999 resultados para PREVENÇÃO DE DOENÇAS
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
A transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) tem aumentado significativamente nos últimos anos entre os adolescentes, como apresentam os dados do Boletim Epidemiológico de AIDS publicado pelo Ministério da Saúde, juntamente com o aumento do número de adolescentes grávidas. Dessa forma, o projeto de extensão PET - Saúde objetiva transmitir um conhecimento prevencionista aos jovens vulneráveis a essa situação, trabalhando com estudantes do ciclo II do ensino fundamental dos colégios municipais de Nova Europa. Os alunos que participaram da atividade responderam voluntariamente um questionário antes e após a atividade, que avaliava qualitativamente o conhecimento que possuíam acerca do tema DSTs e gravidez na adolescência. Através da análise desses questionários, foi possível perceber que os jovens possuíam conhecimento sobre o uso de preservativo para a prevenção de DSTs e gravidez (86,9% e 82,8%), mas que o mesmo não se aplicava quanto ao conhecimento de sintomas de DSTs (66,8%), que foi aprimorado após a atividade (80%). Além disso, as meninas apresentaram conhecimento acerca de outros métodos contraceptivos diferentes do preservativo e importância da vacina contra o HPV, provavelmente pelo fato dos meninos lidarem com a vida sexual de uma forma diferente. Apesar de conhecimento prévio sobre o assunto, ações educativas contínuas podem aumentar o conhecimento dos jovens sobre DSTs e gravidez.
Resumo:
A transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) tem aumentado significativamente nos últimos anos entre os adolescentes, como apresentam os dados do Boletim Epidemiológico de AIDS publicado pelo Ministério da Saúde, juntamente com o aumento do número de adolescentes grávidas. Dessa forma, o projeto de extensão PET - Saúde objetiva transmitir um conhecimento prevencionista aos jovens vulneráveis a essa situação, trabalhando com estudantes do ciclo II do ensino fundamental dos colégios municipais de Nova Europa. Os alunos que participaram da atividade responderam voluntariamente um questionário antes e após a atividade, que avaliava qualitativamente o conhecimento que possuíam acerca do tema DSTs e gravidez na adolescência. Através da análise desses questionários, foi possível perceber que os jovens possuíam conhecimento sobre o uso de preservativo para a prevenção de DSTs e gravidez (86,9% e 82,8%), mas que o mesmo não se aplicava quanto ao conhecimento de sintomas de DSTs (66,8%), que foi aprimorado após a atividade (80%). Além disso, as meninas apresentaram conhecimento acerca de outros métodos contraceptivos diferentes do preservativo e importância da vacina contra o HPV, provavelmente pelo fato dos meninos lidarem com a vida sexual de uma forma diferente. Apesar de conhecimento prévio sobre o assunto, ações educativas contínuas podem aumentar o conhecimento dos jovens sobre DSTs e gravidez.
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Os glicocorticoides (GC) são prescritos por praticamente todas as especialidades médicas, e cerca de 0,5% da população geral do Reino Unido utiliza esses medicamentos. Com o aumento da sobrevida dos pacientes com doenças reumatológicas, a morbidade secundária ao uso dessa medicação representa um aspecto importante que deve ser considerado no manejo de nossos pacientes. As incidências de fraturas vertebrais e não vertebrais são elevadas, variando de 30%-50% em pessoas que usam GC por mais de três meses. Assim, a osteoporose e as fraturas por fragilidade devem ser prevenidas e tratadas em todos os pacientes que iniciarão ou que já estejam em uso desses esteroides. Diversas recomendações elaboradas por várias sociedades internacionais têm sido descritas na literatura, porém não há consenso entre elas. Recentemente, o Americam College of Rheumatology publicou novas recomendações, porém elas são fundamentadas na FRAX (WHO Fracture Risk Assessment Tool) para analisar o risco de cada indivíduo e, dessa maneira, não podem ser completamente utilizadas pela população brasileira. Dessa forma, a Comissão de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia, em conjunto com a Associação Médica Brasileira e a Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, implementou as diretrizes brasileiras de osteoporose induzida por glicocorticoide (OPIG), baseando-se na melhor evidência científica disponível e/ou experiência de experts. DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: A revisão bibliográfica de artigos científicos desta diretriz foi realizada na base de dados MEDLINE. A busca de evidência partiu de cenários clínicos reais, e utilizou as seguintes palavras-chave (MeSH terms): Osteoporosis, Osteoporosis/chemically induced*= (Glucocorticoids= Adrenal Cortex Hormones, Steroids), Glucocorticoids, Glucocorticoids/administration and dosage, Glucocorticoids/therapeutic use, Glucocorticoids/adverse effects, Prednisone/adverse effects, Dose-Response Relationship, Drug, Bone Density/drug effects, Bone Density Conservation Agents/pharmacological action, Osteoporosis/ prevention&control, Calcium, Vitamin D, Vitamin D deficiency, Calcitriol, Receptors, Calcitriol; 1-hydroxycholecalciferol, Hydroxycholecalciferols, 25-Hydroxyvitamin D3 1-alpha-hydroxylase OR Steroid Hydroxylases, Prevention and Control, Spinal fractures/prevention & control, Fractures, Spontaneous, Lumbar Vertebrae/injuries, Lifestyle, Alcohol Drinking, Smoking OR tobacco use disorder, Movement, Resistance Training, Exercise Therapy, Bone density OR Bone and Bones, Dual-Energy X-Ray Absorptiometry OR Absorptiometry Photon OR DXA, Densitometry, Radiography, (Diphosphonates Alendronate OR Risedronate Pamidronate OR propanolamines OR Ibandronate OR Zoledronic acid, Teriparatide OR PTH 1-34, Men AND premenopause, pregnancy, pregnancy outcome maternal, fetus, lactation, breast-feeding, teratogens, Children (6-12 anos), adolescence (13-18 anos). GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A) Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência; B) Estudos experimentais e observacionais de menor consistência; C) Relatos de casos (estudos não controlados); D) Opinião desprovida de avaliação crítica, com base em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. OBJETIVO: Estabelecer as diretrizes para a prevenção e o tratamento da OPIG.
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OBJETIVO: Analisar os fatores de risco e proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT nas capitais do Brasil. METODOLOGIA: Foram analisadas informações provenientes do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para DCNT por inquérito telefônico - VIGITEL, em 2008. A amostra foi composta por 54 mil entrevistas sendo as frequências apresentadas para o conjunto das capitais por sexo, faixa etária e escolaridade. RESULTADOS: O estudo mostrou diferenças na prevalência de fatores de risco e proteção de DCNT entre sexos, idade e escolaridade. Os homens apresentaram maiores frequências de fatores de risco como fumo, excesso de peso, consumo de refrigerantes, carnes com excesso de gordura e bebidas alcoólicas. Os homens praticam mais atividade física no lazer. As mulheres se alimentam melhor e referem mais diagnóstico médico de doenças, como hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose, além de estado de saúde ruim. Em geral, os fatores de risco são mais frequentes na população de menor escolaridade. DISCUSSÃO: Estas informações devem redirecionar a implementação das políticas públicas com foco em um modo de viver mais saudável e escolhas individuais mais adequadas por parte da população adulta brasileira.
Resumo:
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passíveis de prevenção e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentração elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificáveis mais monitorados na prática clínica, embora não sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenções farmacológicas e nutricionais podem modular parâmetros oxidativos, físicos e estruturais das lipoproteínas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados às DCV, os lipídeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os ácidos graxos insaturados (ômega-3, ômega-6 e ômega-9) têm sido foco de inúmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementação com ômega-3, ômega-6 e ômega-9 sobre os parâmetros cardiometabólicos em indivíduos adultos com múltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prévio. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo clínico, randomizado, duplo-cego, baseado em intervenção nutricional (3,0 g/dia de ácidos graxos) sob a fórmula de cápsulas contendo: ômega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou ômega-6 (65 por cento de ácido linoleico) ou ômega-9 (72 por cento de ácido oleico). A amostra foi composta por indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertensão Arterial Sistêmica. Após aprovação do Comitê de Ética, os indivíduos foram distribuídos nos três grupos de intervenção. No momento basal, os indivíduos foram caracterizados quanto aos aspectos demográficos (sexo, idade e etnia) e clínicos (medicamentos, doenças atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e após 8 semanas de intervenção, amostras de sangue foram coletadas após 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipídico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoproteínas AI e B, ácidos graxos não esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, ácidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuição percentual da LDL (7 subfrações e fenótipo A e não-A) e HDL (10 subfrações). O efeito do tempo, da intervenção e associações entre os ácidos graxos e aspectos qualitativos das lipoproteínas foram testados (SPSS versão 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira análise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da análise de tendência linear ajustada pelo nível de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmático de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se também que o maior tercil plasmático de ácido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associação não foi observado quando foram avaliados os parâmetros dietéticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivíduos tabagistas suplementados com ômega-6 e ômega-3, observou-se que ômega-3 modificou positivamente o perfil lipídico e as subfrações da HDL. Nos modelos de regressão linear ajustados pela idade, sexo e hipertensão, o DHA plasmático apresentou associações negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do ômega-3 em indivíduos tabagistas e não tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmático de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfrações de HDL mais aterogênicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do ômega-3, ômega-6 e ômega-9 sobre os parâmetros cardiometabólicos. O ômega-3 promoveu redução no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e redução de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do ômega-3 foi reforçado pelo aumento na incorporação de EPA e DHA, no qual indivíduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adição, observou-se também que o elevado percentual plasmático de ômega-9 se associou com partículas de LDL menos aterogênicas (fenótipo A). CONCLUSÃO: Ácidos graxos plasmáticos, mas não dietéticos, se correlacionam com parâmetros cardiometabólicos. A suplementação com ômega-3, presente no óleo de peixe, promoveu redução no TG e melhoria nos parâmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefícios do ômega-3 foram particularmente relevantes nos indivíduos tabagistas e naqueles com menor conteúdo basal de EPA e DHA plasmáticos. Observou-se ainda que o ômega-9 plasmático, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfrações da LDL.
Resumo:
As rações comerciais devem ser um alimento balanceado que supra todas as exigências nutricionais nas diferentes fases da vida do animal. Sua formulação deve conter ingredientes de qualidade, em proporções adequadas. É de fundamental importância o conhecimento do valor nutricional das rações, para assegurar que o cão esteja ingerindo diariamente quantidades corretas dos nutrientes. O desbalanço de elementos essenciais e a presença de elementos tóxicos podem causar desequilíbrios nutricionais, doenças e, até mesmo, consequências fatais aos cães. O cobre é um dos vários elementos de importância a ser estudado quanto aos defeitos metabólicos nos cães. O acúmulo de cobre no fígado pode ocasionar lesões progressivas nas organelas dos hepatócitos, resultando em hepatite crônica e cirrose. Diante disso, este trabalho teve como objetivos (I) quantificação dos elementos químicos com função nutricional e com potencial tóxico presentes nas rações para cães adultos e filhotes, (II) avaliação da composição centesimal das rações amostradas, (III) avaliação da variação dos elementos químicos entre as amostras de ração de um mesmo lote de produção (IV), estudo da representatividade de pequenas porções-teste, (V) avaliação da bioacessibilidade de cobre em rações, com experimento in vitro. Os elementos químicos Al, As, Br, Ca, Cl, Co, Cr, Cs, Cu, Fe, I, K, La, Mg, Mn, Na, P, Rb, Sb, Sc, Se, Ti, U e Zn foram determinados pela análise por ativação neutrônica instrumental (INAA). A composição centesimal foi avaliada de acordo com os métodos recomendados da AOAC. A homogeneidade de distribuição dos elementos químicos nas rações foi avaliada pela análise de amostras grandes (LS-NAA). A bioacessibilidade de cobre nas rações foi estimada por meio da simulação da digestão gastrointestinal in vitro. Foi possível determinar por INAA todos os nutrientes minerais, isto é, Ca, P, K, Na, Cl, Mg, Fe, Cu, Mn, Zn, I e Se, com limites estabelecidos pela Association of American Feed Control Officials. Foram notadas em algumas rações altas concentrações de Al, Sb e U, elementos com grande potencial tóxico. Cerca de 16 % das amostras de ração apresentaram, pelo menos, um parâmetro não conforme quanto à composição centesimal. Os resultados obtidos por LS-NAA e NAA convencional mostraram variação na composição entre os sacos de ração para Br, Ca, Na e Zn, com boa concordância entre ambos os métodos. O emprego da LS-NAA combinada com NAA convencional permitiu observar que pequenas porções-teste (350 mg) de ração são representativas comparadas com aquelas de 1 kg para Br, Ca, K, Na e Zn. Em todas as rações para cães, 50 % do cobre presente estava sob a forma bioacessível
Resumo:
As Doenças do Comportamento Alimentar apresentam-se como um problema de saúde proeminente e, como tal, devem ser entendidas como multidimensionais e complexas, que interagem com factores biológicos, psicológicos e sócio-culturais e, que podem ocorrer devido a comportamentos alimentares de carácter patológico e com consequências sérias na qualidade de vida presente e futura. Este trabalho de investigação teve como principal objectivo avaliar a prevalência das Doenças do Comportamento Alimentar numa população não clínica de estudantes, assim como caracterizar o perfil socio-demográfico e familiar dos estudantes e, determinar a relação entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar e o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos adolescentes. No intuito de concretizar os objectivos, realizámos um estudo não experimental, transversal e correlacional. A amostra foi constituída por 326 estudantes do 3º Ciclo e do Ensino Secundário da zona centro de Portugal. Foram aplicados um questionário anónimo composto por dados socio-demográficos, antropométricos e clínicos, o Eating Disorder Inventory 2 (EDI 2) e o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM). De acordo com os critérios presentes no DSM-IV-TR não encontramos qualquer caso de Bulimia Nervosa em ambos os sexos. Nas raparigas, constatamos 1,5% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 17,3% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Restritiva Parcial e 6,1% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Purgativa Parcial. Quanto aos rapazes, relatam-se 0,8% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 5,2% de situações parciais de Anorexia Nervosa Restritiva e 1,8% de situações parciais de Anorexia Nervosa Purgativa. Foram observadas também, correlações entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar consoante o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos inquiridos. Concluímos que todo o sistema familiar e escolar, especialmente pais e professores, devem estar alerta para os sinais manifestados pelos adolescentes no sentido de dar à prevenção um papel fulcral.
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"Ao longo das nossas vidas, percorremos itinerários de saúde e doença ,encontramos fenómenos de medicalização, farmacologização do quotidiano das sociedades, que coexistem com práticas de auto-medicação crescente, em contextos de cada vez maior comorbilidade, e iatrogenia. O consumo de medicamentos está presente em toda esta fenomenologia e não tem parado de crescer nas nossas sociedades, que se orientam para um envelhecimento cada vez mais tardio dos seus elementos, levando ao aparecimento cada vez mais importante de velhas e novas doenças crónicas: todos os anos na Europa morrem á volta de 197000 pessoas devido aos efeitos secundários dos medicamentos, em França representam a primeira causa de hospitalização, sendo os que actuam no sistema nervoso central os mais frequentemente implicados. Para melhor compreender as práticas de saúde dos jovens universitários, foram inquiridos 502 alunos de cursos da área da saúde que surpreendentemente revelam bom senso,espirito crítico e mesmo práticas concordantes com a prevenção quaternária."
Resumo:
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que é uma área de intervenção prioritária (Direção-Geral da Saúde [DGS], 2014). Sendo uma doença que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de intervenção para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis, atuando na sua promoção e prevenção da doença. Apesar da evolução nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para além disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertensão), assim como a adesão à terapêutica, uma vez que na prática tem-se verificado que os doentes frequentemente não aderem à terapêutica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinência do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, através de um estilo de vida saudável e da adesão ao regime terapêutico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigação foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo específico, analisar a influência do programa de ensino sobre o índice de massa corporal (IMC), perímetro abdominal (PA), tensão arterial (TA), frequência cardíaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico, literacia acerca da sua situação clínica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-após", com grupo testemunho. Utilizou-se um método de amostragem probabilístico: a amostragem aleatória simples. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliações em cada grupo: no início, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vários instrumentos de colheita de dados: questionário de caraterização sociodemográfica, Medida de Adesão aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Terapêutico, Teste de Batalla, conjunto de questões verdadeiro/falso e Questionário Estilo de Vida Fantástico. A amostra é constituída por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemográficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto à idade, a média no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomínio dos doentes casados/união de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nível de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava até o 1º ciclo de ensino básico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto à situação profissional, a maioria dos doentes pertencia à categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertensão (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidémia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), história familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por mês, durante 6 meses, terá contribuído para a redução do IMC e do PA. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita à influência do programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adesão à terapêutica farmacológica, na capacidade de autocuidado terapêutico nem na literacia acerca da sua situação clínica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliação inicial para a avaliação final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adesão à terapêutica farmacológica, de capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica, no GE. Não se verificou influência do programa de ensino estruturado na evolução do GE quanto à FC e CT. Discussão: No que se refere às caraterísticas da amostra, os dados encontrados vão de encontro às caraterísticas da própria DCV aterosclerótica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidência aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados são concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), já na idade, os estudos referidos apresentam uma média etária inferior à da presente investigação. Verificou-se ainda uma maior prevalência de doentes casados/união de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vários estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de prevenção secundária da DCV, todos os elementos da amostra já tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalência de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente à obesidade e história familiar de doença cardíaca. Esta elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares é concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que não seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a redução do IMC e do PA. Estes resultados vão de encontro ao que é referido por vários autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma redução significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existência de diferenças com significado estatístico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA após os 6 meses de acompanhamento, seria expectável que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal não se verificou no presente estudo, provavelmente devido à reduzida dimensão da amostra e às diferenças clínicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto à presença de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que não existia diferença estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma redução significativa do CT. É sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificável. Contudo, também é conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educação para a saúde na adoção de um estilo de vida mais saudável, que consequentemente conduz a um impacto positivo na saúde dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardíacos. Também Ijzelenberg et al. (2012) com a sua intervenção compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para além da redução do peso, IMC e PA no GE, também existiu um aumento significativo da atividade física. No entanto, no mesmo estudo, não se verificaram diferenças relativamente à alteração de hábitos alimentares e hábitos tabágicos. O estilo de vida engloba diversos domínios, pelo que provavelmente cada um deles exigirá uma intervenção específica e direcionada. Tal como o estilo de vida, também a adesão à terapêutica é um fenómeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados também não são concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sessões de aconselhamento telefónico, efetuadas por enfermeiros, em doentes após SCA, não foi possível encontrar diferenças quanto ao uso de medicação entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigação. É referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequência inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situação de saúde, apresentam melhor adesão à terapêutica. Relativamente à capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situação clínica, nomeadamente no que se refere à identificação de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. À semelhança do sucedido em outros estudos, na presente investigação foi possível obter resultados positivos ao nível da prevenção secundária da DCV, através do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica e capacidade de autocuidado terapêutico. Apesar de continuar indeterminada a combinação ótima de intervenções, incluindo o conteúdo, modo de aplicação, frequência e duração, uma intervenção mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vários estudos realizados, afirma que a educação para a saúde contribui para modificar comportamentos de saúde e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo são congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, terá sido possível contribuir também para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Conclusão: Os resultados desta investigação levam a concluir que a implementação de um programa estruturado de ensino em doentes após SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica. Apesar de não existirem diferenças estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa não influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitações deste estudo a reduzida dimensão da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alterações comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que não foi possível contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clínicos, a toma e eventuais ajustes de medicação e a existência de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilização das questões verdadeiro/falso para avaliação da literacia acerca da DCV aterosclerótica, por se tratar de um instrumento construído pela investigadora, embora recorrendo à literatura e à opinião de peritos, mas que não se encontra validado. Espera-se com esta investigação alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no âmbito da educação para a saúde e o seu impacto na prevenção secundária da DCV.
Resumo:
Foram abordados no painel aspetos referentes ao papel de diferentes profissionais na prevenção da DCV. A importância de um trabalho interdisciplinar em cuidados de saúde primários.
Resumo:
O Rio Grande do Sul concentra a principal região vitícola do país, cultura susceptível a ocorrência do míldio (Plasmopara vitícola), fazendo-se necessário o uso de fungicidas sintéticos para o controle de doenças. No entanto, existe uma demanda crescente por alternativas eficazes, porém com menor impacto negativo ao ambiente e ao ser humano. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de fertilizantes foliares à base de aminoácidos na infestação do míldio na cultura da videira.
Resumo:
O Projeto DOTS na Comunidade, iniciativa do Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil, apoia ações de prevenção e de adesão ao tratamento da tuberculose, desenvolvidas por organizações comunitárias em regiões metropolitanas como o Rio de Janeiro, Salvador, Belém e Porto Alegre. Este vídeo apresenta o projeto DOTS na comunidade como uma das tecnologias sociais implementadas por grupos comunitários que podem ser facilmente adaptadas e desenvolvidas na Atenção Primária brasileira, pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família.
Resumo:
O objeto principia ressaltando que a principal causa de mortalidade na população adulta hoje no Brasil são as doenças cardiovasculares. Lembra que os pilares da prevenção são elementos de uma vida saudável: alimentação, atividade física regular, manutenção do peso corporal ideal e afastamento do tabagismo. Segue detalhando que a prevenção clínica de doença cardiovascular (DCV) deve acontecer diariamente. Explica o risco vascular global, guia ou ferramenta que auxilia a definir se um individuo terá ou não benefício de determinada intervenção. Mostra indicadores de alto risco e indicadores intermediários de risco. Menciona que indivíduos mais jovens, sem manifestação de doença ou sintomas e sem nenhum dos fatores intermediários descritos, são caracterizados como sendo de baixo risco e que outros casos devem ter seu risco cardiovascular calculado por meio do Escore de Framinghan. Finaliza salientando que para o cálculo através deste instrumento é preciso considerar a glicemia de jejum e do perfil lipídico e que, a partir do risco calculado por meio do escore, o paciente pode ser considerado de risco baixo, médio e alto para desenvolver doenças cardiovasculares em 10 anos. Unidade 5 do módulo 7 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
Resumo:
O objeto comenta que a abordagem sindrômica é a recomendação do Ministério da Saúde para o tratamento das DSTs. Lista então algumas doenças e as principais maneiras de preveni-las e tratá-las, como: úlceras genitais, sífilis, cancro mole, gonorreia, donovanose, linfogranuloma venéreo e Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Expõe uma abordagem individual para cada uma delas. Unidade 2 do módulo 10 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.