1000 resultados para Convicções de Saúde
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a prevalncia e fatores de risco para problemas de saúde mental em escolares e sua possvel relao com crenas e atitudes educativas de pais/cuidadores. MTODOS: Estudo de corte transversal; com amostra probabilstica e estratificada (n=454) de escolares das primeiras trs sries do ensino fundamental de escolas pblicas e particulares de Taubat, Estado de So Paulo. Foram aplicados instrumentos padronizados a pais/cuidadores por entrevistadores treinados: questionrios de rastreamento de problemas de saúde mental em crianas e pais/cuidadores; questionrio de crenas e atitudes educativas; questionrio de classificao econmica. As seguintes anlises estatsticas foram utilizadas: testes de qui-quadrado e modelos de regresso logstica. RESULTADOS: A prevalncia dos casos clnicos/limtrofes entre os escolares foi de 35,2%. Pais/cuidadores que acreditavam na punio fsica como mtodo educativo agrediam fisicamente seus filhos com maior freqncia (64,8%). Modelos de regresso logstica revelaram que a atitude de bater com o cinto esteve associada a problemas de conduta e a problemas de saúde mental em geral nos escolares, na presena de outros fatores de risco: sexo da criana (masculino), pais/cuidadores com problemas de saúde mental e condies socioeconmicas desfavorveis. CONCLUSES: A alta prevalncia de problemas de saúde mental em escolares e sua associao com mtodos educativos e problemas de saúde mental dos pais/cuidadores indicam a necessidade de intervenes psicoeducacionais para reduzir o abuso fsico e os problemas de saúde mental na infncia.
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Neste artigo, resultante de uma comunicao proferida nas III Jornadas de Cincias Sociais e Humanas em Saúde, abordam-se as dinmicas presentes nas relaes profissionais e as tendncias dos processos de profissionalizao que ocorrem no campo da saúde. O trabalho de investigao emprica, realizado no quadro de um estudo de caso sobre os tcnicos de cardiopneumologia e o desenvolvimento da reflexo sobre o tema, constituem o ponto de partida da anlise sobre o tema que toma como referncia o conjunto dos grupos socioprofissionais deste setor. Aps enquadrar os contextos de transformao social que tm ocorrido desde as ltimas dcadas do sculo XX e a forma como incidiram no campo da saúde, bem como na recomposio dos respetivos grupos socioprofissionais, salientam-se cinco tendncias relativas aos processos de profissionalizao observadas neste setor, relacionadas com as relaes de poder e dominao profissional; os efeitos da delegao de tarefas e competncias ao nvel da transferncia de legitimidade entre os grupos socioprofissionais; o grau de autonomia; a variabilidade das situaes quotidianas ocorridas em diferentes contextos de trabalho que se traduz numa disparidade de tendncias muitas vezes contraditrias e paradoxais entre si; o efeito das alteraes recentes nos cenrios de insero profissional, num contexto de crescente precariedade e desregulao do mercado de trabalho.
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O Plano Nacional de Saúde (PNS) um instrumento estratgico, adoptado por cada vez mais pases, que permite o alinhamento das polticas de saúde, de forma coerente e fundamentada, com o objectivo da maximizao dos ganhos em saúde para a populao desse pas Para tal, o processo de planeamento, de estratgia e de gesto das polticas de saúde deve ser cclico, interactivo e amplamente participado. Deve ser explcito, fundamentado, monitorizvel e avaliado, permitindo a (re)construo de novos planos que criem novas opes estratgicas para a melhoria cumulativa do sistema de saúde e da saúde das populaes In Site do Plano Nacional de Saúde. Alto Comissariado para a Saúde. 2011-2016 A Fisioterapia a terceira maior profisso prestadora de cuidados no s na Europa como tambm em Portugal. Existem no momento cerca de 6000 Fisioterapeutas no nosso Pas, grande parte com as suas licenciaturas realizadas em Escola Pblicas e espervel que sejam cerca de 10000 em 2015. Alm do nmero de fisioterapeutas ter vindo a crescer substancialmente tanto nvel nacional como internacional, outros factores tm contribudo para a visibilidade da profisso: a World Health Professions Alliance (WHPA) organizao internacional que representava organismos mundiais de quatro profisses de saúde, - enfermeiros, mdicos, dentistas e farmacuticos - integrou recentemente a fisioterapia atravs da sua representante mundial, a World Confederation of Physical Therapy (WCPT). A WHPA , neste momento, a maior e mais poderosa organizao mundial para os profissionais de saúde. Atravs das suas cinco organizaes representa mais de 600 organizaes nacionais filiadas, falando para 26 milhes de profissionais de saúde em mais de 130 pases. Esta aliana permite o trabalho em colaborao, de profissionais de saúde de todo o mundo, estando a Fisioterapia ao nvel das outras quatro grandes profisses de Saúde. Porm, verificamos no existir ainda em Portugal, compreenso das potencialidades do contributo do fisioterapeuta junto das populaes, nem o seu efectivo aproveitamento, tendo os fisioterapeutas portugueses um forte sentimento de que as reais mais-valias da profisso no so reconhecidas. A fisioterapia parte essencial dos sistemas de saúde. Os fisioterapeutas podem praticar independentemente de outros profissionais de saúde e tambm no contexto de programas e projectos interdisciplinares de habilitao/reabilitao, com o objectivo de restaurar a funo e a qualidade de vida, em indivduos com perdas ou alteraes de movimento. Os fisioterapeutas guiam-se pelos seus prprios cdigos e princpios de ticos. Pensamos ser tempo de ver reflectido no PNS o contributo especfico destes profissionais e deixarmos de encontrar em todos os documentos da saúde a meno exclusiva a mdicos e enfermeiros, inclusivamente em reas tpicas da prestao daqueles profissionais. Nesse sentido devero ser utilizados os indicadores prprios dos recursos e da prestao em fisioterapia criados pelos prprios profissionais Existem j normas de boas prticas para os fisioterapeutas e para unidades de fisioterapia baseadas em normas internacionais emanadas pela World Confederation of Physical Therapy (WCPT) e adaptadas realidade Portuguesa, que devero servir de base ao exerccio da fisioterapia.
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OBJETIVO: Analisar o atendimento ao pr-natal em unidades de saúde, com o intuito de obter uma linha de base que subsidie futuros estudos avaliativos. MTODOS: Realizou-se estudo exploratrio para avaliao da ateno do Sistema nico de Saúde saúde de mulheres grvidas, por meio de inqurito auto-aplicado em gestores municipais de saúde sobre amostra probabilstica do tipo aleatria estratificada de 627 municpios que, submetida tcnica de expanso, permitiu anlises para 5.507 municpios. O perodo de coleta de dados foi de outubro de 2003 a abril de 2004. O questionrio captou informaes sobre a prioridade s distintas modalidades de ateno, alm de dados sobre a oferta de ateno e estimativa declarada de atendimento de demanda. Foram realizados os testes de qui-quadrado e t de Student para verificao de independncia entre variveis qualitativas e a igualdade entre mdias, respectivamente. RESULTADOS: Dos municpios analisados, 43,8% (n=2.317) no atendiam ao risco gestacional; 81% (n=4.277) e 30,1% (n=1.592) referiram atender acima de 75% da demanda do pr-natal de baixo e alto risco, respectivamente; 30,1% (n=1.592) atendiam acima de 75% da demanda de alto risco. Ateno ao baixo risco (chi2=282,080; P<0,001 n=4.277) e ao alto risco (chi2=267,924; P<0,001 n=5.280) estiveram associadas regio geogrfica, tamanho do municpio e modalidade de gesto no Sistema nico de Saúde. A garantia de vaga para o parto tambm esteve associada modalidade de gesto. CONCLUSES: Houve lacunas relacionadas oferta e qualidade da ateno ao pr-natal no Sistema nico de Saúde. A municipalizao amplia a oferta de pr-natal, mas h desigualdades entre regies e entre municpios de diferentes dimenses populacionais.
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Este artigo de natureza ensastica procura contribuir para o desenvolvimento de argumentos j apresentados a respeito de reconfiguraes ideolgicas nas polticas de saúde. A partir de dimenses analticas discute-se o espao e implicaes da individualizao do direito saúde no contexto de maior liberalizao dos mercados e de maior exposio ao investimento privado lucrativo. A individualizao do direito saúde assume-se como contrria aos princpios ticos e morais consolidados entre os pases ocidentais a partir da 2 metade do sc. XX, em que o acesso aos cuidados passa gradualmente a estar dependente das condies individuais das famlias, no obstante o pagamento de impostos e outros seguros. No s passa a existir espao para formas desiguais de acesso ao direito saúde, como o princpio da utilizao racional que baseia esta reconfigurao uma crena managerialista falaciosa e, em larga medida, irrealista. Esta discusso ilustrada a partir de dados da OCDE, os quais demonstram tendncias dspares a respeito desta dinmica.
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Este artigo introduz o conceito de cidadania associado sua concretizao no mbito da saúde em contextos de diversidade. Conjuga resultados de vrios projetos de investigao de cariz qualitativo como forma de ilustrar algumas das estratgias concebidas pelo Estado e pela sociedade civil em resposta s mudanas trazidas pelas migraes internacionais. Assim, identificam-se as necessidades da populao, as barreiras de acesso aos cuidados de saúde, as principais fontes de desigualdades e iniquidade e algumas das estratgias desenvolvidas na promoo da equidade em saúde, alertando para a importncia de levar em considerao as questes culturais e as de ndole socioeconmica.
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OBJETIVO: Analisar as principais concepes entre agentes comunitrios referentes ao processo de envelhecimento. MTODOS: Pesquisa qualitativa, do tipo exploratria/descritiva, realizada no municpio de Camaragibe, Estado de Pernambuco, no perodo de 2000 a 2002. Os dados foram coletados por meio de anlise documental e entrevista com 148 agentes comunitrios de saúde. A anlise temtica permitiu a classificao e agregao dos dados. RESULTADOS: As agentes identificaram como principal atribuio desenvolver atividades de educao em saúde e realizar aes bsicas; referem opinio de valor negativo em relao ao envelhecimento e apresentam compreenso do conceito de saúde. As queixas mais citadas pelos idosos referem-se aos problemas de saúde e necessidade de afeto. O cuidado com os problemas de saúde foi identificado como a principal responsabilidade da agente e a organizao dos servios foi uma das dificuldades para operacionalizar o atendimento. A sondagem em relao s expectativas revelou o desejo das agentes por mais conhecimento em envelhecimento. CONCLUSES: As agentes identificam-se como protagonistas da ateno bsica e agente nuclear da realizao de determinadas polticas de saúde. As concepes em relao s atribuies e a saúde do idoso apresentam uma viso positiva. O estudo indica a necessidade de investir na formao de agentes capazes de lidar com os mltiplos aspectos do envelhecimento.
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A interveno sobre a tuberculose no Rio de Janeiro, Brasil, revela atualmente uma intensificao e alargamento das articulaes de pessoas, organizaes e instituies envolvidas. Para compreender este processo, recorri ao mapeamento de arenas e mundos sociais. Os mundos sociais definem-se pela partilha de objetivos e de aes, constituindo unidades de ao coletiva. Para atingir os seus objetivos precisam de interagir com outros mundos sociais. Os espaos onde interagem sobre temas de comum interesse, mas sobre os quais tm perspetivas e at objetivos diferentes, denominam-se arenas. O estudo revelou que a arena da tuberculose no Rio de Janeiro se ampliou na ltima dcada, aumentando e diversificando os mundos sociais envolvidos, atravs do trabalho poltico de pessoas e organizaes locais, nacionais e internacionais, isto , atravs da atribuio de poder a determinadas instncias com base na valorizao tica de objetivos comuns. Este trabalho poltico tem vindo a implicar a interseo com as arenas do Sistema nico de Saúde e do VIH-Sida. A ampliao da arena da tuberculose redefine a prpria doena e as formas de intervir sobre ela. Os apoios socioeconmicos para as/os pacientes, o tratamento de comorbidades, os direitos humanos, bem como outras questes que extravasam a perspetiva biomdica, integram agora as agendas da tuberculose. Neste processo, os intervenientes alargam tambm as fronteiras da ao na saúde.
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OBJETIVO: Verificar a influncia da internet nas atividades acadmico-cientficas da comunidade brasileira que atua na rea de saúde pblica. MTODOS: Estudo descritivo, centrado na opinio de 237 docentes vinculados aos programas de ps-graduao em saúde pblica, nos nveis mestrado e doutorado, no Brasil, em 2001. Para a obteno dos dados, optou-se por questionrio auto-aplicado via web e correio postal. A anlise estatstica foi feita por meio de propores, mdias e desvios-padro. RESULTADOS: O uso da internet foi apontado por 94,9%(225) da comunidade, sendo o correio eletrnico (92,0%) e a web (55,6%) os recursos mais utilizados, diariamente. A influncia da internet na comunicao entre os docentes, principalmente para o desenvolvimento de pesquisas em colaborao, foi significativa (73,8 %). Declararam no utilizar a internet 5,1% dos docentes, cujas justificativas apresentadas foram a falta de motivao, falta de tempo e facilidade de conseguir de seus colegas o material de que precisam. CONCLUSES: Os resultados mostraram que a internet influencia o trabalho dos docentes e afeta o ciclo da comunicao cientfica, principalmente na rapidez de recuperao de informaes. Observou-se tendncia em eleger a comunicao entre os docentes como a etapa que mais mudou desde o advento da internet no mundo acadmico-cientfico brasileiro.
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hoje cada vez mais frequente a constatao relativa ao modo como vrias alteraes ao nvel da estrutura econmica dos pases desenvolvidos tm vindo a subverter e a inviabilizar as tradicionais lgicas de interpretao da realidade que tendiam a pr a tnica na existncia de uma transio linear entre escola e o mercado de trabalho. Factores como a massificao do ensino superior ou as novas dinmicas das economias globalizadas em que paralelamente aos novos imperativos de competitividade, flexibilizao e (des) regulao dos mercados se configuram ciclos de crescimento econmico mais curtos e volteis, impem agora novas leituras que tm como pano de fundo a incerteza e a imprevisibilidade na vida individual e colectiva. Tambm em Portugal, sobretudo a partir de finais da dcada de 80, se tm vindo a acentuar algumas dificuldades, no s ao nvel da empregabilidade dos diplomados do ensino superior, mas tambm ao nvel da sua insero profissional no mbito das diferentes reas cientficas de formao. Apesar de se poder sustentar que a ressonncia deste problema social surge simplificadamente empolada por alguns discursos e vises catastrficas acerca da perda de importncia do ensino superior e da crescente desadequao da sua oferta formativa, este no deixa de se constituir como um fenmeno estrutural cada vez mais complexo e problemtico, nomeadamente porque os perodos de insero se tornaram mais longos e as posies no mercado de trabalho se diversificaram consideravelmente. Com efeito, tambm no campo das tecnologias da saúde se verificaram alteraes profundas nos cenrios de empregabilidade, por via da alterao da relao entre a oferta formativa e a oferta de trabalho/emprego. At ao incio desta dcada, o desemprego no constitua um problema nas diferentes reas funcionais das Tecnologias da Saúde. Existia, pelo contrrio, uma oferta de trabalho superior procura, o mercado absorvia os diplomados e criou a possibilidade de acumulao do exerccio profissional para grande parte destes profissionais. Com esta comunicao, pretende-se explorar a problemtica terica da insero profissional dos diplomados do ensino superior a partir de um trabalho de investigao emprica levado a cabo no mbito da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa. Para alm das preocupaes de comparabilidade.
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Qual a relao entre a participao na ao de informao e esclarecimento e o nvel de conhecimento, adquirido pelos alunos do 9 ano de escolaridade que pertencem a sub-regio da Grande Lisboa sobre o lcool e patologias associadas ao seu consumo?
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Nesta comunicao de abertura da rea temtica de Sociologia da Saúde, procede-se a uma breve reflexo acerca das tendncias relativas produo sociolgica que se vai realizando em Portugal no domnio da saúde, tomando como ponto de partida os trabalhos apresentados nas diferentes edies do Congresso Portugus de Sociologia. A reflexo decorre em torno de cinco tendncias centrais: tendncia para o crescimento (1), para a maior diversidade temtica (2), para o rejuvenescimento (3), para a escassa reflexo em torno das prticas profissionais dos socilogos (4) e para a internacionalizao (5).
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OBJETIVO: Testar associaes entre indicadores de ateno bsica em saúde bucal e indicadores municipais socioeconmicos e de proviso de servios odontolgicos. MTODOS: Estudo ecolgico realizado nos 293 municpios do Estado de Santa Catarina, no perodo 2000 a 2003. Foram utilizados indicadores de ateno bsica a saúde bucal: (1) Cobertura; (2) Razo entre procedimentos odontolgicos coletivos e a populao de zero a 14 anos de idade; (3) razo entre exodontias de dentes permanentes e procedimentos odontolgicos individuais na ateno bsica. As variveis investigadas foram: razo entre o nmero total de dentistas por mil habitantes, razo entre o nmero total de dentistas cadastrados no Sistema nico de Saúde por mil habitantes, fluoretao da gua de abastecimento, ndice de desenvolvimento infantil, ndice de desenvolvimento humano municipal e a populao do municpio. Foram realizadas as anlises pelos testes de Kruskall-Wallis, qui-quadrado e o teste de Spearman para avaliar a correlao entre as variveis. RESULTADOS: A cobertura foi de 21,8%, a razo de procedimentos coletivos na populao entre zero a 14 anos foi de 0,37 e a proporo de exodontias em relao ao total de procedimentos odontolgicos individuais foi de 11,9%. Menores propores de exodontias foram associadas s maiores propores de dentistas no Sistema (p<0,01). Maiores propores de exodontias foram associadas aos menores ndices de desenvolvimento humano municipal (p<0,01). CONCLUSES: Maiores coberturas foram associadas ao aumento de dentistas no SUS. Municpios com piores condies socioeconmicas foram associados a maiores propores de exodontias. Polticas de saúde bucal devem priorizar municpios que apresentam piores indicadores socioeconmicos.
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Mestrado em Interveno Scio-Organizacional na Saúde - rea de especializao: Polticas de Administrao e Gesto de Servios de Saúde.