1000 resultados para Sociedade anônima, discursos, ensaio, conferências, Brasil
Resumo:
No presente trabalho, empregamos uma metodologia de alta sensibilidade, o teste de ELISA clssico, com o objetivo de avaliar os nveis de anticorpos anti Paracoccidioides brasiliensis em indivduos saudveis, residentes na regio Noroeste do Paran. Foram analisados 680 soros de doadores de sangue aprovados pela triagem sorolgica clssica de Bancos de Sangue. Os doadores eram residentes em quatro municpios. O exo-antgeno empregado foi o Ag7dias, soros diludos 1/400, conjugado anti-IgG humana marcada com peroxidase e revelada com orto-fenilenodiamina. Foi possvel detectar 181 (27%) soros com nveis de anticorpos acima do valor de corte. Essa porcentagem variou entre os municpios amostrados: Campo Mouro, Maring, Cianorte e Umuarama. Nossos resultados, aliados s condies climticas e geogrficas favorveis, alm de relatos anteriores de casos de PCM autctones da regio, permitem sugerir que a regio Noroeste do Paran seja regio endmica para PCM.
Resumo:
Um estudo epidemiolgico mediu a prevalncia de pessoas que referiram acidentes por escorpio em uma amostra populacional do Areal, bairro Nordeste de Amaralina, Salvador, Bahia. Examinou-se uma amostra aleatria sistemtica de 1367 indivduos, correspondendo a 44,4% da populao da rea. Oitenta e dois indivduos referiram haver sido picados por escorpio desde que residiam no Areal, resultando numa prevalncia de 6% (IC 95% 4,7 - 7,3). A prevalncia de pessoas picadas por escorpio aumentou nos grupos com maior tempo de residncia no domiclio e com maior idade atual. Chamou ateno que 92,7% dos acidentes aconteceram dentro do domiclio. A incidncia estimada para o perodo mais recente (janeiro a julho de 2000) foi de 1,15 casos/1.000 habitantes por ms. Este coeficiente compara-se ao mais elevado j referido na literatura especializada para uma rea epidmica para acidentes escorpinicos.
Resumo:
Estudo transversal, realizado de agosto/1998 a novembro/2000, envolvendo 207 pacientes hansenianos com o objetivo de analisar o perfil socioeconmico, demogrfico e ambiental e as incapacidades fsicas em decorrncia da doena. O estudo foi desenvolvido em Buriticupu, rea hiperendmica em hansenase, localizado na Amaznia do Maranho. O grau de incapacidade foi determinado de acordo com o Ministrio da Sade do Brasil. A avaliao clnica e os resultados do exame fsico foram registrados em uma ficha padronizada. Observou-se predomnio de pessoas casadas (45,9%), com escolaridade de 1º grau (56%), lavradores (40,1%), com renda familiar inferior a um salrio mnimo (76,3%), na faixa etria de 14 a 44 anos (63,3%), do gnero masculino (60,9%) e da cor parda (67,6%). 44% residiam em casa de taipa, 82,6% destinavam os dejetos em fossa negra, 63,8% lanavam o lixo a cu aberto, 58% utilizavam gua proveniente de poo e 51,7% no tratavam a gua utilizada para ingesto. A maioria (75,4%) apresentava algum grau de incapacidade fsica, sendo predominante o Grau I (67,6%). Os segmentos mais afetados foram ps (62,3%), olhos (51,2%) e mos (7,2%), sendo o maior percentual de incapacidades fsicas observado entre os da forma dimorfa (93%) principalmente em mos e ps, e na forma virchowiana maior freqncia de incapacidades oculares. Conclui-se que a hiperendemicidade associada a precrias condies socioeconmicas e ao elevado ndice de incapacidades fsicas podem interferir na qualidade de vida dos pacientes.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrncia de parasitas e comensais intestinais em crianas de escola localizada em assentamento de sem-terras em Campo Florido, Minas Gerais, Brasil. Exames coproparasitolgicos realizados em 72 indivduos evidenciaram 59,7% de positividade, sendo identificados 4 tipos de protozorios e 5 de helmintos. Concluiu-se que h necessidade de acompanhamento das condies de sade desta populao.
Resumo:
Foram estudadas 131 amostras de fezes de gatos de comportamento domiciliado e errante da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, obtendo-se uma positividade de 63,4% das amostras, com maior ocorrncia no grupo de animais errantes. Foi observado predomnio de parasitismo por Ancylostoma sp (43,5%), Toxocara sp (19,1%) e Cystoisospora sp (43,5%) em ambos os grupos. Tambm foram encontrados ovos de Uncinaria sp (1,5%), Toxascaris leonina (7,6%), cistos de Giardia sp (6,1%) e esporocistos de Sarcocystis sp (0,8%). A alta prevalncia de enteroparasitas na amostra estudada ressalta a importncia de um maior controle parasitolgico nesses animais, para proteo da sade animal e humana.
Resumo:
Este trabalho um estudo prospectivo e descritivo dos aspectos epidemiolgicos e clnicos de 72 envenenamentos por escorpies admitidos no Hospital Municipal de Santarm, Estado do Par, Brasil, entre fevereiro de 2000 a fevereiro de 2001. Trouxeram o animal 8,3% das vtimas, os quais foram identificados como T. cambridgei. O sexo masculino foi acometido em 83,3%. A idade das vtimas e o tempo para o socorro mdico foram respectivamente de 33,6±18,3 anos e 4,6±3,2 horas em mdia. Os membros superiores foram acometidos em 51,5% dos casos. As manifestaes locais estiveram presentes em 91,7% e as sistmicas em 98,6% dos envenenamentos. Entre os sintomas locais encontramos: parestesia em 79,2%, dor em 52,8%, e edema em 26,4% dos casos. Nas manifestaes sistmicas predominou as queixas neurolgicas em 97,2% das vtimas, sendo o sintoma de sensao de "choque eltrico" pelo corpo (88,9%) o mais freqente. No exame neurolgico os sinais mais encontrados foram: mioclonias (93,0%), dismetria (86,1%), disartria (80,6%) e ataxia de marcha (70,8%). Classificou-se como moderados 76,4% dos envenenamentos, sem nenhum caso grave. Deixaram de realizar a soroterapia 32,7% dos casos moderados, por ausncia de soro especfico no momento do atendimento. O escorpionismo da regio de Santarm mostra um comportamento clnico regional diferente daqueles descritos no Brasil e de outros locais da Amaznia e, apresenta uma clnica predominantemente neurolgica, ainda no descrita na literatura brasileira.
Resumo:
Uma caracterizao do perfil sorolgico de 102 indivduos com constantes atividades no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Mato Grosso foi realizada por meio de fichas epidemiolgicas e provas sorolgicas para titulao de anticorpos contra o vrus da raiva, no perodo de novembro de 1999 a novembro de 2000. Dessas pessoas, 27 tinham sido vacinadas em esquema de pr-exposio e 75 no tinham recebido nenhum esquema de vacinao anti-rbica. Os resultados deste estudo puderam classificar os indivduos em diferentes grupos (G1, G2, G3 e G4). As 19 (18,6%) pessoas do grupo G1, previamente vacinadas contra raiva, apresentaram titulao abaixo de 0,5 UI/mL; no grupo G2, as 8 (7,8%) pessoas, tambm previamente vacinadas, apresentaram ttulos superiores a 0,5UI/mL; no grupo G3, as 67 (65,6%) pessoas, no vacinadas contra o vrus rbico, apresentaram titulao abaixo de 0,5UI/mL; e finalmente no grupo G4, as 8 (7,8%) pessoas, que nunca receberam esquema vacinal, apresentaram ttulos acima de 0,5UI/mL. Os resultados obtidos demonstraram que existe necessidade de avaliao epidemiolgica e acompanhamento sorolgico. de pessoas submetidas a vacinao anti-rbica pr-exposio em hospitais veterinrios.
Resumo:
Aps a realizao de inqurito sorolgico para determinar a prevalncia de doena de Chagas no municpio, foram analisadas as variveis: idade, sexo, histria clnica e transfusional, grau de parentesco e sorologias, para a identificao da forma de transmisso da infeco. Foram analisados 863 muncipes. Identificamos 265 indivduos cuja sorologia foi realizada tambm em suas respectivas mes. Destes, 232 apresentavam sorologia negativa para doena de Chagas e 33 (14,2%) foram positivos. Encontramos 9 (3,9%) filhos com transmisso vetorial (idade mdia de 14,3 anos) e 24 (10,3%) filhos com mes tambm positivas, com idade mdia de 26,6 anos. Quando comparamos os dois grupos em relao s mdias de idade e ao modo de transmisso do Trypanosoma cruzi, encontramos diferena com significncia estatstica. Esta diferena poderia ser explicada pela instalao das medidas de controle ou interrupo temporria da transmisso. Os resultados sugerem que ainda existe transmisso vetorial ativa do Trypanosoma cruzi em Mulungu do Morro.
Resumo:
A hansenase doena infecciosa crnica causada pelo Mycobacterium leprae. A predileo pela pele e nervos perifricos confere caractersticas peculiares a esta molstia, tornando o seu diagnstico simples. O Brasil continua sendo o segundo pas em nmero de casos no mundo, aps a ndia. Aproximadamente 94% dos casos conhecidos nas Amricas e 94% dos novos diagnosticados so notificados pelo Brasil. A doena manifesta-se em dois plos estveis e opostos (virchowiano e tuberculide) e dois grupos instveis (indeterminado e dimorfo). Em outra classificao a doena dividida em forma tuberculide, borderline ou dimorfa que so subdivididos em dimorfa-tuberculide, dimorfa-dimorfa e dimorfa-virchowiana, e virchowiana. A baciloscopia o exame complementar mais til no diagnstico. O tratamento da hansenase compreende: quimioterapia especfica, supresso dos surtos reacionais, preveno de incapacidades fsicas, reabilitao fsica e psicossocial. A poliquimioterapia com rifampicina, dapsona e clofazimina revelou-se muito eficaz e a perspectiva de controle da doena no Brasil real no curto prazo.
Resumo:
Os acidentes por animais aquticos venenosos e traumatizantes podem provocar morbidez importante em humanos. Em 236 ocorrncias por animais marinhos observadas pelo autor, os ourios-do-mar causaram cerca de 50%, os cnidrios (cubomedusas e caravelas) 25% e peixes venenosos (bagres, arraias e peixes-escorpio) 25% dos acidentes. Nos rios e lagos, as arraias, bagres e mandis causam acidentes que tm mecanismo do envenenamento e efeitos das toxinas semelhantes s espcies marinhas. Em uma srie de cerca de 200 acidentes em pescadores de gua doce, quase 40% foram causados por bagres e mandis, 5% por arraias de gua doce e 55% por peixes traumatognicos, como as piranhas e as traras. O autor demonstra os principais animais aquticos que causam acidentes no Brasil, apresenta aspectos clnicos dos envenenamentos e discute medidas teraputicas para o controle da intensa sintomatologia observada principalmente nos acidentes causados por cnidrios e peixes venenosos.
Resumo:
Durante o perodo de janeiro de 1999 a julho de 2002 um total de 164 casos de tinha do couro cabeludo foram diagnosticados atravs de exames micolgicos, realizados no Instituto de Patologia Tropical e Sade Pblica da Universidade Federal de Gois. Destes pacientes, 94 (57,3%) pertenciam ao sexo masculino, com idades variando de 3 meses a 13 anos. O diagnstico e identificao dos agentes de dermatofitoses do couro cabeludo foram feitos utilizando-se exame direto com KOH a 20% e cultivo em gar Mycobiotic e em gar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol. As seguintes espcies foram identificadas: Microsporum canis (71,3%), Trichophyton tonsurans (11%), Trichophyton mentagrophytes (7,9%), Trichophyton rubrum (6,7%) and Microsporum gypseum (3%). Nossos estudos mostraram que o fungo de habitat natural no animal (zooflico), Microsporum canis foi o agente mais comum de leses no couro cabeludo em humanos.
Resumo:
Para cada doador de sangue soropositivo (ELISA, Abbott) para HTLV-I/II, de dezembro de 1998 a maro de 2001, tambm foram selecionados dois soronegativos. As amostras sricas foram re-testadas pelo ELISA (Murex) e aquelas que permaneceram soropositivas foram testadas pelo Western Blot e pela PCR. Das 11.121 amostras sricas, 73 (0,66%) foram positivas (Abbott), mas somente 12 (0,11%) permaneceram positivas (Murex), enquanto que as 146 soronegativas foram confirmadas, apesar de ser sofrvel o ndice de concordncia entre os dois ELISA. O Western Blot confirmou as 12 amostras como soropositivas: 8 (0,07%) HTLV-I; duas (0,02%) HTLV-II e duas (0,02%) indeterminadas - sendo pela PCR uma pelo HTLV-I e a outra pelo HTLV-II. Em concluso, nessa populao da Amaznia Ocidental foi muito baixa a soroprevalncia de HTLV-I/II, apesar de ser esperada maior prevalncia do HTLV-II devido a grande miscigenao racial indgena.
Resumo:
Este estudo avaliou o desempenho teste rpido de imunocromatografia utilizando o antgeno rK39 (Kalazar Detected InBios International, Seattle, WA, USA) e um teste de ELISA utilizando antgeno total, para o diagnstico da leishmaniose visceral (LV) em 128 pacientes com diagnstico parasitolgico da doena. Como controle foram includos soros de 10 indivduos saudveis e de 50 pacientes portadores de outras infeces como: malria (10), hansenase (9), doena de Chagas (10), tuberculose (10) e leishmaniose cutnea (11). A sensibilidade do teste rpido com antgeno rK39 e ELISA foram 90% e 89% respectivamente, enquanto a especificidade foi 100% e 98% respectivamente. Nossos dados portanto, confirmam a eficincia do teste rpido com rK39 no diagnstico da LV.
Resumo:
Com o objetivo de estudar a soroprevalncia de vrus linfotrpico de clulas T humanas I/II (HTLV-I/II), vrus da imunodeficincia humana, sfilis e toxoplasmose, em gestantes atendidas em unidade bsicas de sade do municpio de Botucatu - So Paulo - Brasil, bem como os fatores de risco para a infeco pelo HTLV -I/II, foram realizados inqurito sorolgico e avaliao dos resultados de exames solicitados na rotina do prnatal. Em 913 gestantes, a soroprevalncia de HTLV- I e de HTLV- II foi de 0,1%. Sfilis, toxoplasmose e infeco pelo HIV foram encontradas. Nenhum dos fatores de risco pesquisados mostrou-se seguro para identificar gestantes com infeco pelo HTLV- I/II. A comparao da proporo de gestantes infectadas e de doadores de sangue da regio sudeste do Brasil com testes reagentes para HTLV- I/II no mostrou diferena estatstica.
Resumo:
Estudo retrospectivo descritivo dos 3.314 casos de malria notificados na rea de abrangncia da Superintendncia de Controle de Endemias, Campinas (88 municpios, 5.366.081 habitantes), no perodo de 1980 a 2000. Foram considerados elementos da histria da expanso da malria na regio. Houve queda dos casos diagnosticados mesmo em perodos de recrudescimento da malria na Amaznia. Predominaram homens (83%), em idade produtiva (20 a 49 anos), vindos principalmente de Rondnia, Par e Mato Grosso; 59% foram diagnosticados nos 3 primeiros dias dos sintomas. Considerou-se o possvel impacto positivo de campanhas educativas endereadas s populaes de risco e aos profissionais de sade na regio. Em reas no endmicas, a assistncia oportuna ao paciente com malria, a vigilncia epidemiolgica/entomolgica e a aes educativas podem diminuir a gravidade dos casos e impedem o estabelecimento de focos de transmisso.