916 resultados para Literatura indígena americana - História e crítica


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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR

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Este trabalho é uma análise antropológica a partir da relação autor/obra da literatura dita ficcional, levando em consideração o percurso do autor e da obra no campo social, o que poderia ser confundido com um estudo de crítica literária, de tez mais sociológica. Esta última, pode levar-nos a, por exemplo, um estudo de gêneros literários, análise do uso da linguagem literária, e suas utilizações dentro de um determinado momento sócio-histórico. No entanto, todos esses matizes não chegam a romper com a visão da literatura que parte da individualidade criadora, levando-nos a uma apreensão ingênua do texto literário. Na tentativa de irmos além destas questões, utilizamos o texto literário como mais um instrumento do qual o homem faz uso para tentar entender a sua época. Situando o texto literário a partir das características que ratificam sua escrita, em seu tempo-espaço. Assim, analisamos o percurso do autor, Benedicto Monteiro, um dos representantes da intelectualidade na Amazônia, a partir de seus textos literários "Verdevagomundo", "O minossauro", "A terceira margem" e "Aquele Um", denominados Tetralogia Amazônica. Fazendo contrapontos com seu texto autobiográfico Transtempo, e suas falas através de entrevistas entre o autor/agente-objeto de pesquisa/autor, a procura de mediações, também construídas em outros espaços sociais, que podem tomar o autor e seus textos literários, uma maneira a mais de lermos a década de 70 do século xx, momento de intensa incursão do governo militar na Amazônia, que, no texto desse escritor, é pontuado na Amazônia Paraense, Baixo-Amazonas.

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O Tetraneto Del-Rei é uma obra que mescla linguagens, gêneros, discursos e tece, nesse emaranhado de fios, um texto original que recria parte de nosso período colonial questionando destrutivamente o discurso cristalizado pela história e mesmo por textos que compõe nosso cânone literário. Os textos utilizados na obra do paraense Haroldo Maranhão são reconstruídos num tom, sobretudo crítico, revelando uma outra visão do processo de colonização. Assim, partindo da produção literária dos países com colonização semelhante ao nosso, inicio a leitura considerando alguns trabalhos como os de Silviano Santiago, Antonio Candido e Roberto Schwarz. Além disso, há que se considerar aspectos históricos e sociais da empreitada portuguesa e dos discursos construídos acerca das terras recém descobertas e dos seus habitantes, discursos esses que serão reafirmados e reconstruídos pelo texto literário. Nesse sentido, serão utilizados alguns textos quinhentistas que auxiliarão a demonstrar os aspectos do discurso colonial e sistematizá-los com base em Eni Orlandi, Homi Bhabha e Michel de Certau. Ademais, serão observadas as estratégias textuais escolhidas por Haroldo Maranhão para recriar ficcionalmente nosso período de colonização.

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A proposta desta dissertação é examinar a recepção crítica em língua espanhola de Grande sertão: veredas (1956), obra de Guimarães Rosa (1908-1967). Desde a sua edição no idioma espanhol, a referida narrativa provocou certo impacto na sociedade de língua cervantina por abordar um tema polêmico como a relação ambígua de Riobaldo e Diadorim, oculta até o final da primeira leitura e por escrever numa linguagem poética acerca dos conflitos humanos e existenciais, inseridos na descrição de uma região que ultrapassa os limites geográficos, para a construção de um sertão universal. A recepção crítica em língua espanhola, de fato, iniciou-se em 1967 com a publicação de Grán sertón: veredas, pela editora Seix Barral, traduzida por Ángel Crespo. Este trabalho propõe uma leitura sobre as interpretações da narrativa que causou grande repercussão entre os intelectuais hispano-falantes que, ao se debruçarem sobre o sertão, procuraram desvendar os sentidos forjados na obra. É nessa perspectiva que serão abordados os textos do arquivo da Revista de Cultura Brasileña da década de 1960, elemento primordial para o desenvolvimento deste estudo e da recepção crítica mais contemporânea de Soledad Bianchi (2004), Antonio Maura (2007), Maria Rosa Álvarez Sellers (2007) e Pilar Gómez Bedate (2007), além de outros críticos literários brasileiros. Como base metodológica desta pesquisa, recorrer-se-á entre outras referências, ao estudo sobre a teoria da recepção de Hans Robert Jauss no que concerne ao leitor como construtor de um novo objeto artístico. O trabalho está dividido, em três capítulos: no primeiro, far-se-á uma abordagem dos pressupostos da Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss (1921-1997) e, sucintamente, far-se-á uma discussão sobre o texto A tarefa do tradutor de Walter Benjamin e os princípios teóricos de Antoine Berman no que tange ao ato tradutório. Nos capítulos posteriores, será desenvolvido o trabalho específico sobre a crítica no idioma espanhol, e por meio desta análise, destacar-se-ão as divergências entre as obras de língua portuguesa e espanhola, focando nos elementos pertinentes à linguagem poética na construção do texto para os hispano-falantes e a inserção da obra no contexto sócio-histórico da ficção rosiana nos países de língua hispânica.

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A presente dissertação constitui uma interpretação do corpo e de suas inter-relações com o erotismo e com o amor, a partir de um diálogo com a obra Linha-d’Água (1987), de Olga Savary (1933). A hipótese de pesquisa, aqui articulada, compreende a transfiguração poética do corpo sob o elemento simbólico da água como a encenação poético-ontológica do princípio da unidade entre o ser humano e a natureza. Por meio de uma abordagem hermenêutica (RICOEUR, 1990), vislumbra-se nos poemas a abertura para a articulação textual de um ser-no-mundo, que diz respeito a uma nova experiência do homem com a existência. A obra opera a recriação poética dos corpos na manifestação das águas, de modo que a comunhão amorosa instaura uma aproximação do ser humano com a sua origem, como uma possibilidade de reconciliação com a natureza (PAZ, 1994). Para compor este diálogo, contrapõe-se à leitura que, à luz do ecofeminismo, compreende esta operação poética como a expressão de subjetividades relacionada a questões de gênero ou de papéis sociais (SOARES, 1999). Sob a vigência do erotismo, os corpos humanos desnudados são assimilados a uma doação da natureza, entendida como o desvelamento da phýsis grega (HEIDEGGER, 1999). Os versos de Linha-d’Água articulam um movimento de ruptura com o legado conceitual da metafísica platônica, que estabeleceu uma cisão entre o homem e a sua condição carnal, o homem e o real, aprofundada durante a modernidade. Em meio à dinâmica cíclica e incessante da phýsis, o ser humano reconhece na própria liquidez do seu corpo o retorno ao fundamento primordial; por outro, assume a sua condição de estar lançado no fluir temporal incessante. Na obra da escritora paraense, recoloca-se o horizonte humano, por via da poética corporal, em reconciliação com o élan originário da natureza e, ao mesmo tempo, com a própria natureza viva dos amantes.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Este ensaio aborda a poética de Harryette Mullen, poetisa afro-americana cuja obra questiona os limites que moldam as expectativas pela inteligibilidade acessível na literatura afro-americana. Os poemas de Mullen exploram as bordas da inteligibilidade, avançando para além das expectativas por uma forma visível/ Rev. Let., São Paulo, v.52, n.1, p.101-120, jan./jun. 2012. 119 inteligível de linguagem que abarcaria a experiência da negritude. Argumenta-se que a escrita na poesia de Mullen funciona como um processo de miscigenação ao jogar com a ilegibilidade da negritude, para além de uma linha visível de distinção entre o que é ou que deveria ser considerado como parte apropriada da negritude, o que possibilita novas formas de reflexão sobre a poesia como um instrumento politicamente significativo para se repensar o papel da poetisa e do poeta negros no espaço da diáspora negra.

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Este estudo procura destacar a importância da participação de Vinícius de Moraes na crítica cinematográfica do início dos anos 40 (1941-42), exercida no jornal carioca A Manhã. Foi nessa coluna que Vinícius manteve aceso, de maio a julho de 1942, um debate que mobilizou todo o Brasil e, em especial, o Rio de Janeiro: a polêmica cinema mudo X cinema falado. Participam da polêmica, entre outros, Otávio de Faria, Manuel Bandeira, Afonso Arinos de Mello Franco, Humberto Mauro, Aníbal Machado. Nessa ocasião, ainda que timidamente, o cinema brasileiro começou a ser discutido, embora ainda não lhe fosse atribuída grande importância.

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Pós-graduação em Enfermagem (mestrado profissional) - FMB

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A proposta do presente livro é oferecer ao leitor uma descrição fonológica das qualidades vocálicas vigentes na primeira fase (período trovadoresco) do português arcaico a partir da análise das rimas e da grafia das Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio, Rei de Leão e Castela, elaboradas na segunda metade do século XIII.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Nesta coletânea de ensaios procura-se analisar produções literárias de diversas partes do mundo - romances e contos, principalmente - para distinguir como o discurso literário trabalha algumas práticas politicamente legitimas em determinados contextos, e como questões culturais, ideológicas e religiosas encontram signos na expressão do literário. Organizada por Giséle Manganelli Fernandes, Norma Wimmer e Roxana Guadalupe Herrera Alvarez, a obra abarca um espectro geográfico e temporal amplo. Os escritores em foco vão da norte-americana Zitkala-Sa, cuja obra trata especialmente da situação das mulheres indígenas nos EUA, à argelina Assia Djebar, que tem obras escritas em francês, passando pela brasileira Ana Miranda e seu memorialismo e pelo irlandês Oscar Wilde, cuja clássica peça teatral A importância de ser prudente é dissecada do ponto de vista da identidade do autor e a partir das relações dos personagens com a sociedade vitoriana do fim do século XIX. Os ensaístas reproduzem trechos das obras analisadas para exemplificar o que querem demonstrar, o que dá ritmo um sabor literário ao livro.

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Esequiel Gomes da Silva reúne neste livro vários textos jornalísticos do maranhense Artur Azevedo, considerado o primeiro grande dramaturgo brasileiro. O período focado por Silva foi um dos mais fecundos na carreira jornalística do escritor, que através de suas crônicas traçou, com verve e simpático distanciamento, um amplo painel da sociedade e da vida política e cultural do Rio de Janeiro, a efervescente capital imperial. O livro traz, além das crônicas publicadas nesse período - transcritas integralmente, com ortografia atualizada - uma percuciente análise sobre a produção intelectual de Artur Azevedo, enfatizando, porém, sua atuação enquanto crítico de jornais. A obra ainda oferece uma caracterização geral das crônicas e se debruça sobre o processo de elaboração formal e sobre os recursos de comicidade utilizados pelo escritor. O trabalho também possibilita compreender como essas crônicas serviram de ferramenta de intervenção artística, cultural, política e social, terminando por mostrar um Artur Azevedo surpreendentemente engajado nos assuntos do país e empenhado no fortalecimento da cultura brasileira