1000 resultados para Imaginação nas crianças Teses
Resumo:
OBJECTIVO: Pretendeu-se com este estudo determinar a prevalncia e identificar factores de risco para sensibilizao ao ltex em crianças com espinha bfida. MTODOS: Estudaram-se 57 crianças com espinha bfida, com uma idade mdia de 5.6 anos(6 meses a 18 anos) e uma relao sexo M/F de 0.8/1. A todas as crianças foram efectuados questionrio, bateria de TC incluindo ltex (extractos UCBStallergenes, Lofarma e ALK-Abell), aeroalergenos comuns e frutos (UCB-Stallergenes) e determinao srica de IgE total (AlaSTAT). RESULTADOS: A prevalncia de sensibilizao ao ltex foi de 30%; apenas duas crianças sensibilizadas (12%) apresentavam sintomatologia relacionada com a exposio (urticria/angioedema e rinite). Foram identificados como factores de risco para sensibilizao ao ltex: idade 5 anos (p=0.008; OR=6.0, IC95%=1.7-22.1); existncia de 4 ou mais intervenes cirrgicas (p<0.0001; OR=18.5, IC95%=3.6-94.8); cirurgias nos primeiros 3 meses de vida (p=0.008; OR=5.4, IC95%=0.7-29.2); nveis sricos de IgE total 44UI/ml (p=0.03; OR=3.8, IC95%=1.1-13.1). Pela realizao de regresso logstica foram identificados como factores de risco independentes, histria de 4 ou mais cirurgias (p<0.0001; OR=26.3, IC95%=2.9-234.2) e nveis de IgE total 44UI/ml (p=0.02; OR=8.6, IC95%=1.4-53.4). Sexo, antecedentes familiares e pessoais de patologia alrgica, hidrocefalia com derivao ventriculo-peritoneal, cistografias,cateterismo vesical intermitente e atopia no foram identificados como factores de risco. CONCLUSES: Identificmos como factores de risco significativos e independentes para sensibilizao ao ltex em crianças com espinha bfida a existncia de nmero elevado de intervenes cirrgicas ( 4 cirurgias) e nveis sricos mais elevados de IgE total(IgE total 44UI/ml). Estudo prospectivo esclarecer a evoluo clnica das crianças sensibilizadas assintomticas.
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Estima-se que a prevalncia de alergia alimentar nos pases Ocidentais seja de cerca de 2 % na populao geral e at 8% em crianças, no existindo dados concretos no que diz respeito a Portugal. Objectivos: Avaliar a prevalncia de alergia alimentar e identificar os alergenos alimentares principais numa populao de crianças observadas na Consulta de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefnia num perodo de 12 meses. Mtodos: Foi feita uma reviso de registos clnicos dos 4879 doentes com idade igual ou inferior a 18 anos observados na Consulta durante o ano de 1998. O diagnstico baseou-se na histria clnica, testes cutneos por prick e prova de provocao oral. Foram includos os casos de alergia alimentar clinicamente relevante nos ltimos trs anos de vida. Resultados: Foi identificada uma prevalncia de alergia alimentar de 8,5% (414 casos, correspondendo a 477 quadros de alergia alimentar), sendo o alimento alergnico mais importante o leite, seguido por ovo e peixe. No subgrupo de crianças com idade superior a 12 anos o padro foi bastante diferente, surgindo os crustceos, o peixe, o amendoim, os frutos frescos e secos como principais alergenos. A maioria das crianças (83%) apresentou sensibilizao a apenas um alimento. Clinicamente, predominaram os quadros de urticria e angioedema, seguidos por vmitos, diarreia e agravamento de dermite atpica. Concluses: A populao estudada apresenta uma prevalncia de alergia alimentar de 8,5%, sendo de prever que seja inferior na populao geral peditrica. Ser interessante complementar este estudo com dados obtidos noutros grupos etrios, visando uma melhor identificao da prevalncia de alergia alimentar e dos alergenos alimentares major no nosso pas. indispensvel sensibilizar as entidades responsveis pela regulamentao da indstria alimentar para a necessidade de uma melhoria a nvel dos processos de fabrico e rotulagem no sentido de uma maior proteco do doente alrgico.
Resumo:
Introduo: As crianças com Paralisia Cerebral evidenciam frequentemente alteraes da sua funcionalidade global, evidenciadas nomeadamente na marcha. Diferentes protocolos de facilitao da marcha em tapete rolante tm vindo a ser alvo de estudos no sentido de clarificar a sua eficcia nesta populao. Estes sugerem uma evoluo positiva dos diferentes aspectos estudados (funcionalidade global, resistncia cardiorespiratria, componentes da marcha), contudo utilizam diferentes metodologias e especificidades do protocolo, no existindo consenso acerca das melhores condies de utilizao. Objectivo(s): O presente trabalho teve como objectivo principal avaliar o efeito da aplicao de um protocolo de marcha em tapete rolante (PMTR) em crianças com Paralisia Cerebral (PC) espstica, nos parmetros biomecnicos da mesma e funcionalidade global. Mtodos: Participaram no estudo 9 crianças com PC do tipo diplgico e hemiplgico inscritos na Associao de Paralisia Cerebral de Braga (APCB), com idades compreendidas entre os 3 e os 8 anos de idade. Cada criana foi avaliada antes e aps a aplicao do PMTR, atravs da anlise biomecnica da marcha (dinamometria e electromiografia de superfcie), bem como da aplicao do teste de medida da funo motora (TMFM). A amostra foi dividida em dois grupos grupo sujeito ao protocolo de marcha em tapete rolante (GPMTR) (n=5) e grupo controlo (GC) (n=4). O protocolo em tapete rolante foi includo nas sesses de interveno de fisioterapia, com uma frequncia semanal de 2 a 3 vezes por semana, durante um perodo de 10 semanas consecutivas, aps o qual foram repetidas as avaliaes iniciais. Resultados: A anlise dos resultados permitiu verificar evolues no GPMTR ao nvel do score total da TMFM e especialmente na dimenso E, o que revelou melhorias significativas da funcionalidade motora global neste grupo. Verificaram-se ainda, em termos eletromiogrficos um melhor padro de recrutamento muscular, bem como, no que se refere anlise dinamomtrica, evolues positivas, na componente vertical das foras de reaco do solo.Concluso: O presente estudo parece sugerir que a incluso da facilitao da marcha em tapete rolante no plano de interveno pode contribuir para uma melhoria nos parmetros biomecnicos da marcha e funcionalidade global de crianças com Paralisia Cerebral do tipo diplgico e hemiplgico, com idades compreendidas entre os 3 e os 8 anos.
Conexo Venosa Pulmonar Anmala. Estudo de Vinte e Quatro Crianças com Angiografia de Subtraco Digital
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Objectivo: Avaliar a acuidade da angiografia de subtraco digital (ASD) no diagnstico morfolgico da conexo venosa pulmonar anmala (CVPA) em crianças. Concepo do estudo: Estudo prospectivo de doentes consecutivos entre Janeiro de 1989 e Julho de 1992. Tipo de Atendimento: Servio de Cardiologia Peditrica de um Hospital Central. Populao: Vinte e quatro doentes com CVPA. Mtodos: Todos os doentes fizeram avaliao clnica e ecocardiogrfica completa (modo M, bidimensional e Doppler) antes da realizao do exame hemodinmico. Em todos os casos se fizeram, de modo sistemtico, injeces selectivas de contraste de baixa osmolaridade (0,5-1 ml/kg; dose total <6 mi/kg) no tronco e ramos da artria pulmonar com registo em angiografia com subtraco digital (ASD). As imagens colhidas foram trabalhadas, selecciona das e armazenadas em video-cassetes e pelculas fotogrficas (cmara multiformato). Resultados: Dezasseis doentes tinham CVPA total (CVPAT): onze veia cava superior (VCS), dois ao seio coronrio e trs infradiafragmticos (dois veia cava inferior (VCI) e um veia porta). Oito crianças tinham CVPA parcial (CVPAP): trs VCS, uma aurcula direita (AD), trs VCI (sndroma da cimitarra) e num caso a CVPA era mista. Em oito doentes (seis com CVPAT e dois com CVPAP), a ASD contribuiu significativamente para o diagnstico final tendo completado ou corrigido a informao obtida por ecocardiografia. Nos dezoito doentes submetidos a cirurgia cardaca foi confirmado o diagnstico obtido por ASD. Concluses: A ASD um mtodo muito til para o diagnstico anatmico de doentes com CVPA. Na nossa experincia foi particularmente informativa a anlise de registos em video. A ASD est indicada nos casos em que os achados clnicos e ecocardiogrficos no sejam tpicos.
Resumo:
Encontram -se publicados mltiplos trabalhos sobre o papel das determinaes do xido ntrico no ar exalado (FENO) no mbito do estudo da inflamao brnquica que nos permitem afirmar que se trata duma medio simples, no invasiva e de grande utilidade na avaliao do doente asmtico.No decurso de um estudo prospectivo sobre o impacto da poluio do ar sobre a sade da populao na cidade de Viseu (Projecto SaudAR), foram identificadas crianças com histria clnica de sibilncia, mediante a aplicao de questionrios do International Study of Asthma and Allergy in Childhood (ISAAC). As crianças foram submetidas posteriormente a um questionrio padronizado, testes cutneos prick para aeroalergnios, espirometria com prova de broncodilatao e medio de FENO. A idade mdia era de 7,81,1 anos. Comparando os doentes com queixas de sibilncia e/ou dispneia nos 6 meses anteriores avaliao (n=27) com os que no apresentaram estes sintomas, observaram-se diferenas estatisticamente significativas para o FEV1 (mediana: 4,5% vs 8%, p=0,0399) e para o FENO (mediana: 12 ppb vs 23 ppb, p=0,0195, respectivamente). Se olharmos para as crianças que recorreram a broncodilatador nos seis meses anteriores avaliao (n=19) e as compararmos com as que no necessitaram, encontramos diferenas para o FENO: mediana de 27 ppb versus mediana de 11 ppb, respectivamente; p<0,0001. Ao compararmos as crianças que recorreram a uma consulta de urgncia nos seis meses anteriores avaliao(n=9) e as compararmos com as que no recorreram, encontramos tambm diferenas estatisticamente significativas para o FENO: mediana de 28 ppb versus mediana de 13 ppb, p=0.0029. Constatou -se assim que a existncia de sintomas se associou melhor com o FENO de que com a espirometria.
Resumo:
Neste trabalho, comeamos por focar a nossa ateno nas perturbaes da linguagem. Assim, fazemos uma abordagem literatura existente sobre estas perturbaes, analisando os conceitos de comunicao, linguagem e fala. Com base neste enquadramento terico, consideramos importante conhecer que impacto poder ter a utilizao de software educativo nos alunos com perturbaes da linguagem, assim como determinar que fatores favorecem e condicionam essa utilizao. A proposta para o uso de software educativo, numa perspetiva de aprendizagem, desenvolve-se a partir da utilizao das Tecnologias da Comunicao e Informao (TIC) ao nvel do ensino e em particular da Educao Especial (EE), considerando questes como: adequao dos contedos realidade do educando, aplicao de novas metodologias que incentivem a participao ativa do aluno no processo de aprendizagem e redefinio dos objetivos a fim de ampliar o desenvolvimento do indivduo para a sua insero na sociedade moderna. assim nossa inteno perceber se o uso das TIC, nomeadamente de softwares educativos, poder apresentar resultados significativos no processo de construo de conhecimento, proporcionando condies para o desenvolvimento cognitivo, visando a motivao, a autonomia e a especificidade de cada aluno. Para tal, criamos uma plataforma interativa passvel de ser utilizada por professores, profissionais e at mesmo pais de crianças com estas perturbaes. Assim, este projeto parte de um estudo de natureza qualitativa, investigando, atravs do estudo de caso, se a utilizao do software educativo Talky A Destrava Lngua ser um instrumento capaz de minimizar ou at mesmo colmatar as dificuldades inerentes s crianças portadoras destas perturbaes.
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Os AA. relatam os achados hematolgicos em 100 crianças, 96 das quais se apresentavam com anemia de diversos graus, sendo 79% ferropnicas, 2% macrocticas e 15% normocrmicas, a maioria das quais associadas hipoproteinemia, havendo concomitncia no aumento da eritrossedimentao em 45%. No quadro leucocitrio, 38% apresentaram entre 10.000 e 20.000 leuccitos por mm3. As eosinofilias atingiram 89% dos exames, seno 44% de Grau II e 15% de Grau III.
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Introduo: A prevalncia de alergia a frmacos na populao geral no se encontra devidamente caraterizada, existindo poucos estudos publicados que tenham abordado esta situao em crianças com idades inferior a seis anos de idade. Este estudo tem como objetivo principal estimar a prevalncia de alergia a medicamentos reportada pelos pais de crianças de infantrios de Lisboa e do Porto. Material e Mtodos: No mbito da Fase II do projeto ENVIRH Ambiente e Sade em Creches e Infantrios foi aplicado um questionrio sobre alergia a medicamentos aos pais das crianças, recrutadas por amostragem aleatria estratificada dos infantrios. Resultados: Foram analisados 1 169 questionrios, 52,5% de rapazes. A idade mdia foi de 3,5 1,5 anos. A prevalncia de alergia a medicamentos reportada foi de 4,1% (IC 95%: 3,0 - 5,2%). Os frmacos mais referidos foram os antibiticos (em 27 reaes) e os AINEs (em seis reaes). Na anlise multivarivel, a alergia a medicamentos reportada associou-se diretamente com a idade da criana (OR 1,19; IC 95% 1,01 - 1,41) e com a referncia a alergia alimentar (OR 3,19; IC95% 1,41 - 7,19) e inversamente com o nvel de escolaridade dos pais (OR 0,25; IC95% 0,10 - 0,59). Discusso: Apesar das limitaes do estudo, os resultados encontram-se de acordo com o reportado por outros autores e sugerem que a prevalncia reportada de alergia a medicamentos seja elevada no grupo etrio estudado. Concluso: Torna-se necessrio que situaes de alergia a medicamentos reportadas pelos pais sejam devidamente estudadas, no sentido de evitar evices desnecessrias que possam condicionar opes teraputicas em futuras situaes de doena.
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Os distrbios dos lpidos e das lipoprotenas plasmticas, frequentes em doentes diabticos insulinodependentes, contribuem significativamente para o risco cardiovascular elevado que estes indivduos apresentam. Estudos efectuados em crianças e jovens insulinodependentes, demonstram o aparecimento precoce de alteraes no metabolismo lipdico, habitualmente associa das e agravadas por um deficiente controle glicmico. Algumas outras alteraes mantm-se presentes em crianças diabticas, mesmo em condies de bom controle glicmico. Aparentemente, as medidas habituais de optimizao do controle metablico no corrigem todas as alteraes do perfil lipdico, induzidas pela Diabetes Mellitus. A hiperglicmia induz a maioria das perturbaes verificadas, atravs da estimulao da sntese heptica de triglicridos, e pela glicolizao e oxidao das lipoproteinas e respectivas apolipoproteinas. A carncia em insulina, respons vel por alteraes adicionais, ao interferir na actividade da lipoproteina lipase. O perfil lipdico, em crianças e jovens insulinodependentes, com deficiente controlo metablico, tende a ser sobre ponvel ao descrito para os diabticos adultos: elevao significativa de triglicridos, VLDL-Tg, LDL-Tg, VLDL-Col, Apo B e CIII e diminuio do HDL-Col e da Apo AI. Dada a forte corre lao do controle glicmico com a maioria das alteraes lipidicas, mesmo em presena de va lores de colesterol e triglicridos normais, os doseamentos das apolipoproteinas Apo AI, Apo B 100 e de Apo CIII, parecem ser fieis indicadores do controle glicmico, na criana diabtica, e factores de elevado valor predictivo de risco cardiovascular, na idade adulta.
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1) A incidncia de exames coprolgicos positivos para helmintos foi de 64.6% em crianças de baixo nvel scio-econmico procedentes do Estado da Guanabara e vizinhanas e internados no Instituto Fernandes Figueira devido a diversas entidades nosolgicas. 2) Das crianças com exames positivos, 50,77% eram infestados por scaris, 45% por tricuris, 13,84% por ancilstoma e/ou necator, 18,56% por estrongilides e 0,77% por esquistossoma. No foram computados as infestaes por oxiuros. 3) A ausncia de casos de tenase provavelmente deve-se alimentao carente em carnes. 4) As parasitoses mais freqentes eram a ascaridase e a tricurase, isto , as adquiridos por via digestiva. 5) O componente melanodrmico da amostra mostrou-se mais susceptvel ao parasitismo que o leucodrmico, sendo o faiodrmico de susceptibilidade intermediria. 6) Os lactentes apresentam menor incidncia de parasitismo que os grupos etrios mais avanados (diferena estatisticamente significante), embora haja presena a de helmintases graves em lactentes do grupo. 7) Mesmo em se tratando de crianças de nvel scio-econmico baixo e de precrias condies nutritivas, que predispem anemia, o grupo com exames de fezes positivos para nematelmintos apresenta uma incidncia de diversos tipos de anemia maior que o grupo com exames de fezes negativos para helmintos (diferena estatisticamente significativa). 8) Alta incidncia de estrongiloidase na amostra. 9) Foi estudado o comportamento da eosinofilia em crianças com exames de fezes negativos, com exames positivos para nematelmintos e especial ateno foi dada eosinofilia em lactentes de 0 a 1 ano.
Resumo:
Introduo: O Programa Nacional de Vacinao (PNV) um programa universal e gratuito, sendo uma das suas caractersticas a acessibilidade sem qualquer tipo de barreira. Apesar do inquestionvel xito do PNV desde o seu incio em 1965, podero persistir assimetrias sociais na sua aplicao, com grupos populacionais com nveis de proteco inferiores ao desejado e risco de desenvolvimento de bolsas de susceptveis,possibilitando a reemergncia de doenas j controladas ou mesmo eliminadas no nosso pas, situaes que urge diagnosticar e prevenir. Objectivo: Avaliar o estado vacinal de crianças internadas numa enfermaria de Pediatria Geral e na Unidade de Infecciologia do Hospital Dona Estefnia, durante um ano, e detectar obstculos vacinao, quer relacionados com servios de sade, quer relacionados com as caractersticas scio-demogrficas da populao. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar a adeso a algumas vacinas no contempladas no PNV data do estudo. Material e Mtodos: Estudo transversal que decorreu entre Janeiro e Dezembro de 2004. Incluiu o preenchimento de um inqurito pelos pais e a anlise dos dados do boletim de vacinas. As perguntas aos pais incluam caractersticas sociais e a auto-avaliao da acessibilidade vacinao no Centro de Sade. Para este estudo definiu-se atraso vacinal como o no cumprimento da vacinao nas datas estabelecidas, independentemente da durao do atraso. Resultados e concluses: Nos 324 inquritos analisados, 90% das crianças apresentava o calendrio vacinal actualizado. Os factores de risco associados ao incumprimento do PNV foram a raa negra, a etnia cigana, a baixa escolaridade dos pais e a ausncia de seguimento mdico. Das vacinas extra-PNV data do estudo analisadas, a vacina contra Neisseria meningitidis C (NmC) foi administrada a 30% das crianças e a vacina conjugada heptavalente contra Streptococcus pneumoniae (Pn7) a 23%, sendo que 18% das crianças tinham ambas as vacinas. Estas vacinas foram administradas predominantemente s crianças de raa caucasiana (94%), com agregados familiares pequenos (79%), seguidas por pediatra (75%)e cujos pais tinham pelo menos o 9 ano de escolaridade. Apenas 2 % dos inquiridos classificaram a acessibilidade vacinao no Centro de Sade como difcil.
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Introduo: A Gastroenterite Aguda (GEA) uma patologia com importante morbilidade sendo a segunda causa de internamento na idade peditrica. Objetivo: Caracterizar a GEA, em crianças internadas em dois hospitais da rea de Lisboa com diferentes caractersticas demogrficas. Mtodos: Estudo prospetivo de maio 2011 a junho 2012. Pesquisados potenciais agentes etiolgicos por tcnicas convencionais e de biologia molecular em amostras de fezes e analisados dados epidemiolgicos e clnicos. Resultados: Total de 140 amostras de crianças com GEA com identificao do agente em 83,6%: 64,3% vrus, 27,9% parasitas e 21,4% bactrias. Os agentes mais frequentes foram rotavrus (26,4%), norovrus II (13,6%), enterovrus (12,1%), Microsporidia (11,4%), Escherichia coli (9,3%), Campylobacter jejuni (7,9%), Giardia sp. (5,7%), Cryptosporidium sp. (5%) e Salmonella sp. (4,3%). Coinfeces (2 ou mais agentes) em 40 doentes (28,6%). Mediana de idade de 1,4 anos (min-5 dias; max-17 anos) sendo a etiologia viral mais frequente abaixo dos 5 anos (p<0.01), com o rotavrus identificado em crianças mais jovens (mdia=1,7 anos). Dois picos sazonais: o rotavrus entre Janeiro e Maro e norovrus entre Agosto e Outubro. Apenas 10 (7,1%) doentes estavam vacinados para rotavrus, mas nenhum com o esquema completo. A presena de sangue nas fezes (p=0,02) e a febre (p=0,039) foram mais frequentes na infeo bacteriana, os vmitos (p<0.01) e os sintomas respiratrios (p=0,046) na infeo por rotavrus. Registaram-se complicaes clnicas em 50 doentes (35,7%): desidratao (47), invaginao leo-cecal (1), adenite mesentrica (1) e apendicite fleimonosa (1). Concluso: Os vrus so os agentes mais frequentes de GEA sobretudo na criana pequena (idade <5 anos), sendo o rotavrus e norovrus os principais agentes. O nmero de coinfeces foi significativo mas no se associou a maior morbilidade. A ausncia de identificao de agente em alguns casos pode refletir a necessidade de outros meios diagnsticos ou a existncia de agentes ainda desconhecidos.
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Em 2013, a Seco de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria, face existncia de vrias curvas de avaliao de crescimento para crianças nascidas pr-termo e falta de homogeneidade de critrios na sua escolha, nomeou um grupo de peritos que procedeu reviso crtica das curvas disponveis e recomenda as que considera mais adequadas para utilizao na prtica clnica em fases especficas da vida: ao nascimento (Fenton 2013), durante o internamento na unidade de Neonatologia (Fenton 2013 e Ehrenkranz 1999) e a longo prazo (OMS 2006). As decises foram tomadas com base na classificao sistemtica do nvel de evidncia e do grau de recomendao. A presente recomendao: vlida enquanto no forem publicados os resultados do estudo do consrcio multicntrico INTERGROWTH-21st, recentemente incumbido da construo de valores de referncia, mais prximos do padro, de crianças nascidas pr-termo; tem o propsito de auxiliar os clnicos na deciso clnica, mas no ser o nico instrumento de avaliao do crescimento das crianças nascidas pr-termo; pode no proporcionar elementos suficientes para orientao do crescimento de todas estas crianças.