1000 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
Globalmente, o v��rus do papiloma humano (HPV) �� a segunda causa mais comum de cancro associado a mortalidade e morbilidade entre as mulheres devido ao seu relacionamento com o cancro do colo do ��tero (CCU) e caracteriza-se tamb��m como uma das doen��as sexualmente transmiss��veis (DST) mais prevalentes. Entre 2000 e 2006, foram diagnosticados cerca de 1.401.400 casos de CCU e estima-se que seja respons��vel por cerca de 260.000 mortes anuais. Aproximadamente 80% destas mortes ocorrem nos pa��ses em desenvolvimento. Um estudo Americano indicou que cerca de 30% a 40% das mulheres entre os 14 e 40 anos encontram-se infectadas pelo HPV e cerca de 75% foi infectada em alguma altura da sua vida. Estudos mostram que este v��rus �� tamb��m respons��vel por um razo��vel numero de casos de cancro da vulva, vagina, ��nus, p��nis, orofar��ngeos e pulmonares. Com um n��mero estimado de mais de 200 diferentes estirpes, este v��rus �� maioritariamente assintom��tico. Existem 13 a 18 tipos diferentes de HPV considerados de elevado risco oncog��nico (HPV-ERO) respons��veis pela maioria dos casos de cancro. As estirpes consideradas de baixo risco oncog��nico (HPV-BRO) est��o intimamente relacionadas com riscos cl��nicos menores como les��es (e.g., verrugas) na mucosa oral, genital, anal e lar��ngea. Recentemente, o avan��ado conhecimento molecular da estrutura do HPV permitiu aos investigadores o desenvolvimento de medidas preventivas e de tratamento face ao v��rus, incluindo a introdu����o de uma vacina no mercado aprovada pela FDA muito eficiente especialmente nas mulheres mais jovens.
Resumo:
Foram submetidas ��s contagens de microrganismos mes��filos, Staphylococccus coagulase positiva, e ��s determina����es do n��mero mais prov��vel (NMP) de coliformes totais e de coliformes fecais, 60 amostras de leite cru comercializado clandestinamente nos Munic��pios de Botucatu e de S��o Manuel, Estado de S��o Paulo, Brasil. Os resultados obtidos evidenciaram a ocorr��ncia de 41 (68,3%) e 50 (83,3%) amostras com contagens de microrganismos mes��filos e de coliformes totais, respectivamente, acima dos limites m��ximos estabelecidos pelo Minist��rio da Saúde para o leite pasteurizado tipo C. Evidenciaram, ainda, a presen��a de 30 (50,0%) e 11 (18,3%) amostras contaminadas por cepas de Staphylococcus coagulase positiva e por coliformes fecais, respectivamente. Apenas 5 (8,3%) amostras mostraram-se dentro dos referidos padr��es legais.
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Apresenta-se o conceito de advocacia em saúde, por meio da descri����o de seus elementos, sua pr��tica e seus agentes. A necessidade da formula����o de tal conceito surge da fun����o que tem a universidade, entre outras, de identificar demandas sociais e oferecer alternativas que busquem a supera����o de obst��culos. A ��nfase �� centrada na participa����o social, assegurada na Constitui����o, promulgada em 1988, e que desde ent��o tem sido tomada como refer��ncia no desenvolvimento dos mecanismos de constru����o da cidadania, especialmente quando relacionada �� conquista do direito �� saúde.
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S��o analizadas as caracter��sticas atuais e as perspectivas dos processos de transi����o demogr��fica e epidemiol��gica no Brasil. Foram utilizados os resultados do censo demogr��fico de 1991 e 1996 e Pesquisa Nacional por Amostra de Domic��lios (PNAD) de 1993 e 1995, de novas proje����es populacionais, e de recentes estudos sobre o perfil socioecon��mico e de saúde de idosos de tr��s grandes capitais brasileiras. Embora se estime que a propor����o de idosos dever�� duplicar at�� 2050, alcan��ando 15% do total da popula����o, doen��as cr��nico-degenerativas e dist��rbios mentais j�� t��m determinado, atualmente, maci��a utiliza����o dos servi��os de saúde. O desenvolvimento de doen��as, incapacidades e depend��ncia t��m sido mais freq��entes dentre aqueles de baixa renda que, no entanto, n��o t��m conseguido garantir a assist��ncia social e de saúde que demandam. A����es preventivas devem ser coordenadas por unidades b��sicas de saúde, priorizando necessidades locais. �� imprescind��vel o investimento imediato na saúde, educa����o e forma����o t��cnica dos jovens, nos programas de apoio aos familiares e na manuten����o de idosos em atividades produtivas adequadas.
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Foram estudadas as distintas caracter��sticas das defini����es de promo����o em saúde e de educa����o em saúde. Introduzem-se duas diferentes abordagens para planejamento, denominadas PRECEDE/PROCEDE e HELPSAM. Mostra-se que as solu����es podem ser conduzidas em dois sentidos, incluindo mudan��as individuais e mudan��as organizacionais. Portanto, �� preciso que os especialistas tenham profundo conhecimento da viabilidade das ��reas de interven����o e compreendam suas fun����es e seus pap��is na pr��tica da saúde pública.
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INTRODU����O: Objetivou-se analisar a implementa����o da pol��tica de saúde mental para a rede b��sica de saúde, no Munic��pio de Campinas, SP (Brasil). MATERIAL E M��TODO: Foi feito estudo epidemiol��gico descritivo de uma amostra de 150 pacientes egressos de um hospital psiqui��trico e encaminhados aos centros de saúde para continuidade do tratamento. Durante 4 meses ap��s a alta, foi verificado o comparecimento dos pacientes ��s atividades, assim como a ocorr��ncia de reinterna����es. RESULTADOS: Foram encontrados 48,6% dos pacientes em alta hospitalar que n��o demandaram atendimento nos centros de saúde e dos que o fizeram, 51,4% abandonaram o tratamento num per��odo de 4 meses. A preval��ncia de reinterna����es em 4 meses foi de 24,7%, sendo maior entre os pacientes com diagn��stico de psicoses. CONCLUS��ES: Foram evidenciados problemas na implementa����o da pol��tica de saúde mental para a rede b��sica relativos �� defini����o das pol��ticas, �� organiza����o do processo de trabalho das equipes de saúde e aos resultados alcan��ados. Foi referendado o diagn��stico de que a transforma����o do modelo manicomial demanda a exist��ncia de novos equipamentos de reabilita����o psicossocial e a articula����o intersetorial para alcan��ar seus objetivos de desospitaliza����o e resgate da cidadania dos doentes mentais.
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�� apresentado o relato de um programa relativo �� preven����o de acidentes de tr��nsito na cidade de Bogot��, Col��mbia, em 1983. A metodologia aplicada mostrou que policiamento ostensivo e preventivo produziu resultados imediatos, sendo sua ado����o relativamente simples: o n��mero de acidentes declinou de 414 para 48 acidentes ano ap��s o Programa.
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OBJETIVO: Testar um modelo para o estudo das desigualdades nas hospitaliza����es no Munic��pio de Ribeir��o Preto (SP), entendidas como decorrentes da posi����o social dos pacientes e das pol��ticas de assist��ncia m��dico-hospitalar no Brasil. MATERIAL E M��TODO: Foram estudadas 56.293 interna����es, ocorridas no ano de 1993, de pessoas residentes em Ribeir��o Preto (SP) hospitalizadas nos 12 hospitais da cidade. Foram estabelecidos 6 n��veis ocupacionais segundo a classifica����o brasileira de ocupa����es, a saber: profissionais, interm��dios, qualificados n��o manuais, qualificados manuais, semiqualificados e n��o qualificados. RESULTADOS E CONCLUS��ES: Dois ter��os dos pacientes internados n��o tinham inser����o econ��mica (fora da Popula����o Economicamente Ativa (PEA) - constitu��dos por donas-de-casa, aposentados, menores, estudantes - e um ter��o deles possu��a uma ocupa����o definida na PEA. Foi encontrada forte associa����o entre os estratos sociais e o sistema de financiamento da hospitaliza����o, classificado em particulares, medicina de grupo e sistema ��nico de saúde. Houve diferen��as em par��metros das hospitaliza����es bem como no perfil de morbidade desses grupos. Foram discutidas as desigualdades na idade na hospitaliza����o, idade ao morrer na interna����o, na dura����o m��dia das interna����es, no coeficiente de mortalidade hospitalar, nas reinterna����es e na freq����ncia das doen��as �� interna����o. Este modelo permitiu inferir a posi����o social dos pacientes pelo sistema m��dico que utilizam nas hospitaliza����es, mesmo naqueles sem inser����o econ��mica e que constituem a maioria. Os mecanismos sociais compensat��rios do estado de bem-estar n��o conseguiram anular as diferen��as.
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Questiona-se a atual defini����o de saúde da Organiza����o Mundial da Saúde: "situa����o de perfeito bem-estar f��sico, mental e social" da pessoa, considerada ultrapassada, primeiramente, por visar a uma perfei����o inating��vel, atentando-se as pr��prias caracter��sticas da personalidade. Menciona-se como principal sustenta����o dessa id��ia, a ren��ncia necess��ria a parte da liberdade pulsional do homem, em troca da menor inseguran��a propiciada pelo conv��vio social. Discute-se a validade da distinc��o entre soma, psique e sociedade, esposando o conceito de homem "integrado", e registrando situa����es em que a intera����o entre os tr��s aspectos citados �� absolutamente cristalina. �� revista a no����o de qualidade de vida sob um v��rtice antipositivista. Essa prioriza����o e proposta de resgate do subjetivismo, reverte a um questionamento da atual defini����o de saúde, toda ela embasada em avalia����es externas, "objetivas", dessa situa����o.
Resumo:
INTRODU����O: A necessidade de gest��o da produ����o cient��fica e tecnol��gica em saúde est�� bem estabelecida no Brasil desde a realiza����o da I Confer��ncia Nacional de Ci��ncia e Tecnologia (C&T) em Saúde, em 1994. O presente estudo apresenta uma estrat��gia metodol��gica para identifica����o de prioridades institucionais no planejamento dessa gest��o. MATERIAL E M��TODO: Question��rio aplicado a uma amostra de pesquisadores dos Institutos de Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado de S��o Paulo recolheu impress��es sobre dois cen��rios alternativos: situa����o atual e expectativa. Dezoito conceitos de gest��o de C&T, compondo quatro temas distintos, foram medidos como percentagem m��dia de aprova����o ou reprova����o em cada cen��rio. A contribui����o de cada conceito nos quatro temas foi avaliada por exame de consist��ncia interna atrav��s do coeficiente alfa de Cronbach e a composi����o final dos temas foi depurada de conceitos inconsistentes. As m��dias de aprova����o/reprova����o foram ainda calculadas como coordenadas de cada cen��rio tanto para os conceitos quanto para os institutos estudados, permitindo a constru����o de mapas de localiza����o de prioridades de gest��o por conceitos e por institutos. RESULTADOS: Observou-se que a situa����o atual, ainda que n��o expressivamente, merece reprova����o, enquanto identificam-se altos n��veis de expectativa, com destaque significativo para a gest��o de infra-estrutura para pesquisa. As principais prioridades de gest��o de C&T s��o identificadas como: reconhecimento de m��rito, apoio �� divulga����o, planejamento de recursos por projetos e assessoria metodol��gica. CONCLUS��O: A estrat��gia metodol��gica adotada no estudo prov�� as informa����es necess��rias ao planejamento podendo ser aplicada a outras institui����es de pesquisa atrav��s de adapta����o do conte��do tem��tico e conceitual.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever os procedimentos metodol��gicos e algumas caracter��sticas dem��grafo-sociais e da aten����o m��dica da popula����o estudada em um projeto de pesquisa em saúde perinatal realizado no Munic��pio de Ribeir��o Preto, SP, Brasil, em 1994, visando a realizar compara����es hist��ricas com indicadores de saúde materno-infantil. MATERIAL E M��TODO: Entre junho de 1978 e maio de 1979 foram estudados todos os nascimentos hospitalares de Ribeir��o Preto atrav��s de entrevistas com as m��es, onde eram obtidos dados sobre h��bitos maternos e paternos, situa����o social da fam��lia, aten����o m��dica �� gesta����o e parto, dura����o da gesta����o e dados antropom��tricos e de mortalidade dos rec��m-nascidos. Em 1994 foi realizado novo estudo com metodologia semelhante, sendo coletados dados de uma amostra de 1/3 dos nascimentos ocorridos no munic��pio naquele ano (todos os nascimentos hospitalares observados num per��odo de 4 meses), e tamb��m a mortalidade desse grupo at�� um ano ap��s o encerramento da coleta de dados do nascimento. As entrevistas eram realizadas ap��s o parto, e o peso e comprimento da crian��a eram aferidos logo ap��s o nascimento. A mortalidade infantil foi avaliada atrav��s do levantamento de todos os ��bitos de crian��as nascidas durante o per��odo do projeto at�� um ano ap��s seu encerramento. RESULTADOS: Foram analisados 3.663 nascimentos, dos quais 3.579 eram nascimentos ��nicos; destes, 2.846 eram procedentes do munic��pio estudado. Quando comparados com os dados do estudo anterior, verifica-se que houve aumento da freq����ncia de alguns indicadores como m��es adolescentes, prematuridade, baixo peso ao nascer e parto ces��reo; por outro lado, houve diminui����o da metade da mortalidade infantil e seus componentes.
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Se hace un breve an��lisis hist��rico del Sistema de Salud en Chile, desde el Sistema Nacional de Salud, con ��nfasis a las reformas ocurridas a partir de 1980, durante el r��gimen militar y los cambios introducidos desde 1990 por los gobiernos democr��ticos. Se compara la oferta actual de servicos por el subsistema p��blico com aquella del privado utilizando como indicadores por mil beneficiarios: la tasa de consultas, de ex��menes de laboratorio, de hospitalizaciones, de altas y de cirug��as y la satisfaci��n usuaria. Se analizan los principales dilemas del sistema de salud y las perspectivas de soluci��n a la luz de las principales medidas tomadas en el presente. Hay buenas perpectivas de que el subsistema p��blico mantenga su liderazgo hist��rico en la conducci��n y oferta de servicios en Chile debido a la rigurosa l��gica geogr��fica y demogr��fica en la oferta de servicios, la disponibilidad estable de recursos financieros, una red de servicios suficiente y adem��s, la considerable motivaci��n de sus recursos humanos. Son mencionados aspectos innovadores que pueden ser ��tiles a otros sistemas, especialmente en Am��rica Latina, tales como: organizaci��n y gesti��n de servicios regionales de salud; metodolog��as innovadoras de pago de servicios; sistema de vigilancia sanitaria y la regulamentaci��n estatal del financiamento privado en salud.
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OBJETIVO: Estudar a rela����o entre o processo de constru����o de um distrito de saúde e a busca de uma assist��ncia integral �� saúde da popula����o. M��TODO: Foi estudado um distrito de saúde de S��o Paulo, SP, no per��odo de 1989 - 1992. Foi realizada a an��lise de discurso de gerentes dos tr��s n��veis (regional, distrital e local) e m��dicos de unidades b��sicas de saúde. Utilizou-se o conceito de assist��ncia integral, englobando cinco dimens��es: 1) o ser humano como centro da aten����o e n��o a doen��a; 2) o ser humano ou o grupo visto na sua totalidade; 3) a assist��ncia propiciada nos diversos n��veis; 4) o tratamento diferente para quem est�� numa situa����o desigual; e, 5) a interfer��ncia nas condi����es gerais de vida da coletividade. RESULTADOS: Foram apontados como fundamentais para facilitar a aproxima����o do processo de constru����o do distrito, em rela����o �� busca de uma assist��ncia integral, os seguintes aspectos: o planejamento local, com ��nfase na maior visualiza����o da realidade de vida da popula����o adstrita �� unidade; a implementa����o do trabalho interdisciplinar; uma melhor organiza����o dos servi��os e da rede de refer��ncia e contra-refer��ncia; e uma rela����o mais estruturada com as demais secretarias municipais, possibilitando uma a����o integrada junto �� popula����o. CONCLUS��ES: A rela����o entre a constru����o do distrito e a busca de uma assist��ncia integral "desenha" um movimento de aproxima����o e distanciamento, dependendo das estrat��gias assumidas pelos grupos de gest��o. Foi refor��ada a afirma����o de que a descentraliza����o n��o �� a ��nica estrat��gia respons��vel pela implementa����o do papel inovador que se espera dos distritos. �� necess��rio que os gestores assumam o desafio de ser o "locus" das rela����es de poder, de trabalho, de saber entre a popula����o e os trabalhadores e entre os diferentes grupos destes dois segmentos para que uma nova assist��ncia chegue a ser constru��da.
Resumo:
INTRODU����O: Muitas mudan��as ocorreram no perfil da morbidade dos pacientes atendidos nos hospitais do Pa��s nos ��ltimos anos, seja em fun����o de fatores demogr��ficos, epidemiol��gicos, financeiros, tecnol��gicos ou da estrutura dos servi��os. M��TODOS: Foram utilizados dois bancos de dados referentes ��s sa��das hospitalares nos anos de 1975 e 1988, no Vale do Para��ba, contendo as mesmas vari��veis: hospital; resid��ncia, idade e sexo do paciente; condi����o de sa��da; fontes de financiamento; tempo de perman��ncia e diagn��stico principal. RESULTADOS E CONCLUS��ES: Nas interna����es percebeu-se queda de alguns grupos de diagn��sticos como "sintomas, sinais e afec����es maldefinidas" e "doen��as infecciosas e parasit��rias" e crescimento de outros, em especial "neoplasmas" e "doen��as do aparelho circulat��rio", tendo como causas poss��veis as mudan��as demogr��ficas, epidemiol��gicas, tecnol��gicas e da estrutura de servi��os. Houve, ainda, uma migra����o de diagn��sticos pouco espec��ficos para outros mais definidos, provavelmente, como conseq����ncia das mudan��as na forma de remunera����o do sistema de saúde.