999 resultados para tumores hematopoiéticos
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a expressão da proteína p53 no carcinoma de mama ductal invasivo e avaliar a sua associação com o grau histológico e o grau nuclear. MÉTODOS: foram incluídas sessenta e cinco mulheres atendidas consecutivamente, entre julho de 1999 e julho de 2001. Todas tiveram diagnóstico de carcinoma primário de mama ductal invasivo. As pacientes foram primeiramente tratadas por terapia cirúrgica conservadora ou mastectomia. Nenhuma paciente recebeu terapia neoadjuvante. Os espécimes cirúrgicos dos tumores foram fixados em formalina a 10%, posteriormente incluídos em parafina e conservados para análise imuno-histoquimica. A expressão da proteína p53 foi avaliada. Foi utilizado o anticorpo primário monoclonal anti-humano p53 DO - 7 (DAKO). As distribuições das freqüências foram avaliadas pelo teste do chi2. O valor p<0,05 foi considerado significante. RESULTADOS: a expressão da p53 foi detectada em 24 (36,9%) dos 65 carcinomas. Entre os casos com expressão da proteína, 13 (54,2%) tinham alto grau histológico (grau III). Oito casos (33,3%) tinham grau II e, 3 ( 12,5%) foram de grau I. Na análise do grau nuclear, entre os casos que expressaram a proteína foram observados 13 (54,2%) grau 3, 9 casos (37,5%) grau 2 e dois casos (8,3%), grau 1. A expressão da proteína p53 foi freqüente nos carcinomas com alto grau histológico e nuclear. CONCLUSÃO: a expressão da p53 esteve associada com grau histológico de forma significativa. Por outro lado, o grau nuclear não esteve relacionado significativamente com a expressão da p53.
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O estudo histopatológico dos linfonodos axilares continua sendo o melhor parâmetro para a avaliação do prognóstico do câncer de mama. No entanto, como em cerca de 80% das pacientes com tumores de até 2 cm os linfonodos não apresentam comprometimento neoplásico, foi proposta, há alguns anos, a dissecção do linfonodo sentinela, reduzindo a morbidade cirúrgica nas pacientes com resultado negativo. Recentemente, esta técnica cirúrgica disseminou-se no Brasil, mas existem duas questões importantes: qual a probabilidade de resultado falso-negativo, ou seja, deixar de identificar um linfonodo comprometido pelo câncer, e se o subestadiamento pelo resultado falso-negativo exporia a paciente ao risco de recidiva axilar ou mesmo metástase a distância, pela utilização de terapia cirúrgica e adjuvante menos agressiva. A revisão da literatura mostra que a taxa de falsos-negativos varia de 5 a 10%, sendo o principal fator associado à falta de experiência do cirurgião. Embora as recidivas axilares sejam raras, não é ainda possível avaliar o efeito a longo prazo de deixar de retirar linfonodos comprometidos, devido ao curto período de seguimento. Portanto, a recomendação é que o linfonodo sentinela só seja realizado por cirurgiões com experiência comprovada pela pequena taxa de resultados falso-negativos.
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Os nódulos mamários benignos são responsáveis por até 80% das massas palpáveis. Seu diagnóstico diferencial é amplo, envolvendo os cistos mamários, os fibroadenomas, os tumores filóides, os papilomas, os lipomas, os hamartomas e os adenomas, entre outros. O fibroadenoma é a neoplasia mamária mais comum em pacientes menores de 35 anos e os cistos são mais freqüentes na perimenopausa. O diagnóstico diferencial entre nódulos sólidos ou císticos poderá ser feito por meio da punção aspirativa com agulha fina ou pela ultra-sonografia, sendo terapêutica para os últimos. Neste artigo serão revisados os aspectos diagnósticos diferenciais entre estes tumores e as novas abordagens terapêuticas.
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OBJETIVO: avaliar a presença da ciclooxigenase-2 (COX-2) nos carcinomas de mama ductal in situ (CDIS) e ductal invasivo (CDI), no estroma adjacente normal e no epitélio. A correlação entre os níveis de expressão com os graus nuclear e histológico, tamanho do tumor e idade da paciente foi também analisada. MÉTODOS: foram incluídos 47 espécimes cirúrgicos provenientes de mastectomias e quadrantectomias com CDI e CDIS concomitantes, estádios clínicos I e II. Foram utilizados anticorpos policlonais anti-COX-2 para determinar a expressão da enzima. As amostras foram categorizadas em escores de zero a três, de acordo com a intensidade e o número de células coradas. RESULTADOS: COX-2 foi positivamente expressa em CDI, CDIS e epitélio normal em 86,7, 84,4 e 73,3% dos casos, respectivamente. Quanto ao grau nuclear (GN), a expressão da COX-2 foi positiva em 80% dos casos de GN-I; 81,5 e 78,9% de GN-II; e 88,5 e 96,1% de GN-III no CDIS e CDI, respectivamente. A expressão da COX-2 ocorreu em 78,9% dos CDIS com comedonecrose e em 89,3% sem comedonecrose. Quanto ao grau histológico (GH) do CDI, a COX-2 foi positiva em 83,3% de GH-I; 89,9% de GH-II e 80% de GH-III. Em relação ao diâmetro tumoral, COX-2 esteve presente em 86,1% de CDI e 83,3% de CDIS em tumores com >2 cm de diâmetro e 11% em CDI; e CDIS em tumores ≤ 2 cm. A faixa etária ≥ 50 anos apresentou 90% de expressão para CDI e 86,7% para CDIS, e 92,5% de COX-2 para ambos CDI e CDIS em pacientes com idade <50 anos. CONCLUSÕES: nossos resultados demonstram alta correlação entre as expressões da COX-2 nos CDI, CDIS e epitélio normal, o que é consistente com a hipótese de que a superexpressão da COX-2 é um evento precoce na carcinogênese mamária. Não houve diferença quando da análise do grau histológico, presença de comedonecrose, grupo etário e tamanho do tumor.
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Leiomiomas são tumores benignos. Eles surgem no miométrio e contêm quantidade variável de tecido conjuntivo fibroso. Cerca de 75% dos casos são assintomáticos, encontrados ocasionalmente durante exame abdominal, pélvico bimanual ou ultra-sonografia. Os sintomas são relacionados diretamente ao tamanho, ao número e à localização dos miomas. Nessa revisão, são apresentadas as abordagens terapêuticas atuais clínicas (anticoncepcionais orais, progestágenos e antiprogestágenos, análogos do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), e antiinflamatórios não esteróides) e cirúrgicas (histerectomia, miomectomia e embolização) para o tratamento de leiomiomas.
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OBJETIVO: analisar a expressão da metaloproteinase da matriz 9 (MMP-9) e do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) em um grupo de pacientes com câncer primário de mama, e correlacioná-los entre si e com outros indicadores de prognóstico. MÉTODOS: estudo transversal que analisou a expressão da MMP-9 e do VEGF em 88 casos consecutivos de tumores primários de mama. As amostras foram obtidas de pacientes portadoras de câncer primário de mama, submetidas a tratamento cirúrgico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2004. A técnica de imuno-histoquímica, usando o complexo avidina-biotina-peroxidase, foi aplicada para avaliar a imunoreação dos antígenos nos tumores. A expressão qualitativa das proteínas foi avaliada por meio da observação da intensidade da coloração acastanhada dos anticorpos no citoplasma das células malignas, considerando positiva quando pelo menos uma célula tumoral apresentava coloração nítida e inequívoca para cada um destes marcadores. Para a determinação do escore qualitativo (0=ausente, 1=fraca, 2=média e 3=forte), foi considerada a intensidade da coloração citoplasmática mais forte na lâmina, independente do número de células coradas. A expressão quantitativa foi determinada pela percentagem média de células coradas, observadas em pelo menos dez campos microscópicos. A quantificação final da expressão da MMP-9 e do VEGF foi feita por meio da aplicação do algoritmo HSCORE=Σ[(I+1)]xPC, no qual I e PC representam a intensidade da coloração e a percentagem das células coradas, respectivamente. RESULTADOS: a MMP-9 e o VEGF apresentaram alto percentual de positividade nos tumores estudados. A expressão final mostrou escore mediano de 180 e 190, respectivamente. Quando se comparou a expressão da MMP-9 e do VEGF com as variáveis "idade", "diâmetro tumoral", "tipo histológico", "grau histológico", "linfonodo axilar" e "invasão vascular", não foi encontrada nenhuma correlação significativa. Comparadas entre si, a MMP-9 e o VEGF apresentaram uma correlação significativa (rho=0,23; p=0,03). A positividade do linfonodo axilar apresentou uma correlação positiva com o maior diâmetro tumoral (2,7±1,1 cm; p<0,01) e com a presença de invasão vascular (84,1%; p<0,01). CONCLUSÕES: os resultados encontrados não mostraram correlação entre a expressão da MMP-9 e do VEGF com os indicadores de prognóstico selecionados, mas uma correlação significativa quando correlacionados entre si.
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O hirsutismo é definido como a presença de pelos terminais na mulher, em áreas anatômicas características de distribuição masculina. Pode se manifestar como queixa isolada ou ser acompanhada de outros sinais de hiperandrogenismo, virilização, distúrbios menstruais e/ou infertilidade, e está associado aos níveis circulantes de androgênios e à sensibilidade cutânea a estes hormônios. As causas mais prevalentes do hirsutismo são a síndrome dos ovários policísticos e o hirsutismo isolado, na presença de ciclos ovulatórios. Menos frequentes são as hiperplasias adrenais congênitas forma não-clássica por deficiência da 21-hidroxilase, bem como o hirsutismo secundário ao uso de medicamentos. Outras causas mais raras são a síndrome de Cushing e os tumores virilizantes. A avaliação diagnóstica deve focar na identificação da etiologia e do risco para comorbidades eventualmente associadas. Os objetivos do tratamento são: suprimir o excesso de androgênios, quando houver; bloquear a ação dos androgênios no folículo pilo-sebáceo; identificar pacientes com risco para distúrbios metabólicos e/ou de neoplasias do trato reprodutivo e proceder à sua prevenção primária e secundária.
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OBJETIVO: avaliar características clínicas, patológicas e moleculares de carcinomas mamários em mulheres muito jovens em comparação a tumores de mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: foram selecionados 106 casos de câncer de mama de mulheres jovens e 130 casos de mulheres pós-menopausa. Foram analisados dados clínicos (idade ao diagnóstico, estadiamento, ocorrência de metástases, tempo de sobrevida global e livre de doença), anátomo-patológicos (tamanho do tumor, tipo e grau histológico do tumor primário) e marcadores moleculares (receptores de estrógeno e progesterona, HER2, p53, p63, citoqueratinas 5 e 14 e EGFR) com uso da imunoistoquímica empregando microarranjo de tecido. Foi analisada a relação entre as características clínico-patológicas, imunoistoquímicas e de sobrevidas global e livre de doença. RESULTADOS: as pacientes muito jovens apresentaram maior frequência de nuliparidade (p=0,03), maior diâmetro dos tumores (p<0,000), estadiamento clínico mais avançado (p=0,01), maior número de linfonodos positivos (p=0,001) e tumores pouco diferenciados (p=0,004). A maioria das pacientes jovens recebeu tratamento com quimioterapia (90,8%) e radioterapia (85,2%) e em menor proporção com tamoxifeno (31,5%), comparado às mulheres na pós-menopausa. Observamos baixa positividade para o receptor de estrógeno (49,1%; p=0,01) e alta positividade para a proteína HER2 (28,7%; p=0,03) nas mulheres jovens. O fenótipo triplo-negativo foi observado em 29,6% no grupo jovem e em 20% nas mulheres na pós-menopausa. Os tumores de fenótipo basal foram mais frequentes nas mulheres jovens (50%). As metástases sistêmicas ocorreram em 55,3% dos casos nas jovens e em 39,2% nas idosas. As sobrevidas global e livre de doença em cinco anos foram, respectivamente, 63 e 39% para as mulheres jovens e 75 e 67% para o grupo de mulheres na pós-menopausa. CONCLUSÕES: carcinomas mamários de mulheres muito jovens têm características clínicas, patológicas e moleculares mais agressivas quando comparadas às mulheres acima de 50 anos.
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Na mulher, a principal fonte de inibina B são as células da granulosa de folículos em crescimento, enquanto a inibina A é secretada principalmente pelo corpo lúteo e pela placenta. Em mulheres inférteis submetidas a terapias de reprodução assistida, a inibina B se mostrou útil para predizer má resposta ovulatória, embora não tenha superado o desempenho de outros marcadores. No rastreamento pré-natal da síndrome de Down, a utilidade da inibina A foi repetidamente confirmada no segundo trimestre e começa a ser considerada também na bateria de testes do primeiro trimestre. Além das duas aplicações acima, a dosagem de inibina total pode contribuir para a identificação de casos de insuficiência ovariana autoimune. A inibina total também pode ser um marcador auxiliar no diagnóstico de tumores epiteliais do ovário, enquanto a dosagem de inibina B auxilia no diagnóstico de tumores de células da granulosa. O uso da inibina A pode se estender à avaliação de gestantes com ameaça de abortamento, com história de abortamento de repetição, com risco aumentado de pré-eclâmpsia, ou ainda nos primeiros dias de seguimento pós-esvaziamento de mola hidatiforme. Todas essas aplicações continuam em estudo, mas com possibilidade real de virem a ampliar o espectro diagnóstico das dosagens de inibinas em Ginecologia e Obstetrícia.
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OBJETIVOS: avaliar os fatores clínicos, patológicos e imunoistoquímicos podem ser indicativos de comprometimento metastático de outros linfonodos em pacientes com carcinoma de mama submetidas à biópsia do linfonodo sentinela (BLNS). MÉTODOS: estudo retrospectivo de 1.000 pacientes sucessivas com biópsia do LS, de 1998 a 2008. Foram avaliados: idade, tamanho do tumor, grau histológico, invasão angiolinfática, o status de receptores hormonais e HER-2, o tamanho da metástase e número de LS positivos. As associações entre as características dos tumores e os tipos de metástases foram avaliadas com testes de razão de verossimilhança corrigida com χ2 para amostras insuficientes. RESULTADOS: a idade média foi 57,6 anos, e o tamanho médio do tumor foi de 1,85 cm. Um total de 72,2% LS foram negativos e 27,8% foram positivos, mas em 61,9% dos casos, o LS foi o único positivo; com 78,4% de macrometástases, 17,3% de micrometástases e 4,3% de células tumorais isoladas (CTI). O tamanho do tumor foi fator preditivo de metástases em linfonodos não-sentinela. Após 54 meses de acompanhamento, não houve recidivas em pacientes com CTI, no grupo de micrometástases houve uma recorrência local e duas sistêmicas, e no grupo de macrometástases ocorreram quatro locais e 30 a distância. CONCLUSÕES: dos parâmetros clínicos estudados, apenas o tamanho do tumor foi correlacionado com comprometimento metastático de linfonodos axilares. O tamanho das metástases e do número de LS positivos também aumenta diretamente a possibilidade de recidiva sistêmica. As diferentes taxas de recidiva indicam que o significado biológico desses tipos de metástases é diferente e que os pacientes com metástases nos LS também podem ter diferentes riscos de comprometimento metastático de outros linfonodos axilares.
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OBJETIVO: analisar o diagnóstico, evolução e conduta terapêutica em cinco casos de tumores cardíacos primários diagnosticados no período pré-natal. MÉTODOS: no período de Janeiro 1997 a Dezembro 2008, 7.989 gestantes foram submetidas à avaliação ultrassonográfica morfológica fetal devido à presença de fatores de risco para malformações fetais. Foram selecionados os casos com massas hipercogênicas intracardíaca maiores que 1 mm diagnosticados na avaliação ultrassonográfica do coração fetal. O diagnóstico diferencial dos tumores foi realizado segundo as características ultrassonográficas das massas. RESULTADOS: em cinco fetos foram diagnosticadas massas hiperecogênicas intracardíaca correspondendo a uma taxa de prevalência de 0,06%. A idade gestacional variou entre a 28ª e a 36ª semanas (média=31) e a idade materna variou de 23 a 45 anos (média=34,2). A localização mais frequente das massas foi o ventrículo esquerdo (100%). Ecograficamente, todas as massas eram hipercogênicas, homogêneas, únicas ou múltiplas e bem delimitadas, compatíveis com diagnóstico de um rabdomioma. Nos casos em que os diâmetros das massas foram menores que 20 mm, a conduta foi expectante e não houve complicações no período pré-natal. Um caso com tumor de grande volume apresentou arritmia e insuficiência cardíaca na 35ª semana de gestação, sendo indicada a interrupção da gestação. Em 80% dos casos foi observada associação com esclerose tuberosa no seguimento pós-natal. A regressão dos tumores cardíacos ocorreu em três casos (60%) durante um seguimento médio de três anos. Todos os recém-nascidos eram do sexo masculino e sem antecedentes familiares de esclerose tuberosa. CONCLUSÕES: a avaliação ultrassonográfica morfológica fetal é a principal forma de detecção precoce dos tumores cardíacos primários. A avaliação cardíaca fetal é fundamental para a caracterização morfológica diferencial das massas cardíacas e para avaliação funcional cardíaca. Os rabdomiomas são o tipo mais comum de tumor no feto. A conduta pré e pós-natal são expectantes, com baixo risco de complicações, havendo possibilidade de regressão espontânea na maioria dos casos. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa.
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OBJETIVO: avaliar a efetividade e a segurança da administração de uma nova formulação de misoprostol em solução por via oral, com doses escalonadas, para indução do parto de feto vivo a termo. MÉTODOS: realizou-se um estudo multicêntrico, do tipo ensaio clínico, aberto, não-randomizado, no período de Julho a Dezembro de 2008. Foram incluídas 30 pacientes com indicação de indução do trabalho de parto, a termo, com feto vivo, índice de Bishop <6, apresentação cefálica, peso fetal estimado pela ultrassonografia <4.000g e índice de líquido amniótico >5. Foram excluídas mulheres com cicatriz uterina, cardiotocografia alterada, gestação múltipla, restrição de crescimento fetal, hemorragia genital e presença de tumores, ulcerações ou malformações genitais. A dose inicial da solução oral foi de 20µg/h de misoprostol, nas primeiras 6 horas, aumentando em 20µg/h de misoprostol a cada 6 horas, se o trabalho de parto não fosse deflagrado, até uma dose máxima de 80µg/h, nas primeiras 24 horas, mantendo a dose máxima (80µg/h) por mais 24 horas, se necessário. RESULTADOS: o trabalho de parto foi induzido satisfatoriamente em 96,7% das gestantes. O intervalo entre a primeira dose e o início das contrações uterinas foi de 3,8±1,8 horas, enquanto o intervalo entre a dose inicial e o parto variou entre 6 e 24 horas. A frequência de parto vaginal foi de 80% (n=24). A maioria das gestantes iniciou o trabalho de parto com a dose de 20µg/h (60%; n=18). A taquissistolia ocorreu em 13,3% das gestações e líquido meconial foi detectado em 20% dos casos. Houve dois casos de escore de Apgar <7 no primeiro minuto e nenhum no quinto minuto. CONCLUSÕES: a solução oral de misoprostol administrada de forma escalonada foi efetiva e segura para indução do trabalho de parto. No entanto, são necessários estudos controlados para comparação com a via vaginal.
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OBJETIVO: avaliar o desempenho da biópsia helicoide na realização de biópsias mamárias. MÉTODOS: foi selecionado aleatoriamente uma amostra composta de 30 pacientes portadoras de câncer de mama submetidas à mastectomia. Foram excluídas as mulheres portadoras de tumor que tivessem consistência pétrea, não-palpável, com manipulação cirúrgica prévia ou que contivesse líquido. Utilizando-se o kit de biópsia helicoide e um equipamento de core biopsy com cânula e agulha de 14 gauge, respectivamente, coletou-se um fragmento por equipamento em área sã e nos tumores, em cada peça cirúrgica, totalizando 120 fragmentos para estudo histológico. Para a análise dos dados, definiu-se um nível de confiança de 95% e utilizou-se o software SPSS, versão 13; o índice de concordância Kappa e o teste paramétrico t de Student. RESULTADOS: a média das idades das pacientes foi de 51,6 anos (±11,1 anos). A core biopsy apresentou sensibilidade de 93,3%, especificidade de 100% e acurácia de 96,7%, enquanto a biópsia helicoide teve sensibilidade de 96,7%, especificidade de 100% e acurácia de 98,3%. Na comparação entre a histologia dos tumores e dos fragmentos de biópsias, houve alto grau de concordância nos diagnósticos (Kappa igual a 0,9, com p<0,05). CONCLUSÕES: ambos os equipamentos proporcionaram o diagnóstico histológico das lesões com alta acurácia. Os resultados deste estudo demonstraram que a biópsia helicoide é uma alternativa confiável no diagnostico pré-operatório de lesões mamárias.
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OBJETIVO: avaliar a acurácia da punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e da punção por agulha grossa (PAG) no diagnóstico da lesão mamária e do câncer de mama. MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, baseado na busca em prontuários médicos. A PAAF e a PAG foram realizadas sequencialmente, como rotina do serviço de Mastologia. Os dois procedimentos percutâneos foram realizados em 233 pacientes, no período de março de 2005 a fevereiro de 2007. Foram incluídas mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, com alterações no exame clínico e/ou de imagem das mamas ou com histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário. A PAAF e a PAG foram realizadas de acordo com as recomendações técnicas do Instituto Nacional de Câncer. Foram calculados o percentual de concordância, o coeficiente Kappa de Cohen, a sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo e a acurácia da PAAF e da PAG, considerando como padrão-ouro a biópsia cirúrgica. RESULTADOS: a média de idade das pacientes foi de 49 anos (±12,7), os tumores mediam em média 26,9 mm (±23,1), e em 47,2% dos casos, tinham mais de 20 mm. A sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo e a acurácia foram maiores na PAG do que na PAAF, independentemente do tamanho da lesão mamária, tendo a PAG uma acurácia diagnóstica de 97,5% e a PAAF de 77,5%. CONCLUSÃO: apesar de a PAG mostrar maiores valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia que a PAAF, tanto para as lesões palpáveis quanto para as impalpáveis, o método permanece útil no diagnóstico minimamente invasivo das lesões mamárias, sobretudo quando seus resultados são analisados em conjunto com o exame clínico e de imagem.
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RESUMO As síndromes hiperandrogênicas englobam doenças que se manifestam através de um aumento da atividade biológica dos androgênios e podem ter origem em patologias neoplásicas ou funcionais. Os tumores ovarianos secretores de androgênios constituem cerca de 1% das neoplasias do ovário. O tumor de células esteroides é um dos tipos mais raros, sendo responsáveis por menos de 0,1% de todos os tumores ovarianos. São habitualmente benignos, de pequenas dimensões e unilaterais. Neste relato, apresenta-se o caso raro de um tumor unilateral de células esteroides. Paciente do sexo feminino, 60 anos, por hirsutismo, hipertorfia do clitóris e elevação dos níveis séricos de estradiol, com quatro meses de evolução. Apresentava níveis elevados de testosterona total e de 17-OH-Progesterona.