1000 resultados para Educação Filosofia
Resumo:
Textos apresentados no XI Seminrio Capixaba de Educação Inclusiva, realizado no municpio de Vitria, em setembro de 2008.
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luz dos autores Berger e Luckmann (2005); De Bastiani (2008); Ferreira (2009); Peruzzo (2010) e Maia (2011), esta pesquisa aborda o que os autores chamam de crise de sentido, contexto em que se percebe uma radical mudana das condies bsicas da vida humana e uma crescente transformao dos valores sociais. Esse cenrio revela a condio de estar em um mundo onde o que valorizado o fugaz, o aparente, o superficial, o sem sentido. Desse modo, prope uma anlise sobre a educação como processo de formao humana, afirmando a instituio escolar como espao privilegiado de possibilidades emancipatrias de existncia. Tendo como contexto de investigao o Programa Educação em Valores Humanos (PEVH) / Projeto Escola Sustentvel (PES) desenvolvido em uma das escolas do municpio de Serra-ES, as questes orientadoras tiveram como objetivo investigar como essa experincia se articula aos enunciados da crise de sentido e como tem favorecido o desenvolvimento da ideia de formao humana no mbito escolar. A metodologia privilegiada foi o estudo de caso tendo como instrumentos de pesquisa a observao participante, a anlise documental e as entrevistas. A partir da perspectiva qualitativa, a pesquisa em campo evidenciou que, embora os sentidos pretendidos pelo desenvolvimento do PEVH / PES nas escolas tenham despertado ateno a questes atuais e relevantes, circunscreveram-se alheios a um debate mais amplo e profundo acerca da escola na atualidade distanciando-se de uma perspectiva crtica. Logo, pela via da responsabilizao individual, desconsiderou as contradies histricas.
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Discusso e anlise sobre as inmeras temporalidades e espaos identitrios do Stio dos Crioulos, comunidade quilombola do municpio de Jernimo Monteiro, ao sul do Estado do Esprito Santo. O objetivo compreender as formas de saberes produzidas pela comunidade, assim como suas articulaes na relao tempoespao, no encadeamento do que podemos chamar de uma educação ambiental local, considerando os diferentes modos de vida que ali existem, como tambm os usos e apropriaes da natureza e dos processos identitrios. Os usos das narrativas atravs de entrevistas abertas e a observao-participante compem a metodologia com as experincias do lugar praticado. Pesquisa que engendra o ambiental em traduo com os saberes-fazeres da comunidade: o ldico, a roa e o sagrado. So espaos-tempos que possibilitam pensar na radicalizao e anunciao das prticas sociais e culturais como sinnimos da realizao do ambiental, e como narrativas que denotam estrias que emergem dos silenciamentos da modernidade disciplinante e instrumental, a qual reduziu as comunidades ditas tradicionais conformao de conhecimentos no-cientficos dotados de irracionalidades. Esta pesquisa busca compreender de que forma possvel pensar uma educação ambiental de dentro para fora, onde a relao pesquisador-pesquisado se estabelece como ponto de aproximao e conflito das dinmicas socioculturais estabelecidas por esse encontro. O que nos aproxima de uma educação ambiental ps-colonial que surge das narrativas e experincias locais na convergncia das diferenas e do que se produz e traduz junto a elas. Este trabalho discorre desses processos de aproximao e distanciamento que provocam outras tradues sobre a cultura-natureza de ns mesmos, indivduos e sociedade.
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Este estudo focaliza a constituio do trabalho docente na Educação Infantil (EI), tomando como referncia o cenrio da EI articulado ao campo profissional, vinculado s especificidades da EI, na indissociabilidade do educar e do cuidar, no contexto de transformaes do sistema educativo e da expanso da oferta da EI. Perspectiva compreender os sentidos que emergem do/circulam no trabalho docente na EI das auxiliares de creche e professoras que atuam com crianas de zero a trs anos, quando mediadas por um processo de formao. sustentado pelos pressupostos terico-metodolgicos bakhtinianos vinculados aos referenciais do trabalho docente e da formao no campo da educação infantil, com base numa configurao dialgica da compreenso. Articula essa ancoragem pesquisa de abordagem qualitativa por meio dos procedimentos metodolgicos de observao participante e entrevistas, tendo como campo de estudo a experincia de uma instituio de Educação Infantil. Os resultados demonstram tensionamentos entre formao continuada e vivncia profissional, estendendo-se s profissionais docentes em situao funcional dspar diante da perspectiva pedaggica da indissociabilidade do educar e do cuidar. Os sentidos que emergiram e circularam, a partir das rodas de conversa propostas nesta pesquisa, abrangem a complexidade do trabalho docente na EI, configurado por lgicas hierrquicas no exerccio da docncia. Tais fundamentos incidem na diluio de um trabalho educativo pautado no compromisso pedaggico e na formao das crianas, pois, da forma como vm sendo ampliadas e flexibilizadas as contrataes, intensificam a fragilidade da funo docente, no que tange formao mnima exigida em lei para atuar na EI quanto na formao continuada.
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Este estudo teve como objetivo analisar como ocorre a incluso de dois bebs surdos (de 1 ano) na educação infantil de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do municpio de Vitria/ES. Como aporte terico foi utilizada a perspectiva Histrico-Cultural do desenvolvimento humano, sob a perspectiva que o sujeito se constitui nas relaes sociais, como um ser ativo que transforma e transformado nessas relaes. Nesse contexto, o desenvolvimento implica a relao com o outro e a mediao da linguagem, meio de comunicao e de constituio do pensamento. Assim, no caso dos bebs surdos, destaca-se a LIBRAS como lngua privilegiada que deve ser apropriada por eles e ensinada no cotidiano da educação infantil. Como opo metodolgica, desenvolvemos um estudo de caso de inspirao etnogrfica, por entendermos que essa metodologia permite atender apropriadamente ao objetivo do estudo. Para a coleta de dados, adotamos recursos como observao participante, registro em dirio de campo, entrevistas semiestruturadas com os sujeitos participantes da pesquisa e anlise documental. Na anlise dos dados, tomamos como eixos de anlise: as concepes dos profissionais a respeito da incluso, surdez e do trabalho com os bebs surdos; o cuidado e a educação dos bebs surdos e as atividades ldicas na sala dos bebs. As anlises indicam que muitos profissionais tm dvidas a respeito da incluso e que a falta do conhecimento da LIBRAS por parte de muitos profissionais, leva utilizao de outros recursos de comunicao, como os gestos. A vivncia e interao em LIBRAS entre as crianas e a maior parte dos profissionais da escola com os bebs surdos torna-se um desafio, sobressaindo a necessidade de mais profissionais com o conhecimento da LIBRAS para atender s crianas surdas em diferentes espaos no cotidiano da educação infantil, na perspectiva de potencializar o seu desenvolvimento e a constituio de sua identidade. Todavia, os profissionais da escola so movidos pela preocupao com a incluso e o aprendizado da LIBRAS, esforando-se no sentido de buscar novas formas de trabalho para/com as crianas surdas. Alm disso, o empenho da equipe bilngue na estruturao do cotidiano da educação infantil merece destaque, no s pelo trabalho que faz enquanto equipe bilngue, mas pelo incentivo e auxlio aos outros profissionais.
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Esta pesquisa teve como objetivo compreender as aes pedaggicas constitudas por uma unidade municipal de ensino de Vitria/ES, visando ao processo de incluso escolar de uma criana com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil. Contou com as contribuies tericas dos estudos da matriz histrico-cultural e de autores dedicados a estudar a infncia, como Kramer, Sarmento, Aries, dentre outros, bem como de pesquisadores interessados em investigar os pressupostos da Educação Especial em uma perspectiva inclusiva. Como aporte terico-metodolgico, apoiou-se no estudo de caso do tipo etnogrfico que advoga pela possibilidade de, por meio da pesquisa cientfica, produzir conhecimento sobre a realidade social. O trabalho de pesquisa foi realizado em uma unidade municipal de Educação Infantil de Vitria/ES, envolvendo uma criana com Sndrome de Asperger, professores, pedagogos, dirigente escolar e responsvel pelo estudante investigado. O processo de coleta de dados se efetivou no perodo de maro de 2013 a setembro de 2013. O pesquisador esteve de uma a duas vezes por semana no campo de pesquisa, participando das observaes em sala de aula, em espaos para planejamento e formao continuada e tambm observando momentos informais na entrada, recreio e sada dos alunos. Para a organizao do estudo, trabalhou com quatro eixos: a) aes implementadas em favor do processo de incluso escolar de alunos com Sndrome de Asperger no contexto da Educação Infantil; b) proposta pedaggica do CMEI Alegria da Cinderela: espaos de planejamento, formao e utilizao dos apoios pedaggicos para a incluso escolar; c) concepes dos profissionais envolvidos na pesquisa e da famlia sobre a incluso escolar da criana com Sndrome de Asperger; d) principais possibilidades e/ou dificuldades encontradas pela unidade de ensino mediante o processo de ensino-aprendizagem da criana com Sndrome de Asperger. Como resultados, a pesquisa aponta: a importncia de pensar nessas crianas como sujeitos de direitos e capazes de aprender; a necessidade de investimentos na formao inicial e continuada de professores para que os estudantes tenham maiores possibilidades de aprender; a urgncia de o professor assumir a incluso escolar como um movimento tico comprometido com a formao e com o reconhecimento da diversidade/diferena humana; a necessidade de reconhecer o cotidiano da Educação Infantil como um rico espao para todas as crianas se desenvolverem e produzirem conhecimentos com seus pares e por meio das mediaes pedaggicas dos professores.
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A cincia com suas verdades passou a ser um artefato essencial nos cotidianos escolares. Esses saberes se enredam com outros saberes que despotencializados e silenciados, permanecem nos interstcios do discurso hegemnico da modernidade na escola causando tenses. Potencializar a ocorrncia dessas redes nesses cotidianos pode intensificar essas tenses e assim abalar esse domnio da cincia. Os muitos caminhos possveis de serem percorridos nas tessituras desprivilegiam quaisquer saberes e fazeres que se pretendem exclusivos. Assumindo a metfora das redes, os praticantes da escola podem potencializar as inter-relaes que ocorrem na vida. A remoo de instncias de poder hierrquico de saberes, enredando-os e o compartilhamento solidrio das prticasteoriasprticas, no significa a diluio da autoridade. Agora a autoridade cumpre um novo papel que de constituir uma rede de relaes de autoridade partilhada. Desejamos perceber esses mltiplos sentidos e problematizar o quo potentes so ou no para a vida. Participamos juntamente com os alunos e alunas das aulas e posteriormente, os convidamos para conversasentrevistas, gravando e fotografando esses momentos. Percorremos, nos turnos matutino e noturno, todos os seus espaostempos, nos conectando nas redes que se tecem. Optamos por estar nas turmas de ensino mdio de formao geral e nas turmas de ensino mdio na modalidade Educação de Jovens e Adultos. As entrevistasconversas foram feitas com trs alunos ao mesmo tempo, sempre de uma mesma turma, para que se estabelecesse uma conversa e para que a produo de sentidos dos cotidianos da escola pudesse ser mais potencializada. Dos alunos entrevistados, esto entre os seus desejos mais comuns para alm dos saberes cientficos, as atividades esportivas, artsticas, literrias, religiosas, cursos de formao profissional, dana, canto, campanhas educativas, passeios. As relaes de amizade e outros modos relacionais como entre professores e alunos, tm sido citados com grande frequncia, pelos estudantes, nas entrevistasconversas. No tem se conseguido implantar na sua totalidade os preceitos da modernidade nos escola. H, portanto, um visvel esgotamento do monoplio do comportamento cientfico nos cotidianos da escola pblica pesquisada. So nesses espaostempos escolares nos quais pode se dar a experincia. Apesar do discurso moderno na escola produzir mecanismos que impedem a experincia, esse controle acompanhado de diversos mecanismos de escapes. pela voz dos alunos que se apresentam as ausncias da escola. A voz dos estudantes a grande presena na escola e sua grande potncia. Talvez esse seja o maior desperdcio no contexto educacional escolar.
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Este trabalho tem como objetivo problematizar a ecoformao de professoras e alunos em espaos de convivncia, potencializados com as experincias da IV Conferncia Nacional Infanto-juvenil de Meio Ambiente (CNIJMA), visitas monitoradas, aulas de campo e sadas. Ancorada na Poltica Estruturante de Educação Ambiental, entendo que esses espaos de convivncia expressam um processo educacional, permanente, continnum e transformador. Tendo como mediadora a COM-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) e o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Educação Ambiental visa fortalecer a cidadania ambiental em movimento escola-comunidade-escola. Impregnada de sentidos e significados, busquei pesquisar a ecoformao dessa coletividade pelo vis do Paradigma da Complexidade, que me apresentou as incertezas como um processo potencializador da criatividade, da amizade e da solidariedade que tecem a rede de saberes e fazeres que envolvem esses sujeitos investigados, alm de evidenciar o cuidado de si com o outro e com o mundo. Ao trilhar os caminhos desta pesquisa, optei por abordagens qualitativas inspiradas na fenomenologia-existencial proposta por Martin Heidegger, Michle Sato e Paulo Freire e, dessa forma, pude investigar os saberes ambientais que atravessam as redes cotidianas da escola pesquisada, potencializando a cultura da sustentabilidade. Valendo-me da observao participante das prticas pedaggicas, encontrei nas narrativas das professoras e alunos a expressividade de um processo ecoformativo que instiga outras racionalidades comprometidas com a tica, a coletividade, a afetividade, a solidariedade, as transformaes sociais, a diversidade e a outridade.
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O universo que circunda a Educação de Jovens e Adultos nos sensibiliza e nos provoca. Observar que estes alunos e alunas esto em busca de conquistas e sonhos que no puderam se concretizar quando foram gerados nos impulsiona a conduzir esta pesquisa com seriedade e esperana. Este estudo investigou que conhecimentos matemticos utilizados por professores do Curso Tcnico em Metalurgia Integrado ao Ensino Mdio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Influenciam dilogos entre matemtica e outras disciplinas do curso considerando a perspectiva da formao integral dos estudantes. Assim, nos propomos a analisar conhecimentos matemticos que esto presentes em aes e materiais didticos utilizados por professores em diferentes disciplinas do Curso Tcnico em Metalurgia Integrado ao Ensino Mdio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. No intuito de responder a questo proposta e alcanar os objetivos expostos, este estudo torna-se mais relevante por estar diretamente envolvido no processo de consolidao do Programa Nacional de Integrao da Educação Profissional com a Educação Bsica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos PROEJA do Curso de Metalurgia ofertado pelo IFES/Vitria, pautado na idealizao de integrao do seu currculo. Portanto, discutir o projeto de integrao curricular que norteia o PROEJA tornou-se uma meta em movimento dessa investigao. Nesta direo, observamos o reflexo de como as prticas e materiais didticos utilizados por professores, que atuam nesta modalidade, puderam contribuir para discusses que nos ajudaram na compreenso do processo de ensino e aprendizagem dos educandos participantes, com vistas ao desenvolvimento no trabalho ou na formao profissional, como na constituio de conhecimentos cientficos, escolares/tecnolgicos e culturais. Optamos por direcionar a reflexo terica deste captulo em conceitos especficos. Assim, ao tratar da Educação de Jovens e Adultos seremos conduzidos pelos estudos e pesquisas de Paulo Freire (1996, 2000, 2005), Maria da Conceio Fonseca (2007) e Jane Paiva (2009); ao direcionarmos para a Teoria do Ensino Integrado e a Educação Profissional faremos uso dos estudos de Gaudncio Frigotto (2010) e Marise Ramos (2010); quanto s discusses que refletem acerca da Educação Matemtica Critica recorremos s ideias de Ole Skovsmose (2001, 2007).
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Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a proposta/ prtica curricular do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) enquanto funo complementar na educação da criana pequena com deficincia e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Partimos das constataes de que, nas duas ltimas dcadas, documentos oficiais, assim como pesquisas na rea, apontam a necessidade de um trabalho pedaggico inclusivo, que atenda s demandas e caractersticas dos diferentes sujeitos matriculados. Questionamos se a proposta e prtica curricular complementar do AEE, por meio da SRM, tm contribudo para a incluso da criana pequena, pblico alvo da educação especial, nas prticas pedaggicas da sala de aula comum? Teoricamente buscamos as contribuies da Abordagem Histrico-Cultural para compreender o desenvolvimento e aprendizagem da criana com deficincia, assim como procuramos a interlocuo com os tericos do currculo, entre os quais Sacristn. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ao colaborativo-crtico. O lcus da pesquisa foi um Centro de Educação Infantil, situado em Vitria/ES, com uma sala de recurso multifuncional, modelo proposto pelo Ministrio da Educação (MEC). Os sujeitos participantes foram crianas de 3 a 7 anos matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e encaminhadas para o AEE, na SRM (seis crianas surdas, sete crianas com manifestaes de TGD e uma criana com Sndrome de Down); dois professores de educação especial da SRM (uma professora da rea da rea de Deficincia Intelectual (DI), uma professora bilngue e um instrutor surdo); professores regentes do turno da manh CMEI e dois pedagogos. Como perspectiva terico-metodolgica, optamos pela rede significaes (Rossetti-Ferreira, 2004) que tem seus pressupostos fundamentados na teoria histrico-cultural, que compreende os processos de desenvolvimento humano como atos de significao constitudos por mltiplas interaes estabelecidas social e culturalmente pelos sujeitos durante toda a vida. A organizao e anlise dos dados ocorreram por meio dos movimentos, cenrios e atores; as prticas curriculares inclusivas na/da escola: a SRM e a sala de aula comum em seus encontros e desencontros; a preocupao com o desenvolvimento psicomotor da criana; o brincar versus a aquisio da leitura e escrita; o dilogo entre o currculo da SRM e a sala de aula comum e os encontros colaborativos com os professores de educação especial, com as pedagogas e com as professoras regentes do CMEI. Algumas consideraes importantes se destacam, entre as quais: a falta de formao e desconhecimento por parte dos professores de educação especial sobre a proposta curricular da educação infantil e prticas pedaggicas descontextualizadas e fragmentadas desenvolvidas na SRM, que dificultam a ao complementar ao trabalho da classe comum. Para as professoras das salas de atividades o AEE vivel na escola de educação infantil, mas no somente na SRM, concordam que deve haver o atendimento educacional especializado no turno em que a criana esteja matriculada; que ele pode ajudar na incluso da criana pblico alvo da educação especial, por meio de prticas sociais e culturais ldicas, lingusticas e intelectuais. Conclumos que as professoras desejam um AEE dinmico, interlocutor, que se movimente na escola como um todo.
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Esta pesquisa analisou a resistncia ao currculo de Histria para o ensino mdio prescrito pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Esprito Santo (Sedu) em 2009, para ser desenvolvido em sua rede de ensino pelos professores dessa etapa da educação bsica. Seu objetivo foi investigar as causas de resistncias assentadas ao documento e identificar a que os professores resistem, por que os professores resistem e como os professores esto materializando sua resistncia a ele. Por resistncia entende-se o conjunto de prticas exercidas pelos professores que se anunciam sob a forma de oposio, na tentativa de barrar a dominao, de no perder sua identidade. Uma resistncia consciente que, apesar de rejeitar, no nega o currculo. Porm, a ele no se submete passivamente, numa posio de quem reivindica sua reelaborao, sua reinveno. Para fundamentao terica, ocorreram pesquisas e estudos de produes e conceitos sobre currculo, resistncia, ensino mdio e suas relaes com a educação. O trabalho encontra-se na rea de educação, na linha de pesquisa Cultura, Currculo e Formao de Educadores. A pesquisa de cunho qualitativo e amparou-se na abordagem narrativa. Como procedimentos metodolgicos, apoiou-se na anlise documental e bibliogrfica, questionrio pr-estruturado, observaes e conversas com quatro professoras de Histria de ensino mdio no municpio de Afonso Cludio, Estado do Esprito Santo. Com o cotejamento dos dados produzidos, o pressuposto apresentado neste trabalho foi confirmado. Como dimenses geradoras de resistncias, ficaram evidenciadas a prescrio, considerando que as professoras ajuzam ser essa uma atribuio delas, junto com a escola; a organizao dos contedos apresentada pela Sedu; a ausncia de linearidade dos acontecimentos histricos; a disposio dos saberes por eixos temticos; a orientao pelo trabalho interdisciplinar; a desvinculao dos contedos de cada srie/ano do livro didtico; a exigncia burocrtica com a implantao do currculo. A contribuio do trabalho para a Rede Estadual de Ensino foi a problematizao da resistncia ao currculo, artefato educacional que pode produzir estabilidades ou tenses entre os sujeitos que o envolvem, podendo ser til para discusses posteriores. Para as educadoras, o trabalho foi relevante por ter promovido espao de debates sobre o currculo de Histria do ensino mdio no decurso das conversas na escola.
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Com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas polticas pblicas de educação e seguridade social uma construo e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benefcio de Prestao Continuada na Escola, que atende pessoas com deficincia de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as polticas pblicas da educação especial e da seguridade social. So objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das polticas pblicas sociais educação especial e seguridade social no que se refere garantia de direitos educação de crianas com deficincia ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no municpio de Vitria, Estado do Esprito Santo; identificar como se configuram as interdependncias entre profissionais da educação especial e da seguridade social e os familiares (pais ou responsveis) dessas crianas perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as instituies de educação e da seguridade social e suas implicaes para a incluso escolar das crianas com deficincia ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educação e da seguridade social lanam perspectivas para os processos de incluso escolar e estabelecem dilogo com a famlia acerca da educação dessas crianas. Esta uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados empricos e bibliogrficos, na qual foram sujeitos: mes de trs crianas de trs Centros Municipais de Educação Infantil de Vitria; professoras da sala de atividades e de educação especial, pedagogas e diretoras; tcnicos das Secretarias Municipais de Vitria: Educação, Sade e Assistncia Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As tcnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o dirio de itinerncia. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiogravao de entrevistas e de grupos focais e anotaes em dirio de itinerncia. Os dados foram organizados em cinco categorias de anlise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdependncia e configurao, relao de poder estabelecidos e outsiders , processos sociais e relao entre sociedade e Estado (balana do poder) contriburam para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de Global do Desenvolvimento, no municpio de Vitria. Revelam, ainda, uma inconsistncia de fluxos de referncia e contrarreferncia e lacunas na dimenso tcnica e operativa para as interfaces das polticas pblicas intersetoriais com prticas profissionais que cumpram o papel poltico conforme outorga a legislao federal e municipal. As consideraes se ampliam para discusses entre o institudo e o instituinte polticas pblicas e prticas profissionais que priorizem a efetivao da intersetorialidade diante das demandas do pblico investigado com vista garantia dos direitos de acesso a uma educação de qualidade.
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A pesquisa A Educação Ambiental nos encontros do Congo com os cotidianos escolares de uma Escola Municipal da Barra do Jucu, Vila Velha, ES se apoia na produo narrativa em Educação Ambiental com os cotidianos, com a inteno de problematizar os saberes e fazeres socioambientais produzidos nos encontros entre a produo cultural do congo com as prticas escolares cotidianas. Com as conversas e narrativas dos sujeitos da pesquisa, alunos(as), professores(as), congueiros(as), pais de alunos e outros representantes da comunidade escolar, problematizamos e mapeamos esses saberesfazeres socioambientais, bem como compreendemos suas diferentes tradues. Os cotidianos escolares so considerados espaos de burla s hierarquizaes culturais, ambientais, sociais e curriculares, por serem espaos privilegiados de prticas curriculares que vo alm das propostas institudas, e enfatizamos como o entorno da escola com suas especificidades locais se constituem potncias para a produo de saberes e a criao de currculos cotidianamente. As oficinas de congo que acontecem na Escola Municipal da Barra do Jucu foram acompanhadas e mostraram-se potentes para o desenvolvimento da Educação Ambiental numa perspectiva ps-colonial, que acredita na possibilidade de um pensamento que v alm da relao dicotmica cultura/natureza e da no homogeneizao cultural. As produes culturais desenvolvidas nas oficinas possibilitaram outras alternativas para a produo de subjetividades e para trocas de saberes socioambientais e culturais, baseados na solidariedade que potencializa prticas sociais sustentveis.
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Este estudo analisa os processos de circulao e apropriao das representaes sobre os saberes da educação escolarizada difundidos pela Revista de Educação do Esprito Santo, entre os anos de 1934 e 1937. Como referencial terico baseamo- nos em Chartier (1990) acerca do conceito de representao, em Balandier (1982) em relao ao conceito de encenao de poder institudo que assume visibilidade quando circula na Revista, concedendo publicizao aos feitos polticos realizados por dado grupo social, e em Julia (2001), junto ao conceito de cultura escolar. A partir desse arcabouo terico, empreendemos metodologia de pesquisa a partir da anlise histrica da fonte, dialogando, para tanto, com diferentes documentos e registros que configuram uma srie de dados que constituem nossa fonte. Trata-se da anlise das representaes travadas no debate sobre a formao, divulgao e apropriao do conjunto de prticas e saberes pedaggicos dirigido aos professores, por parte de um grupo de intelectuais locais que se apresentava como portador do projeto de modernizao do Esprito Santo inserido no contexto nacional. A Revista de Educação/ES tinha entre seus principais objetivos o de (in)formar os professores, ou seja, enquadrar suas prticas s novas demandas educacionais. Deste modo, a Revista esteve atrelada a um projeto educacional em que os intelectuais corroboravam a ampla circulao de um conjunto de representaes sobre a modernidade, utilizando a Revista como suporte, visto que, desde as capas, so expostos monumentos de modernizao, como os prdios escolares e todo um complexo arranjo de artefatos simblicos, traduzidos muitas vezes em festas e rituais escolares que evocavam um novo tempo para a Educação do Estado, ou seja, fazendo da educação escolarizada um espetculo.
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O ato de brincar tem sido considerado como vital sade mental, emocional, fsica e intelectual do ser humano. Todos esses elementos so vividos no brincar de modo indissociado. A brinquedoteca Hospitalar possibilita melhores condies para a recuperao da criana internada, minimizando situaes traumatizantes e tornando a sua estadia no hospital mais alegre. Este trabalho prope um estudo de inspirao fenomenolgico existencial OBJETIVANDO: desvelar - o sentido de ser educadora nas brinquedotecas do Hospital Infantil de Vitria/ ES, focando as experincias delas narradas e cuidadosamente vividas (e ou experienciadas) nos modos subjetivos delas serem no mundo objetivo, vivncias que sero narradas por elas nesse espao-tempo de ludicidade que se presta Pedagogia Hospitalar nas suas vertentes de atendimentos escolares (Educação Especial numa perspectiva inclusiva) e no-escolares donde a Pedagogia hospitalar compe um ramo da Pedagogia Social, oferecendo assim atendimentos s crianas e jovens especialmente, mas no s (podendo abarcar adultos e idosos). MARCO TERICO: o termo terico central do nosso marco terico Cuidado (SORGE), como em BOFF (2012) e WALDOW(1993; 1998; 2006) e Experincia em PINEL (2004;2006) de ser (ter sido) de alguma forma criadora desse espao-tempo de brincar ( e de estudar) no hospital, confabulando tanto uma Educação No Escolar (Pedagogia Social) e Escolar (Pedagogia Escolar). A angstia de ser educadora das brinquedotecas pareceu-nos que se constituir em uma caracterstica imprescindvel para a compreenso da sua existncia do ser no ofcio, bem como sua interao consigo mesmo, com o outro e com o mundo das Brinquedotecas Hospitalares. Entendemos os sentidos da alegria, calma e alegria, coragem e profissionalismo, transform(ao), direito e escolaridade e humanizao e dor como elementos que compuseram o complexo mosaico de Cuidado (Sorge) prprios daquele que se prope cuidar de si, do outro e das coisas do mundo pelo vis de cuidar.