999 resultados para Concentração espacial
Resumo:
A leptospirose é uma grave zoonose associada às áreas de baixa renda dos centros urbanos. Embora roedores urbanos sejam considerados como principal reservatório para a leptospirose, o cão também pode desenvolver a doença e se tornar carreador assintomático. O objetivo do presente trabalho foi utilizar a metodologia estatística baseada na teoria de processos pontuais espaciais, buscando identificar a forma como se distribuem os cães sororreagentes para a leptospirose e seus determinantes de risco em uma vila na cidade de Curitiba. A análise do modelo possibilitou identificar as regiões de sobre-risco, onde o risco de soropositividade canina à leptospirose é significativamente maior. A relação significativa do efeito espacial no desenvolvimento da doença, além das variáveis estudadas, revela que não apenas um, mas a ação conjunta dos fatores relacionados ao animal, ao proprietário e ao ambiente influencia o risco maior da doença nos locais de maior efeito espacial. O resultado da análise indica claramente os territórios em maior risco na região da Vila Pantanal, possibilitando o planejamento de ações mais específicas e dirigidas a essas áreas em um contexto de vigilância da saúde.
Resumo:
A anestesia inalatória vem sendo amplamente difundida na medicina veterinária, no entanto seu uso em animais selvagens ainda é restrito, não sendo observado nenhum estudo referente à sua utilização na espécie Tayassu tajacu. O objetivo da pesquisa foi determinar a concentração alveolar mínima (CAM) do isofluorano em catetos e apresentar os efeitos desta administração sobre as variáveis hemodinâmicas e respiratórias, como também a qualidade da recuperação anestésica. Utilizou-se 10 animais, machos, com idade variando de 1 a 3 anos oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Brasil. Todos os animais tiveram anestesia induzida com 7mg.kg-1 de propofol e posteriormente foram conectados a circuito anestésico com isofluorano e oxigênio 100%. O estímulo noceptivo supramáximo adotado foi pinçamento interdigital, o qual era realizado após 15 minutos de espera para cada concentração de isofluorano fornecida. Ao ser observada resposta negativa frente ao estímulo a concentração era reduzida em 20%, quando verificada resposta positiva o estímulo era cessado, calculando-se a partir daí o valor da CAM. Observou-se dados quantitativos e qualitativos referentes à recuperação. Utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro Wilk e de homogeneidade de variânica de Levene, as variáveis avaliadas foram submetidas à One Way ANOVA-RM para medidas repetidas, seguidas por Teste Tukey, sendo os dados expressos em média e desvio padrão. A CAM do isofluorano foi de 2,4%, sendo a CAM cirúrgica igual a 3,5%. Observou-se ação depressiva do isofluorano sobre a pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória quando comparada a média dessas variáveis para animais acordados, entretanto durante a manutenção anestésica mantiveram-se estáveis. Observou-se acidose metabólica no período pré-anestésico o qual foi compensado após a realização da anestesia inalatória. A recuperação anestésica foi tranquila e rápida. Concluiu-se que a CAM do isofluorano para catetos foi maior que a observada em espécies afins. O isofluorano pode ser utilizado nesta espécie, sendo considerado seguro e eficaz. A recuperação dos animais após anestesia com isofluorano foi livre de excitação.
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O presente trabalho teve como objetivos determinar a prevalência, a distribuição geográfica bem como os fatores e áreas de risco associados à cisticercose bovina no Estado de São Paulo. Foram inspecionados 34.443 animais, machos e fêmeas e com faixas etárias variando entre 18 a 60 meses. Os bovinos eram procedentes de 97 municípios do Estado de São Paulo, devidamente identificados e abatidos no período de outubro de 2010 a agosto de 2011, em um frigorífico localizado na cidade de Ipuã-SP, sob supervisão do SIF 1387. O estado de São Paulo foi dividido em núcleos regionais, e os dados dos municípios pertencentes ao respectivo núcleo, foram agrupados, conforme a Secretaria de Abastecimento e Agropecuária de São Paulo, totalizando 13 núcleos estudados. Com base nos resultados encontrados, pode-se concluir que dos 97 municípios analisados, foi possível encontrar bovinos positivos para a enfermidade em questão em 86. A prevalência média de cisticercose bovina no estado de São Paulo foi de 4,80%, sendo que os núcleos de Franca e Barretos foram os que tiveram maior número de casos da enfermidade durante o período analisado. Além disso, o maior número de casos nestes núcleos coincidiu com o menor índice de desenvolvimento humano referente à educação, com a maior área de plantio de café (núcleo de Franca) e também como a maior área de cana-de-açúcar cultivada (núcleo de Barretos) nestes locais, o que por sua vez pode indicar que a presença da mão-de-obra temporária no meio rural, aliado a aspectos socioeconômico/cultural, pode estar contribuindo para a disseminação e estabelecimento da cisticercose bovina nestas áreas.
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Foram conduzidos dois experimentos de campo, um em solo areno-barrento e outro em solo argiloso, com a finalidade de estudar o efeito de trifluralin, aplicado nas doses de 0,60 e 0,96.kg/ha e vernolate, nas doses de 2,52 e 3,60 kg/ha, incorporados ao solo, sobre o desenvolvimento de amendoim e teor de macronutrientes em folhas no início do florescimento e sementes na colheita, e o teor de óleo nestas. O desenvolvimento da cultura foi observado por meio de pesos de matéria seca de folhas, caules e vagens, durante o ciclo, obtendo -se, também, a produção de vagens no fim do ciclo. Houve pequena redução no desenvolvimento, nos estágios iniciais do ciclo, pelas doses mais elevadas de trifluralin e vernolate em solo argiloso apenas. Os teores de N, P, K, Ca, Mg e S, não foram afetados em folhas nem nos grãos por nenhum tratamento, nos dois experimentos, assim como o teor de óleo. As produções de grãos em casca não foram afetadas por nenhum tratamento, sendo elevadas nos dois experimentos.
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Metodologias de mapeamento de plantas daninhas em áreas agrícolas estão sendo utilizados a fim de gerar mapas de aplicação localizada de herbicidas, sendo que, este mapeamento vem sendo feito através de ferramentas da agricultura de precisão. O mapeamento das plantas daninhas gera então mapas de tratamentos de herbicidas que comandam pulverizadores capazes de realizar a aplicação localizada de herbicidas, aproveitando o comportamento contagioso inerente da comunidade das plantas daninhas, porém poucos experimentos relatam a eficiência desses métodos. Este experimento teve como objetivo comparar metodologias de mapeamento do capim-colonião (Panicum maximum), com base na avaliação visual durante e após a colheita da cultura de milho. Durante a colheita foi conduzido o monitoramento com avaliação visual, feito por uma pessoa devidamente treinada e pelo operador antecipadamente orientado. Após a colheita, a avaliação visual foi feita por amostragens, numa grade regular de 20 x 20 m. Foi observada uma subestimação de 6% da área infestada, com uma infestação de mais de 80% de cobertura pelo método de mapeamento durante a colheita, quando comparado com o caminhamento na grade regular após a colheita. Os dois métodos foram coincidentes em 45% da área marcada.
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O objetivo deste trabalho foi identificar correlações entre o banco de sementes das plantas daninhas e os atributos da fertilidade dos solos. As amostragens de solo para determinação do banco de sementes foram feitas simultaneamente à amostragem para a análise da fertilidade do solo, utilizando uma grade amostral regular de 20 x 20 m. Os mapas de infestação e de atributos de fertilidade dos solos foram gerados pela técnica de interpolação por "krigagem". Os valores de correlação entre o banco de sementes de BRAPL e a saturação de alumínio (m%), a saturação de bases (V%) e o pH foram de, respectivamente, 0,84, -0,83 e -0,74. Portanto, quanto maior o valor de m% e menores os valores de V% e pH, maior a infestação do banco de sementes. Resultado semelhante foi observado para COMBE, porém os valores de correlação foram menores (-0,35 com V% e 0,28 com m%). O banco de sementes de CYPRO apresentou a mesma tendência da BRAPL (0,57 com m%, -0,63 com V%, -0,7 com Ca e -0,64 com o pH). Conclui-se que na área experimental houve alta correlação entre pH, Ca, V% e m% e o banco de sementes de plantas daninhas.
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Este artigo trata do problema de classificação do risco de infestação por plantas daninhas usando técnicas geoestatísticas, análise de imagens e modelos de classificação fuzzy. Os principais atributos utilizados para descrever a infestação incluem a densidade de sementes, bem como a sua extensão, a cobertura foliar e a agressividade das plantas daninhas em cada região. A densidade de sementes reflete a produção de sementes por unidade de área, e a sua extensão, a influência das sementes vizinhas; a cobertura foliar indica a extensão dos agrupamentos das plantas daninhas emergentes; e a agressividade descreve a porcentagem de ocupação de espécies com alta capacidade de produção de sementes. Os dados da densidade de sementes, da cobertura foliar e da agressividade para as diferentes regiões são obtidos a partir de simulação com modelos matemáticos de populações. Neste artigo propõe-se um sistema de classificação fuzzy utilizando os atributos descritos para inferir os riscos de infestação de regiões da cultura por plantas daninhas. Resultados de simulação são apresentados para ilustrar o uso desse sistema na aplicação localizada de herbicida.
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O cultivo consorciado de milho com forrageiras tropicais no sistema plantio direto na palha pode diminuir a incidência de plantas daninhas em decorrência da elevada produção de fitomassa e da alelopatia proporcionada pela deposição superficial de palha no solo. Este trabalho objetivou avaliar a influência da distribuição espacial da cultura do milho com Brachiaria brizantha, cultivados em consórcio no sistema plantio direto na palha, sobre a população de plantas daninhas. O experimento foi instalado em condições de campo, nos anos agrícolas 2002/03 e 2003/04, na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu-SP. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em esquema fatorial simples 2 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram dois espaçamentos entre linhas de milho (E1-45 cm e E2- 90 cm) e quatro modalidades de cultivo (MCS - cultivo do milho solteiro; MBL - cultivo do milho com B. brizantha na linha de semeadura; BEM - cultivo do milho com B. brizantha na entrelinha; e MBLE - cultivo do milho com B. brizantha simultaneamente na linha e na entrelinha). Foram avaliados a produtividade de matéria seca da forrageira, a caracterização fitossociológica, a incidência e o controle de plantas daninhas. O cultivo MBLE a 90 cm foi a modalidade de consorciação que proporcionou maior produção de palhada. A presença de B. brizantha em cultivo consorciado diminuiu a densidade de plantas daninhas. A utilização do cultivo consorciado do milho com B. brizantha na linha+entrelinha proporcionou índice de controle de 95%, independentemente do espaçamento utilizado.
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El Índice de Agresividad Espacial (IAE) es un parámetro bioecológico que indica las características de la distribución de malezas. No existen antecedentes sobre el tema en el cultivo de algodón. El objetivo de este trabajo fue determinar el IAE para Chenopodium album (CHEAL) y relacionarlo con las pérdidas de rendimiento. Se trabajó durante la campaña 2007-2008 en el Campo Experimental de la EEA INTA Santiago del Estero, con el cultivar Guazuncho-INTA. Para el cálculo del IAE, se utilizó un modelo que emplea: altura de planta sobresaliente, su biomasa seca y superficie infestada; número de descendientes, biomasa seca y altura media de los mismos. Dentro del cultivo, en 200 m², fueron marcadas 10 áreas de 1 m². Se realizaron análisis estadísticos paramétricos, ANOVA y Tukey (0,05). Los resultados fueron: a) Algodón: peso de parcela medio: 105.000 g; peso por planta: 597 g; el total de plantas: 79,30; altura media: 0,5951 m; rendimiento medio: 2592 kg ha-1 y, b) CHEAL: peso por parcela: 4920 g; nº de plantas por parcela media: 18,7; altura media: 2,72 m; altura de planta madre de maleza: 3,45 m; 187 plantas hijas, medias con 2,40 m de altura y 58 g de biomasa seca, en la parcela de la planta sobresaliente. El rendimiento de algodón fue de 2.329,50 kg ha-1 en el testigo y las pérdidas medias fueron de 89,76%. El IAE obtenido fue de 3,76 (bajo-intermedio) e indica que, en la distribución, actúan numerosas plantas que se desarrollan en torno a una maleza principal. Con un menor IAE, son mayores las pérdidas producidas en el cultivo de algodón.
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As plantas aquáticas têm papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas, porém seu crescimento desequilibrado pode obstruir canais, represas e reservatórios e afetar múltiplos usos da água. Em relação a plantas aquáticas submersas, a utilização de medidas de controle torna-se mais complexa, em face da dificuldade em mapear e quantificar volumetricamente as áreas colonizadas. Nessas situações, considera-se que o uso de dados hidroacústicos possibilite o mapeamento e a mensuração dessas áreas, auxiliando na elaboração de propostas de manejo sustentáveis desse tipo de vegetação aquática. Assim, o presente trabalho utilizou dados acústicos e a técnica de krigagem para realizar a inferência espacial do biovolume de plantas aquáticas submersas. Os dados foram obtidos em três levantamentos ecobatimétricos realizados em uma área de estudos localizada no rio Paraná, caracterizada por condições favoráveis para proliferação de vegetação aquática submersa e dificuldade de navegação. Para delimitar as áreas caracterizadas pela presença de plantas aquáticas submersas, utilizou-se uma imagem multiespectral de alta resolução espacial World View-2. O mapeamento do biovolume das plantas aquáticas submersas nas áreas de ocorrência do fenômeno foi realizado a partir da inferência do biovolume por krigagem e do fatiamento dos valores inferidos em intervalos de 15%. A partir do mapa gerado, foi possível identificar os locais de maior concentração de macrófitas submersas, com predominância de valores de biovolume entre 15-30% e 30-45%, confirmando a viabilidade da utilização da krigagem na inferência espacial do biovolume, a partir de medidas ecobatimétricas georreferenciadas e com o suporte de imagem de alta resolução espacial.
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O mapeamento e a caracterização da distribuição espacial de plantas daninhas por meio da agricultura de precisão, associada a levantamentos fitossociológicos, têm sido utilizados no controle localizado da infestação. O presente trabalho avaliou a incidência e a dinâmica de plantas daninhas, além da distribuição espacial em distintos sistemas de mobilização do solo, na cultura do sorgo forrageiro. O experimento foi conduzido em Petrolina-PE. Os tratamentos constaram de quatro sistemas de mobilização do solo: sem preparo primário, grade tandem mais arado de aivecas, grade off-set de discos de 0,61 m e grade tandem mais escarificador. A coleta de dados ocorreu na cultura do sorgo forrageiro aos 110 dias após emergência, em uma área retangular de 20 x 12 m (240 m²) com malha regular de 4 x 3 m, referenciadas em coordenadas x e y. A caracterização fitossociológica foi realizada pela avaliação da densidade, frequência, abundância, dominância e índice de valor de importância das espécies, e a variabilidade espacial, por meio da geoestatística com a construção de mapas de isolinhas. Cenchrus echinatus teve maior incidência e índice de valor de importância. O mapeamento de plantas daninhas tem relevância para a aplicação de métodos de controle, principalmente quando aliado ao levantamento fitossociológico.
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RESUMEN El objetivo de este trabajo fue evaluar la ecología y la correlación lineal y espacial entre malas hierbas de una pradera y su relación con la conductividad eléctrica aparente del suelo (CEa, mS m-1). La toma de muestras se hizo los días: 23/06/2008 (CEa) y el 24/06/2008 (malas hierbas). Los datos fueron analizados por medio de estadística clásica y de herramientas de geoestadística. La mayoría de los datos presentaron distribución de frecuencia logarítmica, siendo necesaria la utilización del krigeado residual. Se encontraron bajos valores de correlación para las medidas de CEa con las mediciones de malas hierbas en el área de estudio, estando las mismas influidas por el relieve del área. Los mapas de variabilidad espacial mostraron que existía relación entre las malas hierbas y los valores de CEa (CEa-V y CEa-H), principalmente con relación al número de especies de malas hierbas, ya que hay un aumento del número de especies cuando se produce disminución de los valores de CEa. Los mapas de variabilidad espacial para las malas hierbas demuestran la dominancia de ciertas especies y el endemismo de otras.
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O padrão de agrupamento espacial de três espécies arbóreas, Caryocar brasiliense, Pterodon pubescens e Sclerolobium paniculatum, e duas espécies de palmeiras, Syagrus comosa e S. flexuosa, nativas do cerrado, foi investigado usando três métodos de variância entre parcelas. Os dados foram coletados em uma área de cerrado sensu strictu da Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília, em Brasília, DF, em 128 parcelas contíguas de 5 x 8 m cada. Em cada parcela, foram procurados todos os indivíduos das espécies, anotando o número encontrado e suas alturas. Os dados foram tabelados e analisados usando as técnicas de variância entre blocos de parcelas (BQV), variância móvel entre blocos de parcelas (TTLQV) e variância entre parcelas pareadas (PQV), tanto para todos os indivíduos encontrados quanto para somente os indivíduos lenhosos maiores do que 130 cm em altura. O número total de indivíduos encontrado foi 138 para C. brasiliense, 34 para P. pubescens, 82 para S. paniculatum, oito para S. comosa e 36 para S. flexuosa. Todas as espécies apresentaram um padrão agrupado de distribuição espacial em pelo menos uma das metodologias e três das cinco espécies tiveram resultados semelhantes em todos os métodos. O padrão para C. brasiliense foi semelhante ao encontrado para esta mesma espécie em outra região do cerrado, utilizando a mesma metodologia, com uma distância de aproximadamente 350 m entre grupos.
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Dentre as diversas árvores frutíferas nativas dos cerrados, a cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.) merece destaque pelo seu amplo potencial econômico. A fim de fornecer algumas informações relativas ao padrão espacial da variabilidade genética desta espécie, foram realizadas análises de autocorrelação espacial das freqüências alélicas em dez subpopulações locais da região sudeste do Estado de Goiás. Foram utilizados marcadores isoenzimáticos, em um total de seis sistemas enzimáticos (SKDH, 6-PGD, alfa-EST, MDH, PGI e PGM), com oito locos polimórficos. Foi realizada uma análise de autocorrelação espacial, utilizando índices I de Moran estimados em quatro classes de distância geográfica. Os correlogramas mostraram que, de fato, a divergência genética está estruturada no espaço em um padrão clinal de variação. Simulações de evolução neutra da variação nas freqüências alélicas entre as subpopulações, geradas a partir de um processo Ornstein-Uhlenbeck (O-U), foram utilizadas para avaliar os padrões espaciais sob essa hipótese e compará-los com os correlogramas obtidos com as freqüências alélicas. As análises indicaram que um processo estocástico (evolução neutra) deve ser o responsável pela diferenciação genética dessas populações, havendo assim um balanço entre fluxo gênico em pequenas distâncias geográficas e deriva genética dentro das populações locais, como o esperado para modelos de isolamento-por-distância ou "stepping-stone".
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As ilhas oceânicas são altamente vulneráveis à modificação ambiental. Por isso, os trabalhos de mapeamento de vegetação são de fundamental importância. O objetivo do presente trabalho foi de realizar o estudo florístico e o mapeamento, a classificação e a descrição dos tipos de vegetação nas ilhas do Parque Nacional Marinho de Abrolhos (Santa Bárbara, Sueste, Siriba, Redonda e Guarita) em agosto, outubro e dezembro de 1995 e março e maio de 1996. O arquipélago se situa no sul da Bahia e devido às suas características estruturais e ao isolamento em relação ao continente oferece um grande potencial para estudos geográficos. Foram delimitadas as distribuições espaciais de sete formações vegetais encontradas (pós praia, pós rocha, encosta suave, encosta íngreme, topo ciperóide, topo herbácea, topo graminóide) usando como principais indicadores fisionomia, relevo e composição florística. Os tipos de vegetação foram classificados segundo características geográficas e estrutura da vegetação, sendo associados a 40 espécies identificadas.