1000 resultados para Educação - adultos
Resumo:
Avaliaram-se a ao transovariana do lufenuron em Spodoptera frugiperda e sua seletividade ao parasitide de ovos Trichogramma pretiosum. Casais da praga foram isolados em gaiolas de PVC e alimentados com soluo de mel a 10% na testemunha, e nos outros tratamentos, foi adicionado soluo de mel o regulador de crescimento de insetos Match CE nas propores de 12,5; 15,0 e 17,5 g i.a/l. Para verificao da ao transovariana, diariamente foram coletadas as posturas, contado o nmero de ovos e, posteriormente, o nmero de larvas eclodidas. Quarenta ovos provenientes de cada tratamento foram colados em cartelas de papel (cartolina) e expostos ao parasitismo, dentro de tubos de vidro de 1,0 x 3,5 cm, contendo uma fmea de T. pretiosum no seu interior. Cartelas contendo 40 ovos de S. frugiperda foram imersas em solues de lufenuron com a mesma concentrao dos tratamentos anteriores e, posteriormente, expostas ao parasitismo por T. pretiosum. O lufenuron afetou consideravelmente a viabilidade dos ovos de S. frugiperda. Pelos resultados obtidos nos ensaios, relativos ao parasitide, demonstram-se a seletividade do regulador de crescimento lufenuron e a possibilidade de sua utilizao em programas de Manejo Integrado, juntamente com o parasitide de ovos T. pretiosum.
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Este artigo, inspirado nas propostas de Deleuze e Guattari, faz uma anlise das prticas educacionais pautadas no paradigma cientificista. Prope outras direes de sentido e um redimensionamento da educação com baser no paradigma tico/esttico/poltico trazendo a proposta das "rvores do Conhecimento"de M. Authier e P. Levy como uma possibilidade de se construrem comunidades de conhecimento, recusando os especialismos.
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Denise Meyrelles de Jesus, Claudio Roberto Baptista, Sonia Lopes Victor, organizadores.
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Organizadores Jos Francisco Chicon, Graciele Massoli Rodrigues.
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luz dos autores Berger e Luckmann (2005); De Bastiani (2008); Ferreira (2009); Peruzzo (2010) e Maia (2011), esta pesquisa aborda o que os autores chamam de crise de sentido, contexto em que se percebe uma radical mudana das condies bsicas da vida humana e uma crescente transformao dos valores sociais. Esse cenrio revela a condio de estar em um mundo onde o que valorizado o fugaz, o aparente, o superficial, o sem sentido. Desse modo, prope uma anlise sobre a educação como processo de formao humana, afirmando a instituio escolar como espao privilegiado de possibilidades emancipatrias de existncia. Tendo como contexto de investigao o Programa Educação em Valores Humanos (PEVH) / Projeto Escola Sustentvel (PES) desenvolvido em uma das escolas do municpio de Serra-ES, as questes orientadoras tiveram como objetivo investigar como essa experincia se articula aos enunciados da crise de sentido e como tem favorecido o desenvolvimento da ideia de formao humana no mbito escolar. A metodologia privilegiada foi o estudo de caso tendo como instrumentos de pesquisa a observao participante, a anlise documental e as entrevistas. A partir da perspectiva qualitativa, a pesquisa em campo evidenciou que, embora os sentidos pretendidos pelo desenvolvimento do PEVH / PES nas escolas tenham despertado ateno a questes atuais e relevantes, circunscreveram-se alheios a um debate mais amplo e profundo acerca da escola na atualidade distanciando-se de uma perspectiva crtica. Logo, pela via da responsabilizao individual, desconsiderou as contradies histricas.
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Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educação ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educação ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educação ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.
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Este estudo focaliza a constituio do trabalho docente na Educação Infantil (EI), tomando como referncia o cenrio da EI articulado ao campo profissional, vinculado s especificidades da EI, na indissociabilidade do educar e do cuidar, no contexto de transformaes do sistema educativo e da expanso da oferta da EI. Perspectiva compreender os sentidos que emergem do/circulam no trabalho docente na EI das auxiliares de creche e professoras que atuam com crianas de zero a trs anos, quando mediadas por um processo de formao. sustentado pelos pressupostos terico-metodolgicos bakhtinianos vinculados aos referenciais do trabalho docente e da formao no campo da educação infantil, com base numa configurao dialgica da compreenso. Articula essa ancoragem pesquisa de abordagem qualitativa por meio dos procedimentos metodolgicos de observao participante e entrevistas, tendo como campo de estudo a experincia de uma instituio de Educação Infantil. Os resultados demonstram tensionamentos entre formao continuada e vivncia profissional, estendendo-se s profissionais docentes em situao funcional dspar diante da perspectiva pedaggica da indissociabilidade do educar e do cuidar. Os sentidos que emergiram e circularam, a partir das rodas de conversa propostas nesta pesquisa, abrangem a complexidade do trabalho docente na EI, configurado por lgicas hierrquicas no exerccio da docncia. Tais fundamentos incidem na diluio de um trabalho educativo pautado no compromisso pedaggico e na formao das crianas, pois, da forma como vm sendo ampliadas e flexibilizadas as contrataes, intensificam a fragilidade da funo docente, no que tange formao mnima exigida em lei para atuar na EI quanto na formao continuada.
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A pesquisa analisa da constituio histrica da disciplina Histria da Educação ministrada na Faculdade de Filosofia Cincias e Letras do Estado do Esprito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Esprito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituio histrica da disciplina, as transformaes programticas, legais e institucionais referentes disciplina de Histria da Educação, como tambm as abordagens historiogrficas, periodizaes e os conceitos de tempo, histria e educação. A fundamentao terica e metodolgica articula-se dialogicamente a partir das construes conceituais e metodolgicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e dilogos impressos nas narrativas da disciplina de Histria da Educação e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparncias, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatria e complementar, avaliaes e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciveis pistas, indcios e sinais remontar uma realidade histrica complexa e no experimentvel diretamente. Ao investigar historicamente a trajetria da disciplina Histria da Educação e seu ensino a partir dos parmetros legais, programticos e institucionais, foi possvel perceber que as mudanas mais profundas operadas na disciplina no se originam das legislaes e reestruturaes curriculares, mas dos locais de produo e socializao do conhecimento histrico. Durante o perodo analisado, as duas esferas de produo historiogrficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizaes e conceitos de tempo, histria e educação da disciplina Histria da Educação do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsvel pela publicao e divulgao dos Manuais de Histria da Educação da coleo Atualidades Pedaggicas (1951-1979) e os Programas de Ps-graduao em Educação e Histria (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influncia dos Manuais de Histria da Educação, na organizao e programao do ensino de Histria da Educação e uma abordagem filosfica voltada para a histria das ideias pedaggicas e anlises do pensamento de filsofos e educadores sobre a educação e respectivas inseres em doutrinas filosficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econmico, poltico e ideolgico dos contextos histricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de Histria da Educação I e II, e vigoraram at meados nos anos de 1990. Na disciplina de Histria da Educação I a abordagem marcada por anlises do contexto de produo e organizao das classes sociais; com relao disciplina Histria da Educação II, at meados de 1995, trata da educação brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependncia aps 1995, os documentos consultados comeam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimenso poltica e social, abordando a Histria da Educação Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.
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Este estudo teve como objetivo analisar como ocorre a incluso de dois bebs surdos (de 1 ano) na educação infantil de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do municpio de Vitria/ES. Como aporte terico foi utilizada a perspectiva Histrico-Cultural do desenvolvimento humano, sob a perspectiva que o sujeito se constitui nas relaes sociais, como um ser ativo que transforma e transformado nessas relaes. Nesse contexto, o desenvolvimento implica a relao com o outro e a mediao da linguagem, meio de comunicao e de constituio do pensamento. Assim, no caso dos bebs surdos, destaca-se a LIBRAS como lngua privilegiada que deve ser apropriada por eles e ensinada no cotidiano da educação infantil. Como opo metodolgica, desenvolvemos um estudo de caso de inspirao etnogrfica, por entendermos que essa metodologia permite atender apropriadamente ao objetivo do estudo. Para a coleta de dados, adotamos recursos como observao participante, registro em dirio de campo, entrevistas semiestruturadas com os sujeitos participantes da pesquisa e anlise documental. Na anlise dos dados, tomamos como eixos de anlise: as concepes dos profissionais a respeito da incluso, surdez e do trabalho com os bebs surdos; o cuidado e a educação dos bebs surdos e as atividades ldicas na sala dos bebs. As anlises indicam que muitos profissionais tm dvidas a respeito da incluso e que a falta do conhecimento da LIBRAS por parte de muitos profissionais, leva utilizao de outros recursos de comunicao, como os gestos. A vivncia e interao em LIBRAS entre as crianas e a maior parte dos profissionais da escola com os bebs surdos torna-se um desafio, sobressaindo a necessidade de mais profissionais com o conhecimento da LIBRAS para atender s crianas surdas em diferentes espaos no cotidiano da educação infantil, na perspectiva de potencializar o seu desenvolvimento e a constituio de sua identidade. Todavia, os profissionais da escola so movidos pela preocupao com a incluso e o aprendizado da LIBRAS, esforando-se no sentido de buscar novas formas de trabalho para/com as crianas surdas. Alm disso, o empenho da equipe bilngue na estruturao do cotidiano da educação infantil merece destaque, no s pelo trabalho que faz enquanto equipe bilngue, mas pelo incentivo e auxlio aos outros profissionais.
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Esta pesquisa teve como objetivo compreender as aes pedaggicas constitudas por uma unidade municipal de ensino de Vitria/ES, visando ao processo de incluso escolar de uma criana com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil. Contou com as contribuies tericas dos estudos da matriz histrico-cultural e de autores dedicados a estudar a infncia, como Kramer, Sarmento, Aries, dentre outros, bem como de pesquisadores interessados em investigar os pressupostos da Educação Especial em uma perspectiva inclusiva. Como aporte terico-metodolgico, apoiou-se no estudo de caso do tipo etnogrfico que advoga pela possibilidade de, por meio da pesquisa cientfica, produzir conhecimento sobre a realidade social. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma unidade municipal de Educação Infantil de Vitria/ES, envolvendo uma criana com Sndrome de Asperger, professores, pedagogos, dirigente escolar e responsvel pelo estudante investigado. O processo de coleta de dados se efetivou no perodo de maro de 2013 a setembro de 2013. O pesquisador esteve de uma a duas vezes por semana no campo de pesquisa, participando das observaes em sala de aula, em espaos para planejamento e formao continuada e tambm observando momentos informais na entrada, recreio e sada dos alunos. Para a organizao do estudo, trabalhou com quatro eixos: a) aes implementadas em favor do processo de incluso escolar de alunos com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil; b) proposta pedaggica do CMEI Alegria da Cinderela: espaos de planejamento, formao e utilizao dos apoios pedaggicos para a incluso escolar; c) concepes dos profissionais envolvidos na pesquisa e da famlia sobre a incluso escolar da criana com Sndrome de Asperger; d) principais possibilidades e/ou dificuldades encontradas pela unidade de ensino mediante o processo de ensino-aprendizagem da criana com Sndrome de Asperger. Como resultados, a pesquisa aponta: a importncia de pensar nessas crianas como sujeitos de direitos e capazes de aprender; a necessidade de investimentos na formao inicial e continuada de professores para que os estudantes tenham maiores possibilidades de aprender; a urgncia de o professor assumir a incluso escolar como um movimento tico comprometido com a formao e com o reconhecimento da diversidade/diferena humana; a necessidade de reconhecer o cotidiano da Educação Infantil como um rico espao para todas as crianas se desenvolverem e produzirem conhecimentos com seus pares e por meio das mediaes pedaggicas dos professores.
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A cincia com suas verdades passou a ser um artefato essencial nos cotidianos escolares. Esses saberes se enredam com outros saberes que despotencializados e silenciados, permanecem nos interstcios do discurso hegemnico da modernidade na escola causando tenses. Potencializar a ocorrncia dessas redes nesses cotidianos pode intensificar essas tenses e assim abalar esse domnio da cincia. Os muitos caminhos possveis de serem percorridos nas tessituras desprivilegiam quaisquer saberes e fazeres que se pretendem exclusivos. Assumindo a metfora das redes, os praticantes da escola podem potencializar as inter-relaes que ocorrem na vida. A remoo de instncias de poder hierrquico de saberes, enredando-os e o compartilhamento solidrio das prticasteoriasprticas, no significa a diluio da autoridade. Agora a autoridade cumpre um novo papel que de constituir uma rede de relaes de autoridade partilhada. Desejamos perceber esses mltiplos sentidos e problematizar o quo potentes so ou no para a vida. Participamos juntamente com os alunos e alunas das aulas e posteriormente, os convidamos para conversasentrevistas, gravando e fotografando esses momentos. Percorremos, nos turnos matutino e noturno, todos os seus espaostempos, nos conectando nas redes que se tecem. Optamos por estar nas turmas de ensino mdio de formao geral e nas turmas de ensino mdio na modalidade Educação de Jovens e Adultos. As entrevistasconversas foram feitas com trs alunos ao mesmo tempo, sempre de uma mesma turma, para que se estabelecesse uma conversa e para que a produo de sentidos dos cotidianos da escola pudesse ser mais potencializada. Dos alunos entrevistados, esto entre os seus desejos mais comuns para alm dos saberes cientficos, as atividades esportivas, artsticas, literrias, religiosas, cursos de formao profissional, dana, canto, campanhas educativas, passeios. As relaes de amizade e outros modos relacionais como entre professores e alunos, tm sido citados com grande frequncia, pelos estudantes, nas entrevistasconversas. No tem se conseguido implantar na sua totalidade os preceitos da modernidade nos escola. H, portanto, um visvel esgotamento do monoplio do comportamento cientfico nos cotidianos da escola pblica pesquisada. So nesses espaostempos escolares nos quais pode se dar a experincia. Apesar do discurso moderno na escola produzir mecanismos que impedem a experincia, esse controle acompanhado de diversos mecanismos de escapes. pela voz dos alunos que se apresentam as ausncias da escola. A voz dos estudantes a grande presena na escola e sua grande potncia. Talvez esse seja o maior desperdcio no contexto educacional escolar.
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Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educação Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educação Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das prticas pedaggicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.
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Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educação da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educação especial, nas prticas pedaggicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuies da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educação Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educação (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educação especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as prticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educação especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educação especial sobre a proposta curricular da educação infantil e prticas pedaggicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educação infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educação especial, por meio de prticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.
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Esta pesquisa analisou a resistncia ao currculo de Histria para o ensino mdio prescrito pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Esprito Santo (Sedu) em 2009, para ser desenvolvido em sua rede de ensino pelos professores dessa etapa da educação bsica. Seu objetivo foi investigar as causas de resistncias assentadas ao documento e identificar a que os professores resistem, por que os professores resistem e como os professores esto materializando sua resistncia a ele. Por resistncia entende-se o conjunto de prticas exercidas pelos professores que se anunciam sob a forma de oposio, na tentativa de barrar a dominao, de no perder sua identidade. Uma resistncia consciente que, apesar de rejeitar, no nega o currculo. Porm, a ele no se submete passivamente, numa posio de quem reivindica sua reelaborao, sua reinveno. Para fundamentao terica, ocorreram pesquisas e estudos de produes e conceitos sobre currculo, resistncia, ensino mdio e suas relaes com a educação. O trabalho encontra-se na rea de educação, na linha de pesquisa Cultura, Currculo e Formao de Educadores. A pesquisa de cunho qualitativo e amparou-se na abordagem narrativa. Como procedimentos metodolgicos, apoiou-se na anlise documental e bibliogrfica, questionrio pr-estruturado, observaes e conversas com quatro professoras de Histria de ensino mdio no municpio de Afonso Cludio, Estado do Esprito Santo. Com o cotejamento dos dados produzidos, o pressuposto apresentado neste trabalho foi confirmado. Como dimenses geradoras de resistncias, ficaram evidenciadas a prescrio, considerando que as professoras ajuzam ser essa uma atribuio delas, junto com a escola; a organizao dos contedos apresentada pela Sedu; a ausncia de linearidade dos acontecimentos histricos; a disposio dos saberes por eixos temticos; a orientao pelo trabalho interdisciplinar; a desvinculao dos contedos de cada srie/ano do livro didtico; a exigncia burocrtica com a implantao do currculo. A contribuio do trabalho para a Rede Estadual de Ensino foi a problematizao da resistncia ao currculo, artefato educacional que pode produzir estabilidades ou tenses entre os sujeitos que o envolvem, podendo ser til para discusses posteriores. Para as educadoras, o trabalho foi relevante por ter promovido espao de debates sobre o currculo de Histria do ensino mdio no decurso das conversas na escola.