999 resultados para Barra Mansa (RJ) História Século XIX


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Este trabalho parte de pesquisas realizadas no peridico Dirio de Notcias, de Belm, Par, no perodo que vai de 1881 a 1893, com o objetivo de recuperar textos ficcionais em prosa, em especial, o romance-folhetim, gnero que surge da relao prxima entre literatura e jornal, muito intensa no decorrer do século XIX. Nesse perodo, o jornal aparece como importante meio de divulgao poltica e cultural nas vrias regies do pas, considerando que seu custo era bem mais acessvel que o do livro. O romance-folhetim alcana, nesse veculo, uma grande popularidade entre os leitores. Dentre os romances-folhetins catalogados, optamos por analisar o Negro e cor de rosa: o canto do cysne, do francs Georges Ohnet, publicado no perodo de julho a agosto de 1887, na coluna Folhetim do j citado peridico. A anlise foi baseada nos estudos de Jsus Martn-Barbero sobre os dispositivos de enunciao do gnero folhetim. A partir de nossa pesquisa, procuramos investigar como se caracterizava o circuito editorial da Belm oitocentista, averiguando a relao entre o gosto do pblico e a presena ostensiva de narrativas francesas, bem como, a relao mercadolgica entre editores e livreiros. Assim, ressalta-se a relevncia dos estudos da História do Livro e da Leitura no Brasil por permitir-nos a recuperao de informaes que contribuiro para o registro da História da Literatura Brasileira.

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O presente trabalho visou estudar aspectos fundamentais da recepo crtica da obra dramtica de Gonalves Dias. Para isso buscou-se, em primeiro lugar, compreender o lugar da obra dramtica do autor em sua produo literria considerando-se algumas crticas ao poeta publicadas em peridicos, revistas e em obras pertencentes historiografia literria do século XIX e XX. Em segundo lugar, buscou-se compreender o lugar da produo dramtica do autor por meio da anlise de sua correspondncia ativa.

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Paul de Kock considerado um escritor popular e de segunda monta do século XIX francs. Partindo desse lugar comum, a presente dissertao pretendeu investigar como o prprio Paul de Kock e seus bigrafos o definiam enquanto escritor e, por outro lado, averiguar se os aspectos editoriais e materiais dos exemplares de suas obras presentes no acervo do Grmio Literrio Portugus do Par podem dizer algo a respeito do suposto pblico leitor ao qual suas obras se destinavam. Assim, no primeiro captulo foram analisadas as biografias e autobiografia do escritor, buscando verificar qual teria sido a representao do escritor Paul de Kock elaborada em sua prpria poca. No segundo captulo foram analisadas as caractersticas editoriais dos exemplares das obras do romancista francs presentes no Grmio Literrio Portugus do Par, de modo a realizar um mapeamento dos intermedirios da literatura - editores, tipgrafos e tradutores - envolvidos no processo de publicao dos romances do autor. No ltimo captulo procuramos analisar as particularidades do suporte material de parcela dessas edies, com o intuito de compreender at que ponto os formatos nos quais as obras do escritor circularam podem dar pistas sobre a representao dos editores acerca de seu provvel pblico leitor, bem como ser indicativos do estatuto do escritor no interior do campo literrio.

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A atuao manica na imprensa paraense do século XIX (1872-1892) entendida nesta dissertao a partir do contraponto entre o revelar e o esconder. Destacam-se, sobretudo, dois momentos distintos dessa mesma operao. No primeiro, a maonaria abandona em parte sua postura reservada e decide criar um jornal oficial (O Pelicano) para fazer frente aos ditames ultramontanos (A Boa Nova). E, no segundo, ela retorna a sua condio inicial suspendendo a circulao da publicao, mas sem necessariamente retirar-se do meio jornalstico. De maneira que segredo e publicidade se intercalavam nas vozes dos representantes da instituio. A pesquisa permitiu a identificao nominal de um conjunto amplo de maons e deu conta de demonstrar algumas das tenses e conflitos que ora os aproximava como irmos e ora os colocava definitivamente em lados opostos na imprensa, nas lojas, na vida. Levando em considerao as mudanas de ordem social (Abolio) e poltica (Repblica) que aconteceram ao longo da temporalidade abordada, este trabalho discute ainda o modo pelo qual os discursos, prticas e representaes dos maons paraenses se articulavam com as transformaes que a um s tempo atingiram a provncia do Par e a sociedade imperial.

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Entre os anos de 1810 e 1850, a presena de trabalhadores escravos em Belm era significativa. Em termos demogrficos, essa populao representava quase metade da populao da cidade, formada pelas freguesias urbanas da S e Campina. A presente dissertao analisa a escravido em Belm, a partir de diversos aspectos como o trfico, a procedncia e/ou origem geogrfica e tnica dos cativos, a demografia e as cores, mercado e a mobilidade cativa, o controle social e a liberdade escrava, permeados por acontecimentos sociais, polticos e econmicos ocorridos no Brasil e no Gro-Par, no perodo em questo, tais como a chegada da famlia real e a abertura dos portos, a independncia, a Cabanagem e a promulgao das leis anti-trfico de 1815, 1831 e 1850. Narrativas de viajantes estrangeiros, jornais, inventrios post-mortem, relatrios de governo, cdigos de posturas e aes de liberdade so algumas das fontes utilizadas para construo do cenrio: a Belm da primeira metade do século XIX, e para conhecimento da atuao de nossos atores: os trabalhadores escravos.

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O tema de pesquisa proposto se constitui em uma proposta inovadora, na medida em que, dentre os grupos e associaes que participaram dessa luta, a Maonaria talvez seja a menos estudada e pesquisada e, assim, com este estudo, pretendemos demonstrar que as lojas manicas, como outras associaes, acompanhavam as mudanas que se processavam social e politicamente no pas, estabelecendo uma nova cultura poltica que envolvia diferentes sujeitos que se encontravam na vanguarda do processo abolicionista, pugnando pela mudana das relaes de produo no pas. Este trabalho evoca a luta pela emancipao dos escravos defendida pelos maons do Par, bem como a anlise do posicionamento da Maonaria em relao ao regime imperial, como as questes bsicas desta pesquisa, possibilitando redimensionar esse tema, procurando investigar as estratgias sociais desenvolvidas por esses sujeitos, atravs da atuao das lojas manicas e de alguns maons importantes como Lauro Sodr, demonstrando seus posicionamentos polticos e suas formas de atuao. A pesquisa de jornais da poca mostrou que de 1870 em diante foram fundadas associaes que geralmente se aproveitavam de festas pblicas para promover debates em favor da liberdade dos escravos. A metodologia trabalhada consistiu basicamente de consulta aos jornais da poca e documentao de registro das lojas manicas, que so referenciadas ao longo deste trabalho. No perodo proposto, o jornal foi o principal meio de comunicao da sociedade, sendo muito utilizado por letrados e polticos que passaram a utilizar suas pginas para criticar o regime escravocrata em crise, rotulando-o de atrasado e incompatvel com a modernizao em curso no pas.

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Esta dissertao procura desvendar como o crescimento da cidade de Belm, ao longo do século XIX, provocou ou ampliou problemas j existentes, entre os quais o da sade pblica, destacando-se o desencadeamento de frequentes epidemias de varola. Em termos de temporalidade o destaque foi dado segunda metade do século XIX, quando foi intenso o debate acerca da necessidade de modernizar a cidade, sendo que o projeto modernizador em questo foi fortemente marcado pelos preceitos excludentes da Cincia da Higiene. Assim, o foco da pesquisa foi o perodo entre 1884 e 1904, marcado pela ecloso de trs epidemias de varola, em Belm. O objetivo principal do trabalho foi demonstrar as razes da intolerncia popular s profilaxias e prticas teraputicas encaminhadas pelo poder pblico, principalmente a poltica de isolamento baseada no discurso higienista e, tambm, a vacina. A experincia desenvolvida pela populao de Belm com essas profilaxias oficias, ao longo do século XIX, foi bastante negativa, propiciando a conduta aversiva desta.

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O objetivo desta dissertao consiste em analisar determinados aspectos da escravido negra na cidade de Belm, entre 1871 (ano de promulgao da Lei do Ventre Livre) e maio de 1888 (quando a escravido foi abolida). O foco da pesquisa est voltado para a experincia humana e o cotidiano de um contingente populacional, que, apesar de expressivo (pelo menos at meados da dcada de 1880), no costuma aparecer na historiografia sobre a Belm de fins do século XIX, comumente chamada de Belm da Belle-poque. Elementos componentes deste contexto, como o boom da economia da borracha, a propagao das ideias de civilizao, modernidade e progresso, e o crescimento da populao livre, acabam no deixando espao para os escravos que residiam e/ou circulavam pelos quatro cantos da cidade e matizavam sua paisagem. O processo criminal em que foi ru um destes escravos urbanos, Camilo Joo Amancio, ser o fio condutor dos quatro captulos deste trabalho, que abordam as seguintes problemticas: a relao dos escravos com a polcia e a justia; sua insero no mundo do trabalho e no mercado urbano de escravos; os usos e significados do tempo de no trabalho de que dispunham; e as redes de sociabilidades que teciam com os mais variados indivduos.

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Analisaremos nesta pesquisa as linhas do naturalismo proposto por Marques de Carvalho no romance O Pag, que veio pblico como folhetim pelo peridico A Repblica em janeiro de 1887, tendo por subttulo a expresso romance naturalista. Que naturalismo era esse? Quem era Marques de Carvalho antes da publicao de seu mais conhecido romance Hortncia? Com esses questionamentos, seguiremos a trilha do intelectual por trs dos peridicos onde atuou como redator, assim como, os debates e conflitos em que se envolveu. Adentraremos o campo literrio paraense do final do Oitocentos, para, a partir das disputas em seu interior, enxergarmos as foras de legitimao de um modo de pensar. Nesse caso, a viso de mundo de Marques de Carvalho.

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Os anos da primeira metade do século XIX so marcados pelo objetivo principal da Corte em adequar as provncias a seu modelo de civilizao e inseri-las ao Estado imperial. No Gro-Par, a unificao do territrio e consolidao do Imprio esbarrou em conflitos causados pelas revoltas Cabanas. A servio do Imprio, para combater os cabanos, chega ao Par o Marechal Francisco Jos de Souza Soares dAndra. Dentre suas preocupaes esto questes como as disputas polticas entre autoridades locais, restaurao militar, controle da populao e soerguimento econmico da regio, todas relacionadas problemtica da mo de obra e sua insuficincia para realizao de servios necessrios a provncia. assim que seus discursos prezaro medidas de controle e civilizao da populao, defendendo a renovao de hbitos e estmulo ao trabalho. Em 25 de abril de 1838, o presidente Soares dAndra, regulamentar no Gro-Par, a poltica de arregimentao do trabalhador livre estabelecendo a instituio provincial denominada Corpos de Trabalhadores. Durante algum tempo os Corpos de Trabalhadores apareceram na historiografia como uma instituio voltada exclusivamente para controle da populao revoltosa do Par, isto , como uma ttica para suprimir cabanos. Mencionada inicialmente por estudiosos da Cabanagem a importncia econmica da corporao apesar de reconhecida ainda um objeto de pesquisa recente. Nesse sentido, os Corpos de Trabalhadores possuem outros significados. Alm de instrumento de controle da populao, a corporao foi a tentativa de paz que por meio da concentrao de mo de obra visava alistar homens para os servios necessrios a restaurao econmica da provncia. No projeto poltico do Marechal Andra a instituio era a pea-chave no desenvolvimento e reorganizao da indstria e do Comrcio do Gro-Par. Alm disso, a instituio foi o arranjo poltico realizado entre o Estado imperial, na pessoa do presidente e o grupo de militares, que por quela poca representavam uma comunidade poltica de forte influncia na regio.

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Esta dissertao compreende a história da alimentao em Belm entre o perodo de 1850-1900, analisando o processo de abastecimento da cidade de Belm, suas relaes com os interiores da Provncia, com os outros pases e ainda com outras Provncias do Imprio ressaltando os produtos mais comercializados e consumidos na cidade. Por outro lado a economia crescente da borracha possibilitou que a cidade de Belm conhecesse importantes transformaes urbanas e demogrficas, permitindo uma anlise dos lugares de comer e seus diversos sujeitos sociais que figuravam as ruas, restaurantes, padarias e outros estabelecimentos alimentcios.

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O artigo discute as contribuies da obra de Michel Foucault para a compreenso dos registros ntimos que o general brasileiro Jos Vieira Couto de Magalhes fez em seu prprio dirio, escrito em sua maior parte em Londres, na segunda metade do século XIX, poca supostamente marcada pelos rigores repressivos da moral vitoriana. Ao registrar detalhadamente sua intimidade, seus sonhos erticos hetero e homossexuais, bem como condutas e paixes sexuais consideradas quela poca como desviadas da normalidade, o dirio ntimo de Couto de Magalhes constitui um reforo da crtica "hiptese repressiva" desenvolvida por Foucault em seu projeto de uma história da sexualidade. Por outro lado, evidencia-se a legitimidade dos dirios ntimos enquanto fonte de pesquisa nas cincias sociais.

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Por muito tempo, duvidouse da possibilidade de se penetrar na história ntima dos brasileiros de séculos passados atravs da leitura de seus dirios, tidos como inexistentes. Entretanto, pesquisas mais recentes tm demonstrado que essa vontade de se revelar aos outros atravs da escrita de dirios e de outros registros ntimos tambm existiu no Brasil do século XIX. Neste artigo, consideramos que a insuficincia ou a falta de visibilidade dos dirios ntimos no Brasil , em grande parte, resultado de escolhas efetuadas por nossos antepassados, que muitas vezes optaram por destruir seus registros ntimos para no correrem o risco de ter sua vida devassada pela curiosidade alheia. Ou ainda escolhas de arquivistas e pesquisadores, que por muito tempo se recusaram a conferir a esse tipo de documentao o status de fonte histrica. Mais especificamente, analisamos o dirio de Jos Vieira Couto de Magalhes (18371898), importante poltico e intelectual do Brasil do século XIX, procurando perceber at que ponto, ao comunicarse para si mesmo, o autor tambm comunica um pouco do mundo em que vivia ou como se relacionava com esse mundo. Referente ao perodo de permanncia do autor em Londres (18801887), o dirio registra seu menoscabo pelas mulheres, seus sonhos erticos homossexuais, seus cuidados com o corpo, seu pavor diante da possibilidade de adoecer, entre outros temas, o que constitui excelente oportunidade para evidenciarmos a legitimidade da sexualidade enquanto objeto de pesquisa e reflexo das cincias sociais.

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O Gro-Par na primeira metade do século XIX vivenciou um perodo de crise poltica e comoes sociais. Num espao de tempo de vinte anos a provncia se viu emergida em dois processos revolucionrios que agitaram suas vilas e provocaram mudanas significativas, sobretudo em suas estruturas polticas e representativas, a saber, a Independncia e a Cabanagem. Ambos os processos se configuraram por uma variedade de discursos polticos e projetos sociais especficos, caractersticas estas que lhes imprimiram um carter plural, de mltiplos significados e a ideia de um movimento heterogneo. Estas particularidades no cenrio poltico do Gro-Par, da Independncia e da Cabanagem, nos levam a compreender estes processos pela perspectiva da multiplicidade de projetos e das aes polticas envolvidas na regio do mdio Amazonas. Dentre estes projetos percebemos a relevncia da luta pela separao poltico-administrativa do Alto Amazonas da provncia do Gro-Par para a criao da provncia do Rio Negro. Este projeto foi sustentado tanto pelos discursos da elite local, como pelos anseios das camadas populares. Para a elite local a questo de separar-se ou no do Gro-Par era to importante quanto separar-se ou no de Portugal o era para a elite em Belm. Contudo, se as elites lutavam para ampliar seus poderes, as camadas populares, especialmente os tapuias, muitas vezes tambm disputavam mais espaos, poderes e direitos. Nesse sentido, este estudo prope-se compreender como se desenvolveram estes discursos nos processos revolucionrios da primeira metade do século XIX, analisando os projetos apresentados no cenrio poltico do Gro-Par tendo como pano de fundo deste cenrio os processos de Independncia e Cabanagem.