957 resultados para Jornais Manchetes
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
Resumo:
Esta dissertao tem por objetivo discutir parcela da trajetria do escritor Haroldo Maranho (1927-2004), revelada luz dos documentos pertencentes ao seu arquivo pessoal. O estudo se organiza tendo em vista trs perspectivas: o Haroldo Maranho leitor, possuidor de um acervo bibliogrfico acumulado ao longo de anos, o Haroldo Maranho jornalista, nascido e formado profissionalmente no seio de um cl que por meio sculo esteve frente de um dos jornais mais influentes da capital paraense, a Folha do Norte, e o Haroldo Maranho escritor, em seus freqentes embates com as prticas que regem a lgica do mundo editorial.
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O presente trabalho se circunscreve no mbito da Histria da infncia, mas precisamente na do estado do Par, que se caracteriza enquanto uma rea ainda carente de produes acadmicas, o que contribui para justificar a inteno e a relevncia em constru-lo. A problemtica do estudo se debruou em descobrir: quais os discursos veiculados sobre a infncia paraense nos jornais A Provncia do Par e a Folha do Norte, no perodo 1900-1910? O seu objetivo geral analisar os discursos veiculados pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte sobre a infncia paraense no perodo compreendido entre 1900-1910. J enquanto objetivos especficos tm-se: mapear os fatos mais recorrentes sobre os quais a criana se tornava assunto nos jornais paraenses do perodo de 1900-1910; analisar luz da teoria bakhtiniana aspectos discursivos dos anncios, colunas, galeria, notcias e propagandas contidos nos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte, a fim de evidenciar os discursos implcitos e explcitos relacionados infncia no perodo investigado; perceber, por meio dos discursos dos jornais escolhidos, aspectos inerentes infncia no que tange ao lugar da criana em relao escola, famlia e sociedade no contexto pesquisado; e evidenciar o tratamento dispensado infncia das diferentes classes sociais a partir dos discursos veiculados pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte, na primeira dcada do sculo XX. A anlise das peas, num total de 39, foi fundamentada na perspectiva analtico-discursiva de Mikhail Bakhtin (1997; 2004). Nas peas analisadas: anncios, notcias, propagadas e na galeria infantil foi possvel perceber que na constituio destas circulavam uma infinidade de discursos que contribuam para mostrar o valor atribudo infncia pelos jornais A Provncia do Par e Folha do Norte. A exemplo, tem-se o discurso do higienismo, da valorizao do trabalho enquanto prtica dignificante, regenerante e moralizante, o discurso ideolgico da mulher como cuidadora, do cientificismo em detrimento do conhecimento popular, entre outros. Percebeu-se que socialmente infncia era concebida a partir da classe social na qual o sujeito estava inserido, ou seja, no caso da criana pobre, notou-se que esta era sempre tratada como um sujeito que estava largado a prpria sorte, sem perspectivas de um futuro, tendo em vista que ela sempre vai ser tida como a desafortunada, a infeliz, a pobre creana; j a da classe economicamente mais favorecida sempre vista como a bela, formosa, ingnua, bem cuidada e como um ser que ter um futuro promissor.
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Durante o governo da Ditadura Militar, a Amaznia se tornou parte do projeto de prioridades para ajudar o Brasil a alcanar um desenvolvimento maior. O Par teve nesse processo grande destaque por ser o portal de entrada da regio. Assim, boa parte dos empreendimentos que foram implantados neste estado, no levava em considerao a populao que habitava esta longnqua parte do Brasil, h muito esquecida pelos governos federais. Os projetos pensados eram totalmente opostos ao tipo de atividades econmicas que durante sculos se trabalhava na regio pelas comunidades existentes, como dos indgenas ou dos colonos. Os projetos agroindustriais tinham como meta a apropriao de grandes quantidades de terra para alcanarem seus objetivos. Com a concesso dos representantes militares, a Amaznia sofreu profundas mudanas depois da instalao desses agros negcios, fazendo com que muitas cidades que j existiam vivessem uma fase de grandes conflitos para no permitirem que os projetos se instalassem simplesmente de acordo com a vontade desses empresrios e que prejudicassem inmeras famlias. O municpio de Moju vivenciou esse cenrio. O processo de instalao das agroindstrias se iniciou ainda na dcada de 1970, mas foi na dcada de 1980 que os colonos viram-se ameaados de perder suas terras para esses empreendimentos. Dessa forma, neste trabalho, analiso como se deu entrada desses projetos, assim como a organizao desses colonos e os enfrentamentos que tiveram durante todo este perodo e que fez com que com que este cenrio se transformasse em palco de guerra durante vrios momentos. Os documentos utilizados como dossi, reportagem de jornais, atas de reunies, reportagem de revistas, entrevistas de lideranas sindicais, lavradores, vitimas da violncia, ajudam a entender como se deu este processo turbulento na pequena cidade, que a todo custo deveria chegar ao desenvolvimento econmico.
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A presente dissertao trata da atuao de intelectuais (poetas, jornalistas, militantes, estudantes, folcloristas, antroplogos) e artistas populares na formao da chamada MPB, Msica Popular Brasileira, no Par. Entre meados da dcada de 1960 e de 1970, setores intelectualizados da classe mdia paraense iniciaram uma grande mobilizao no sentido de atualizarem a msica popular produzida em Belm aos debates polticos e estticos que a MPB realizava no restante do pas. Festivais foram realizados, grupos de poesia e msica surgiram, atuaes polticas se misturavam com posturas boemias e grande atividade artstica. A nova intelectualidade buscava ao mesmo tempo fazer uma msica moderna, mas pautada em elementos da cultura popular paraense ou amaznida. Em meio a novos artistas advindos destes setores da sociedade uma reviso da memria da msica popular se fazia e antigos nomes eram incorporados a uma tradio. Concomitantemente a isso, o carimb, que at ento estava restrito s cidades e comunidades interioranas, surge em Belm como uma exploso musical e torna-se msica consumida pelas rdios, TVs e indstria do disco. A urbanizao deste gnero do folclore regional leva a um amplo debate sobre autenticidade, mercado e identidade cultural da regio amaznica e do Par em particular. Neste processo, artistas de extratos populares entram em cena dando sua contribuio msica popular do Norte. O amplo debate nos jornais sobre o carimb (sua autenticidade ou sua degenerao frente ao mercado) se soma as atuaes da jovem intelectualidade. Neste complexo contexto de mltiplas atuaes surge uma MPB de feies regionais.
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Esta dissertao tem a preocupao em estudar as moradias urbanas de Belm na primeira metade do sculo XIX. Identificar as relaes sociais construdas nestes ambientes domsticos, investigados atravs do uso e consumo de objetos encontrados nos inventrios post mortem, jornais, relatos de viajantes e outras documentaes. Apontar a trajetria das influncias que sofreram os ambientes domsticos, incorporando ou produzindo suas prprias relaes com o espao de habitao uma tarefa que procuro discutir. Os sentidos de domesticidade permeados pela relativa noo de privacidade e ao limitado acesso ao consumo de bens materiais so possibilidades que emergem ao longo do estudo. neste conjunto que investigo o significado que as noes de conforto, praticidade so projetados nos mobilirios domsticos, e com isto, ler como o habitante urbano representava essas sensibilidades diante do local de residncia nesta capital paraense em meados do sculo XIX.
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O presente trabalho, intitulada: A dinmica de uso da Praa Olavo Bilac no contexto da cidade de Belm, teve como objetivo identificar e analisar os diferentes usos e a forma de apropriao na Praa Olavo Bilac, e para isso partimos da hiptese de que os diversos usos nesta praa so reveladores das condies de vida impostas pelo modo de produo capitalista. A metodologia se estruturou a partir de um levantamento de fontes bibliogrficas referente ao tema, em seguida realizamos uma pesquisa documental sobre a origem e a histria da praa em questo, precisamente em jornais, sites e documentos oficiais, pertencentes Parquia de So Domingos de Gusmo, realizamos ainda uma observao sistemtica na rea de estudo, nos horrios da manh, tarde e noite; todos os dias da semana, porm de forma no consecutiva. Tambm foi realizada a aplicao de um roteiro de entrevistas com os vendedores e freqentadores da Praa Olavo Bilac, a fim de servir como registros de referncia histrica e registros de usos dos entrevistados. Aps a aplicao destes roteiros partimos para a etapa referente s entrevistas, momento em que realizamos uma conversa com vendedores que atuam no interior da Praa, com pessoas que utilizam a praa como passagem, e com outros moradores do bairro que fazem uso desta praa, e que com esta tem relao, totalizando 16 pessoas. Os resultados desta pesquisa apontaram que, esta praa uma referncia de lazer, local de passagem, do encontro, mas tambm da diversidade e da desigualdade que o modo de produo capitalista impe s cidades e aos que nela vivem, pois a Praa Olavo Bilac, assim como as demais praas, a expresso da cidade, e vai expressar o modo de vida desta cidade.
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A dissertao discute o vesturio feminino em Belm do Par nas duas primeiras dcadas do sculo XX, buscando compreender os mltiplos sentidos dados roupa feminina pelas prprias mulheres e pelos cronistas de revistas e jornais que circulavam na capital paraense como A Semana, Belm Nova, A Tarde, A Palavra, a Folha do Norte dentre outros. Nesse sentido, as reflexes se voltam para as relaes entre o consumo de elementos de moda e o avano da modernidade em Belm, tendo como pano de fundo as profundas transformaes urbanas por que passou a cidade nas primeiras dcadas do sculo XX, marcadas posteriormente pela crise nos negcios da borracha. Revelam-se assim, a busca por mudanas de algumas dessas mulheres construdas a partir do corte dos cabelos, do comprimento das saias, a construo de uma nova aparncia, e as preocupaes em disputar espaos alm da ambincia do privado. Assim, a sociabilidade construda por muitas mulheres da elite, sugere o questionamento do seu papel social, em que a moda, por vezes, funcionava como discurso no-verbal.
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O presente estudo trata da prtica cultural da amamentao e dos cuidados com as crianas pelas amas de leite na Provncia do Gro-Par no sculo XIX. As amas de leite tiveram um papel importante no mbito simblico, social e cultural da vida privada da sociedade patriarcal-escravocrata no Brasil no sculo XIX. Na Provncia do Gro-Par era recorrente a contratao de amas de leite para amamentar e cuidar das crianas. A questo central que norteou o estudo foi: Qual a presena das amas de leite na histria da infncia paraense, sobretudo as significaes culturais, sociais e afetivas na vida da criana na Provncia do Gro-Par no sculo XIX? Os objetivos da pesquisa foram: a) identificar a origem das amas de leite e sua importncia para a histria da infncia; b) descrever a histria da amamentao e os discursos dos mdicos higienistas sobre os cuidados com a criana, a me e as amas de leite; c) destacar o significado das amas de leite na amamentao, nos cuidados e na educao das crianas no sculo XIX na Provncia do Gro-Par; d) identificar a solicitao dos servios das amas de leite para atender as crianas na Provncia do Gro-Par. Metodologicamente utilizamos a pesquisa histrica e documental, composta por um corpus de 92 anncios publicados no perodo de 1845 a 1888, nos jornais paraenses Treze de Maio, A Constituio, Dirio de Belm, O Liberal do Par, A Regenerao, Gazeta Official, Dirio do Commercio e O Paraense. O corpus foi obtido na Biblioteca Artur Vianna (CENTUR) e na Hemeroteca da Biblioteca Nacional Digital, tendo sido organizado em 12 categorias de anlise, com base na anlise de contedo de Laurence Bardin. Os resultados demonstram a existncia de um comrcio indiscriminado de compra e venda de amas de leite na Provncia do Gro-Par, inclusive valorizando as mais jovens, com bons costumes, boa higiene, sadias e que no tivessem cria. O perfil social das amas de leite da Provncia do Gro-Par no perodo estudado era semelhante aos presentes nas demais Provncias do Brasil, sendo ela geralmente escrava e se fosse livre, era pobre e predominantemente negra. No final do sculo XIX, os mdicos higienistas argumentavam que as amas de leite transmitiam doenas e eram mercenrias, recomendando a amamentao materna ou o uso de leite industrializado. No entanto, verificou-se que a influncia da ama de leite para a criana foi alm da relao afetiva, repercutindo em sua educao, linguagem, alimentao, enfim em diversos aspectos de sua cultura.
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Este trabalho visa a discutir alguns aspectos da crtica literria produzida em larga escala nos jornais de meados do sculo XX, conhecida como crtica jornalstica ou de rodap, mais precisamente a contribuio crtica de Franklin de Oliveira (1916-2001) para as trs primeiras publicaes literrias do autor Guimares Rosa (1908-1967), Sagarana (1946), Corpo de baile (1956) e Grande serto: veredas (1956), verificando quais teorias e mtodos eram usados por esse crtico para analisar um conjunto de obras que se mostrava, primeira vista, como desafio aos atentos crticos da poca. Franklin de Oliveira, mencionado por Benedito Nunes, em Rumos da crtica (2000), como injustamente esquecido nas referncias das publicaes acadmicas, deixou um vastssimo conjunto de ensaios humansticos sobre msica, literatura, poltica, entre outros, do Ocidente, esclarecendo a importncia da arte e da literatura para a formao de um homem total, no alienado e consciente de sua humanidade. Os seus ensaios, de alta erudio, refletem a complexidade da obra rosiana sob o prisma filosfico, poltico e, principalmente, esttico, pois tem o entendimento de que as situaes externas obra literria devem emergir no gnero literrio considerando artisticamente o fato exposto. Por isso, para Franklin de Oliveira, Guimares Rosa foi um escritor revolucionrio, por ter realizado uma mmesis que no ficou presa ao seu tempo presente, e, por meio do elemento lingustico, literrio e metafsico, conseguiu promover a transcendentalizao da prosa literria brasileira. Assim, esta dissertao est estruturada em um panorama geral dos assuntos aqui apresentados e em trs captulos, quais sejam: Por uma definio de crtica literria, Do intelectual ao crtico jornalista: Franklin de Oliveira, um humanista por excelncia e Legado de Franklin de Oliveira crtica rosiana: sob o foco da revoluo rosiana, a fim de alcanar o entendimento sobre a importncia de se estudar as anlises escritas em outra poca a respeito das obras de um autor de literatura, como Guimares Rosa, que ainda hoje so muito lidas e discutidas. Para tanto, um dos pressupostos tericos para este estudo tem em vista o experienciar dinmico da obra literria por parte do leitor, algo salientado pela Esttica da recepo no livro A histria da literatura como provocao a teoria literria (1994), de Hans Robert Jauss, este trabalho possibilita questionar ou legitimar a tradio de uma crtica por meio da trade hermenutica do compreender, interpretar e aplicar.
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Este estudo prope a anlise temtica de alguns poemas da poeta paraense Adalcinda Magno Camaro Luxardo (1915-2005), levando em considerao os aspectos do imaginrio e os elementos, imagens, smbolos e espao, inseridos e refletidos em suas produes poticas. A escritora nasceu na cidade de Muan, na Ilha do Maraj-Pa, e se inseriu no cenrio cultural literrio paraense como uma das poucas mulheres que militaram no universo da arte durante este perodo, quando ainda normalista, passou a fazer parte dos grupos de estudantes que lutavam em frentes literrias. Importante dizer que a autora contribuiu com revistas literrias que circulavam na sociedade belemense na primeira metade do sculo XX Guajarina, A Semana e Amaznia , que ajudaram a difundir sua habilidade potica, alm de escrever para os jornais O dirio e a Provncia, o que demonstra sua insero e importncia na cena literria daquele momento, nos auspcios da constituio de um movimento literrio local. Portanto, esta pesquisa encontra-se voltada para a anlise dos poemas de Adalcinda que deixam transparecer as relaes de imaginrio, imagens, smbolos e espao, procurando fazer analogias com autores como: Gilbert Durand (1997), Franois Laplantine e Liana Trindade (1997), em um panorama com base antropolgica; Gaston Bachelard (2008), com suas consideraes sobre o espao potico; e Milton Santos (2006), no que se refere ideia de paisagem, situando ainda as vises fenomenolgicas acerca desses temas atravs de Sartre (1996).
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Esta pesquisa tem como objetivo analisar processos de construo da identidade do professor de lngua materna na imprensa, legitimada no apenas por seus discursos, mas como uma construo que se estabelece socialmente e encontra na mdia um lugar privilegiado para sua emergncia. O corpus composto por textos coletados de revistas, jornais, blogs e sites, que tratam de ensino de lngua portuguesa, assinados por professores ou por outros profissionais. Este trabalho de pesquisa se baseia nos postulados da Anlise do Discurso e das Cincias Sociais, por meio dos conceitos de Discurso, Hegemonia e Memria Discursiva, abordados no primeiro captulo desta dissertao, em que perceberemos como estes conceitos ajudam na reproduo dos discursos (pblicos) e na construo identitria do professor de lngua portuguesa. A noo de Formao Discursiva abordada no segundo captulo, com base nos postulados tericos de Foucault (2004) e Pcheux (2009), bem como a circularidade nas posies de Identificao e Contra-identificao. As Formaes Imaginrias (PCHEUX, 1997) servem de ancoragem terica para o terceiro captulo, em que analisamos como os professores ocupam lugares (A, B e R) nos discursos, validados por eles mesmos ou por aqueles que enunciam publicamente. No quarto captulo discutimos a polmica estabelecida entre as duas Formaes Discursivas por meio da noo Simulacro MAINGUENEAU, 2005), abordada no mesmo captulo, em que percebemos imagens distorcidas projetadas nos discursos. Buscamos demonstrar a importncia dos estudos discursivos no campo do ensino-aprendizagem, partindo do pressuposto de que a formao dos professores tem se dado no apenas por prticas pedaggicas, mas tambm em prticas discursivas. Na anlise destes dados, estamos buscando o lugar discursivo do professor e a maneira que este professor, ao tomar a palavra na imprensa, forja sua identidade. Espera-se com este trabalho verificar como o professor de lngua portuguesa tem legitimado sua(s) identidade(s) no ambiente miditico, que tem se mostrado um lugar de grande efervescncia discursiva e instncia de formao e reproduo de discursos sobre ensino de lngua materna.
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Entre os anos de 1810 e 1850, a presena de trabalhadores escravos em Belm era significativa. Em termos demogrficos, essa populao representava quase metade da populao da cidade, formada pelas freguesias urbanas da S e Campina. A presente dissertao analisa a escravido em Belm, a partir de diversos aspectos como o trfico, a procedncia e/ou origem geogrfica e tnica dos cativos, a demografia e as cores, mercado e a mobilidade cativa, o controle social e a liberdade escrava, permeados por acontecimentos sociais, polticos e econmicos ocorridos no Brasil e no Gro-Par, no perodo em questo, tais como a chegada da famlia real e a abertura dos portos, a independncia, a Cabanagem e a promulgao das leis anti-trfico de 1815, 1831 e 1850. Narrativas de viajantes estrangeiros, jornais, inventrios post-mortem, relatrios de governo, cdigos de posturas e aes de liberdade so algumas das fontes utilizadas para construo do cenrio: a Belm da primeira metade do sculo XIX, e para conhecimento da atuao de nossos atores: os trabalhadores escravos.
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Este estudo discute as percepes da populao belenense sobre o perodo do Regime Militar de 1964, centrando a anlise no segmento militar: Militares Graduados da Aeronutica. Buscamos compreender a vivncia destes no cotidiano da capital paraense no perodo de 1964-1985. Tal se manifesta para alm da poltica e da economia, retratando aspectos da sociedade relativos ao trabalho, ao lazer e vida privada, na qual as diferentes realidades e instncias so vivenciadas e adquirem variados sentidos e significados no dia-a-dia. Temos o intuito de compreender os sentidos atribudos pelos militares a suas atividades dirias, seja no mbito institucional, seja no meio civil. Utilizamos para esta percepo a documentao (registros fotogrficos, jornais internos, cartazes) do Primeiro Comando Areo Regional sediado em Belm (I COMAR), alm de entrevistas sistematizadas de militares e seus familiares. Essas duas esferas Civil-Militar so cruzadas enfocando suas vivncias no mbito civil e podem ter uma relao direta ou indireta com as esferas polticas, econmicas e sociais do Regime Militar.
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O tema de pesquisa proposto se constitui em uma proposta inovadora, na medida em que, dentre os grupos e associaes que participaram dessa luta, a Maonaria talvez seja a menos estudada e pesquisada e, assim, com este estudo, pretendemos demonstrar que as lojas manicas, como outras associaes, acompanhavam as mudanas que se processavam social e politicamente no pas, estabelecendo uma nova cultura poltica que envolvia diferentes sujeitos que se encontravam na vanguarda do processo abolicionista, pugnando pela mudana das relaes de produo no pas. Este trabalho evoca a luta pela emancipao dos escravos defendida pelos maons do Par, bem como a anlise do posicionamento da Maonaria em relao ao regime imperial, como as questes bsicas desta pesquisa, possibilitando redimensionar esse tema, procurando investigar as estratgias sociais desenvolvidas por esses sujeitos, atravs da atuao das lojas manicas e de alguns maons importantes como Lauro Sodr, demonstrando seus posicionamentos polticos e suas formas de atuao. A pesquisa de jornais da poca mostrou que de 1870 em diante foram fundadas associaes que geralmente se aproveitavam de festas pblicas para promover debates em favor da liberdade dos escravos. A metodologia trabalhada consistiu basicamente de consulta aos jornais da poca e documentao de registro das lojas manicas, que so referenciadas ao longo deste trabalho. No perodo proposto, o jornal foi o principal meio de comunicao da sociedade, sendo muito utilizado por letrados e polticos que passaram a utilizar suas pginas para criticar o regime escravocrata em crise, rotulando-o de atrasado e incompatvel com a modernizao em curso no pas.