998 resultados para disfunção erétil


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OBJETIVO: Avaliar a função sexual de mulheres após a menopausa com diagnóstico de síndrome metabólica. MÉTODOS: Estudo caso-controle, incluindo 195 mulheres após o período da menopausa (amenorreia ≥1 ano, FSH ≥30 mUI/mL e idade entre 43 a 69 anos), atendidas no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e nas Unidades Básicas de Saúde do Programa de Saúde da Família da cidade de São Paulo. Foram coletados dados clínicos e avaliados o índice de massa corpórea e a circunferência abdominal. Na análise bioquímica foram solicitadas dosagens de colesterol total, HDL e LDL colesterol, triglicerídeos e glicemia de jejum. Foram consideradas com síndrome metabólica as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência abdominal maior do que 88 cm; triglicerídeos ≥150 mg/dL; HDL colesterol <50 mg/dL; pressão arterial ≥130/85 mmHg e glicemia de jejum≥110 mg/dL. As participantes foram divididas nos Grupos Controle (n=87) e Síndrome Metabólica (n=108). Empregou-se o questionário Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliar a função sexual. RESULTADOS: A média de idade foi de 54,0±4,7 anos. O índice de disfunção sexual em mulheres com síndrome metabólica foi significativamente superior ao do Grupo Controle, quando considerado o FSFI <26,5 (90/108 [83,3%] versus 42/87 [48,2%], p<0,001) ou FSFI <23 (62/108 [57,4%] versus 16/87 [18,39%], p<0,001). Os domínios desejo, excitação, lubrificação, orgasmo (p<0,001) e satisfação (p=0,002) apresentaram escores inferiores nas mulheres portadoras da síndrome metabólica. Para o escore de dor não houve diferença significante (p=0,57). Todos os componentes do diagnóstico da síndrome metabólica estiveram associados a maiores níveis de disfunção sexual (p<0,001). CONCLUSÃO: Mulheres após a menopausa com síndrome metabólica apresentam mais frequentemente disfunção sexual do que aquelas na mesma faixa etária que não são portadoras da síndrome.

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A prevalência de incontinência urinária em gestantes diabéticas é significantemente elevada e persiste por até dois anos após o parto cesárea, podendo ser a sequela mais frequente da hiperglicemia gestacional comparada a outras complicações. Dessa forma, identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária em diabéticas é o principal objetivo na prevenção dessa condição tão comum. Pesquisas recentes apontam que não apenas o músculo uretral mas também a matriz extracelular uretral desempenham papel importante no mecanismo da continência urinária. Os trabalhos do nosso grupo de pesquisa evidenciaram que, em ratas, o diabetes durante a prenhez lesa a matriz extracelular e o músculo estriado uretral, o que pode explicar a alta prevalência de incontinência e disfunção do assoalho pélvico em mulheres com diabetes mellitus gestacional. O diabetes exerce efeito sobre a expressão, organização e alteração dos componentes da matriz extracelular em diversos órgãos, e a remodelação do tecido e a fibrose parecem ser uma consequência direta dele. Assim, a compreensão do impacto de fatores de risco modificáveis, como o diabetes, permitirá que, utilizando estratégias preventivas, reduzamos as taxas de incontinência urinária, bem como os custos de assistência à saúde, e melhoremos a qualidade de vida das mulheres, especialmente na gestação e no pós-parto.

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OBJETIVO:Avaliar a função sexual de mulheres submetidas a técnicas de reprodução assistida.MÉTODOS:Estudo caso-controle com 278 mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás nos serviços de Reprodução Humana e no Ambulatório de Ginecologia. As mulheres foram distribuídas em grupo caso (168 mulheres inférteis) e grupo controle (110 mulheres férteis), e responderam ao questionário Índice de Função Sexual Feminina (IFSF) para avaliação da função sexual. Calculou-se a odds ratio (OR)para a chance de disfunção sexual nas mulheres inférteis (p<0,05).RESULTADOS:Do total de mulheres analisadas, 33,09% apresentaram disfunção sexual e não houve diferença no escore do IFSF (p=0,29). A prevalência de disfunção sexual entre as mulheres inférteis foi de 36,30%, e entre as férteis, 28,18%; contudo, não houve diferença entre os escores do IFSF (p=0,36). Nos domínios desejo e excitação houve diferença significativa nas mulheres inférteis (p=0,01). Mulheres inférteis apresentam a mesma chance de disfunção sexual em relação às mulheres férteis (OR=1,4; IC95% 0,8–2,4; p=0,2).CONCLUSÃO:Não houve diferenças entre as mulheres inférteis quando comparadas às férteis. Mulheres inférteis submetidas a técnicas de reprodução assistida carecem da abordagem profissional sobre a saúde sexual em relação ao desejo e à excitação.

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Ocorrendo habitualmente após um stress físico ou emocional intenso, a miocardiopatia de Takotsubo caracteriza-se por disfunção aguda e transitória do segmento apical do ventrículo esquerdo, mimetizando uma síndrome coronária aguda. Essa é uma síndrome rara, na qual o diagnóstico diferencial assume particular importância. Um elevado nível de suspeição é essencial, pelo que obstetras e o restante da equipe devem estar preparados para diagnosticar e lidar com esse evento inesperado. O tratamento é fundamentalmente de suporte, verificando-se reversão espontânea e completa das alterações num intervalo de dias a semanas. A ocorrência de complicações podem ditar um prognóstico menos benigno. Apresentamos o caso de uma mulher de 39 anos, sem antecedentes relevantes. Submetida à cesariana por suspeita de sofrimento fetal. Terminada a intervenção iniciou quadro de bradicardia e precordialgia, com edema pulmonar. Apresentava alterações de enzimas cardíacas e do electrocardiograma. O ecocardiograma revelou disfunção sistólica do ventrículo esquerdo com hipocinésia de toda a parede anterior. O cateterismo cardíaco excluiu doença coronária obstrutiva.

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O cólon menor dos equinos é frequentemente acometido por afecções obstrutivas, sendo a disfunção da motilidade uma complicação comum após o tratamento cirúrgico. Este transtorno pode estar relacionado com lesões no plexo mioentérico ocorridas durante a distensão intestinal, contudo pouco se sabe sobre sua fisiopatologia. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações morfológicas na inervação mioentérica em segmentos de cólon menor de eqüinos submetidos à distensão intraluminal com pressão suficiente para promover redução da perfusão microvascular (isquemia parcial) da parede intestinal. Nove eqüinos foram submetidos à distensão do cólon menor por 4h. Fragmentos da parede intestinal foram colhidos antes e ao final da distensão, após 1,5 e 12 horas de reperfusão no segmento experimental e ao final do procedimento em segmento distante. As amostras foram fixadas e processadas rotineiramente e secções histológicas foram coradas com cresil violeta para a morfometria. Por meio de um software de análise de imagens, obtiveram-se a área, o perímetro e os diâmetros mínimo e máximo do corpo neuronal, do núcleo e do nucléolo dos neurônios e as áreas do citoplasma e do nucleoplasma. Verificou-se redução significativa (P<0,05) das áreas do corpo neuronal e do citoplasma ao final da distensão, retornando aos valores equivalentes aos iniciais durante a reperfusão. Conclui-se que a distensão intraluminal alterou morfologicamente os neurônios do plexo mioentérico. Essas modificações morfológicas podem estar associadas e contribuir para explicar a disfunção da motilidade freqüentemente observada em casos clínicos.

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O objetivo deste estudo foi identificar cães com doença do disco intervertebral (DDIV) cervical atendidos no Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entre janeiro de 2003 e outubro de 2008 e obter informações a respeito de raça, sexo, idade, sinais neurológicos, resposta ao tratamento cirúrgico, complicações, tempo de recuperação funcional após a cirurgia e ocorrência de recidiva. Hiperestesia cervical foi observada em todos os cães (n=28). Quanto ao grau de disfunção neurológica foram verificados: grau I (8/28[28,5%]), grau II (3/28 [10,7%]), grau III (5/28[17,8%]) e grau V (12/2 [42,8%]). A duração dos sinais neurológicos antes da cirurgia em sete cães (25%) permaneceu por até 15 dias, em 14 cães (50%) entre 15 e 30 dias e nos outros sete cães (25%) por mais de 30 dias. A recuperação satisfatória e sem recidiva foi observada em todos os cães submetidos ao tratamento cirúrgico e que sobreviveram (n=21). Pode-se concluir que a DDIV cervical em nossa rotina acomete principalmente cães adultos, machos, de raças condrodistróficas e não condrodistróficas, incluindo as de grande porte; a hiperestesia cervical é a principal manifestação clínica; a técnica de fenda ventral promove recuperação funcional satisfatória e sem recidiva; as principais complicações trans-operatórias são a hemorragia do plexo venoso, a bradicardia e a hipotensão; e a duração dos sinais clínicos não interfere no tempo de recuperação pós-operatória dos cães.

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A distrofia muscular de Duchenne (DMD) em humanos é uma alteração neuromuscular hereditária, de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X e causada pela ausência ou disfunção da distrofina. Clinicamente, caracteriza-se por grave alteração na musculatura esquelética, resultando em morte precoce do indivíduo acometido. Em cães da raça Golden Retriever, a mutação que leva à distrofia muscular ocorre espontaneamente e a extensa homologia entre a patogênese da DMD e da distrofia muscular do Golden Retriever permite qualificar o cão como o principal substituto de humanos nos testes clínicos de novas terapias. O miocárdio deficiente em distrofina é mais vulnerável à sobrecarga de pressão e os pacientes com DMD podem desenvolver cardiomiopatia dilatada, hipertensão arterial e o eletrocardiograma pode se apresentar distintamente anormal. No presente estudo, foram avaliados exames eletrocardiográficos de 38 cães da raça Golden Retriever clinicamente sadios (20 animais de até 12 meses de idade e 18 animais entre 12 e 36 meses de idade), com a finalidade de se obter parâmetros para a padronização do eletrocardiograma nessa referida raça, o que futuramente poderá servir de referência na identificação de cães portadores ou afetados pela distrofia muscular. Os valores eletrocardiográficos obtidos encontraram-se dentro dos valores de normalidade e referência para as diferentes raças de cães; e as variáveis peso e idade alteraram significativamente a freqüência cardíaca e a amplitude do complexo QRS.

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Sob consenso recente em pacientes humanos, os valores basais da pressão intra-abdominal (PIA) e seus prováveis limiares em casos mórbidos, foram estipulados com intuito de favorecer a homogeneidade de estudos científicos, além de fornecer diretrizes para conduta diagnóstica e terapêutica destes pacientes. Valores basais e alterações na pressão intra-abdominal em animais não são ainda suficientemente conhecidos e cientificamente determinados. Médicos veterinários necessitam conhecer melhor os estados mórbidos que cursam com Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) ou Síndrome de Compartimento Abdominal (SCA). O presente estudo objetivou testar em cães a técnica já descrita sob consenso na medicina como modelo de mensuração da pressão intra-abdominal, assim como determinar os valores normais para a espécie. Foram utilizados 15 cães hígidos, machos e fêmeas, homogêneos e todos sem raça definida. A mensuração da pressão intra-abdominal foi realizada por meio da técnica indireta de sondagem vesical e utilização de coluna de água com régua graduada em cm de H2O, sendo seu valor final convertido para a unidade de mm de Hg. Foi observado valor mínimo subatmosférico (abaixo de zero mm de Hg) até o valor máximo de 3,75 mmHg. Houve importante variação entre os valores encontrados individualmente em determinados cães, colocando sob discussão questões como massa corporal, freqüência/volume total de solução fisiológica a ser infundida e agitação destes pacientes no momento do exame. Os valores limítrofes encontrados são considerados fisiológicos, indicando confiabilidade da técnica e possibilidade do seu emprego clínico. A ausência de sedação e utilização de sonda uretral não inviabilizou a realização da mensuração, porém podendo culminar numa sub ou superestimativa dos valores encontrados.

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Foram utilizados três animais, sendo um proveniente da Universidade de São Paulo e dois encaminhados pelo IBAMA (Proc. 02027.000.286/2004-92), excedente populacional de zoológico. Os aparelhos reprodutores masculinos "ex situ" foram fixados por imersão e dissecados. Foram retirados fragmentos de cada órgão e glândula anexa do aparelho reprodutor, os quais foram processados e incluídos pelas técnicas de inclusão em paraplast. Cada bloco foi cortado e os cortes foram corados por HE, picrosírius, reação de PAS com fundo de hematoxilina e tricromo de masson para a observação das estruturas ao microscópio óptico. Macroscopicamente, a região inguinal era composta pela uretra, músculo isquiocavernoso, músculos bulboesponjoso e bulbo cavernoso, músculo retrator do pênis, um par de testículos e o osso peniano ou báculo e ânus. A glande do pênis apresentou uma dilatação proximal (bulbo da glande) constituída pela parte dilatada do báculo. A posição dos testículos, dentro do escroto, era horizontal. A próstata apresentou-se com formato globoso, circundando a uretra. Microscopicamente, os testículos eram envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea testicular. O ducto epididimário era provido de um epitélio pseudoestratificado com estereocílios. A uretra peniana apresentou-se circundada pelo corpo esponjoso e no restante do pênis apresentou o corpo cavernoso (tecido erétil). Os resultados macro e microscópicos encontrados até o momento são semelhantes aos achados no Canis familiaris (cão doméstico).

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O traumatismo da medula espinhal é uma causa comum de disfunção neurológica em cães e gatos. Lesões nestas espécies ocorrem devido a vários tipos de acidentes, podendo ocasionar sequelas que prejudicam o paciente como animais de estimação ou lesões que comprometam a vida. O objetivo principal deste estudo foi a monitoração intensiva de animais com lesão medular atendidos entre 8/2009 e 11/2010 no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, estudando os fatores epidemiológicos e etiológicos, fatores de risco, segmentos medulares mais afetados, resultados dos tratamentos conservativo ou cirúrgico, relação entre o tempo de atendimento e a recuperação do animal, eficácia e efeitos colaterais do succinato sódico de metilprednisolona, complicações, sequelas e evolução do quadro. Durante este período foram acompanhados 57 animais (48 cães e nove gatos). Observou-se predominância de animais machos (68%) e domiciliados (79%). A principal causa de lesão foi o atropelamento (66%). O tempo entre o trauma e o atendimento foi menos de oito horas em 42% dos casos e mais de um dia em 51%. O segmento medular mais atingido foi o toracolombar (52%). Vinte animais foram submetidos à eutanásia após o atendimento inicial devido ao prognóstico reservado. O tratamento conservativo com repouso e/ou imobilização externa foi realizado em 29 animais e um bom resultado com esta modalidade foi obtida em 72,4% dos casos: houve recuperação funcional total em 17 (58,6%) animais e parcial em quatro (13,8%). Quatro animais não se recuperaram e quatro animais morreram. Oito pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico, sendo que três animais recuperaram-se, um paciente não apresentou recuperação e quatro morreram ou foram submetidos a eutanásia devido a complicações no trans ou pós-operatório. O tratamento conservativo foi viável, principalmente em cães com lesão medular cervical.

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De 2006 a 2013 foram diagnosticados 81 casos de doença vestibular canina no serviço de rotina em neurologia de um hospital veterinário universitário do sul do Brasil. Desses, aproximadamente dois terços foram diagnosticados com doença vestibular central (DVC) e cerca de um terço como doença vestibular periférica (DVP). Cães com raça definida foram mais acometidos que aqueles sem raça definida, principalmente Dachshund (DVP) e Boxer (DVC). Os principais sinais clínicos observados, tanto na DVP quanto na DVC, incluíram: inclinação de cabeça, ataxia vestibular e estrabismo ventral ou ventrolateral. Deficiência proprioceptiva, disfunção dos nervos cranianos V-XII e alteração de nível de consciência foram vistos apenas em casos de DVC, já a ausência de reflexo palpebral ocorreu apenas em casos de DVP. Doenças inflamatórias/infecciosas, principalmente cinomose e otite bacteriana, foram as condições mais comumente associadas à DVC e à DVP, respectivamente. Esse artigo estabelece os aspectos epidemiológicos (sexo, idade e raça) e a prevalência dos sinais clínicos observados em cães com doença vestibular na Região Central do Rio Grande do Sul, discute a utilização dos achados clínicos no diagnóstico correto e na diferenciação entre DVC e DVP, e define quais as principais doenças responsáveis pela ocorrência dessas duas síndromes clínicas.

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INTRODUÇÃO: Sirolimo (SRL) é um imunossupressor com conhecida eficácia e perfil de segurança na profilaxia da rejeição aguda após o transplante renal. OBJETIVOS: Avaliar eficácia, tolerabilidade e segurança do uso do SRL e de prednisona em associação a ciclosporina (CSA) ou tacrolimo (TAC) após o transplante renal. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de 332 receptores de transplantes renais realizados entre 1999 e 2006. O desfecho primário foi a falha de tratamento, definida como a incidência cumulativa de rejeição aguda confirmada por biópsia (RACB), perda do enxerto, óbito ou descontinuação do SRL. RESULTADOS: Dos 332 transplantes, 92% foram com doador vivo. A média de idade dos receptores foi de 37 anos, sendo 65% homens, 46% brancos e 6% diabéticos. SRL foi associado a CSA ou TAC em 70,8% e 29,2% dos pacientes. A incidência de falha de tratamento foi de 22,2% e de 47,8% no final do primeiro e do quinto ano de transplante, sem diferença entre pacientes recebendo CSA ou TAC. Ao final do quinto ano, as sobrevidas do paciente, do enxerto, do enxerto censorando o óbito e livre de RACB foram de 92,8%, 86,1%, 92,7% e 82,2%, respectivamente. O tratamento com SRL foi interrompido em 27,1% dos pacientes: 22,9% em razão de reações adversas e 3,3% devido à ineficácia. Os principais motivos de suspensão do SRL foram dislipidemia (6,0%), disfunção do enxerto (5,2%), proteinúria (4,5%), infecções (1,5%), dificuldade de cicatrização (1,2%) e anemia (0,9%). CONCLUSÃO: Na população estudada, a eficácia e a segurança do SRL foram semelhantes quando combinado com CSA ou TAC. A tolerabilidade oral foi adequada considerando-se a relativa baixa taxa de interrupção do uso de SRL.

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A síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (DMOS) e a disfunção renal aguda compartilham muitos dos fatores fisiológicos envolvidos em seu desenvolvimento. Estudos recentes correlacionam suscetibilidades individuais, determinadas geneticamente, à disfunção de órgãos em pacientes criticamente enfermos, situação em que o gene da enzima conversora da angiotensina (ECA) poderia ser um candidato para elucidar predisposição ou risco genético. Nosso objetivo foi examinar os efeitos da presença de dois polimorfismos, I/D e -262A > T, na disfunção renal em pacientes agudamente graves do Sul do Brasil. O escore SOFA (sequential organ failure assessment) à admissão e a tendência da função renal (medida pelo escore renal diário do SOFA) foram determinados em pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI). Um total de 153 pacientes adultos (79 homens) foi incluído no estudo. Houve monitoração diária da função renal durante toda a permanência na UTI e também pós-UTI. Observou-se a progressão para insuficiência renal (SOFA 3 e 4) nos primeiros sete dias de internação em UTI, bem como necessidade de diálise. As frequências genotípicas gerais em nossa amostra foram II = 0,17; ID = 0,46; DD = 0,37; e AA = 0,30; AT = 0,55; TT = 0,15; e as frequências alélicas foram I = 0,40, D = 0,60; e A = 0,56; T = 0,44. Este é o primeiro estudo para verificar a influência de polimorfismos I/D e -262A > T da ECA em disfunção renal aguda em pacientes críticos. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre os genótipos ou as frequências alélicas e a evolução da função renal. Os polimorfismos I/D e -262A > T da ECA não têm impacto significativo sobre a evolução da função renal durante a primeira semana de internação na UTI nem exercem qualquer influência sobre a mortalidade em pacientes graves.

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INTRODUÇÃO: A elevada incidência de pacientes iniciando ou sendo mantidos em tratamento dialítico através de cateteres venosos tem aumentado o número de infecções da corrente sanguínea relacionadas aos cateteres e suas consequências, obrigando a busca de substâncias que tenham propriedades anticoagulantes e que também impeçam a contaminação dos mesmos. OBJETIVOS: Comparar a utilização de heparina e citrato trissódico como selo de cateteres de longa permanência quanto à ocorrência de pirogenia, bacteremia, internações hospitalares relacionadas à infecção, trombose e óbito. MÉTODOS: Estudo retrospectivo por meio de dados do registro de infecção do Programa de Controle e Prevenção de Infecções e Eventos Adversos, onde foram incluídos todos os pacientes que entre abril de 2006 e março de 2008 utilizaram cateteres de longa permanência. Nos primeiros 365 dias, o selo do cateter foi feito com heparina (Grupo Heparina) e nos 365 dias seguintes foi feito com citrato trissódico a 46,7% (Grupo Citrato). Sessenta e cinco pacientes fizeram parte do estudo utilizando noventa e dois cateteres. Os grupos foram comparados para ocorrência de pirogenia, bacteremia, hospitalização, trombose de cateter e óbito. RESULTADOS: A ocorrência de bacteremia relacionada ao cateter e o tempo de hospitalização foram significantemente menores no Grupo Citrato. Houve uma tendência a menor ocorrência de hospitalização relacionada à infecção de acesso no Grupo Citrato (p = 0.055), e não houve diferença quanto à trombose de cateteres levando a disfunção. O tempo livre de bacteremia e de hospitalização foram maiores no Grupo Citrato. A ocorrência de bacteremia esteve associada a ser diabético e a pertencer ao Grupo Heparina. Na análise multivariada, apenas pertencer ao Grupo Heparina esteve associada à sua ocorrência. CONCLUSÃO: O uso de citrato a 46,7% reduziu de maneira efetiva episódios de bacteremia e internações hospitalares em pacientes submetidos à hemodiálise através de cateteres de longa permanência.

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INTRODUÇÃO: A emergência do surto pandêmico de influenza A, subtipo H1N1, em abril de 2009, representou um grande desafio para a logística de saúde pública. Embora a maioria dos pacientes infectados apresente manifestações clínicas e evolutivas muito semelhantes às observadas na influenza sazonal, um número significativo de indivíduos evolui com pneumonia e insuficiência respiratória aguda severa. O impacto da infecção pelo vírus influenza A, subtipo H1N1, em pacientes imunossuprimidos não é determinado. MÉTODOS: Neste estudo, foram analisadas a apresentação clínica e a evolução da influenza A, subtipo H1N1, em 19 receptores de transplante renal. Os pacientes receberam confirmação diagnóstica pela técnica de RT-PCR. O manejo clínico incluiu terapêutica antiviral com fosfato de oseltamivir e antibióticos. RESULTADOS: A população estudada foi predominantemente de indivíduos do sexo masculino (79%), brancos (63%), com idade média de 38,6 ± 17 anos e portadores de pelo menos uma comorbidade (53%). A infecção por influenza A, subtipo H1N1, foi diagnosticada em média 41,6 ± 49,6 meses após o transplante. Os sintomas mais comuns foram: tosse (100%), febre (84%), dispneia (79%) e mialgia (42%). Disfunção aguda do enxerto foi observada em 42% dos pacientes. Cinco pacientes (26%) foram admitidos em Unidade de Terapia Intensiva, dois (10%) necessitaram de suporte com ventilação invasiva e dois (10%) receberam drogas vasoativas. A mortalidade foi de 10%. CONCLUSÕES: A disfunção aguda do enxerto renal foi um achado frequente, e as características clínicas, laboratoriais e evolutivas foram comparáveis às da população geral.