999 resultados para Interação genética
Resumo:
Espécies de plantas daninhas apresentam elevada variabilidade genética entre plantas dentro de uma população e exibem potencial para adaptar-se ao manejo realizado para o seu controle. Sementes de picão-preto foram coletadas em uma área retangular de 60 hectares, numa propriedade do município de Almirante Tamandaré do Sul-RS, com suspeita de resistência aos inibidores de ALS e cultivada com soja por aproximadamente 20 anos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a variabilidade genética de acessos de Bidens spp. oriundos de uma única propriedade, verificar a dispersão da resistência na gleba amostrada e determinar a relação entre o coeficiente de similaridade genética e a distância geográfica entre os acessos da mesma população. A área foi dividida em 100 pontos de coleta georreferenciados, dentre os quais apenas 40 possuíam plantas de Bidens spp. Essas sementes foram colocadas em potes plásticos com capacidade de 300 ml e, quando as plântulas apresentavam duas folhas, foram submetidas à aspersão de chlorimuron na dose de 200 g ha-1, para confirmação da resistência. A extração do DNA foi realizada a partir de adaptações de protocolos existentes na literatura. No mínimo 20 plantas de cada ponto amostrado foram utilizadas para a formação de bulk's de DNA. Vinte e seis primers do kit operon foram utilizados. Os acessos de Bidens spp. apresentaram grande variabilidade genética dentro da população. A análise de RAPD não permitiu separar as espécies Bidens pilosa e Bidens subalternans. A resistência aos herbicidas inibidores de ALS está disseminada em toda a área amostrada dentro da propriedade. Não ocorre relação entre distância geográfica e similaridade genética entre os acessos da população.
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Os Begomovirus fazem parte de uma família numerosa de fitovírus denominada Geminiviridae. Eles infectam ampla gama de hospedeiras, incluindo muitas espécies cultivadas, como tomate (Lycopersicon esculentum), feijão (Phaseolus vulgaris), pimentão (Capsicum annuum), caupi (Vigna unguiculata), mandioca (Manihot esculenta) etc., além de plantas invasoras de várias espécies. Em alguns casos, plantas invasoras podem funcionar como reservatórios desses vírus para plantas cultivadas, mediante transmissão pelo inseto-vetor. No presente trabalho, plantas invasoras com sintomas de mosaico amarelo, deformação do limbo foliar e redução do crescimento foram avaliadas no tocante à presença de Begomovirus mediante a técnica de PCR, empregando-se oligonucleotídeos universais para detecção desses vírus. Foram avaliadas 11 amostras, correspondendo a 10 espécies, coletadas em municípios dos Estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia. Algumas, como Herissantia crispa, Waltheria indica e Triumfetta semitriloba, são relatadas pela primeira vez como espécies hospedeiras de Begomovirus. Para estimar a variabilidade genética dos Begomovirus detectados, o produto de amplificação dos diversos isolados foi clivado com as enzimas de restrição EcoRI, HinfI e TaqI. Confirmando resultados obtidos para plantas cultivadas por outros grupos de pesquisa, foram observados padrões distintos de clivagem para os isolados estudados, evidenciando a grande variabilidade genética desses vírus.
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O efeito do sinergismo entre os nematicidas aldicarb, carbofuran e terbufós, aplicados no sulco de plantio, e os herbicidas clomazone, metribuzin e tebuthiuron, aplicados em pré-emergência, oito dias após o plantio da cana-de-açúcar foi avaliado em experimento conduzido em solo arenoso. Os sintomas mais acentuados de fitointoxicação foram observados nas parcelas que receberam metribuzin + terbufós ou tebuthiuron + terbufós. Metribuzin e tebuthiuron foram os herbicidas que provocaram sintomas mais acentuados de fitointoxicação, e o tebuthiuron prejudicou o desenvolvimento inicial da cultura, representado pelo número de perfilhos por metro. Apesar disso, não se observou redução significativa de produtividade em função da aplicação conjunta de nematicidas e herbicidas. Na média, aldicarb e carbofuran incrementaram a produtividade de colmos em 12 t ha-1. Parcelas tratadas com clomazone produziram, em média, significativamente mais que as tratadas com metribuzin.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar a interação entre sistemas de manejo e de controle de plantas daninhas em pós-emergência na cultura da soja, cv. BRS 154, em plantio direto em áreas com expressiva cobertura vegetal. Foram avaliados 13 tratamentos, compostos por um esquema fatorial (3x4)+1. Os fatores eram constituídos por três sistemas de manejo (dessecação imediatamente antes da semeadura, dessecação 10 dias antes da semeadura e dessecação antecipada, sendo esta composta por duas aplicações de manejo, a primeira 24 dias antes da semeadura e a segunda na data da semeadura), quatro formas de controle das plantas daninhas após a emergência da cultura (nenhum controle, capina manual das parcelas, aplicação única e aplicação seqüencial de herbicidas) e um tratamento adicional, constituído por uma testemunha absoluta (sem manejo e sem controle em pós-emergência). Embora a dessecação nos diferentes sistemas de manejo tenha sido eficiente, a antecipação da dessecação no manejo antecipado favoreceu a emergência e o desenvolvimento inicial da soja, proporcionando maiores ganhos de produtividade, nas condições de infestação apresentadas. O sistema de manejo afetou também o fluxo de emergência das plantas daninhas após a emergência da soja, com menos reinfestações no sistema de manejo antecipado, em função do controle dos fluxos iniciais proporcionado pela segunda aplicação deste sistema de manejo. O manejo realizado na data da semeadura e dez dias antes prejudicou o desenvolvimento da soja, resultando em menor produtividade. O manejo antecipado, quando comparado aos demais sistemas, proporcionou maior produtividade da soja.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da mistura de herbicidas nicosulfuron + atrazine e o inseticida chlorpirifos sobre o cultivar de milho-pipoca UFVM2, as plantas daninhas e a lagarta-do-cartucho. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos completos ao acaso, em esquema fatorial (5x2)+3, com quatro repetições. O primeiro fator foi constituído pelas doses de nicosulfuron (0, 10, 20, 30 e 40 g ha-1) + atrazine (1.200 g ha-1) + óleo mineral (900 g ha-1) e o segundo pelas doses do inseticida chlorpirifos (0 e 240 g ha-1). Foram avaliados três tratamentos adicionais: duas testemunhas, com e sem capina, ambas sem inseticida, e uma testemunha com capina e com inseticida. Não se observou interação significativa entre doses de nicosulfuron e do chlorpirifos no controle da lagarta-do-cartucho. A mistura no tanque formada pelo chlorpirifos com os herbicidas promoveu intoxicação às plantas de milho-pipoca, principalmente nas maiores doses do nicosulfuron (20, 30 e 40 g ha-1). O chlorpirifos não interferiu na eficiência de controle de plantas daninhas pelos herbicidas nem no estande final, no número de espigas por planta, no rendimento e na capacidade de expansão dos grãos de milho-pipoca.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar a interação entre sistemas de manejo e de controle de plantas daninhas em pós-emergência na cultura do milho, híbrido AG 9010, em semeadura direta, em área com expressiva cobertura vegetal. Foram avaliados 10 tratamentos, compostos por um esquema fatorial (3 x 3) + 1. Os fatores eram constituídos por três sistemas de manejo (dessecação imediatamente antes da semeadura, dessecação 10 dias antes da semeadura e dessecação antecipada, sendo esta composta por duas aplicações de manejo: a primeira 24 dias antes da semeadura e a segunda na data da semeadura), três formas de controle das plantas daninhas após a emergência da cultura (nenhum controle, capina manual das parcelas e aplicação de herbicidas em pós-emergência) e um tratamento adicional, constituído por uma testemunha absoluta (sem manejo e sem controle em pós-emergência). O manejo realizado na data da semeadura e sete dias antes reduziu significativamente a produtividade do milho. Já o manejo antecipado, além de reduzir o fluxo de emergência de plantas daninhas após emergência do milho, proporcionou ganhos de produtividade que variaram entre 696 e 1.867 kg ha-1.
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A alface-d'água (Pistia stratiotes) é uma das principais entre as macrófitas aquáticas que causam problemas em corpos hídricos no Brasil e são consideradas como plantas daninhas. O presente trabalho foi realizado com os objetivos de conhecer melhor a variabilidade genética dessa macrófita e relacionar essa variabilidade com a resposta à aplicação do herbicida glyphosate. Para isso, foram coletados indivíduos em 12 corpos hídricos em diferentes cidades do território nacional (Americana, Cambaratiba, Curitiba, Itapura, Jaboticabal, Lagoa Santa, Piraí, Rio Grande, Rubinéia, Salto Grande, Santa Gertrudes e Três Lagoas). Os acessos foram caracterizados pelo uso de marcadores RAPD (DNA Polimórfico Amplificado ao Acaso), que permitiram, com o auxílio de iniciadores aleatórios, a caracterização dos locos polimórficos identificados por uma matriz de ausência e presença de bandas. Utilizando essa matriz, a análise de agrupamento permitiu nítida classificação dos acessos em três grupos com diferenças genéticas entre eles. Um ensaio de controle químico, com plantas mantidas em vasos plásticos (5 L) e pulverizadas com o herbicida glyphosate nas concentrações de 0,0, 0,6, 1,2, 1,8 e 2,4 kg ha-1, identificou, utilizando avaliações aos 7, 14 e 21 dias após aplicação, que as duas maiores doses promoveram melhor efeito herbicida. Foi verificado também que os acessos de Curitiba e Cambaratiba apresentaram menor suscetibilidade ao herbicida glyphosate. Não houve correspondência entre a estrutura de grupos dos acessos pela análise multivariada de agrupamento com a técnica RAPD e a suscetibilidade da alface-d'água ao glyphosate.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da interação palha de cana-de-açúcar, herbicida imazapic e diferentes meios de aplicação de vinhaça no crescimento inicial da tiririca. O experimento foi realizado em casa de vegetação e em vasos dispostos em blocos ao acaso com quatro repetições, sendo avaliados os tratamentos: controle; apenas palha; apenas vinhaça; apenas o herbicida imazapic; palha + vinhaça; palha + herbicida; herbicida + vinhaça aplicada antes do herbicida; herbicida + vinhaça aplicada depois do herbicida; herbicida + vinhaça aplicada junto com o herbicida em mistura; palha + herbicida + vinhaça aplicada antes do herbicida; palha + herbicida + vinhaça aplicada depois do herbicida; e palha + herbicida + vinhaça aplicada junto com o herbicida em mistura. O imazapic foi aplicado na dose de 122,5 g ha-1 e, no tratamento onde a vinhaça foi aplicada em mistura com o herbicida, este foi diluído com água até ¼ do volume necessário e completado com vinhaça. O imazapic foi eficiente no controle da tiririca quando comparado com a testemunha. A aplicação isolada da vinhaça ou a adição de apenas a palha ao solo estimularam o crescimento da tiririca embora tenha reduzido a viabilidade dos tubérculos. Nos tratamentos sem palha, não houve diferença no crescimento da tiririca, quando a aplicação de vinhaça foi realizada antes ou depois do imazapic, sendo observado controle da espécie. Entretanto, quando em mistura com a vinhaça, o produto não controlou a tiririca. A presença da palha no tratamento onde foi aplicada vinhaça antes do herbicida reduziu a ação do imazapic, em comparação com aquele sem palha. O número de brotações e a altura média de plantas de tiririca foram maiores nos tratamentos com palha quando foi aplicado imazapic depois ou mesmo junto com a vinhaça. Sob palha, a aplicação de vinhaça após o herbicida ou em mistura com imazapic aumentou apenas o número de brotações.
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Este estudo apresenta um conceito unificador, que conjuga as teorias de densidade crítica e período crítico. Hipotetiza-se que não existe um valor fixo para a densidade crítica e para o período crítico, mas que os seus valores são interdependentes. A demonstração dessa hipótese é fundamentada em estudos de interferência entre Solanum americanum e o tomateiro. Aos resultados da produção de cinco ensaios, aplicaram-se modelos múltiplos de regressão, tendo como variáveis independentes a densidade e o número de dias de convivência entre a infestante e a cultura. A aplicação do Nível de Tolerância (NT) à representação gráfica num plano das equações estimadas a partir de modelos múltiplos permite responder à questão: Quanto tempo pode permanecer uma determinada infestação de Solanum americanum sem causar prejuízo na cultura do tomateiro? É ainda possível verificar que a variação dos custos do controle e dos preços da cultura faz variar o NT e, concomitantemente, o tempo admissível, sem causar prejuízo, do Solanum americanum na cultura do tomateiro.
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Crescente interesse tem se estabelecido para a análise da diversidade genética de espécies Conyza bonariensis, C.canadensis e C.sumatrensis, popularmente conhecidas como buva ou voadeira, que nos últimos anos vêm causando vários prejuízos nas lavouras do Brasil e do mundo, principalmente nas plantações de soja. A proposta do presente estudo foi estimar a variabilidade genética de amostras de C.sumatrensis provenientes da região noroeste do Estado do Paraná. A análise de isozimas em tecidos de folhas das plantas de C. sumatrensis foi realizada para estimar a variabilidade genética dentro de cada população e entre populações diferentes, no sentido de recomendar um tratamento diferencial ou uniforme para o controle dessas plantas daninhas na referida região. Foram analisados quatro sistemas enzimáticos (ACP, GPI, MDH e PGM) e detectados 10 locos com 10 alelos, os quais não apresentaram diversidade genética dentro e entre as populações analisadas, comprovado pela presença de apenas indivíduos homozigotos. As enzimas analisadas no presente estudo indicaram que as plantas das três regiões são geneticamente uniformes, e a uniformidade genética verificada para os referidos locos é um indicativo prévio de que é possível utilizar doses equivalentes do glifosato para controlar o crescimento desses biótipos.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a resposta competitiva de genótipos de arroz na presença de um biótipo de papuã (Brachiaria plantaginea), em diferentes proporções de plantas na associação. O delineamento experimental adotado foi o completamente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em série de substituição e constituíram-se de cinco proporções de plantas de arroz e do papuã na associação (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100). Aos 50 dias após a emergência das espécies, efetuou-se a aferição do perfilhamento, da estatura, da área foliar e da massa seca da parte aérea das plantas de arroz e de papuã. Foi observada competição entre os genótipos de arroz e o papuã, sendo ambos afetados negativamente, independentemente da proporção de plantas testada, provocando, em todos os casos, redução das variáveis avaliadas. Ocorreu diferenciação da habilidade competitiva entre os genótipos de arroz, quando na presença da planta daninha. O genótipo BRS Sinuelo CL foi mais competitivo quando se analisou a massa seca e área foliar, ao passo que o BRS Querência sobressaiu em relação ao BRS Sinuelo CL para o perfilhamento. O papuã apresenta elevada habilidade competitiva com o arroz irrigado, necessitando de controle para que não venha afetar negativamente o crescimento e o desenvolvimento da cultura.
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O glyphosate é um herbicida não seletivo que inibe a produção de aminoácidos aromáticos essenciais à sobrevivência de plantas. Esse herbicida é disponibilizado no mercado em distintas formulações que podem apresentar diferenças no controle de espécies. A mistura de herbicidas é uma ferramenta importante no controle de plantas daninhas resistentes, sendo uma opção à mistura de inibidores da ACCase ao herbicida glyphosate. Este trabalho contou com a aplicação de diferentes misturas de quatro graminicidas e três formulações de glyphosate em dois estádios vegetativos de plantas de capim-amargoso resistente a esse herbicida. O controle químico foi avaliado por notas visuais de controle, aos 7, 14 e 28 dias após a aplicação, e pela medida de biomassa fresca das plantas, aos 28 dias depois da aplicação. As misturas foram avaliadas como antagonísticas, sinergísticas ou aditivas, segundo o modelo proposto por Colby. Dos tratamentos utilizados, conclui-se que todos são efetivos no manejo da resistência de Digitaria insularis, com exceção do uso de glyphosate isolado, porém o controle deve ser feito em estádios iniciais de desenvolvimento da planta. Em estádios mais desenvolvidos, o melhor controle se deu na associação de quizalofop às formulações sal de amônio e sal potássico de glyphosate; contudo, outras medidas de controle, além da associação de produtos, devem ser tomadas.
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RESUMO Objetivou-se com este trabalho avaliar a interação entre o tamanho do vaso de cultivo e doses de glyphosate no crescimento, na fisiologia e na eficácia de controle de Brachiaria decumbens. A semeadura foi feita em vasos contendo 2, 5, 10 e 20 L de substrato, mantidos em casa de vegetação. Entre os 41 e 63 dias após a emergência (DAE), avaliou-se o crescimento deB. decumbens. Aos 64 DAE, fez-se a aplicação do glyphosate nas doses de 0,0, 0,8, 1,6 e 3,2 kg ha-1 de equivalente ácido. Foram avaliadas as trocas gasosas e a fluorescência da clorofila a, aos dois dias após a aplicação (DAA), bem como a eficácia de controle, aos 7, 14, 21 e 28 DAA, sendo nesta última avaliação determinada ainda a matéria seca da parte aérea. Por fim, aferiu-se ainda a capacidade de rebrota de B. decunbens aos 28 dias após o corte. O crescimento de B. decumbens aumentou linearmente com o aumento do tamanho do vaso. As trocas gasosas e os parâmetros de fluorescência foram afetados pelas doses de glyphosate, mas não pela variação do tamanho do vaso. Não houve interação significativa entre doses e tamanhos de vasos sobre a eficácia de controle, porém essa variável aumentou consideravelmente com o aumento da dose e, discretamente, com o aumento do tamanho de vaso, sobretudo nas avaliações até os 14 DAA. A matéria seca da parte área aos 28 DAA e de rebrota foi dependente da interação entre tamanho do vaso e dose de glyphosate. O tamanho do vaso deve ser escolhido com critério para ensaios de eficácia de controle de B. decumbens com herbicida sistêmico.
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Através da análise de 18 locos isoenzimáticos polimórficos, foram estimadas as freqüências alélicas referentes a 214 indivíduos adultos de quatro populações naturais de Cryptocarya moschata de duas regiões do estado de São Paulo. Com base nas heterozigosidades observadas e esperadas, foram obtidas estimativas das estatísticas F de Wright. Para fins de comparação, utilizou-se também o método da análise da variância para estimação dos parâmetros correspondentes F = FIT, qP= FST e f = FIS. Os dois métodos forneceram resultados bastante concordantes: IT = 0,142;
ST = 0,140;
IS = 0,002 e
= 0,116;
P = 0,123 e
= 0,008, indicando que os indivíduos dentro das populações devem ser panmíticos e que a diversidade entre populações é bastante alta, sendo similar à que se espera para famílias com estruturação de meios-irmãos. Calculando
P com as populações tomadas duas a duas, notou-se tendência de
P crescer com a distância geográfica o que sugere tendência de isolamento pela distância. O fluxo gênico foi estimado em 0,9 indivíduos por geração, o que corrobora a pronunciada diferenciação populacional encontrada. Devido ao valor negligível encontrado de
IS, o tamanho efetivo de variância de cada população é equivalente ao número de indivíduos amostrados. As estratégias de manejo e conservação necessárias para a preservação da alta variabilidade genética intrapopulacional de C. moschata implicam na manutenção de populações com número grande de indivíduos. Além disso, para a preservação da espécie como um todo, a manutenção de muitas populações provavelmente é necessária.
Resumo:
Foi avaliada a morfogênese in vitro a partir de explantes de folha imatura excisados de plantas de duas variedades nacionais (RB739735 e RB72454) de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.), mantidas em campo. Os explantes foram obtidos de plantas com 6-9 meses e cultivados em meio MS sólido suplementado com 2,4-D a 9 miM. As culturas foram mantidas no escuro, durante quatro semanas. A eficiência de formação de calos foi influenciada pelo genótipo. Os calos derivados da variedade RB72454 eram mucilaginosos e não originaram plantas. Explantes da variedade RB739735 formaram calos amarelos friáveis e embriogênicos (tipo II), que mantiveram sua capacidade proliferativa por, pelo menos, seis meses. Após transferência para meio MS sem reguladores de crescimento e em condições de iluminação, 56% desses calos originaram plantas, resultando na produção de, em média, 50 plantas por calo, após dois meses de cultura. As plantas continuaram a se desenvolver, originando novos brotos após transferência para meio MS0 líquido, não sendo observadas anormalidades fenotípicas. A inibição do desenvolvimento dos calos em resposta a diferentes concentrações de antibióticos usados em protocolos de transformação genética foi também avaliada. Foi observada inibição na presença de canamicina a 128,7 miM e de higromicina a 94,8 miM. Não foi obtido nenhum efeito inibidor do antibiótico geneticina (G418), em concentrações entre 43,3 e 86,6 miM.