944 resultados para São Lourenço, Rio, Bacia (MT)


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É apresentada uma síntese sobre os peixes do Alto Paraná, com base em dados de coleções, dados de literatura e novas coletas. Trezentas e dez espécies, de 11 ordens e 38 famílias, são referidas para a drenagem, aumentando significativamente números anteriores. Dentre as espécies da área, 236 (76,1%) são autóctones, 67 (21,6%) alóctones e sete (2,3%) exóticas. As principais causas de ocorrência de espécies não nativas (alóctones e exóticas) foram a dispersão a partir do baixo Paraná, após a construção do Reservatório de Itaipu e o escape de pisciculturas. A maior parte das espécies referidas (65%) tem porte pequeno, sendo menor que 21 cm de comprimento; dentre essas, a maioria ocorre apenas em riachos e cabeceiras. Apesar da ictiofauna do Alto Paraná ser uma das melhor conhecidas e mais estudadas, o número de espécies descritas ou referidas para a área tem crescido exponencialmente, o que indica que a riqueza apresentada está longe de representar a realidade. de fato, várias novas espécies têm sido descritas nos últimos anos e cerca de 50 novas espécies, já reconhecidas, estão em fase de descrição. A melhoria no conhecimento sobre a ictiofauna do Alto Paraná é proporcional ao número de pesquisadores envolvidos em estudos na bacia e reflete, de modo inequívoco, iniciativas recentes que têm estimulado e incrementado pesquisas taxonômicas, facilitado o acesso ao material depositado em coleções científicas e aumentado as coletas em áreas e ambientes pouco amostrados. Entretanto, mantido o ritmo de descrições de novas espécies ocorrido até agora nessa última década, as 50 novas espécies já reconhecidas estariam descritas apenas dentro de dez anos, um tempo demasiadamente longo. Por essa razão é muito importante que a comunidade científica e os órgãos de fomento encontrem e viabilizem iniciativas de modo a aumentar esse ritmo de descrições de novos táxons e disponibilizar esses novos nomes mais rapidamente.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Uma síntese das espécies de peixes de cabeceiras do rio Tietê é apresentada com base em material de coleções zoológicas e novas coletas realizadas. São referidas para região 56 espécies pertencentes a sete ordens e 16 famílias, aumentando significativamente números anteriores. Os resultados mostram que as cabeceiras do rio Tietê possuem uma composição ictiofaunistica bastante peculiar, distinta daquela encontrada no restante do Alto rio Paraná, mostrando acentuado grau de endemismo e grande similaridade com bacias hidrográficas litorâneas, corroborando a hipótese de captura de rios da região por drenagens costeiras e vice e versa no passado. Dentre as espécies encontradas na região, oito são endêmicas (14,3%), 13 são encontradas nas cabeceiras do rio Tietê e drenagens litorâneas da região sudeste do Brasil (23,2%), dez ocorrem em todo Alto rio Paraná (17,9%), cinco são encontradas no Alto rio Paraná e drenagens litorâneas da região sudeste do Brasil (8,9%), enquanto 13 espécies mostram uma ampla distribuição na América do Sul (23,2%), das quais parte ainda precisa ter a identidade confirmada. A diversidade de espécies é acrescida de pelo menos cinco espécies novas pertencentes aos gêneros Cyphocharax, Characidium, Astyanax, Pareiorhina e Australoheros e quatro novos registros são feitos para Characidium cf. zebra, Scleromystax barbatus, Crenicicla britskii e Synbranchus cf. marmoratus. Pelo menos sete espécies introduzidas estão estabelecidas na região, enquanto outras dez espécies são relacionadas em listas de espécies ameaçadas.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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O recurso pesqueiro da bacia do rio Cuiabá, um dos mais importantes tributários da bacia do Alto Paraguai, formadora do Pantanal, foi estudado a partir dos dados de desembarque de pescado obtidos no Mercado do Porto de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. São descritas a composição e procedência das capturas para os anos de 2000 e 2001. O rio Cuiabá é a fonte dominante de pescado para a cidade de Cuiabá, mas uma parte do pescado comercializado localmente é oriunda do rio Paraguai. Além disso, atualmente o pescado vem de regiões mais distantes da zona urbana. Constatou-se que a pesca incide basicamente sobre espécies migradoras. As principais espécies capturadas foram os pimelodídeos pintado -Pseudoplatystoma corruscans, cachara -Pseudoplatystoma fasciatum e jaú -Paulicea luetkeni e os caraciformes pacu -Piaractus mesopotamicus, piraputanga -Brycon microlepis, piavuçu -Leporinus macrocephalus e dourado -Salminus brasiliensis. Os grandes bagres (Pimelodidae) foram os responsáveis por 70% do pescado desembarcado no período de estudo, dentre os quais o pintado foi a espécie mais capturada. Os dados indicam que as capturas atuais estão bem aquém daquelas registradas no início da década de 80. Além disso, apesar do número e composição de espécies capturadas serem similares àqueles da década de 80, a distribuição da abundância mudou. Atualmente a pesca captura mais espécies carnívoras do que espécies de níveis tróficos inferiores. Estes achados não podem ser creditados somente a sobrepesca, mas parecem resultar de uma complexa interação entre degradação ambiental, mudanças na preferência de mercado e medidas legais restritivas à pesca.

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Otothyropsis marapoama, novo gênero e espécie, é descrito baseado em espécimes recentemente coletados em um riacho de cabeceira da porção media do rio Tietê, um rio da bacia do alto rio Paraná no sudeste do Brasil. O novo táxon pertence a um clado que inclui também os gêneros Schizolecis, Otothyris e Pseudotothyris. Otothyropsis marapoama é considerado o grupo-irmão de Pseudotothyris e Otothyris baseado principalmente na presença de vários caracteres derivados da cápsula da bexiga natatória e ossos associados. Vários caracteres pedomórficos compartilhados por Pseudotothyris e Otothyris e seu significado filogenético para a posição deste novo gênero são discutidos.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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O objetivo deste trabalho é o de submeter a um tratamento variacionista, de base quantitativa, dados de marcação variável de plural no SN e no SA em contexto de predicativo, obtidos em córpus coletado na região de São José do Rio Preto. O trabalho procura examinar se a marcação de pluralidade nos predicativos pode ser explicada com base em motivações exclusivamente formais, ou exclusivamente funcionais, ou ainda, com base na interação entre ambas, que consistiriam, assim, em motivações em competição. Os resultados indicam que nem as motivações funcionais, nem as motivações formais regem solitariamente o fenômeno, que aparece fortemente condicionado por uma restrição externa específica, o grau de escolaridade. Por essa razão, a explicação mais plausível para a marcação de pluralidade nos predicativos é a de que há motivações em competição, nos termos de Du Bois (1985), e é a marcação de pluralidade o bem limitado, pelo qual forças múltiplas, as motivações formais ou internas e funcionais ou externas, competem entre si.

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O objetivo desta pesquisa foi caracterizar os elementos físicos da bacia do córrego Santo Antônio, buscando compreender a influência que a área de entorno dessa bacia exerce sobre a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA). Para isto, foram elaboradas as cartas geomorfológica e de uso do solo, além da compilação de dados geológicos, pedológicos e climáticos. Essa influência foi avaliada em termos da dinâmica de remobilização de materiais provenientes das nascentes, que não pertencem a FEENA, e que se constituem, portanto, em área de uso agrícola. A análise das características físicas indicou que essa área é susceptível a ação dos processos morfogenéticos e que estes foram intensificados e acelerados pelo uso do solo ao redor das nascentes. Verifica-se, assim, a necessidade de se reavaliar esse uso e de se fiscalizar o cumprimento da própria legislação ambiental, no que se refere ao uso e ocupação do território, em fundos de vale.

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Foram estudadas a composição e diversidade de abelhas em uma área agrícola no município de Rio Claro, Estado de São Paulo, de maio de 2003 a junho de 2004, utilizando armadilha de Moericke. O local de coleta, uma área com 58,08 hectares, caracteriza-se pela produção de grãos e a prática de plantio direto, sendo que 70% da área de entorno é utilizada para o plantio de cana-de-açúcar. Foram coletadas 456 abelhas distribuídas em 20 gêneros, pertencentes às famílias Andrenidae (4,8%), Apidae (40,8%) e Halictidae (54,4%). Espécimes dos gêneros Dialictus (38%) e Diadasia (30%) foram predominantes nesta área. A diversidade de espécies avaliadas pelos índices de Shannon e Simpson foram H =1,88 e 1/D= 4.15, respectivamente, e o índice de Equitatibilidade de 0,61.

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Este artigo visa analisar a rede de drenagem através da utilização das técnicas de Índice Relação Declividade e Extensão do Curso de Água (RDE) e análise do perfil longitudinal dos vales, numa região chave do Planalto Sul de Minas, a fim de contribuir com estudos sobre evolução da paisagem da região sudeste do Brasil. A pesquisa foi realizada na Bacia Hidrográfica do Rio do Machado (MG), afluente do Alto Rio Grande, e regiões adjacentes, localizadas no Planalto Sul de Minas. O Rio do Machado apresenta uma particularidade em seu curso, com uma mudança brusca de direção tomada por sua drenagem na área próxima ao seu médio curso. Com a aplicação das técnicas pretende-se compreender melhor a dinâmica do relevo na área, identificando áreas com indício de ação neotectônica e seu padrão de distribuição na bacia.

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Os objetivos deste trabalho foram registrar a abundância e a riqueza de Odonata associada a Eichhornia azurea, durante o período de março de 2004 a março de 2005, na Lagoa do Camargo, lateral ao Rio Paranapanema - São Paulo, após um pulso de inundação extraordinário e também investigar os fatores ambientais determinantes na distribuição da abundância de Odonata. As maiores abundâncias e riquezas ocorreram na estação seca, sendo que Coenagrionidae foi a família mais abundante e com a maior riqueza de gêneros de todo o período estudado. Esta alta abundância possivelmente ocorreu devido a seu comportamento, como postura dos ovos dentro do tecido das macrófitas e hábito escalador. Aeshnidae e Libellulidae apresentaram baixa abundância principalmente na estação seca. Os principais fatores ambientais que afetaram a distribuição da abundância de Odonata foram a temperatura de superfície da água, a pluviosidade e a biomassa de E. azurea.

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Discute-se a importância do levantamento qualitativo e quantitativo da comunidade de aves da Fazenda Rio Claro (22°27'S, 48°51'W), Lençóis Paulista, para a avaliação de um fragmento de mata mesófila do interior de São Paulo. Tais levantamentos foram realizados entre agosto de 2001 a julho de 2002. Para o estudo quantitativo utilizou-se da metodologia de Pontos de Escuta. Foram analisados os índices de diversidade e de freqüência de ocorrência dessa comunidade, sendo as suas espécies organizadas tanto em função das categorias alimentares quanto sob o aspecto da ocupação do estrato vegetal. O levantamento qualitativo registrou 216 espécies. Já o quantitativo registrou 74 espécies em 761 contatos, com uma média de 12,7 contatos/amostra. O índice pontual de abundância (IPA) variou de 0,001 (um contato) a 0,07 (53 contatos); aquele da diversidade foi de H' = 3,10, mostrando um aumento significativo entre setembro e novembro; a eqüitatividade média no período foi de E = 0,95. Os insetívoros constituem quase a metade das espécies registradas no levantamento quantitativo (44,6%), seguido por frugívoros (24,9%), onívoros (16,4%), carnívoros (8,5%), nectarívoros (4,2%) e uma pequena proporção de detritívoros (1,4%). A categoria mais abundante no sub-bosque foi a de insetívoros, enquanto que os frugívoros foram os mais abundantes no solo e na copa. A comunidade de aves no fragmento estudado mostrou o mesmo padrão encontrado em outros fragmentos de mata mesófila de mesmo tamanho relativo. Algumas espécies ameaçadas foram encontradas na área de estudo.

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A biologia de caranguejos de água doce tem sido pouco enfocada na literatura carcinológica, especialmente em relação à Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861. Este estudo visa analisar a relação peso/tamanho e variações temporais/sazonais do fator de condição, comparando com a biologia da espécie. Os exemplares foram coletados mensalmente na Represa Municipal de São José do Rio Preto (São Paulo), durante um período bianual (outubro/1994 a setembro/1996). Foram obtidos 962 espécimes (534 machos e 428 fêmeas), que foram mensurados (LC = largura do cefalotórax) e pesados (PE = peso úmido total). Os pontos empíricos da relação PE/LC foram analisados para cada sexo e submetidos à análise de regressão pela função potência (y = ax b) e representadas por: PE Machos = 0,0002LC3,º8 e PE Fêmeas = 0,0005LC2,82. O fator de condição foi calculado mensal e sazonalmente, sendo o das fêmeas cerca de 2,5 maior que o dos machos, possivelmente devido ao maior tamanho/peso das gônadas. de modo geral o verão foi caracterizado pela menor média de fator de condição (época reprodutiva), contrastando com a maior verificada no inverno (reorganização gonadal). Os resultados obtidos são enfocados pela primeira vez na literatura carcinológica, sendo de grande valia no manejo populacional e preservação desta espécie, que vem sendo intensamente explorada e usada como isca na pesca esportiva.