilidade, enquanto que os estudantes do 4 ano associaram prtica e reflexo. A produo das representaes, em ambos os grupos, divide-se entre elementos que, embora no revelem consensos, se podem integrar nas dimenses cientfica e clnica. De salientar que, na estrutura das representaes sociais, se encontra, no Grupo B, a dimenso reflexiva identificada no elemento reflexo. Consideraes finais Do estudo realizado, reala-se que no h consenso nos elementos da estrutura das representaes sociais do conhecimento em enfermagem na perspetiva dos dois grupos de estudantes de formao inicial em enfermagem - estudantes recm-admitidos e estudantes finalistas -. Sendo diferentes os elementos do ncleo central das estruturas das representaes dos dois grupos, como o caso, consideram-se diferentes as representaes sociais do objeto em estudo construdas por aqueles (S, 1998). Tal fato, poder ser atribudo natureza das experincias pessoais e acadmicas obrigatoriamente diferentes dos estudantes a iniciar a sua formao face aos estudantes a terminar o seu percurso acadmico. Todavia, os diferentes elementos encontrados assumem caratersticas semelhantes que permitem, como anteriormente se afirmou, o seu agrupamento nas dimenses cientfica e clnica. Acresce, no grupo de estudantes finalistas e encontrada na segunda periferia, a dimenso reflexiva que poder ser reveladora da importncia atribuda reflexo como estratgia para estabelecer novas formas de desenvolvimento do conhecimento, capacidade potencialmente desenvolvida nas experincias ocorridas durantes a formao. Face estrutura das representaes sociais do objeto em estudo que se aprendeu, pode-se dizer que os estudantes do 1 ano consideram a investigao promotora do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem, indispensvel para ajudar as pessoas no contexto de uma prtica exercida com competncia e empenho. Para os estudantes do 4 ano, cuidados de qualidade so indispensveis no processo de cuidar e exigem sabedoria e responsabilidade.

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Neste trabalho foram cumpridos dois estudos intencionalmente diferenciados para avaliar factores afectivos e desempenho cognitivo no contexto de comportamento verbal em Língua segunda. No primeiro estudo foram descritos, analisados e discutidos os resultados que confirmam a influncia da motivao, ansiedade e estilos de aprendizagem, em condio de aquisio de nova língua e de adaptao cultura dominante. Essa influncia discutida na relao com variados factores e atendendo diferenciao do valor de predio de cada um dos factores mencionados. A associao do factor idade ao factor cultural revelou-se a principal fonte diferenciadora das autoavaliaes observadas. No segundo estudo, com a aplicao da bateria de testes em formato electrnico, foi possvel averiguar os resultados e discutir as suas implicaes ao nvel do desempenho dos sujeitos, corroborando e refutando pressupostos tericos de modelos que versam nesta rea de estudo. O desempenho observado tem srias implicaes na reflexo pedaggica e prctica escolar, uma vez que, de forma geral, os sujeitos mais novos exibiram um desempenho medocre quando comparado com a performance muito positiva dos participantes mais velhos, gerando conflito em relao aos pressupostos prticos implicados na teoria do perodo sensvel para desenvolvimento de linguagem. Por outro lado, as duas amostras (nativos e imigrantes) revelam desempenhos muito prximos o que no destaca, como seria de esperar, o grupo nativo que deveria evidenciar vantagem devido ao conhecimento mais elevado relativamente ao lxico e gramtica do Portugus, como Língua Materna. A relao entre motivao favorvel, fraco ndice de ansiedade lingustica, e bom desempenho cognitivo no se revela linear e taxativa e devem ser revistos os princpios de modelos tericos que advogam a consonncia clssica entre determinados factores afectivos (motivao e estilos de aprendizagem) e cognitivos, no contexto da competncia e performance verbais. Considerando os materiais desenvolvidos e observando os resultados obtidos, este estudo viabiliza o acesso a uma nova oportunidade de avaliao, em estilo de diagnose, dirigida aos alunos aprendentes de Portugus Língua Segunda, com experincia migratria.

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O presente estudo teve como objectivo analisar o desempenho de alunos de primeiro ano dos cursos de Engenharia e de Ecoturismo da Escola Superior Agrria (ESAC) do Instituto Politcnico de Coimbra (IPC) no que respeita realizao de uma sntese da informao escrita a partir de vrias fontes. O estudo compreendeu duas partes, constitudas em dois estudos de caso: no primeiro, realizado no ano lectivo de 2003/2004, participaram 123 alunos; no segundo, realizado no ano lectivo de 2006/2007, participaram 60 alunos, constituindo estes a totalidade de alunos de primeiro ano que estudaram a língua nacional sob as orientaes do novo Programa de Língua Portuguesa vigente no Ensino Secundrio a partir de 2003. Em ambos os estudos de caso, procurou-se conhecer o que pensavam os alunos sobre a sua relao com a escrita em contexto escolar e sobre os seus procedimentos e dificuldades relativos seleco e sntese da informao. Foram analisados os seus procedimentos preliminares produo de um texto a partir de vrias fontes atravs de eventuais sublinhados, apontamentos e rascunhos e, em seguida, atravs do trabalho de reviso e qualidade do texto final, que pressupunha o domnio ao nvel da explicitao do conhecimento. A anlise comparativa a partir dos estudos e os resultados finais revelaram dificuldades de seleco, organizao e conexo da informao, bem como dificuldades relativas a uma construo discursiva prpria a partir da situao de comunicao proposta, tanto ao nvel da superfcie do texto quanto ao nvel da sua estrutura profunda. Assim, considerando que os participantes no estudo apresentaram dificuldades ao nvel da explicitao do conhecimento, considerando a pouca ou nenhuma abordagem do assunto no Ensino Secundrio em Portugal, considerando ainda que, em contexto acadmico, a competncia de escrita a partir de vrias fontes com vista explicitao do conhecimento uma condio bsica e necessria para uma escrita de transformao do conhecimento e consequente literacia crtica, torna-se imperativo reflectir sobre o problema para buscar solues. A incluso de uma disciplina no primeiro ano do Ensino Superior (cujos contedos bsicos so aqui sugeridos) - que contemple o ensino explcito da escrita para o desenvolvimento das competncias de explicitao e transformao do conhecimento - poder ser uma interessante soluo para promover a melhoria do desempenho escritural dos alunos na difcil transio do Ensino Secundrio para o Superior, tornando-os mais auto-confiantes, afastando-os da prtica do plgio e contribuindo para o seu sucesso escolar.

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No trabalho apresentado realiza-se uma primeira descrio de voz e emoo para o Portugus Europeu. Estudamos, utilizando como base estudos realizados em diversas línguas (finlands; ingls; alemo), os parmetros relacionados com voz e que variam consoante a emoo que expressamos. Analisamos assim os parmetros relacionados com a frequncia Fundamental (F0) com a perturbao (jitter) com a amplitude (shimmer) e com aspectos relacionados com o rudo (HNR). Trata-se de um estudo abrangente que estudando voz e a sua relao/variao de acordo com a emoo o faz em trs vertentes: patologia de voz de origem psicognica (carcter emocional); emoo produzida por actores e a anlise de emoo espontnea. Conseguindo, como trabalho pioneiro nesta rea, valores para todos estes tipos de produo. Salientamos o facto de no nosso trabalho apenas existir a anlise de voz sem recurso a expresso facial ou postura dos indivduos. Para que pudssemos realizar estudos comparativos com os dados que amos recolhendo em cada corpus (patologia; emoo por actor e emoo espontnea), procurmos utilizar sempre os mesmos mtodos de anlise (Praat; SFS; SPSS, Hoarseness Diagram para a anlise de voz com patologia - e o sistema Feeltrace - para as emoes espontneas). Os estudos e anlises relativos emoo produzida por actores so complementados por testes de percepo aplicados a falantes nativos de Ingls Americano e a falantes de Portugus Europeu. Este teste, juntamente com a anlise da emoo espontnea, permitiu-nos retirar dados particulares relativos língua portuguesa. Apesar de haver tanto na expresso como na percepo de emoes muitas caractersticas consideradas universais, em Portugus percebe-se algo de peculiar. Os valores para a expresso neutra; tristeza e alegria so todos muito prximos, ao contrrio do que acontece noutras línguas. Alm disso estas trs emoes (de famlias distintas) so as que mais dificuldades causam (aos dois grupos de informantes) em termos de distino no teste de percepo. Poder ser esta a particularidade da expresso da emoo no Portugus Europeu, podendo estar ligada a factores culturais. Percebe-se ainda, com este trabalho, que a emoo expressa pelo actor se aproxima da emoo espontnea. No entanto, alguns parmetros apresentam valores diferentes, isto porque o actor tem a tendncia de exagerar a emoo. Com este trabalho foram criados corpora originais que sero um recurso importante a disponibilizar para futuras anlises numa rea que ainda deficitria, em termos de investigao cientfica, em Portugal. Tanto os corpora, como respectivos resultados obtidos podero vir a ser teis em reas como as Cincias da Fala; Robtica e Docncia.

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O nosso estudo debrua-se sobre o uso de estruturadores do discurso na interaco verbal, em contexto pedaggico. As nossas referncias tericas esto vinculadas Anlise do Discurso, quer escola francesa (com origem na Lingustica), quer escola anglo-saxnica (com origem na Antropologia). Em relao rea da Lingustica, buscmos os pressupostos da Pragmtica, Sociolingustica e Psicolingustica; relativamente Antropologia, seguimos as abordagens etnogrficas, etnometodolgicas e interaccionistas. Nesta pesquisa participaram 15 professores e 778 alunos de cinco escolas do ensino secundrio/equiparado da cidade da Beira e da regio de Maputo (Moambique), que integravam, nomeadamente, as turmas do 1. e 2. ano do ramo comercial e 9. e 10. classe do ensino secundrio geral. Observmos 40 aulas, das quais foram transcritas e analisadas 10 aulas. A transcrio e a anotao foram realizadas com o auxlio do programa Transcriber. Usmos mtodos qualitativos e quantitativos e, predominantemente, procedimentos descritivos. Identificmos 4700 marcadores discursivos distribudos nas seguintes subcategorias: marcadores discursivos directivos, marcadores discursivos de confirmao, marcadores discursivos de natureza fctica e de concordncia e as interjeies como marcadores discursivos. Os resultados da nossa pesquisa permitiram-nos concluir que os marcadores discursivos e as disfluncias desempenham funes ligadas estruturao textual-interactiva. Estes fenmenos lingusticos, ao estruturarem o discurso de professores e alunos, contribuem para a produo/compreenso de sentido das frases.

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Motivados pelo propsito central de contribuir para a construo, a longo prazo, de um sistema completo de converso de texto para fala, baseado em sntese articulatria, desenvolvemos um modelo lingustico para o portugus europeu (PE), com base no sistema TADA (TAsk Dynamic Application), que visou a obteno automtica da trajectria dos articuladores a partir do texto de entrada. A concretizao deste objectivo ditou o desenvolvimento de um conjunto de tarefas, nomeadamente 1) a implementao e avaliao de dois sistemas de silabificao automtica e de transcrio fontica, tendo em vista a transformao do texto de entrada num formato adequado ao TADA; 2) a criao de um dicionrio gestual para os sons do PE, de modo a que cada fone obtido sada do conversor grafema-fone pudesse ter correspondncia com um conjunto de gestos articulatrios adaptados para o PE; 3) a anlise do fenmeno da nasalidade luz dos princpios dinmicos da Fonologia Articulatria (FA), com base num estudo articulatrio e perceptivo. Os dois algoritmos de silabificao automtica implementados e testados fizeram apelo a conhecimentos de natureza fonolgica sobre a estrutura da slaba, sendo o primeiro baseado em transdutores de estados finitos e o segundo uma implementao fiel das propostas de Mateus & d'Andrade (2000). O desempenho destes algoritmos sobretudo do segundo mostrou-se similar ao de outros sistemas com as mesmas potencialidades. Quanto converso grafema-fone, seguimos uma metodologia baseada em regras de reescrita combinada com uma tcnica de aprendizagem automtica. Os resultados da avaliao deste sistema motivaram a explorao posterior de outros mtodos automticos, procurando tambm avaliar o impacto da integrao de informao silbica nos sistemas. A descrio dinmica dos sons do PE, ancorada nos princpios tericos e metodolgicos da FA, baseou-se essencialmente na anlise de dados de ressonncia magntica, a partir dos quais foram realizadas todas as medies, com vista obteno de parmetros articulatrios quantitativos. Foi tentada uma primeira validao das vrias configuraes gestuais propostas, atravs de um pequeno teste perceptual, que permitiu identificar os principais problemas subjacentes proposta gestual. Este trabalho propiciou, pela primeira vez para o PE, o desenvolvimento de um primeiro sistema de converso de texto para fala, de base articulatria. A descrio dinmica das vogais nasais contou, quer com os dados de ressonncia magntica, para caracterizao dos gestos orais, quer com os dados obtidos atravs de articulografia electromagntica (EMA), para estudo da dinmica do velo e da sua relao com os restantes articuladores. Para alm disso, foi efectuado um teste perceptivo, usando o TADA e o SAPWindows, para avaliar a sensibilidade dos ouvintes portugueses s variaes na altura do velo e alteraes na coordenao intergestual. Este estudo serviu de base a uma interpretao abstracta (em termos gestuais) das vogais nasais do PE e permitiu tambm esclarecer aspectos cruciais relacionados com a sua produo e percepo.

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Apoiado na convico de que o plurilinguismo se constitui enquanto valor a promover e competncia a desenvolver, podendo ser potenciado pelo desenvolvimento de polticas lingusticas (educativas) e que, nesse mbito, as Instituies de Ensino Superior (IES) tm um importante papel a desempenhar, este estudo enquadra-se na interseco e relao de inter-discursividade entre as reas disciplinares da Didctica do Plurilinguismo e das Polticas Lingusticas. Partindo desta convico, delinemos um estudo de caso com a Universidade de Aveiro (UA), incidindo sobre os seus diferentes contextos de aco institucional - formao, investigao e interaco com a sociedade -, com o qual se pretendia: i) descrever prticas e discursos da comunidade universitria no que concerne utilizao das línguas e promoo do plurilinguismo; ii) diagnosticar representaes da comunidade universitria relativamente ao papel da instituio universidade na construo de uma sociedade plurilingue e pluricultural e iii) identificar possibilidades e potencialidades, constrangimentos e obstculos da aco das IES no desenvolvimento de dinmicas capazes de promover o plurilinguismo. Tendo em conta estes objectivos, o estudo apoia-se num tipo de investigao qualitativa, inserida num paradigma de natureza fenomenolgicointerpretativa o que implicou a utilizao de diferentes mtodos e instrumentos para a recolha dos dados. Inicialmente foi levada a cabo uma recolha documental no mbito dos contextos institucionais que nos propusemos analisar. Seguidamente, procedemos realizao de inquritos por entrevista semi-estruturada com representantes dos rgos de governo e coordenao da instituio e com responsveis pelos diferentes contextos a observar. Por fim, auscultmos alunos e directores de curso atravs de inquritos por questionrio. totalidade dos dados aplicmos uma anlise de contedo de natureza categorial. As categorias de anlise que construmos, emergentes do quadro terico e da sua interaco com os dados, permitiram uma anlise compreensiva e uma viso holstica dos resultados. A anlise dos dados mostra que, ao nvel dos trs contextos de aco institucional analisados e no mbito das prticas e discursos, se nota uma tenso entre o que denominamos de global e local. Explicitando, ao nvel da dimenso global verificamos que a língua inglesa assume um lugar de destaque o que se relaciona, essencialmente, com a importncia conferida estratgia de internacionalizao das actividades formativas e investigativas e forma como a UA se d a conhecer ao exterior e, a, as outras línguas (incluindo a língua portuguesa) so percepcionadas enquanto barreiras. Ao nvel da dimenso mais local, sobressai uma preocupao com a valorizao de outras línguas que: ao nvel da formao podero funcionar enquanto trunfos diferenciadores no mercado econmico-profissional; ao nvel da investigao podero permitir exercer maior influncia do conhecimento cientfico sobre o pblico-alvo (e aqui salienta-se o papel da língua portuguesa na investigao em educao); ao nvel da interaco com a sociedade, podero potenciar a construo de relacionamento intercultural, designadamente no interior do campus universitrio. Estes dois plos no so incompatveis e a conjugao dos dois que tem impulsionado o desenvolvimento de diversas iniciativas nos trs contextos de aco institucional (por exemplo, a criao de Cursos Livres em variadas línguas, a participao em redes investigativas internacionais de excelncia, a realizao de actividades de fomento do contacto intercultural no campus), iniciativas estas que podero concorrer de forma determinante para uma reflexo institucional acerca da importncia das línguas e do plurilinguismo nas actividades universitrias. com o objectivo de potenciar essa reflexo (-aco), e partindo dos nossos resultados, que traamos, no final do estudo, alguns eixos transversais sobre as potencialidades da aco das IES no desenvolvimento de dinmicas capazes de promover o plurilinguismo e polticas lingusticas de teor plurilingue, organizados em dois nveis: conceptualizao da estratgia institucional e aco. No mbito do primeiro eixo, apontamos para a necessidade de se desenvolver um locus de discusso e reflexo institucional acerca do plurilinguismo nas IES e de se potenciar a relao entre dimenso estratgica institucional e as línguas; no segundo nvel o da aco invocamos a importncia da explorao do plurilinguismo e da diversidade lingustico-cultural existente no campus e o valor do contexto da formao enquanto impulsor da promoo do plurilinguismo nas instituies universitrias.

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A International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) (WHO 2001) reala a necessidade dos profissionais de sade considerarem, na interveno que realizam com a pessoa, as possveis consequncias de uma doena em diferentes domnios, nomeadamente nas suas Funes e Estruturas do Corpo, nas suas Actividades dirias e na sua Participao em situaes da vida real. Reala ainda a possvel interferncia dos Factores Contextuais neste processo. Em Portugal, os instrumentos existentes utilizados pelos terapeutas da fala (TFs) na sua prtica clnica com pessoas com afasia (PCAs), no permitem avaliar estes domnios, o que poder limitar uma interveno mais alargada, que integre estas directivas. Pretendeu-se com este estudo efectuar a traduo e adaptao língua portuguesa do Communication Disability Profile (CDP) (Swinburn and Byng 2006) e do Participation Objective Participation Subjective (POPS) (Brown, Dijkers et al. 2004), ambos desenvolvidos luz da ICF, de modo a apetrechar os TFs do pas, com instrumentos de avaliao que lhes permitam abordar os diferentes domnios referidos. Pretendeu-se ainda conhecer as reais necessidades de PCAs portuguesas, ou seja, efectuar um levantamento das consequncias dos AVCs e da afasia na sua vida diria e verificar de que modo os instrumentos escolhidos permitem identificar com preciso estas necessidades. Foram envolvidos trs grupos distintos de participantes, nomeadamente catorze PCAs, catorze familiares e amigos (F/A) e dez TFs, consultados em trs fases distintas. Recorreu-se ao uso de diferentes mtodos e instrumentos de recolha de dados, nomeadamente o brainstorming e o uso de entrevistas aprofundadas semiestruturadas, realizadas individualmente e em grupo. Construram-se dois instrumentos de raiz (o TAPP e a GABF) que permitiram complementar os dados recolhidos junto das PCAs. A anlise dos dados foi predominantemente qualitativa (Anlise Temtica). Da anlise dos resultados obtidos nestas trs fases, resultaram as primeiras verses portuguesas do CDP e do POPS. No que diz respeito s consequncias dos AVCs e da afasia na vida diria das PCAs na componente das Funes e Estruturas do Corpo, os trs grupos consideraram a categoria das Funes Mentais Especificas como sendo a mais perturbada. Relativamente componente das Actividades/Participao, as consequncias relatadas centram-se nas categorias das Interaces e Relacionamentos Pessoais, Vida Comunitria Social e Cvica e reas Principais da Vida. Quanto s Barreiras e Facilitadores, os TFs valorizam as Barreiras de Informao e as Barreiras Estruturais como as que mais interferem com a Participao social das PCAs, enquanto estas e os F/A valorizam os Factores Pessoais, as Barreiras Ambientais e as Barreiras Atitudinais. Os TFs realam a importncia de existirem redes de suporte familiar como Facilitadores. As PCAs e os F/A valorizam os Facilitadores Ambientais e os Facilitadores Atitudinais. No que diz respeito aos instrumentos em estudo, a maioria dos TFs assim como o grupo dos F/A considerou a apresentao visual do POPS e mais especificamente as escalas de notao usadas como sendo muito complexas, enquanto as PCAs envolvidas no estudo no fizeram qualquer referncia ou crtica s mesmas. A maioria dos TFs considerou os itens do POPS como sendo relevantes para a populao portuguesa com afasia. Contudo, metade destes mostrou preocupao com a ambiguidade de alguns dos seus itens e cerca de um tero considerou as instrues difceis de compreender. As PCAs, assim como os F/A consideraram os itens do POPS, na sua generalidade, como sendo claros, relevantes e no ambguos. A maioria dos TFs e dos F/A referem falta de clareza de algumas das imagens utilizadas no CDP. Contudo, o grupo das PCAs considera que estas so claras e facilitam a compreenso dos itens. Nenhum dos trs grupos consultados fez referncia ao tipo e tamanho de letra usada no CDP pelo que se considera ser adequada. A maior parte dos TFs no faz qualquer referncia falta de clareza dos itens do CDP, contudo metade considera alguns dos seus itens ambguos e um tero questiona tambm a sua relevncia. Os itens do CDP so considerados claros, relevantes e no ambguos quer pelo grupo das PCAs quer pelo grupo dos F/A. Conclui-se que ambos os instrumentos vo, de uma forma geral, ao encontro das necessidades apresentadas pelas PCAs envolvidas no nosso estudo. Poder afirmar-se tambm que estes mostraram ser ferramentas teraputicas importantes para utilizar em Portugal. Contudo, ambos deixam a descoberto algumas reas consideradas importantes pelos grupos envolvidos e pela literatura internacional, sugerindo-se a sua utilizao simultnea de modo a poderem complementar-se, assim como o recurso a outras formas de avaliao disponveis, no sentido de colmatar possveis lacunas encontradas aps a sua utilizao. Sugere-se o desenvolvimento de investigaes futuras que permitam o seu aperfeioamento.