835 resultados para atividades exteriores à sala de aula


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Esta dissertação tem por objetivo investigar o ensino de produção oral de língua inglesa nos cursos de graduação em Letras de Belém-PA sob a perspectiva dos gêneros do discurso (Bakhtin, 1992; Bazerman, 2005). Para esse fim, foram realizadas observações de aula em turmas de duas instituições de ensino superior de Belém-Pará e foram coletados os livros didáticos utilizados nestas. Eles foram analisados focalizando-se as atividades de produção oral, verificando se elas incorporam, explícita ou implicitamente, a noção de gênero do discurso em sua formulação e o tratamento dado a linguagem oral presente nos mesmos a fim de comparar as propostas metodológicas desses manuais e o que efetivamente é realizado em sala de aula. Também foram aplicados questionários a professores e alunos das turmas observadas. A análise dos dados revela que a presença de uma concepção de língua como gênero ainda é incipiente na elaboração de atividades de oral e que há carência de uma variedade de gêneros orais como objeto de estudo durante a graduação, já que praticamente o único estudado é o diálogo didático.

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Neste trabalho, apoiamo-nos num corpus oriundo de uma pesquisa realizada em turmas de Francês Língua Estrangeira (FLE) de Macapá e num material teórico construído a partir da leitura de pesquisadores como Vygotsky, Bakhtin, Kramsch, Vion, Kerbrat-Orecchioni, Castellotti, Gajo, Grandcolas, Arditty, Vasseur, Mondada, Pekarek Doehler e Cicurel, com o objetivo de investigar a função das interações verbais no ensino-aprendizagem de uma competência comunicativa oral nessas turmas. Mais especificamente, objetivamos a: 1) Descrever as metodologias de ensino da produção oral (PO) realizadas em turmas de FLE em Macapá; 2) Analisar as interações verbais que se realizam entre professor e aluno e dos alunos entre si, em turmas de FLE macapaenses; 3) Apresentar sugestões para uma prática de ensino do discurso que valorize as interações verbais e os contextos sociointeracionistas. Nossas investigações visam a responder às seguintes perguntas de pesquisa: 1) Que lugar ocupa o ensino da PO nas turmas macapaenses de FLE?; 2) Qual o papel da língua materna (LM) no processo de aquisição do discurso em língua estrangeira (LE)?; 3) Em que medida uma metodologia fundamentada na Teoria Sociointeracionista do Ensino de Línguas poderia beneficiar o ensino da PO em turmas de FLE?; 4) Como criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma competência de PO em turmas de FLE? A fim de identificarmos as causas das dificuldades conversacionais dos estudantes, entrevistamos alunos e professores e observamos, gravamos e transcrevemos aulas em três escolas. Posteriormente, tratamos os dados orientando-nos principalmente pela abordagem sociointeracionista do ensino de línguas em contexto escolar (Vygotsky, Bakhtin) e pelo interacionismo discursivo apresentado por Kramsch (1991). Abordamos temas ligados ao ensino-aprendizagem de línguas, tais como as aquisições linguageiras mediadas pelas interações sociais realizadas em sala de aula ou fora dela, o tratamento do erro, o papel da língua materna no processo de apropriação discursiva e os diálogos dos manuais enquanto ferramentas para a construção de uma competência conversacional. Ao final, propomos uma reflexão sobre a (auto) formação do ensinante interativo e, a partir das sugestões de Kramsch, uma tipologia de atividades discursivas, com o intuito de mostrar de forma mais concreta como favorecer a construção de uma competência de PO em LE em turmas de FLE.

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Nesta dissertação de mestrado, objetivamos investigar a relação entre o professor e o livro didático na 4ª série do ensino fundamental em seis escolas públicas, localizadas na cidade de Belém. Para tanto, buscamos perceber quais critérios adotados na seleção, quais objetos de ensino evidenciados no livro e nas aulas de língua portuguesa, quais seções usadas e quais estratégias instauradas pelas professoras no momento em que usam o livro didático. Neste estudo, adotamos uma pesquisa de caráter etnográfico, pois consideramos as vozes das professoras sobre o processo de seleção e a utilização do livro em sala de aula. Fazemos uso também de idéias de base sócio-interacionista de Vygotsky (1984, 2003) e Bakhtin (1993, 1997, 1999) a respeito da linguagem, da interação, da construção do sujeito, dentre outras; e recorremos a alguns estudos referentes ao ensino de língua portuguesa e ao livro didático. Na análise, refletimos sobre as propostas dos livros didáticos (publicados entre 2003 e 2005) atinentes à compreensão e produção (oral e escrita) e sobre o objeto de ensino priorizado nesse material. Analisamos as entrevistas com seis professoras e as aulas de língua portuguesa, comparamos as propostas dos livros às das professoras e apresentamos algumas sugestões para um melhor aproveitamento do livro. Os resultados da pesquisa indicam que os livros didáticos, adotados pelas escolas envolvidas neste estudo, parecem não desempenhar a função de direcionadores do ensino nem assumir a função das professoras, uma vez que eles são apenas utilizados para complementar as atividades, planejadas previamente por elas.

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No contexto educacional de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, seja ele na educação básica ou no nível superior, as atividades de escrita são geralmente negligenciadas em detrimento da grande atenção dada à habilidade de oral. Professores se queixam com frequência dos desafios e dificuldades que enfrentam para despertar em seus alunos o interesse em relação às atividades de escrita. Por outro lado, percebe-se que os alunos também reclamam do tratamento que é dado à escrita em sala de aula, mostrando-se desinteressados e desmotivados quando da produção dessas atividades. Diante disso, este trabalho tem o objetivo de discutir, refletir e analisar como essa habilidade vem sendo tratada ao longo dos anos e propõe a abordagem baseada em gêneros textuais com o intuito de motivar e fomentar a autonomia dos alunos de uma turma de graduação em Letras, habilitação em Língua Inglesa da Universidade Federal do Pará, no campus de Bragança, a partir do uso de gêneros virtuais dispostos no site de relacionamentos Orkut.

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Com esta pesquisa objetivou-se investigar os saberes em ação na prática docente no ensino de Matemática a alunos surdos incluídos em uma escola com alunos ouvintes. Direcionados pela pergunta norteadora que saberes os professores desenvolvem para incluir o aluno surdo nas aulas de Matemática com alunos ouvintes na Escola Regular? Buscaram-se respostas nos dados coletados em uma escola que atua nas séries iniciais, no Município de Belém-Pa, em uma turma de 4ª série, com 25 alunos, 20 ouvintes e 05 surdos incluídos. Os sujeitos informantes foi a professora regente da turma (PR), a professora itinerante que atende a turma (PI) e 03 futuros professores de Matemática (FP), alunos da Licenciatura em Matemática da UFPA também envolvidos no processo a partir de um trabalho colaborativo com a pesquisadora e o orientador da pesquisa. Trata-se de um estudo de caso do tipo etnográfico em que foram realizadas: observação participante sistemática e assistemática durante 08 meses, entrevista não estruturada com os 05 sujeitos e análise documental de plano anual, livro didático de Matemática, atividades de aula e diário de bordo dos futuros professores, que foram trianguladas originando eixos de análises para cada sujeito e seus saberes e ainda 03 episódios de sala de aula durante as aulas de fração dos quais foram extraídas 03 categorias que subsidiaram as análises sendo elas: (1) o saber da Língua nas aulas de matemática para alunos surdos incluídos com alunos ouvintes em que os resultados apontam para a importância dos saberes disciplinares / específicos, os curriculares, os experienciais e o saber da reflexão – na - ação como saber público validado evidenciando o saber da língua de sinais como o diferencial da cultura surda, gerou-se 02 subcategorias: 1ª a Língua de Sinais como saber necessário e a Língua Portuguesa Oral como imposição de saber e poder cultural e assim foi possível sinalizar para o conflito de culturas no processo de ensino de Matemática para alunos surdos incluídos na escola de ouvintes; (2) o saber inclusivo, o impacto entre a cultura surda e a cultura ouvinte no mesmo ambiente de aprendizagem, o que sinalizou para a existência de duas escolas no mesmo espaço e situações de aulas que propiciaram a inclusão e a exclusão dos alunos surdos no contexto; (3) o saber da reflexão – na - ação durante as aulas de Matemática a alunos surdos com alunos ouvintes enquanto o constituinte do habitus profissional desde a formação inicial como forma de propiciar a assimilação da diversidade cultural na prática docente.

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Esta pesquisa investigou as atitudes de uma professora de língua portuguesa de uma escola pública e de seus alunos da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Procurei observar indícios de comportamentos autônomos tanto por parte da professora quanto por parte dos alunos para verificar em que medida a professora colaboradora fazia a transferência da responsabilidade para o aprendente e como se dava este processo de transferência. Teoricamente, a compreensão da problemática baseia-se nos postulados sobre autonomia, em conformidade com Benson (2001), Dam (2003), Dickinson (1994), Melo (2007), Magno e Silva (2008), e nos Documentos Oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998). Os resultados apresentados apontam, nas atitudes dos sujeitos investigados, a parca preocupação com uma transferência de responsabilidades que poderia levar á autonomização dos alunos. Dessa forma este estudo abre a possibilidade de se pensar as práticas da sala de aula, enquanto espaço no qual o exercício da autonomia seria possível.

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Foram analisadas nessa pesquisa as propostas de compreensão textual em manuais utilizados em cursos básicos de Português como Língua Estrangeira (PLE) em Belém-Pa. Foi investigado também como as propostas são desenvolvidas pelas professoras em sala de aula. Os objetos de estudo foram materiais instrucionais da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da School for International Training (SIT). Para os alunos de ambas as instituições, a habilidade de compreensão escrita na Língua Estrangeira (LE) é imprescindível. Todos necessitam ler em português para participar ativamente da sociedade em que agora vivem. Entretanto, cada público também se vale da leitura para atividades específicas. Assim, esses alunos precisam ler diferentes textos em LE por diversas razões e em várias situações. Daí a importância de usar em sala de aula manuais que favoreçam o desenvolvimento da compreensão escrita dos alunos propondo textos, atividades e estratégias adequados ao público-alvo. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar as propostas de compreensão escrita nos manuais de PLE assim como sua operacionalização nos cursos em questão e contribuir assim para o aperfeiçoamento das práticas de sala de aula, levando em conta ainda opiniões de professores e alunos sobre o trabalho com essa habilidade. O estudo em questão foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica e de campo. A pesquisa bibliográfica baseou-se em autores como Alliende e Condemarín (2005), Koch e Elias (2007), Farrell (2003), Henk et al (2000), Marcuschi (2008), e Nuttall (2005), entre outros. A pesquisa de campo se deu no curso de PLE das instituições mencionadas e teve como população-amostra alunos e professoras que ministraram aula para o nível básico de cada uma das instituições no primeiro semestre de 2011. Foram utilizados dados de três fontes nesta investigação: análise dos manuais e do questionário aplicado aos alunos e professoras, além da observação de aulas usando o material. Ao final da pesquisa, constatamos que as propostas de ambos os manuais ainda estão longe de proporcionar oportunidades adequadas de desenvolvimento da habilidade de ler em uma LE e também que trabalhar com um manual produzido artesanalmente pode não ser a melhor opção, embora ainda seja muito forte a ideia de que não há LD que atenda as necessidades de determinado grupo de alunos.

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Este estudo teve por objetivo investigar as representações de crianças da Educação Infantil (EI) sobre o meio ambiente, em interface com a Educação Ambiental, como forma de entender as relações que a criança tem de si com o meio ambiente, tendo como foco principal as idéias e imagens que as crianças fazem do meio ambiente. A pesquisa postula uma abordagem qualitativa com ênfase à metodologia da teoria da representação social de Serge Moscovici (1978), Jodelet et al. (2001), associado ao trabalho de percepção ambiental, balizadas em Del Rio (1996); Tuan (1980, 1983). Para o processo de intervenção foram utilizadas estratégias de percepções, efetivadas através um passeio exploratório e interpretativo do espaço sala de aula, e do jogo das evocações, cujas ilustrações foram inspiradas nas tipologias de ambiente segundo Sauvé et al. (2000) e Sato (2004), evocadas sob a expressão indutora meio ambiente. Todas as atividades foram balizadas pelas expressões orais e pictóricas das crianças, dados esses analisados a partir do conteúdo gráfico e discursivo contidos nas construções sociais de meio ambiente, numa interpretação infantil. Os sujeitos da pesquisa foram 20 crianças de 6 anos de idade, alunos da educação infantil de uma escola pública, situada no bairro Montese, na cidade de Belém (PA). Nas análises dos dados tornou-se evidente o valor topofílico em relação aos ambientes, em especial, os do convívio escolar e familiar das crianças, expressos pela afetividade, elemento fundamental de formação da identidade pessoal e de inter-relações com o meio ambiente. De acordo com as evocações, os resultados mostraram que as crianças concebem o meio ambiente como problema na 1ª evocação, como biosfera na 2ª evocação, e por último, como natureza. Na estrutura representacional, o ambiente como problema mostrou ser o Núcleo Central das representações sociais que, confirmados pelos desenhos e falas infantis, indicam o poder de veiculação da mídia em torno de suas concepções, estes ancorados na necessidade de preservar (intervenção) o meio ambiente para garantir a vida no planeta.

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Trata de uma investigação de um processo de estudo de semelhança de figuras realizado por uma comunidade de estudo, em uma turma do ensino médio de uma escola da rede pública estadual da periferia de Belém, buscando responder se as atividades desenvolvidas pelos alunos em sala de aula caracterizam uma atividade matemática a luz da teoria da transposição didática de Yves Chevallard. Isso é realizado por meio de atividades colaborativas, em que busca identificar os movimentos dos saberes matemáticos evocados pelos alunos na construção do conceito de semelhança. A pesquisa é de natureza qualitativa, numa abordagem etnográfica adaptada à educação, segundo Lüdke e André. As análises mostram que as atividades realizadas promovem um fazer matemático e, portanto, uma atividade matemática, por meio dos saberes evocados e as articulações estabelecidas na construção de modelos para a compreensão pelos alunos do conceito de semelhança. São destacadas as dificuldades como elementos importantes na identificação de saberes e articulações destes, bem como a comunidade de estudo colaborativo como facilitador do processo de estudo.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Esta pesquisa situa-se entre os estudos da Consciência Linguageira e a formação de comportamentos autônomos com influência do fator motivacional em aprendentes do Inglês como língua estrangeira. Considerando a relevância da explicitude dos insumos complexos e da Consciência Linguageira na instrução, observei que, ao utilizar esses princípios, o docente pode favorecer em seus aprendentes a formação de comportamentos que os levem a um maior controle de sua própria aprendizagem. Desta forma, o presente estudo tem como objetivos verificar a correlação entre Consciência Linguageira, autonomização e motivação como aspecto subliminar. O embasamento teórico deste estudo respalda-se essencialmente nas contribuições de Little (1997), Flavell (1976), Donmall (1991), Hawkings (2001), James; Garret (1991), Benson (2001), Rutherford (1987) e Van Lier (1991). Concomitantemente à investigação bibliográfica foi desenvolvida uma pesquisa - ação a fim de compreender o processo de apropriação do insumo pelo aprendente adulto, formulando hipóteses e valorizando o contexto dinâmico da sala de aula para intervir na melhoria da aprendizagem. A observação e a coleta de dados ocorreram em uma turma do 6º nível de língua inglesa, dos Cursos Livres de Línguas Estrangeiras, da Universidade Federal do Pará. Os dados procedentes das entrevistas, questionários, observações e atividades de foco na forma demonstraram que diante de situações em que o insumo linguístico apresentava maior complexidade, as produções orais e escritas ficavam comprometidas e havia menor participação dos aprendentes nas atividades de conversação. Observei ainda, que as atividades de Foco na Forma, a explicitude e as reflexões conduzidas por meio de metalinguagem aproximaram os alunos da solução de dificuldades ante os insumos complexos, e os motivaram a buscar, autonomamente, diferentes alternativas de aprendizagem. Os dados foram cruzados para as análises a respeito das implicações da Consciência Linguageira no desenvolvimento de comportamentos autônomos e da motivação sobre o desempenho dos aprendentes, permitindo uma reflexão relativa ao tema e aos insights significativos para a solução de problemas oriundos da imprevisibilidade do contexto em sala de aula.

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A presente pesquisa teve como objetivo analisar os procedimentos adotados por alunos do Ensino Fundamental ao interpretarem e aplicarem regras matemáticas na resolução de problemas de regra de três simples e composta, bem como o processo de tratamento que é dado à linguagem, em especial, à linguagem matemática. O processo de reflexão acerca da linguagem desencadeou, a partir do nosso estudo, do movimento conhecido por Virada Linguística, espaço em que se discutiu que seria impossível filosofar a respeito de algo sem anteriormente refletir sobre a linguagem pelo motivo de considerar que qualquer experiência se realiza anteriormente na linguagem. A partir desse momento, surgem as primeiras interpretações daquilo que ficou conhecido como Filosofia da Linguagem. Foi a partir dessa perspectiva filosófica que procuramos ancorar nossas análises, principalmente nas ideias daquele que ficou conhecido como o maior expoente, Ludwig Wittgenstein. As ideias desse filósofo se dividem em duas conflitantes filosofias, a primeira em que busca uma análise lógica da linguagem, e a segunda que discute e analisa a linguagem a partir da noção de contexto, ou seja, onde as expressões linguísticas adquirem sentido. Nesta segunda fase de seu pensamento, discute entre outros temas a necessidade que o sujeito possui de „seguir regras‟, a qual subsidiou uma de nossas seções de análise. O cenário da pesquisa foi uma sala de aula com alunos do 7º ano da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. A coleta do material aconteceu a partir de observações in lócus e por meio da aplicação de três baterias de testes envolvendo problemas matemáticos escolares de regra de três. Após o término das atividades, realizamos uma entrevista semiestruturada com alguns desses alunos e com o professor da turma. As análises desse material estão organizadas em três seções, as quais revelaram que grande parte desses alunos fracassou ao aplicar e seguir as regras matemáticas. Destacamos ainda que as ações desses alunos frente ao uso dos algoritmos também acontecem de maneira mecânica, pois aplicaram as regras e as seguiram sem atribuírem sentido, há ainda aqueles que se confundiram com as regras aprendidas em experiências anteriores.

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A relação entre a família e a escola tem sido vista como alicerce fundamental para o bom desempenho escolar, e desenvolvimento dos alunos. O presente estudo apresenta dados de uma pesquisa voltada para análise das relações estabelecidas entre as professoras e os pais de crianças com necessidades especiais que estão matriculadas em uma escola pública da rede municipal de Belém do Pará. Para tal, foram entrevistadas quatro responsáveis e quatro professoras dos respectivos alunos, sendo realizados, posteriormente, grupos focais diferentes para pais e professores. Os dados foram analisados qualitativamente, buscando-se investigar a relação em função de três variáveis específicas: o conteúdo, a qualidade e a freqüência dessa relação. Tais variáveis podem ser compreendidas quanto às atividades que os pais fazem junto com a escola, de que maneira realizam tais atividades e com que freqüências o fazem. A análise dos resultados mostrou que a participação familiar na realidade escolar ainda se encontra bastante distante do que poderia ser considerado o ideal, principalmente, quando se trata de inclusão escolar de crianças deficientes, apesar de estar contido no projeto político-pedagógico da escola que é papel da mesma, incentivar a participação da comunidade. Os dados também revelaram que os pais vão pouco à escola, limitandose somente a levar e buscar os alunos e que raramente conversam com as professoras sobre outros assuntos, ficando as trocas verbais predominantemente referentes a algum problema que o aluno tenha apresentado em sala de aula. Apesar dos resultados mostrarem uma realidade amplamente negativa, tanto as professoras quanto os responsáveis acreditam que deve haver participação contínua da família na escola, porém ambos não desenvolvem atividades que propiciem tal aproximação. Em apenas um dos casos, uma professora mostrou desenvolver atividades que trazem a família mais para perto do cotidiano escolar das crianças. Especificamente em relação aos pais de alunos com deficiências, a situação mostra-se bastante parecida aos pais de crianças ditas “normais”, porém além do distanciamento natural, ainda há barreiras atitudinais de preconceito e discriminação para com os alunos deficientes, o que reflete conseqüentemente na relação com estas famílias.

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Histórias infantis têm sido utilizadas como recurso lúdico-didático na instalação de comportamentos. Nesta literatura, estes comportamentos geralmente estão descritos na forma de regras de conduta, explícitas (regras prescritivas) ou implicitamente (regras descritivas). O presente estudo avaliou o efeito da exposição continuada a histórias infantis, sobre a frequência e o tempo de engajamento em comportamentos relevantes à aprendizagem escolar, de quatro crianças entre sete e oito anos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com as professoras objetivando coletar relatos sobre o desempenho de seus alunos em atividades escolares. Em seguida, o experimentador realizou registros cursivos dos comportamentos das crianças em situação de sala de aula, com o objetivo de identificar a ocorrência e a freqüência dos comportamentos relatados pela professora, para selecionar e categorizar os comportamentos alvos. Foram selecionados os comportamentos de Cópia, Responder e Visto, a partir de então foram realizados registros de ocorrências da emissão destes comportamentos, com o objetivo de ter uma linha de base da freqüência de emissão destes comportamentos. A Condição Experimental era composta de linha de base e seis fases, em cada fase eram lidas histórias diferentes. A Fase sempre era iniciada com a leitura de uma história, seguida do registro de ocorrências dos comportamentos alvos. As histórias apresentavam regras descritivas mostrando as conseqüências positivas da emissão dos comportamentos selecionados e as conseqüências negativas da emissão de comportamentos incompatíveis com os mesmos. Os resultados sugerem que a exposição continuada às histórias foram eficientes para instalar e ou aumentar a frequência dos comportamentos de Cópia, Responder e Visto, bem como o tempo de engajamento das crianças nestas atividades.

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A presente pesquisa investiga como os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem de Português no curso de formação de professores do Bacharelato emergencial em Ciências Naturais, ofertado em Timor-Leste pela cooperação brasileira no período entre outubro/2009 e dezembro/2010, “traduzem / interpretam” o discurso de (re)introdução da língua portuguesa nesse país. A pesquisa baseia-se em dados produzidos ou reconstituídos a partir de minha experiência como professora do curso de formação de professores em língua portuguesa, através do “Programa de Qualificação e ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste (PQLP)”, coordenado pela Fundação CAPES. Para proceder à discussão, tomo como ferramentas teórico-metodológicas conceitos de Maingueneau (2008), especialmente os de “interincompreensão” e “simulacro”, como também os conceitos de “estratégia” e “tática” de Michel de Certeau (2012), que compõem seu modelo polemológico das apropriações culturais. As análises apontam que a maneira como cursistas e formador se apropriam do discurso da política de (re)introdução da língua portuguesa em Timor é determinada por formações discursivas diferentes, e que a relação interdiscursiva estabelecida entre elas desencadeia o fenômeno da “interincompreensão”. Compreender como essas formações discursivas se traduzem mutuamente na sala de aula, dentro das atividades que a princípio se destinariam ao ensino e a aprendizagem do português, contribui para que se possa (re)definir as intervenções didáticas das aulas de Português na formação de professores, assim como a política de (re)introdução do português em Timor-Leste. Defendemos que o ensinoaprendizagem do português, no contexto de Timor-Leste, precisa ser compreendido não apenas do ponto de vista didático, no que diz respeito à construção e mediação de saberes entre alunos e professores, como também do ponto de vista ideológico, uma vez que nesse país as propostas de formação atuais representam um projeto que pode conflitar com valores e crenças existentes na sociedade a respeito do idioma português e da relação entre a escola e outras instituições.