969 resultados para Territorialidad Simbólica
Resumo:
O conceito de prática recobriria o de sistema de ação, não fosse a existência de sistemas de ação sem prática. Resta que uma prática é um sistema de ação. Como conseqüência, suposta a reciprocação de sistema com teoria e uma atenta inspeção nos termos da proposição, há equivalência semântica entre prática teóricae sistema de ação prático. Num e noutro caso, a contradição interna aos pares de conceitos se resolve dialeticamente. Graças à dialética, são fundidos numa unidade de sentido, síntese de tensões opostas. Daí a proposta de uma dialética da prática global, conjuntamente abstrata e histórica. Destotalizada ou à margem dessa dialética, pode ser destacada a ação sem prática, exemplificada no drama. Dramática é precisamente uma ação que não é prática. O tempo e o lugar da prática são a história e o mundo do homem; o tempo e o lugar do drama são a ficção cultural e a substância simbólica. Mimese da prática, o drama, reproduz, não os traços do modelo, mas a sua produção, tornando-se por sua vez modelo do modelo. Mimese não é cópia, é forma autônoma de eficiência, paradoxalmente sem prática mas especular.
Resumo:
Objetiva-se neste texto analisar os traços culturais de um mundo anterior à emigração dos trabalhadores rurais para as cidades, como um dos ingredientes da memória social e individual, tendo em vista o processo de desenraizamento decorrente da modernização da agricultura, implantada no final da década de 60. A cultura material e simbólica do mundo rural de antes caracteriza-se como lugar, em razão do seu não-lugar no conjunto da sociedade atual.
Resumo:
Ensaio de hermenêutica sobre as imagens simbólicas de nonagenários com a finalidade de investigar as estruturas do imaginário prevalentes e suas organizações psíquicas. Por meio de entrevistas semanais abertas, foram coligidas estórias, grafismos, sonhos, devaneios e lembranças dos anciões. O material foi analisado analisado segundo a teoria do imaginário de Gilbert Durand, que propõe uma interpretação não pulsional do símbolo. Os critérios de amostragem foram: faixa etária acima de 90 anos, ausência de um quadro de demência senil arteriosclerótica (serem clinicamente saudáveis), atividade social e participação voluntária. Os resultados indicam ausência de uma estrutura do imaginário recorrente, presença de uma exuberante imaginação simbólica, permeabilidade entre conteúdos da memória e imaginação, além de criatividade e vívidos processos afetivos.
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A proposta deste artigo é uma reflexão sobre o tratamento dado à oralidade na educação infantil. Tomou-se, como referência, a forma como os contos de fadas são apresentados aos alunos, pêlos professores. Foi analisada a abordagem dada pelo Referencial Curricular para Educação Infantil (1998) à linguagem oral e escrita, bem como trechos de entrevistas realizadas com professores de educação infantil, em uma cidade do interior paulista, como parte de uma pesquisa que resultou na dissertação de Mestrado da autora. Como resultados, percebemos que a escola, em sua função alfabetizadora e por acreditar que as crianças provêm de um meio sócio-cultural desfavorecido, valoriza a linguagem escrita e despreza a oralidade, que perde sua função auxiliar na construção simbólica da criança, o que facilitaria o próprio processo de alfabetização.
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