1000 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
OBJETIVO: Analisar e comparar os cuidados primrios prestados populao materno-infantil e contribuir para a avaliao da assistncia integral a esse grupo. MTODOS: Inqurito populacional realizado por entrevistas, no principal posto de vacinao do Municpio de Terespolis, RJ, no Dia Nacional de Vacinao, que abrangeu questes sobre utilizao de servios de saúde e prestao de cuidados primrios preventivos. RESULTADOS: Foram colhidas informaes de 329 crianas e suas respectivas mes. Mais de 90% das crianas haviam comparecido consulta peditrica nos trs meses anteriores e quase todas possuam o carto da criana, embora em 30% desses cartes no havia qualquer peso registrado no perodo. Observou-se associao positiva entre consulta de puericultura e registro de peso no carto da criana (RP = 1,34; IC: 1,13-1,58; p = 0,0002). Cerca de 59% das mes compareceram consulta de reviso de parto, mas 25% referiram nunca ter feito exame colpocitolgico-onctico e 36% nunca haviam realizado exame de mama. Observou-se associao positiva entre a idade materna acima de 20 anos e a realizao de algum exame colpocitolgico-onctico durante a vida reprodutiva (RP = 1,56; IC: 1,08-2,26; p = 0,03). Quase 70% das mes relataram uso de algum mtodo anticoncepcional, principalmente plula, condom e laqueadura tubria. CONCLUSES: Apesar de algumas limitaes, os resultados sugerem a viabilidade da metodologia utilizada, permitindo a identificao de deficincias importantes na prestao de cuidados primrios de saúde para crianas e principalmente para mes.
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OBJETIVO: Estudar aspectos da epidemiologia da hepatite B em pessoas submetidas coleta de sangue em unidades de saúde. MTODOS: Indivduos dos quais se coletou sangue em unidades de saúde de Ribeiro Preto, independentemente do motivo, foram solicitados a fornecer uma quantidade adicional de material, obtida no momento da coleta e submetida deteco de marcadores de hepatite B. Simultaneamente, por meio de questionrio padronizado, foram obtidas informaes de possveis fatores de risco para a doena. Os dados foram analisados por meio de um modelo de regresso logstica. RESULTADOS: As prevalncias de HBsAg e de anti-HBcAg foram de 0,3% e 13,9%, respectivamente. Os fatores de risco associados infeco foram: idade, residncia na cidade h menos de um ano, antecedente de hepatite, exposio prvia a casas de correo e homo/bissexualismo masculino. CONCLUSES: Devido a dificuldades crescentes de obteno de sangue de indivduos sadios, essa pode ser uma alternativa para estudos que objetivem fornecer informaes sobre a circulao de agentes infecciosos na populao. Embora no se possa generalizar os dados obtidos pela metodologia usada, ela traz conhecimento referente circulao do vrus de hepatite B.
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OBJETIVO: A presena de resduos de praguicidas em alimentos, somada contaminao da gua, oferece risco para a populao em geral e representa, sem dvida, um grande problema de saúde pública no Brasil. Com o objetivo de obter melhor conhecimento da situao, foi estudada a utilizao de praguicidas em tomates produzidos no Estado de Pernambuco. MTODOS: Foram aplicados questionrios semi-estruturados para obteno de informaes socioambientais e de morbidade referida aos trabalhadores rurais, durante a safra de tomates. Foram selecionadas seis propriedades, localizadas em duas regies produtoras do agreste pernambucano. O total de entrevistados foi de 186. RESULTADOS/CONCLUSES: Ficou constatado que as duas regies estudadas carecem, indiscriminadamente, de aes que visem proteo da saúde dos trabalhadores rurais, que lidam com os praguicidas, e de medidas contra os danos para o meio ambiente, que se encontra gravemente comprometido.
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OBJETIVO: Descreve-se a auditoria mdica realizada entre as mulheres que se inscreveram em programa de pr-natal com o objetivo de verificar as caractersticas da assistncia gestao e de estabelecer diretrizes de ateno. MTODOS: Realizou-se levantamento epidemiolgico dos cartes das gestantes inscritas no Programa de Pr-natal do Posto de Saúde da Vila Municipal, Pelotas, RS, com data provvel de parto durante 1997 e no primeiro semestre de 1998. Foram includas as mulheres ingressadas no Programa at o quarto ms de gestao e que tiveram cinco consultas no mnimo. Foi utilizada a anlise bivariada para detectar as condies marcadoras da assistncia mdica. RESULTADOS: Em 1997, 73 mulheres se inscreveram no Programa de Pr-natal e, em 1998, 75. A mdia de consultas durante o pr-natal foi de 5,2 em 1997 e 6,2 em 1998. Essa diferena foi significativa (p<0,05). Analisaram-se diversos indicadores de processo mdico que traduzem a qualidade da ateno. CONCLUSO: Discutiu-se a utilidade do instrumental epidemiolgico na organizao de um servio de saúde. Ressaltou-se que esse tipo de estudo rpido, barato e fornece informaes para o direcionamento das atividades dos servios.
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A rea de avaliao de programas, servios e tecnologias em geral e na saúde, em particular, passa por um processo de expanso e diversificao conceitual e metodolgica, bem como por uma crescente demanda para se constituir em instrumento de apoio s decises necessrias dinmica dos sistemas e servios de saúde, na implementao das polticas de saúde. Apoiando-se em uma reviso da literatura internacional especializada, e tomando por referncia a dcada de 90, foram identificados os critrios nucleares que organizam os processos de avaliao, articulando-os com os recortes adotados pelas principais tipologias de avaliao, atualmente institucionalizadas nos pases desenvolvidos, avaliao de programas, avaliao e garantia de qualidade em servios e avaliao de tecnologias. A participao brasileira no desenvolvimento metodolgico da rea tambm analisada.
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OBJETIVO: Caracterizar o cuidado pr-natal em uma amostra representativa de mes, identificando o servio de saúde onde estas realizaram o acompanhamento da gestao e os motivos que as levaram a escolher este local. MTODOS: Estudo transversal, realizado nos meses de maro e abril de 1997, nas quatro principais maternidades de Pelotas, RS, atravs de entrevista a 401 mes no ps-parto imediato. RESULTADOS: Fizeram acompanhamento pr-natal, em um posto de saúde 51% das mes, sendo a proximidade geogrfica o critrio mais freqentemente referido para tal escolha (46,8%). Para 85% das mes, o servio de saúde mais prximo de casa era um posto de saúde. No entanto, 52,2% dessas no utilizaram esse local para as consultas pr-natais alegando a m qualidade do atendimento (37,4%). Conforme referido pelas mes, entre os procedimentos de rotina do pr-natal recomendados pelo programa de saúde da rede pública, incluindo a promoo do aleitamento materno, apenas a imunizao anti-tetnica foi realizada mais freqentemente nos postos do que nos demais locais. CONCLUSES: Tendo em vista a expressiva utilizao da rede pública para o acompanhamento pr-natal, necessitam ser implementados investimentos em educao continuada dos profissionais, com nfase no cumprimento de normas tcnicas pr-estabelecidas.
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Baseando-se em alguns problemas com os quais profissionais de saúde se deparam no atendimento a crianas vtimas de violncia, discutem-se as implicaes ticas da interferncia na dinmica familiar utilizada para promover a proteo dessas crianas. Partindo do princpio de que a violncia contra a criana prima facie moralmente errada, aborda-se a questo dos direitos da criana e discute-se a interveno praticada a partir de algumas teorias ticas: conseqencialismo, utilitarismo e deontologia. Conclui-se que uma interferncia que proteja a criana, tentando preservar a integridade familiar sempre que possvel, moralmente justificvel.
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OBJETIVO: Descrever a evoluo de condicionantes socioeconmicas da saúde na infncia, com base nas informaes extradas de dois inquritos domiciliares realizados nos anos de 1984/85 e 1995/96, na cidade de So Paulo, SP. MTODOS: Foram estudadas amostras probabilsticas da populao entre zero e 59 meses de idade: 1.016 crianas em 1984/85 e 1.280 crianas em 1995/96. Os inquritos apuraram a renda per capita mensal das famlias e o nmero de anos de escolaridade das mes das crianas. As rendas nominais foram deflacionadas segundo o ndice Nacional de Preos ao Consumidor e expressas em valores de outubro de 1996. RESULTADOS: Embora os indicadores socioeconmicos apurados no ltimo inqurito ainda estejam muito distantes da situao ideal, a mdia da renda familiar dobra entre os inquritos e a escolaridade materna aumenta em 1,5 anos. Rendas inferiores a meio salrio-mnimo per capita so reduzidas metade e virtualmente desaparece o analfabetismo materno. Ainda assim, intensifica-se no perodo a concentrao da renda. CONCLUSES: Os aumentos de renda e de escolaridade so superiores aos relatados para a populao brasileira em geral, o que poderia decorrer de declnios seletivos da fecundidade nos estratos mais pobres da populao de So Paulo. A influncia das mudanas na renda familiar e na escolaridade materna sobre a evoluo de diferentes indicadores do estado de saúde das crianas da cidade examinada em artigos subseqentes.
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OBJETIVO: Descrever a evoluo de condicionantes ambientais da saúde na infncia, com base nas informaes extradas de dois inquritos domiciliares realizados nos anos de 1984/85 e 1995/96, na cidade de So Paulo, SP. MTODOS: Foram estudadas amostras probabilsticas da populao entre zero e 59 meses de idade: 1.016 crianas em 1984/85 e 1.280 crianas em 1995/96. Os inquritos apuraram caractersticas da moradia - material empregado na construo, tamanho e densidade de ocupao, existncia e compartilhamento de instalaes sanitrias e chuveiro, gua corrente na cozinha e presena de fumantes - e do saneamento ambiental - acesso s redes públicas de gua, esgoto e de coleta de lixo, pavimentao de ruas e caladas e insero das moradias em bairros residenciais ou favelas. RESULTADOS: Embora os indicadores ambientais apurados no ltimo inqurito ainda estejam distantes da situao ideal, melhoraram entre os dois inquritos a qualidade, o tamanho, o conforto e o entorno das moradias e expandiu-se a cobertura de todos os servios de saneamento. No houve progressos apenas quanto proporo de crianas residindo em favelas (cerca de 12% nos dois inquritos). Entretanto, as condies de moradia e de saneamento nas favelas melhoraram intensamente no perodo. CONCLUSES: As melhorias nas condies de moradia das crianas da cidade de So Paulo so consistentes com o aumento do poder aquisitivo familiar documentado no mesmo perodo. A expanso do saneamento do meio reflete investimentos pblicos no setor e a forte desacelerao do crescimento populacional da cidade. A acentuada melhoria no abastecimento de gua e na coleta de lixo nas favelas indica uma orientao mais equnime desses servios pblicos. A mesma orientao no percebida quanto pavimentao de ruas e caladas e instalao de rede de esgoto, servios pblicos ainda pouco freqentes nas favelas. A influncia que mudanas em condies ambientais podem ter exercido sobre a evoluo de diferentes indicadores do estado de saúde das crianas da cidade examinada em artigos subseqentes.
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Apresenta-se um conceito e uma tipologia de trabalho em equipe, bem como os critrios de reconhecimento dos tipos de equipe. O conceito e a tipologia foram elaborados com base na literatura sobre o tema e em uma pesquisa emprica sobre trabalho multiprofissional em saúde, fundamentada teoricamente nos estudos do processo de trabalho em saúde e na teoria do agir comunicativo. Segundo essa formulao terica, o trabalho em equipe consiste numa modalidade de trabalho coletivo que se configura na relao recproca entre as intervenes tcnicas e a interao dos agentes. A tipologia proposta refere-se a duas modalidades de equipe: equipe integrao e equipe agrupamento, e os critrios de reconhecimento dos tipos de equipe dizem respeito a comunicao entre os agentes do trabalho; diferenas tcnicas e desigual valorao social dos trabalhos especializados; formulao de um projeto assistencial comum; especificidade de cada rea profissional; e flexibilidade da diviso do trabalho e autonomia tcnica.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade tcnico-cientfica do atendimento oferecido a adolescentes, gestantes adolescentes e seus filhos, por um servio de saúde. MTODOS: Os dados para caracterizao da clientela e dos critrios do atendimento de saúde foram coletados de 360 pronturios e comparados com padres da Organizao Panamericana da Saúde/Organizao Mundial da Saúde e do Ministrio da Saúde. RESULTADOS: Os resultados foram satisfatrios: no atendimento de adolescentes, na avaliao antropomtrica e de maturao sexual; no pr-natal, o intervalo entre consultas, os registros de peso e de presso arterial e as condutas nas intercorrncias; no atendimento a crianas: na insero precoce no servio, o calendrio vacinal atualizado, os registros de peso/desenvolvimento motor e a adequao nas condutas clnicas. Os resultados menos satisfatrios foram: baixo registro de condutas clnicas para adolescentes e elevado percentual de condutas inadequadas ou parcialmente adequadas; ingresso tardio ao pr-natal e baixa freqncia de registros de imunizao antitetnica de gestantes; ndices elevados de desmame precoce e sub-registro da estatura de crianas. CONCLUSO: O tipo de avaliao adotado de fcil execuo, permite avaliar a qualidade do atendimento prestado e possibilita o redirecionamento de atividades e condutas clnicas, no sentido de oferecer uma ateno saúde mais qualificada e voltada s necessidades e demandas da populao.