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Resumo:
Este trabalho teve como principal objetivo a avaliação dos níveis de compactação de um Latossolo Vermelho-Amarelo, de uso florestal, submetido ao tráfego comparativo entre duas versões de máquina de arraste de madeira, sobre pneus e esteiras, tendo em vista a escassez de informações sobre o tema e, ainda, considerando que o tráfego de máquinas habitualmente resulta em impactos no ecossistema, influenciando a qualidade dos recursos hídricos, a compactação do solo e a produtividade da floresta. As propriedades físicas do solo avaliadas foram: densidade, porosidade total e resistência mecânica do solo à penetração. O delineamento experimental empregado foi um esquema fatorial 2 x 3 x 3, ou seja, duas versões de máquina empregadas em três condições de operação, discutidas em relação à testemunha sem tráfego e em três profundidades, tendo quatro repetições. Foi também aplicado o teste de interações para avaliar o efeito das duas versões do trator arrastador em relação ao número de percursos das máquinas. As médias foram comparadas pelo teste de Dunnet a 5% de significância. A análise dos resultados obtidos apontou que, na faixa de profundidade entre 0 e 15 cm, o trator arrastador sobre pneus, trafegando com carregamento de madeira em um ou dois percursos, provocou efeitos na compactação do solo. Nas mesmas condições, o tráfego do trator arrastador sobre esteiras, em dois percursos, produziu efeito análogo. Nas profundidades entre 15 e 50 cm, somente dois percursos sobre pneus produziram alteração na compactação do solo.
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O carvão vegetal é um recurso energético renovável, sendo um dos insumos básicos responsáveis pelo desenvolvimento das indústrias de base florestal no Brasil. O Estado de Minas Gerais é o maior produtor e consumidor desse produto. No presente estudo, dedicou-se à análise das séries longitudinais dos preços do metro cúbico de carvão vegetal, no Estado de Minas Gerais, utilizando os preços médios pagos por metro cúbico, publicados pela ABRACAVE. Para a análise da série, considerou-se o modelo SARIMA, com o objetivo de encontrar os parâmetros que forneçam melhores previsões de preço. Consideraram-se os preços do período de janeiro de 1975 a dezembro de 2002, para ajustar o modelo e o período de janeiro a dezembro de 2003 para validação das projeções. A escolha do modelo mais adequado se baseou nas análises gráficas, nos testes estocásticos e nos critérios de avaliação da ordem do modelo. Entre os modelos estudados, o SARIMA (2,0,1)(0,1,1)12 proporcionou melhor ajuste e de forma parcimoniosa. Apesar de ter ocorrido um fator aleatório que distorceu os valores reais dos preços do carvão vegetal, as projeções fornecidas pelo modelo ficaram dentro dos limites de significância estabelecidos.
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Os objetivos deste trabalho foram estimar os parâmetros fenotípicos, e genotípicos, e ganhos genéticos para as propriedades do carvão vegetal e selecionar clones de Eucalyptus, por meio de características do carvão vegetal, visando à otimização da sua produção e qualidade. Foram utilizados nove clones híbridos de Eucalyptus cultivados no Município de Taiobeiras, Norte de Minas Gerais. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três repetições. Os parâmetros fenotípicos e genéticos foram estimados a partir dos quadrados médios das características avaliadas no carvão vegetal. Estimou-se o ganho genético de todas as características que apresentaram significância. O efeito de clone foi significativo quanto ao rendimento gravimétrico do carvão, rendimento em carbono fixo e densidade básica relativa aparente do carvão. O ganho genético previsto para o rendimento gravimétrico do carvão foi de 4,51% na seleção dos clones FGA-30 e FGA-49 e de 4,16% para o rendimento em carbono fixo na seleção dos clones FGA-30 e I-249. Para densidade básica relativa aparente, o ganho genético foi de 0,03% na seleção dos clones FGA-49 e FGA-34.
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Este estudo foi desenvolvido em área-piloto da região conhecida como "Terra do Meio" localizada nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu, no Estado do Pará, tendo como objetivo geral analisar as relações entre os desflorestamentos e os focos de calor no período de 1998 a 2002. Como objetivos específicos, o trabalho procurou verificar se existe relação entre o tamanho da área desflorestada e a incidência de focos de calor; e averiguar se os processos de obtenção e geoposicionamento das imagens NOAA interferem na sobreposição de focos de calor com polígonos de desflorestamento. Os dados foram analisados em um sistema de informações geográficas SIG. Para a determinação da relação entre as variáveis foram realizadas duas análises de regressão, uma linear e outra polinomial de 2º grau. Obtidas as equações, foi realizado um teste de significância dos componentes linear e quadrático e calculado o coeficiente de determinação da escolha da equação que melhor se ajusta à distribuição dos dados. Verificou-se relação positiva entre os dados analisados. A relação foi maior quando foram sobrepostos focos de calor e incrementos de desflorestamento do mesmo período. Os resultados mostraram-se mais consistentes nas maiores áreas de desflorestamento. Os componentes linear e quadrático das equações obtidas mostraram-se significantes utilizando o teste "t". Por serem mais simples, optou-se pelas equações obtidas pelo método de regressão linear, para representar a distribuição dos dados. O maior número de sobreposições entre os focos de calor e os desflorestamentos com área superior a 100 ha indicam que o tamanho do desflorestamento influencia diretamente a detecção de focos. Os processos de obtenção e geoposicionamento das imagens NOAA não interferem nessa sobreposição. Os resultados evidenciam que os produtos gerados pelos satélites NOAA são muito apropriados para detecção de focos de calor, porém imprecisos na localização e dimensionamento das áreas afetadas.
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O objetivo deste trabalho foi analisar a receptividade de estigmas de Acacia mearnsii De Wild. em 20 árvores da Área de Produção de Sementes (APS) da Fazenda Locatelli, da empresa SETA S.A., no município de Butiá (RS) e comparar os períodos de receptividade de estigmas e de viabilidade polínica em diversas fases da abertura floral. Foi utilizado como método de colorimetria o reagente de Baker para indicar a receptividade e a viabilidade. As análises foram conduzidas em delineamento inteiramente casualizado e a estatística χ2 foi utilizada para verificar a significância dos eventos estudados. Foi observada receptividade no início da abertura floral (71%), alcançando a total receptividade (100%) em plena antese. A viabilidade polínica foi detectada no início da antese (77%) e em total abertura floral (88%). Na fase de senescência foram observados estigmas receptivos (50%) e políades viáveis (23%). Há sobreposição da fase de viabilidade masculina e de receptividade feminina, aumentando as chances de autopolinização. Na maioria das árvores analisadas (85%) foi observada a total receptividade (100%) nos estigmas amostrados. Em três árvores (15%) observou-se uma média inferior a 95% de estigmas receptivos. Não foi observada diferença significativa pelo teste do χ2 na receptividade dos estigmas no germoplasma analisado, sugerindo que o genótipo não interfere diretamente para a receptividade dos estigmas.
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Este trabalho teve como objetivo comparar as imagens orbitais fornecidas pelos satélites CBERS-2, IRS-P6 e Quickbird para o mapeamento dos estádios de sucessão florestal, utilizando-se diferentes métodos de classificação de imagens digitais. A área de estudo incluiu as reservas de floresta nativa pertencentes ao projeto florestal Macedônia, localizado nos Municípios de Bugre e Ipaba, entre os paralelos 19º19'00"S e 19º24'30"S e os meridianos 42º27'00"W e 42º21'00"W, Estado de Minas Gerais. Foram utilizadas as classificações visual, por pixel e por regiões. Para fins de avaliação da fidedignidade da classificação de cada método, de forma particular, foi gerada a matriz de erros e calculado o índice Kappa. Para testar a significância estatística da diferença entre dois índices Kappa, foi utilizado o teste Z. De maneira geral, os melhores resultados foram as classificações obtidas nos métodos por regiões e visual, apresentando valores de Kappa mais elevados que as classificações por pixel; a imagem resultante da fusão da imagem IRS com a CBERS, classificada pelo método de regiões, obteve o melhor índice Kappa, estando dentro do nível considerado como bom. Os problemas de separação entre as classes resultaram em classificações com baixo nível de exatidão, o que pode ser explicado pela semelhança espectral entre os alvos (estádios inicial, médio e avançado de sucessão florestal), pequena variação entre os valores numéricos dos pixels, existência de sobreposição entre classes e baixa resolução espectral dos sensores.
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O estudo objetivou investigar a concentração de zinco e manganês nos efluentes do beneficiamento de carvão e em Typha domingensis Pers. Amostras de sedimento, água, raízes, caules e folhas (n = 8 cada) foram coletadas no Lavador da Mina do Trevo, Siderópolis, SC, e em um banhado sem influência da mineração (área-controle). O conteúdo disponível dos metais no sedimento, dissolvido na água e total em T. domingensis, foi determinado por espectrofotometria de absorção atômica. Os dados de concentração de metais nos diferentes compartimentos e áreas foram submetidos ao teste "t", à análise de variância (ANOVA I) e à análise de correlação de Pearson (r). A significância estatística entre as diferenças verificadas na ANOVA foi avaliada por meio do teste SNK (Student-Newman-Keuls-Test), p < 0,05 e > 0,01. Zn e Mn apresentaram-se em concentrações mais elevadas no sedimento do que na água, nas duas áreas. Ambos os metais foram detectados na água em concentrações mais elevadas na área minerada do que na área-controle, enquanto no sedimento apenas o Zn seguiu essa tendência. T. domingensis concentrou Zn em valores mais elevados na raiz, enquanto o Mn, nas folhas, evidenciando, ainda, concentrações mais elevadas de Zn na área minerada do que na área-controle. A explotação do carvão, portanto, disponibilizou Zn e Mn em concentrações mais elevadas na área minerada do que aquelas verificadas na área não minerada, comprometendo, assim, a biota. T. domingensis comportouse como espécie concentradora de metais, o que comprova sua potencialidade para utilização na fitorremediação de áreas degradadas.
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O objetivo deste estudo foi avaliar as funções de Weibull e Hiperbólica quanto à capacidade de descrição da estrutura diamétrica de povoamentos de eucalipto submetidos a desbaste. As funções com quatro e três parâmetros foram ajustadas a dados de 48 parcelas permanentes instaladas em um povoamento desbastado de um clone híbrido de eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla), localizado na região Nordeste do Estado da Bahia. Essas parcelas foram mensuradas em 10 ocasiões, a partir de 27 meses de idade. Foi avaliado, também, o ajuste da função Weibull de dois parâmetros por aproximação linear. A aderência foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Também, foram comparadas as somas de quadrados dos resíduos (SQR), dos diferentes ajustamentos. Todas as funções apresentaram aderência aos dados (P>0,01). A função hiperbólica apresentou menor soma de quadrados de resíduos e menores valores para o teste de aderência. A função Weibull, quando ajustada por aproximação linear, apresentou os maiores valores de soma de quadrado de resíduos e de significância no teste de aderência. Foi comprovada a ineficiência do ajuste da função Weibull por aproximação linear.
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Este trabalho foi realizado com os objetivos de avaliar o crescimento das espécies e identificar o seu padrão de crescimento e discutir sobre a eficiência do método em relação ao processo de restauração vegetal. O levantamento dos dados foi realizado 32 meses após o plantio das mudas. Para a amostragem foi empregado o método de amostragem de área fixa com parcelas, sendo utilizadas cinco áreas amostrais, que foram selecionadas de modo a abranger toda a extensão reflorestada, contendo 200 indivíduos/área amostral. Foram realizadas, em todas as plantas amostradas do estrato arbóreo com altura superior a 1 m, medições de altura e de diâmetro. Os dados foram analisados como delineamento em blocos casualizados (DBC) e submetidos à análise de variância, seguida do teste de Scott & Knott a 5% de significância, utilizando-se o programa SISVAR. Por fim, concluiu-se que espécies pioneiras ou que apresentam ciclo de vida curto são consideradas ideais para a implantação na fase inicial do reflorestamento, devido ao seu rápido crescimento. Entretanto, devem ter seu manejo associado a espécies não pioneiras ou perenes.
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Na Amazônia, vários empreendimentos minerários estão situados em unidades de conservação. A restauração ecológica após a lavra do minério abrange vários atributos. Entre esses, destaca-se a necessidade de o ecossistema restaurado conter um conjunto de espécies-chave de ocorrência no ecossistema de referência e, dessa forma, proporcionar estrutura apropriada de comunidade, além de ser constituído do maior número possível de espécies nativas. Objetivou-se, neste trabalho, analisar um índice fitossociológico e socioeconômico (IFSE), obtido por técnicas de análise multivariada. O modelo envolveu seis variáveis quantitativas (abundância, frequência, dominância, biomassa, valor comercial da madeira e quantidade de produtos florestais não madeireiros) e igual número de variáveis qualitativas. Em uma área de floresta ombrófila de 1.321 ha, foram amostradas 315 parcelas de 0,25 ha, em que todos os indivíduos com DAP > 10 cm foram identificados e mensurados. Foram registrados 36.298 indivíduos, distribuídos em 898 espécies, abrangendo 62 famílias. As espécies foram ranqueadas através do índice proposto em três categorias de prioridade fitossociológica e socioeconômica (alta, média e baixa). A adequação da análise fatorial foi determinada pelos testes de Bartlett e KMO. O teste de Bartlett avaliou a significância geral da matriz de correlação a 1% de probabilidade. O teste KMO indicou que as variáveis estão correlacionadas, e o modelo fatorial apresentou nível muito bom de adequação aos dados. O uso de análise multivariada foi estatisticamente validado para o emprego do IFSE. Entre as 898 espécies analisadas, 25 foram selecionadas como prioritárias (categorias alta e média), sendo reconhecidas como espécies-chave. Foi estimada a densidade de plantio dessas espécies para recuperação de áreas mineradas na Amazônia, com condições biológicas e ambientais semelhantes às relatadas neste estudo. A distribuição diamétrica das espécies-chave foi analisada e comparada com a da floresta inventariada. O estágio sucessional das espécies-chave foi também analisado.
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Anadenanthera colubrina (Vell.)Brenan), uma Leguminosae da sub-família Mimosoideae, popularmente conhecida como angico, é uma espécie nativa do bioma caatinga, bastante conhecida pelo teor de tanino encontrado em sua casca, por sua utilização na construção civil, na indústria de curtume e na recuperação de áreas degradadas. Considerando a importância da espécie, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de diferentes substratos na germinação de sementes de angico. Os estudos foram conduzidos na casa de vegetação do Laboratório de Biotecnologia de Conservação de Espécies Nativas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tanto, realizou-se experimento com quatro tratamentos incluindo quatro repetições com 100 sementes por tratamento e temperatura média de 26 ºC. Foram realizadas contagens diárias durante 30 dias. Os tratamentos utilizados foram: T0-vermiculita, T1-húmus, T2-areia e T3-areia barrada. Foram analisadas as seguintes variáveis: porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência de plântulas e tempo médio de germinação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Observou-se que, quanto à porcentagem de emergência, a vermiculita, o húmus e areia apresentaram diferença significativa, com melhor desempenho em relação à areia barrada; quanto ao índice de velocidade de emergência e ao tempo médio de germinação, estatisticamente, não houve diferença significativa entre os substratos. Portanto, diante dos resultados pôde-se observar que A. colubrina apresenta um bom potencial germinativo em qualquer um dos substratos avaliados, exceto em areia barrada. Contudo, para a germinação e emergência de plântulas de angico recomenda-se a utilização dos substratos vermiculita, areia ou húmus.
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Este trabalho apresenta os resultados da avaliação qualitativa de impactos ambientais na etapa de implantação florestal, considerando-se as atividades de limpeza e preparo do terreno, por meio da aplicação dos métodos de matriz de identificação e interação de impactos, da lista descritiva (checklist) e da combinação/ponderação de atributos. Tal avaliação foi feita com base na identificação e caracterização qualitativa dos impactos ambientais, cujas metodologias possibilitaram a visualização rápida e hierarquizada dos impactos. Através dessa matriz, evidenciaram-se 348 possíveis relações de impactos (capacidade total da matriz), das quais 304 (87,6%) foram identificadas, em que 209 impactos (60,05%) recaíram sobre o meio biofísico e 95 (27,31%) sobre o meio socioeconômico. Dos 209 impactos no meio biofísico, todos apresentaram valor negativo, evidenciando-se ser esse o compartimento ambiental mais impactado negativamente quando da realização das atividades de limpeza e preparo do terreno. Já, dos 95 impactos no meio socioeconômico, 72 (75,78%) foram de valor positivo e 23 (24,21%) de valor negativo, demonstrando que o meio socioeconômico é o compartimento ambiental mais afetado positivamente por ocasião da realização das atividades. Foram identificados os impactos ambientais positivos e negativos mais significantes que, com a combinação/ponderação de atributos, mostraram ser, em sua maioria, de significância média local e regional. Todos os impactos evidenciados apresentaram temporalidade no curto prazo, evidenciando estarem sobre o alcance quanto ao diagnóstico e gestão ambiental adequados. Os resultados contribuem e reafirmam a necessidade de se instituir o processo de avaliação de impactos ambientais na rotina técnico-administrativa da empresa como instrumento de gestão ambiental.
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O conhecimento do comportamento da madeira mediante ações de curta duração contribui para um projeto estrutural mais seguro, entretanto não sendo a tenacidade parte integrante das propriedades mecânicas comumente investigadas na caracterização deste material. Este trabalho objetivou avaliar, com o uso de modelos de regressões polinomial linear, quadrática e cúbica, a possibilidade da estimativa da tenacidade com o conhecimento da densidade aparente de seis espécies de madeira (Angico, Eucalipto, Jatobá, Paricá, Pinus e Teca). Os resultados dos modelos de regressão evidenciaram a significância e representatividade de todos os ajustes investigados, consistindo o polinomial cúbico o mais eficiente na estimativa da tenacidade da madeira.
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Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo, popularmente conhecida como ipê-roxo ou ipê-roxo-desete-folhas, é uma Bignoniaceae nativa da Mata Atlântica, de importância econômica, medicinal e ornamental, além de ser indicada para reflorestamentos. Entretanto, informações ecofisiológicas sobre essa espécie ainda são escassas. Assim, visando dispor de informações que auxiliem na sua propagação e conservação, este trabalho avaliou a emergência e crescimento inicial dessa espécie em regimes contrastantes de luz. Foram realizados dois experimentos independentes. O primeiro em condições controladas, com os tratamentos 70% de sombreamento e a pleno sol; e o segundo em ambiente natural, com os tratamentos clareira e sub-bosque. Entre os parâmetros utilizados para avaliar a emergência sob influência das intensidades luminosas, apenas a porcentagem de emergência diferiu estatisticamente no ambiente natural, sendo superior na clareira. Em condições controladas, houve significância para a velocidade de emergência, sendo maior nas plantas submetidas ao a pleno sol. A espécie apresentou reduzido crescimento inicial no sub-bosque, sendo todos os parâmetros estatisticamente inferiores em relação às plantas da clareira, com exceção da razão de área foliar e área foliar específica. Em condições controladas, os resultados que diferiram significativamente foram todos superiores nas plantas a pleno sol. O estudo evidenciou que a espécie apresenta capacidade de formar plântulas em diferentes regimes de luz, inclusive sob forte sombreamento natural, porém essa condição reduz significativamente seu crescimento inicial, sendo este favorecido por maiores intensidades luminosas.
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A mangabeira, pertencente à família Apocynaceae, é uma espécie nativa do Cerrado e dos tabuleiros costeiros, sendo bastante conhecida pela importância social, econômica e cultural. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes meios de cultura na germinação in vitro de sementes de mangabeira, visando contribuir cientificamente para o conhecimento da espécie. Os tratamentos utilizados foram: T1 - vermiculita (+40 mL de água); T2 - vermiculita + areia (1:1 + 40 mL de água); T3 - vermiculita + areia barrada (1:1 + 40 mL de água); T4 - vermiculita + MS básico (40 ml); T5 - vermiculita + ½ MS (40 ml); T6 - areia (+40 mL de água); T7 - areia barrada (+40 mL de água); e T8 - areia + areia barrada (1:1 + 40 mL de água). Para tanto, realizou-se um experimento com oito tratamentos, incluindo oito repetições com 80 sementes por tratamento. Foram analisadas as seguintes variáveis: porcentagem de germinação, tempo médio de germinação e índice de velocidade de germinação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e as médias, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Observaram-se diferenças significativas para a porcentagem de germinação, sendo T3 estatisticamente superior, e para o IVG, com o melhor resultado, os tratamentos T1, T2 e T3. Entretanto, os valores de tempo médio de germinação não apresentaram diferença significativa. Diante dos resultados, pôde-se concluir que os tratamentos dotados de vermiculita e combinações, T1, T2 e T3, exercem influência positiva na emergência de Hancornia speciosa Gomes.