999 resultados para Everardo Maciel
Resumo:
Para se avaliar o efeito do plano nutricional e crescimento sobre a massa dos pré-estômagos, morfologia e quantificação de papilas ruminais, trinta e seis cordeiras da raça Santa Inês foram submetidas a dois planos nutricionais (ad libitum ou restrito) sendo abatidas em diferentes pesos vivo (20, 30 ou 40 kg de peso vivo), em um delineamento inteiramente casualizado balanceado em arranjo fatorial 2x3. Feito o abate, as vísceras foram pesadas livres de seu conteúdo em seguida mediu-se o volume de repleção do rúmen e retículo. Amostras do tecido ruminal oriundas dos sacos cranial e ventral foram coletadas para posteriormente serem realizadas com auxílio de lupa estereoscópica as medidas morfométricas das papilas ruminais, altura, largura da base, área, papilas por cm² e área absortiva por cm². Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias resultantes por tratamento foram comparadas por meio de teste de Student Newmann Keuls. Os diferentes planos nutricionais não influenciaram a massa das vísceras rúmen, retículo e omaso (P>0,05), no entanto, observou-se crescimento dessas vísceras em função do aumento do peso ao abate. O volume dessas vísceras foi afetado pelo peso ao abate, e observou-se menores volumes para animais com alimentação ad libitum (P<0,10). O número de papilas por cm² foi reduzido com o aumento do peso ao abate, sendo que altura e área foram aumentadas quando em pesos maiores. O plano nutricional afetou apenas a área e altura das papilas ruminais oriundas do saco cranial. A área absortiva não foi afetada pelos tratamentos. Plano nutricional e diferentes pesos vivos influenciam a morfologia dos pré-estômagos de cordeiras da raça Santa Inês.
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O presente estudo objetivou descrever as lesões pulmonares macro e microscópicas associadas ao parasitismo por Sebekia oxycephala em 100 espécimes de jacarés-açu (Melanosuchusniger), abatidos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, situada no Estado do Amazonas, Brasil. Durante a avaliação macroscópica, exemplares dos parasitos encontrados no tecido pulmonar foram coletados individualmente em AFA (Álcool etílico - Formalina - Ácido acético glacial) e formol a 5% para avaliação parasitológica e classificação taxonômica. Amostras de tecido pulmonar de todos os animais, independentemente da ocorrência de lesões macroscópicas, foram fixadas em formol 10% e incluídas em parafina. Secções histológicas coradas por Hematoxilina-Eosina destas amostras foram avaliadas por meio de microscopia óptica. Macroscopicamente, 4 dos 100 animais (4%) apresentaram espécimes de pentastomídeos no parênquima pulmonar. Os parasitos foram classificados taxonomicamente como pertencentes à espécie Sebekia oxycephala. Nenhuma alteração macroscópicas foi observada, porém, microscopicamente, lesões pulmonares foram encontradas em 37% dos casos, sendo que, lesões inflamatórias associadas ao parasitismo corresponderam a 75,6% dos mesmos (28/37). Nestes, segmentos degenerados e ovos de S. oxycephala encontravam-se envolvidos por cápsula de tecido conjuntivo fibroso e infiltrado inflamatório predominantemente composto por células gigantes do tipo corpo estranho. Três espécimes apresentaram espessamento de septos alveolares e sete exemplares continham infiltrado inflamatório granulocítico multifocal no parênquima pulmonar. As lesões associadas ao parasitismo, de modo geral, apresentaram intensidade discreta e parecem não representar uma causa importante de doença pulmonar entre a população estudada. Esta é a primeira descrição de lesões pulmonares em M. niger associadas ao parasitismo por S. oxycephala na Amazônia brasileira.
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Mesenchymal stem cells (MSC) are increasingly being proposed as a therapeutic option for treatment of a variety of different diseases in human and veterinary medicine. Stem cells have been isolated from feline bone marrow, however, very few data exist about the morphology of these cells and no data were found about the morphometry of feline bone marrow-derived MSCs (BM-MSCs). The objectives of this study were the isolation, growth evaluation, differentiation potential and characterization of feline BM-MSCs by their morphological and morphometric characteristics. in vitro differentiation assays were conducted to confirm the multipotency of feline MSC, as assessed by their ability to differentiate into three cell lineages (osteoblasts, chondrocytes, and adipocytes). To evaluate morphological and morphometric characteristics the cells are maintained in culture. Cells were observed with light microscope, with association of dyes, and they were measured at 24, 48, 72 and 120h of culture (P1 and P3). The non-parametric ANOVA test for independent samples was performed and the means were compared by Tukey's test. On average, the number of mononuclear cells obtained was 12.29 (±6.05x10(6)) cells/mL of bone marrow. Morphologically, BM-MSCs were long and fusiforms, and squamous with abundant cytoplasm. In the morphometric study of the cells, it was observed a significant increase in average length of cells during the first passage. The cell lengths were 106.97±38.16µm and 177.91±71.61µm, respectively, at first and third passages (24 h). The cell widths were 30.79±16.75 µm and 40.18±20.46µm, respectively, at first and third passages (24 h).The nucleus length of the feline BM-MSCs at P1 increased from 16.28µm (24h) to 21.29µm (120h). However, at P3, the nucleus length was 26.35µm (24h) and 25.22µm (120h). This information could be important for future application and use of feline BM-MSCs.
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Products developed at industries, institutes and research centers are expected to have high level of quality and performance, having a minimum waste, which require efficient and robust tools to numerically simulate stringent project conditions with great reliability. In this context, Computational Fluid Dynamics (CFD) plays an important role and the present work shows two numerical algorithms that are used in the CFD community to solve the Euler and Navier-Stokes equations applied to typical aerospace and aeronautical problems. Particularly, unstructured discretization of the spatial domain has gained special attention by the international community due to its ease in discretizing complex spatial domains. This work has the main objective of illustrating some advantages and disadvantages of numerical algorithms using structured and unstructured spatial discretization of the flow governing equations. Numerical methods include a finite volume formulation and the Euler and Navier-Stokes equations are applied to solve a transonic nozzle problem, a low supersonic airfoil problem and a hypersonic inlet problem. In a structured context, these problems are solved using MacCormacks implicit algorithm with Steger and Warmings flux vector splitting technique, while, in an unstructured context, Jameson and Mavriplis explicit algorithm is used. Convergence acceleration is obtained using a spatially variable time stepping procedure.
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Uma das práticas agrícolas mais eficientes para o controle de plantas daninhas na agricultura é o uso de herbicidas seletivos. Todavia, a aplicação de um mesmo herbicida, ou de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, durante anos consecutivos, na mesma área, pode resultar na seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes a esses herbicidas. Com o objetivo de confirmar a resistência de um biótipo (E-298) da planta daninha amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) aos herbicidas inibidores da enzima ALS, encontrado em área de cultivo de soja, no município de Cafelândia, PR, foi conduzido um experimento em área pertencente à Embrapa Soja, Londrina, PR. As plantas provenientes da população com suspeita de resistência foram tratadas com diversos herbicidas e doses, e comparadas com plantas de uma população suscetível de amendoim-bravo. Os tratamentos foram estabelecidos considerando as doses recomendadas dos herbicidas, metade delas e, duas, quatro e oito vezes superiores a recomendada. Os produtos e as doses aplicadas foram cloransulan nas doses 0,0; 0,015; 0,03;0,06; 0,12; 0,24 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Agral 0,2% v/v, imazetaphapyr nas doses 0,0; 0,05; 0,1; 0,2; 0,4 e 0,8 kg i.a./ha, imazaquin nas doses 0,0; 0,075; 0,15; 0,3; 0,6; 1,2 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Assist 0,3% v/v, sulfentrazone nas doses 0,0; 0,3; 0,6; 1,2; 2,4; 4,8 kg i.a./ha, mais o espalhante adesivo Assist 0,3% v/v, e lactofen nas doses 0,0; 0,082; 0,165; 0,33; 0,664; 1,329 kg i.a./ha. O biótipo resistente apresentou diferentes níveis de resistência cruzada entre os herbicidas cloransulan, imazethapyr e o imazaquin, e as relações médias de GR50 obtidas foram > 6,85; 11,90 e > 7,18, respectivamente. As curvas de dose-resposta do biótipo resistente apresentaram valores inferiores ao biótipo suscetível, em todas as doses estudadas para os herbicidas cloransulan, imazethapyr e imazaquin. Para os herbicidas sulfentrazone e lactofen, que apresentam mecanismo de ação diferente da inibição da enzima ALS, ocorreu alto índice de controle de ambos os biótipos de amendoim-bravo avaliados, principalmente, nas maiores doses, provando a não existência de resistência múltipla nesse biótipo de amendoim-bravo estudado.
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Um experimento de campo foi conduzido em Presidente Castelo Branco-PR, com o objetivo de avaliar a seletividade do herbicida azafenidin para a cultura de Eucalyptus camaldulensis, assim como sua eficácia no controle de algumas plantas daninhas infestantes nessa cultura. Azafenidin foi aplicado nas doses de 300, 400, 500 600 e 800 g i.a. ha-1, em pré-emergencia das plantas daninhas. Tratamentos adicionais, incluindo oxyfluorfen (720 g i.a. ha-1), uma testemunha capinada e outra testemunha sem capina, foram também incluídos. Tanto azafenidin quanto oxyfluorfen provocaram sintomas de toxicidade na cultura; no primeiro, as injúrias foram mais intensas em doses ³ 600 g i.a. ha-1. Em relação ao controle de plantas daninhas, doses de azafenidin a partir de 500 g i.a. ha-1 foram efetivas no controle de Brachiaria decumbens, Commelina benghalensis, Richardia brasiliensis e Sida santaremnensis, mesmo 180 dias após a aplicação. Doses menores de azafenidin resultaram em controle suficiente da maioria das plantas daninhas, mas com menor efeito residual.
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Com o objetivo de avaliar a deposição e distribuição de solução traçante em plantas de feijoeiro e capim-braquiária, foi conduzido experimento no NuPAM-FCA/ UNESP, campus de Botucatu-SP, utilizando um simulador de pulverização em ambiente controlado. Os tratamentos utilizados foram: bico jato plano XR Teejet (XR110.02VS) + surfactante Aterbane BR (0,5% v/v); bico jato cônico Conejet (TXVK-4) + surfactante Aterbane BR (0,5% v/v); bico jato plano XR Teejet (XR110.02VS); e bico jato cônico Conejet (TXVK-4). Em todos os tratamentos foi aplicada uma solução de NaCl (0,5% p/v) + corante Poliglow laranja (0,5% p/v) + mancozeb (0,5% p/v). As unidades experimentais constituíram-se de vasos com duas plantas-alvo de capim-braquiária posicionadas sob uma planta-alvo de feijoeiro. A visualização da distribuição das gotas nas folhas de capim-braquiária foi efetuada com auxílio de luz negra, e o depósito da calda na superfície das plantas foi quantificado através da condutividade elétrica da solução aplicada e coletada por meio de lavagem de ambos os alvos. Os bicos de pulverização, jato plano (XR Teejet) e cônico (Conejet), não apresentaram diferença no depósito nos folíolos totais de feijoeiro quando submetidos a mesma condição de calda de pulverização. No entanto, o bico jato plano XR Teejet (XR110.02VS) e o bico jato cônico Conejet (TXVK-4) proporcionaram aumento de 67,1 e 61,5% na deposição da calda em relação a área foliar e 106,4 e 66,9% para matéria seca, respectivamente, em relação ao bico jato plano XR Teejet (XR110.02VS) + surfactante Aterbane BR (0,5% v/v) e ao bico jato cônico Conejet (TXVK-4) + surfactante Aterbane BR (0,5% v/v). Para o capim-braquiária, o bico cônico Conejet proporcionou deposição superior e distribuição mais uniforme em relação ao jato plano XR Teejet.
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Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação da Universidade Estadual de Maringá-PR, objetivando desenvolver metodologia alternativa para avaliar a absorção foliar e radicular de herbicidas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 11 e 5 tratamentos para os solos arenoso e argiloso, respectivamente, ambos os experimentos com quatro repetições, constituídos por plantas de B. plantaginea em dois estádios. O herbicida atrazine foi aplicado nas doses de 2,5 e 3,0 kg ha¹ em solos arenoso e argiloso, utilizando um pulverizador costal pressurizado por CO2. Os tratamentos foram constituídos por plantas protegidas com canudos plásticos em solo descoberto e plantas desprotegidas em solo coberto com papel-alumínio, associadas a condições de solo seco e úmido, ou em ambas as condições, acrescidas de irrigação de 20 mm apenas ao solo após aplicação. A absorção foliar da atrazine foi eficiente no controle de B. plantaginea com duas a três folhas em solo arenoso e argiloso, ao contrário do estádio de quatro a cinco folhas, onde houve necessidade de associar os efeitos da absorção foliar e radicular para se obter controle satisfatório. A irrigação de 20 mm ampliou o controle da absorção radicular de B. plantaginea em diferentes estádios de plantas, solo e umidade do solo. A metodologia apresentou-se viável como ferramenta alternativa para avaliação da absorção foliar e radicular de herbicidas, no controle de gramíneas em estádio inicial de desenvolvimento.
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Com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes manejos de palhada de capim-braquiária sobre o desenvolvimento inicial da cultura de soja e da planta daninha amendoimbravo, foi conduzido um experimento em condições de casa de vegetação no NuPAMFCA/UNESP, BotucatuSP. Os tratamentos utilizados foram: manejo da palhada na superfície do solo + irrigação superficial (T1); manejo da palhada na superfície do solo + irrigação subsuperficial (T2); palhada incorporada ao solo (T3); e testemunha sem cobertura (T4). A palhada foi colhida no campo 30 dias após dessecação com o herbicida glyphosate (1,44 g i.a. ha-1). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete repetições, sendo as unidades experimentais vasos plásticos, com a soja e o amendoim-bravo semeados paralelamente, em linhas distintas. O T1 reduziu significativamente o índice de velocidade de germinação (IVG) e a altura das plântulas de soja aos 5 e 10 dias após a emergência (DAE), ao contrário do amendoim-bravo, o qual não sofreu interferência dos tratamentos estudados, constituindo-se em uma planta-problema para sistemas produtivos com palhada de capim-braquiária. Os resultados da análise de crescimento (TCA - taxa de crescimento absoluto, TCR - taxa de crescimento relativo e TAL - taxa de assimilação líquida) das plântulas de soja e amendoim-bravo apresentaram valores máximos aos 15 DAE, com exceção do T3 para soja, o qual reduziu expressivamente o desenvolvimento em relação aos demais tratamentos.
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A transposição da palha por herbicidas aplicados em pré ou pós-emergência durante a aplicação é determinante na sua eficiência, dinâmica e impacto ambiental. O experimento foi conduzido no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia - FCA/UNESP, campus de Botucatu-SP, tendo como objetivo avaliar o desempenho de diferentes modelos de pontas de pulverização na transposição em quantidades crescentes de palha de aveia-preta (Avena strigosa). Os tratamentos foram constituídos pelo monitoramento do traçador corante Azul Brilhante (FDC-1) a 3.000 ppm, pulverizado com as pontas de pulverização XR11002-VS, TJ60-11002VS, FL-5VS, DG11002-VS, TXVK-8, TT11002-VP e AI11002-VS, utilizando, respectivamente, as pressões de trabalho de 1,4; 2,0; 1,5; 2,0; 4,9; 3,0 e 3,0 kgf cm² e volume de calda de 200, 200, 428, 200, 213 e 270 L ha-1 sobre quantidades de 0, 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 t ha-1 de palha de aveia-preta. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e cinco repetições, as quais foram constituídas de caixas plásticas com palha acondicionada sobre um fundo falso de área conhecida, sendo este lavado após as aplicações, para posterior quantificação do traçador em espectrofotometria. O modelo de Mitscherlich simplificado (Y = 10 ^ (2 - (C*X))) mostrou ajuste satisfatório para os dados originais de traçador que transpôs a palha, apresentando coeficientes de determinação (R²) elevados, oscilando entre 0,9782 e 0,9971. Todos os modelos de pontas de pulverização mostraram-se similares na transposição da palha pelo traçador. As porcentagens médias de transposição foram de 43,00; 18,77; 3,73; 0,78; 0,17; 0,04 e 0,01% para as quantidades de 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 t ha-1 de palha, respectivamente.
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Um experimento foi conduzido no NuPAM/FCA/UNESP, Botucatu-SP, objetivando avaliar a dinâmica de retenção de água e o caminhamento de um traçante (simulando um herbicida) em diferentes coberturas mortas. Os tratamentos foram constituídos pelo monitoramento do traçante FD&C-1 pulverizado sobre coberturas mortas de cevada, trigo, aveia-preta colhida, aveia-preta rolada, azevém, milheto e capim-braquiária, nas quantidades de 3.000, 6.000 e 9.000 kg ha-1, antes e após simulação de chuvas. As repetições constituíram-se de oito conjuntos de PVC + funil + béquer com palha, onde, através da chuva lixiviada pelas palhadas e do peso dos suportes de PVC, foram estimadas a retenção e transposição da água, assim como quantificado o traçante extraído, através de procedimentos espectrofotométricos. Os diferentes tipos de resíduos culturais mostraram-se similares quanto à retenção da água da chuva, ocorrendo uniformização entre os primeiros 7,5 e 15 mm de precipitação. A formação de "pontos secos" associados a "canais preferenciais de escorrimento" induziu menor capacidade de embebição e retenção da água das chuvas pelas palhadas. As máximas capacidades médias de retenção da chuva pelas coberturas foram de 1,22, 1,99 e 2,59 mm para 3.000, 6.000 e 9.000 kg de matéria seca ha-1, respectivamente. As precipitações iniciais entre 10 e 20 mm foram fundamentais para o molhamento uniforme das palhadas e carregamento do traçante até o solo, independentemente do tipo e da quantidade de palha. Esse comportamento indica ser viável a utilização de programas similares de controle de plantas daninhas para diferentes tipos e quantidades de palha em sistemas de plantio direto.
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Inúmeros fatores estão envolvidos na tecnologia de aplicação de um herbicida, sendo a deposição correta fundamental para que o produto possa expressar sua eficiência. Com o objetivo de avaliar a deposição de uma solução traçante constituída de glyphosate Roundup Ready (0,96 kg e.a. ha-1) + corante FDC-1 (1.500 ppm), foi conduzido um experimento em área semeada com soja transgênica e infestada com amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), localizada em Londrina-PR. As aplicações foram efetuadas em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, correspondendo a 17, 24, 31, 38 e 45 dias após a emergência da soja. Os alvos, plantas de soja, amendoim-bravo e placas na superfície do solo (linha e entrelinha), foram coletados após pulverização, e a solução traçante foi nestes depositada, posteriormente recuperada através de lavagem com agitação em água destilada. As amostras das soluções recuperadas foram submetidas à análise, utilizando-se procedimentos espectrofotométricos, e os resultados de absorbância convertidos para concentração em µL cm-2 e µL por planta. As freqüências acumuladas dos dados originais de depósito foram adequadamente ajustadas segundo modelo de Gompertz, apresentando elevada precisão (R² > 0,95). Os resultados indicaram que o depósito da calda de pulverização nas plantas de soja e amendoim-bravo reduziu progressivamente com o desenvolvimento da cultura e infestação, sugerindo que a maior garantia de eficiência de controle pode ser conseguida com aplicações precoces.
Resumo:
O controle químico de espécies do gênero Commelina (trapoerabas) é, muitas vezes, insatisfatório, apesar do uso intenso de herbicidas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o controle de quatro espécies daninhas de Commelina com o uso de diferentes herbicidas aplicados em pós-emergência. Foram avaliadas plantas de C. benghalensis, C. villosa, C. diffusa e C. erecta, em estádio com mais de quatro folhas e caules com cerca de 15 a 25 cm de comprimento, submetidas aos tratamentos com carfentrazone-ethyl (30 e 50 g ha-1), glyphosate (960 g ha-1), carfentrazone-ethyl + glyphosate (30 + 960 g ha-1) e sulfentrazone + glyphosate (150 + 960 g ha-1), além de uma testemunha sem aplicação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Verificou-se que o controle químico de trapoerabas foi dependente da espécie, sendo C. benghalensis controlada mais eficientemente com os tratamentos testados, enquanto C. erecta apresentou o menor controle. A aplicação de glyphosate em mistura com carfentrazone-ethyl foi mais eficiente no controle das espécies de trapoeraba do que os demais tratamentos empregados.
Resumo:
Foi avaliada a eficácia no controle de arroz-vermelho com o herbicida nicosulfuron ou a mistura formulada de imazethapyr + imazapic. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel), no município de Capão do Leão (RS), na estação de crescimento 2005/06, em delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 2 x 7, sendo o fator A os herbicidas e o fator B as doses dos herbicidas (0, 0,25, 0,50, 0,75, 1,0, 1,25 e 1,50 L ha-1). A aplicação foi feita sobre as plantas de arroz-vermelho em estádio de desenvolvimento V4. As variáveis analisadas foram controle, estatura da planta e massa seca da parte aérea. Para as variáveis respostas foi verificada interação significativa entre os fatores estudados. Incrementos nas doses dos herbicidas resultaram em respostas crescentes de controle, com redução na taxa de crescimento das plantas e produção de massa seca da parte aérea. Os resultados mostraram que o arroz-vermelho é controlado pelos herbicidas testados. A eficácia de controle não é restrita à mistura formulada de imazethapyr + imazapic, ocorrendo também com o herbicida nicosulfuron a partir de 40 g ha-1.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a tolerância de cultivares de arroz irrigado ao herbicida nicosulfuron e à mistura formulada de imazethapyr + imazapic. Para isso, foram conduzidos experimentos em casa de vegetação da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel), no município de Capão do Leão (RS). Os tratamentos constaram de dois cultivares de arroz irrigado (IRGA 417 e IRGA 422CL) e de sete doses dos herbicidas imazethapyr + imazapic e nicosulfuron, aplicados em arroz (estádios de desenvolvimento V2 ou V4). As variáveis analisadas foram fitotoxicidade dos herbicidas, estatura de planta, massa seca da parte aérea e área foliar. Houve interações significativas entre os fatores estudados para as variáveis-respostas avaliadas. Incrementos nas doses dos herbicidas resultaram em respostas crescentes de fitotoxicidade ao arroz, resultando em redução no crescimento das plantas. O cultivar IRGA 417 foi suscetível à ação dos herbicidas. Por sua vez, a tolerância do cultivar IRGA 422CL não é restrita à mistura formulada de imazethapyr + imazapic, ocorrendo também para o herbicida nicosulfuron.