1000 resultados para Filosofia das Ciências da Natureza


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Este artigo busca interpretar a gravura "Melancolia I", do renascentista alemão Albrecht Dürer, segundo o pano de fundo filosófico do pensamento de Spinoza. A ideia central é a de que, nessa gravura, haveria uma intuição artístico-filosófica pela qual Dürer foi levado a associar a tristeza melancólica à ideia de um conhecimento confuso e turvado pela imaginação. Tal intuição se completaria numa outra gravura, criada no mesmo ano, o "São Jerônimo em seu gabinete", na qual a melancolia do "homem de cultura" renascentista desaparece. Tais intuições permitiriam ler as duas gravuras sob a ótica das "teorias" da mente e do conhecimento de Spinoza, para quem o conhecimento está associado à alegria, desde que esteja livre das sombras da imaginação projetadas pelo medo, pelo desejo excessivo, pelas crenças ou pelas superstições.

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O artigo examina a influência do neokantiano Heinrich Rickert sobre Walter Benjamin, que foi seu aluno em 1912-1913. Chamando a atenção para a relação intrínseca entre arte e teoria, indicada pela "Crítica da faculdade de julgar", procura-se mostrar que os empréstimos operados por Benjamin não dizem respeito apenas aos elementos conceituais, mas também a certos motivos provenientes da "visão de mundo" da época. A partir dos materiais históricos e de conceitos que encontra em Rickert, Benjamin elabora construções metafóricas que associam o feminino à fantasia e à faculdade mimética. Nesta perspectiva, propomos uma interpretação da imagem de pensamento intitulada "Nach der Vollendung" ("Após a conclusão"), na qual a problemática erótica que aparece na filosofia dos valores de Rickert torna-se uma metáfora da criação artística.

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O objetivo deste artigo é responder à questão: a teoria cartesiana das ideias é realista direta ou representacionalista? Para responder a essa questão, analiso as noções de ideia, ser objetivo, realidade objetiva e essência nas "Meditações" de Descartes. Eu procuro mostrar que do ponto de vista da apreensão das essências das coisas externas, Descartes é um realista direto. Mas como algumas provas da existência são inferenciais, eu mostro também que deste ponto de vista a teoria cartesiana é representacionalista.

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Abordaremos a crítica marxiana à noção hegeliana de "ser" (Sein), mostrando que a historicidade e a objetividade, em verdade, são determinações desta (sendo as categorias, em Marx, formas de ser [Daseinsformen], determinações de existência [Existenzbestimmungen]). Deste modo, intentamos mostrar que analogias entre a lógica hegeliana e a teoria marxiana podem eclipsar aspectos centrais à abordagem materialista proposta pelo autor de "O capital". Apontando a inversão hegeliana entre sujeito e predicado, Marx trata da apreensão do real que, muito embora seja traçada em diálogo com a dialética hegeliana, é também sua antítese direta (direktes Gegenteil).

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O objetivo de meu texto consiste em reconstruir um aspecto da recepção da compreensão de Duns Scotus sobre a noção de ente em dois autores pertencentes à geração que imediatamente o sucedeu: no franciscano Guilherme de Alnwick e em seu confrade Francisco de Meyronnes. O problema que surge nessa primeira recepção de Scotus pode ser assim resumido: uma vez que tenhamos aceitado que a noção de ente é simultaneamente unívoca, primeira, a mais geral e a mais simples das noções, como podemos evitar a ameaça de se ter de conceder que a ciência de tal noção – que a metafísica, noutras palavras – não seja capaz de se distinguir claramente de uma investigação que não lida necessariamente com realidades extramentais? Ou, pondo a questão em outros termos: não nos vemos depois de Scotus condenados a ter de escolher entre uma noção de ente como uma noção real ou como uma noção perfeitamente geral? Veremos que, tratando da mesma questão, Alnwick e Meyronnes seguem diferentes caminhos, cada um deles com seus custos e méritos.

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Tendo em vista o desacordo entre os comentadores contemporâneos acerca do modo pelo qual o intelecto teorético conhece no "Kitāb al-nafs" de Avicena, investigo se esta atividade se realiza por um sentido interno que é auxiliado pelo intelecto a fim de abstrair a forma material ou se é uma atividade exclusiva do intelecto que não depende das formas materiais, mas apenas da intuição das formas inteligíveis. Contudo, algumas passagens das seções V.5 e V.6, nas quais são descritas a atividade conjunta entre intelecto e os sentidos internos e a sua atividade própria, conduzem à conclusão segundo a qual são necessários dois elementos para que o conhecimento seja realizado: a unificação da multiplicidade e a multiplicação da unidade; em outras palavras, não é suficiente que o intelecto, em conjunto com as faculdades estimativa e cogitativa, conceitualize os termos menor e maior do silogismo, mas ele também precisa intuir o termo médio.

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This study is concerned with 'nature' specifically as the subject-matter of physics, or natural science, as described by Aristotle in his "Physics". It also discusses the definitions of nature, and more specifically physical nature, provided by Avicenna (d. 1037) and Averroes (d. 1198) in their commentaries on Aristotle's "Physics". Avicenna and Averroes share Aristotle's conception of nature as a principle of motion and rest. While according to Aristotle the subject matter of physics appears to be nature, or what exists by nature, Avicenna believes that it is the natural body, and Averroes holds that the subject matter of physics or natural science consists in the natural things, in what constitutes a slight shift in focus.

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O artigo aborda o tratado lógico de Geraldo Odon "De duobos communissimis principiis scientiarum" focando na noção de ens tertio adiacens: o ente significado pela totalidade da proposição e seu verificador. Odon o identifica ao sujeito dos princípios de não-contradição e terceiro excluído. O ens tertio adiacens também corresponde ao primeiro objeto adequado do intelecto e ao sujeito da lógica, a qual é entendida como a primeira ciência. Na segunda parte do artigo, localizamos Odon no debate historiográfico do realismo proposicional, ao lado de Walter Burley.

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O presente artigo propõe uma interpretação deflacionista para a doutrina da essência absolutamente considerada (EAC), apresentada por Tomás de Aquino no opúsculo "De ente et essentia". O norte do trabalho é a análise das expressões reduplicativas que são constantemente utilizadas pelo Doutor Angélico para designar as EAC's. Portanto, pretendo mostrar que a EAC é a consideração dos predicados essenciais, que se predicam das expressões reduplicadas, diferentemente da noção acidental de existência. Por isso, a EAC não existe nem no intelecto nem na realidade, o que, dito em outras palavras, significa apenas que "existir no intelecto" e "existir na realidade" são predicados acidentais em relação às essências apreendidas abstrativamente pela mente.

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No livro VI de suas "Questões sobre a Metafísica", João Duns Escoto desenvolve um complexo estudo sobre a verdade. Para tanto, ele distingue dois modos de verdade: a "verdade na coisa" e a "verdade no intelecto". Pretendo aqui me voltar para a primeira dessas duas noções, interpretando uma curta passagem daquela obra à luz de outros textos do Doutor Sutil – um procedimento sugerido por aquelas próprias questões.

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Este artigo explora a relação que Descartes estabelece com as noções de forma e de matéria do aristotelismo escolástico ao tratar da interação entre as substâncias nas correspondências com Elisabeth, Gassendi e Arnauld. Partindo do exemplo do peso utilizado por Descartes em diversas cartas, traça-se uma relação de identidade entre a noção de forma em Tomás de Aquino e de pensamento em Descartes, assim como se traça a crítica à noção de forma, entendida como qualidade oculta, para os corpos inanimados. Por fim, explora-se a interpretação ocasionalista do sistema cartesiano e a relevância dos movimentos celestes para a explicação dos movimentos naturais em Tomás de Aquino.