999 resultados para Generalização e transferência de conhecimento
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Podeu consultar la versió en castellà a http://hdl.handle.net/2445/8957
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Podeu consultar la versió en català a http://hdl.handle.net/2445/8956
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Um dos desafios para construção de modelos agrícolas que se referenciam pela sustentabilidade é a utilização de conhecimentos científicos adequados a singulares situações sociais. Para isso, é necessário considerar saberes acumulados por agricultores no espaço e no tempo. No caso do recurso 'solos', pouco desse saber é considerado no ensino em ciência do solo e nos trabalhos de pedologia. Por isso, a aplicação de tecnologias geradas com base no conhecimento científico é limitada quando destinada a grupos tradicionais, principalmente pela não-adequação às necessidades por eles reconhecidas. O objetivo deste estudo foi apresentar uma abordagem integrada entre os saberes de pedólogos e de agricultores, utilizando-se a hierarquização de ambientes no Cerrado pelos agricultores como ferramenta para compreender as bases sob as quais essa relação pode ocorrer. O estudo baseou-se em características ambientais e sociais da Comunidade Água Boa 2, em Rio Pardo de Minas (MG), onde, por trabalho de campo, foi possível analisar a terminologia local e, assim, descrever os ambientes, classificar as terras e constituir diálogos acerca do ambiente do Cerrado e dos solos.
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O conhecimento dos agricultores sobre o uso das terras pode auxiliar no levantamento de solos. Este trabalho foi realizado na Fazenda Americana, Norte do Estado de Minas Gerais, com o objetivo de relacionar o conhecimento local do ambiente com os atributos químicos e físicos do solo e com o Sistema de Capacidade de Uso das Terras para fins de reforma agrária. Por meio do conhecimento local, foram identificados sete ambientes: baixada, vereda, chapada, tabuleiro, carrasco, tabuleiro misto e espigão. O conhecimento local sobre o uso das terras mostrou estreita relação com o Sistema de Capacidade de Uso, constituindo uma ferramenta para o parcelamento das terras para fins de reforma agrária.
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O conhecimento das principais fontes difusas de produção de sedimento pode aumentar a eficiência de utilização dos recursos públicos, investidos em estratégias de gestão em bacias hidrográficas, que visem mitigar a transferência de sedimentos aos cursos d'água. Objetivou-se com este trabalho avaliar as fontes de sedimentos numa bacia hidrográfica rural de cabeceira com predomínio de cultivos anuais sob plantio direto e com intensa e inadequada exploração dos recursos naturais, por meio da quantificação da contribuição relativa das estradas e das lavouras na produção global de sedimentos. A bacia hidrográfica está localizada no município de Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul. O período de estudo foi de maio de 2009 a abril de 2011. Para a identificação das fontes, foi utilizado o método fingerprinting, que compara os solos de diferentes fontes e os sedimentos que são encontrados em suspensão no canal de drenagem, usando elementos traçadores. O manejo inadequado do solo nas áreas de lavoura, a falta de planejamento das vias de acesso e a ausência de práticas de controle do escoamento superficial, que sejam compatíveis com a fragilidade condicionada pelos solos e pelo relevo da bacia hidrográfica, têm provocado o surgimento de processos erosivos acelerados com efeitos negativos ao agricultor e à sociedade. As estradas apresentam alta porcentagem de contribuição na transferência de sedimentos, mas a contribuição das áreas de lavoura aumenta em precipitações pluviais de alta magnitude. Isso evidencia que a magnitude dos eventos de chuva influencia a proporção de contribuição entre as fontes ao longo do ano na bacia hidrográfica, interferindo no processo de mobilização de sedimentos e nutrientes em direção à rede de drenagem.
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Este texto visa apresentar os resultados de pesquisa-intervenção que vem sendo realizada em uma escola que atende a portadores de necessidades especiais na rede municipal de ensino básico da cidade do Rio de Janeiro, em que os jovens utilizam-se da imagem fotográfica para interagir de modo crítico com o cotidiano. Portanto, tendo por base a produção livre de imagens fotográficas, os jovens criam narrativas que integram imagens e textos orais e escritos com o objetivo de construir uma consciência crítica do contexto escolar, compartilhada entre alunos e professores. Esta proposta de trabalho possibilitou-nos uma outra forma de aproximação da realidade escolar, que se dá a partir do olhar e das narrativas constituídas pelos próprios alunos. O diálogo desencadeado no processo de produção e leitura das fotografias revela características que aproximam e distinguem o contexto das escolas, especial e regular, e abre-nos uma perspectiva crítica e sensível de observação e análise sobre a escola, o processo de ensino-aprendizado e de inclusão social.
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O artigo analisa os novos fenômenos de desigualdade e exclusão desencadeados pela utilização intensiva do conhecimento e da informação na organização do trabalho, por um lado, e, nas instituições políticas e culturais, pelo outro. A partir dessa análise são apresentadas algumas conseqüências para a educação, particularmente as que se referem ao papel desta em relação à mobilidade social, aos riscos da privatização dos circuitos nos quais se reproduz e distribui o conhecimento socialmente mais significativo, bem como em relação às mudanças na atuação da escola do ponto de vista do processo de socialização.
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Este artigo busca demonstrar como o conceito de competência - que surgiu em diferentes campos das ciências sociais - entrou na área da educação, em estreita relação com o aparecimento das pedagogias invisíveis. Contrapondo-se a ele, definiu-se o conceito de desempenho, articulado agora com as pedagogias visíveis. Analisam-se as diferenças existentes na utilização desses conceitos, decorrentes do fato de que diferentes fundamentos os alicerçam. Mostra-se, também, a relação entre as diversas formas de desempenho e competência nos contextos educacionais mais amplos (que abrangem processos escolares e não-escolares) e a construção de identidades, indicando como este último processo, tido como dinâmico, é perpassado por resistências e oposições. Por último, procura-se identificar, na fase atual do capitalismo, o processo de construção de identidades privilegiado pela educação escolar, bem como seus conflitos com outros processos análogos que se dão fora da escola. A presença desses conflitos abre, no entanto, a possibilidade de uma reavaliação crítica das instituições escolares e dos princípios e dos aspectos focalizados em seus discursos.
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Este artigo busca salientar a importância da metacognição para os processos de aprendizagem e para o sucesso escolar. Para tanto, discute a necessidade de se construir, nas salas de aula, uma cultura do pensar, que propicie aos alunos: a. uma forma de explicitar, desde cedo, modalidades de pensamento, tornando-as, assim, passíveis de ser compartilhadas; b. um estímulo ou motivação para pensar, de forma a alcançar decisões acertadas; c. a coragem para enfrentar situações novas; d. a transferência de estratégias e conhecimentos gerados em um dado contexto para outros. Um aspecto central na implementação de uma cultura do pensamento é desenvolver habilidades metacognitivas, pois é por meio delas que se torna possível a elaboração de conhecimentos e formas de pensar que assegurem maior possibilidade de sucesso e generalização, bem como a aquisição da autonomia na gestão da aprendizagem e na construção de uma auto-imagem de aprendiz competente. Exemplos de como implementar essa proposta são fornecidos, destacando como a organização do ensino torna os alunos sujeitos de sua própria aprendizagem.
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O artigo questiona duas tendências das pesquisas qualitativas rotuladas de "estudos de caso" no campo da educação: a primeira, considera qualquer investigação que focalize uma unidade um estudo de caso; a segunda supõe que, se o interesse pelo "caso" for devido à sua singularidade, não há como ou por que vinculá-lo à discussão corrente na área. Com o objetivo de contribuir para o enfrentamento desses problemas, o artigo busca examinar, na literatura sobre o tema, dois aspectos fundamentais para a discussão: a natureza dos estudos de caso e a questão da generalização ou da aplicabilidade do conhecimento, gerado por esse tipo de pesquisa, a outros contextos. Com base nas posições de dois dos mais reconhecidos especialistas em estudos de caso - Robert Yin e Robert Stake - são discutidos os critérios para avaliar se determinada pesquisa pode ou não ser classificada como um estudo de caso, bem como as alternativas à generalização de tipo estatístico oferecidas por aqueles autores.
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O objetivo deste artigo é compensar a insuficiência da teorização a respeito da economia do conhecimento por parte dos sociólogos e identificar as implicações da análise aqui desenvolvida para a educação. O texto começa distinguindo e expondo as diferentes explicações do papel do conhecimento na economia do conhecimento; em seguida, argumenta sobre as conexões que podem ser estabelecidas entre essas duas concepções de conhecimento e a economia do conhecimento por meio do conceito de "culturas epistêmicas" (Cetina, 1999), e conclui examinando as implicações das "culturas epistêmicas" para a educação.
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Pretende-se abordar neste artigo a discussão sobre formação e conhecimento focalizando o tema nas reiteradas afirmações de que as sociedades atuais, em âmbito mundial, são "sociedades do conhecimento". Por essa razão, numa primeira parte será discutida essa formulação, assim como o conceito de "formação", para, em uma segunda, estabelecer-se a relação entre conhecimento e formação e desta com a educação escolar, em geral, e com a profissional, em particular.
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O propósito principal deste artigo é analisar como os acadêmicos portugueses estão lidando com as novas condições de produção de conhecimento científico ligadas à emergência da sociedade/economia do conhecimento e à crescente mercantilização e "managerização" da educação superior. Os desafios profissionais instituídos por essas novas condições podem erodir a autonomia e liberdade dos acadêmicos, construídas graças ao conhecimento científico e à colegialidade. De acordo com os resultados de uma pesquisa internacional na qual se apoia a componente empírica deste artigo, a maioria dos acadêmicos ouvidos continua vinculada aos princípios humboldtianos/mertonianos de produção do conhecimento, como base de referência do profissionalismo acadêmico. Contudo, os acadêmicos assumiram, igualmente, posições híbridas em relação à categorização epistemológica da pesquisa científica, à articulação entre a pesquisa e ensino e à filiação disciplinar, departamental e institucional.