949 resultados para Morte - Literatura latina
Resumo:
O salmo 82, desde o início de seus versos, mostra o ambiente no qual se situa seu cântico: o concílio dos deuses. Nessa reunião celestial, um deus se levanta e acusa os outros deuses de negligenciar os mais fracos. Os deuses são condenados à morte e o deus que preside a assembleia dos deuses nomeia outro deus para governar todas as nações da terra. A cena do concílio dos deuses e os decretos promulgados nesses encontros no mundo celestial são recorrentes em outras literaturas do Antigo Oriente Próximo. Na literatura religiosa de Ugarit, antiga cidade cananeia, El, Baal, Asherah e outras deidades se reúnem para discutir assuntos pertinentes à ordem do cosmos. Nesse sentido, o Salmo 82 compartilha elementos da religiosidade e da cultura dos cananeus.
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Em 1492, com o objetivo de adquirir riquezas e expansão territorial, os espanhóis chegaram à América Latina. Para tanto, rapidamente implantaram o seu sistema de governo, cultura e religião. Este processo só foi possível por meio da guerra. Para legitimá-la, foi necessário a reelaboração e a inversão de um antigo conceito de guerra e a sua consequente instauração nas terras recém ocupadas. O uso do conceito de Guerra Justa na América Latina, entre os anos1492 a 1566, fundamentava-se na história das conquistas romanas, filosofia de Aristóteles, teologia de Agostinho e Tomás de Aquino, nas leis jurídicas, Escrituras Sagradas e nas armas. Ao ser aplicado nas províncias indígenas, o conceito de Guerra Justa proporcionou efeitos trágicos pela sua violência. Ocorreram mortes de inocentes, invasão das terras, posse das riquezas, escravidão, destruição da cultura e da religião dos indígenas. Diante destes fatores, as divergências e debates tornaram-se inevitáveis. Juan Ginés de Sepúlveda, o autor do Democrates Alter, tratado que hospeda o conceito de Guerra Justa, teve como opositor tanto na Espanha quanto na América Latina, o frei dominicano Bartolomé de Las Casas que lutou a favor dos indígenas frente a injustiça da guerra deflagrada pelos conquistadores espanhóis e da cristianização por meio das armas. Entre esses dois controversistas encontra-se outro teólogo-jurista, catedrático da Universidade de Salamanca, Francisco de Vitoria. Vitoria elaborou o Derecho Natural y de Gentes, obra que concedeu a Sepúlveda e Las Casas argumentos para fundamentar suas doutrinas. A julgar pelos resultados duradouros da conquista, Sepúlveda atingiu seus objetivos. A cristandade foi implantada em substituição às religiões dos nativos e os interesses políticos e econômicos dos conquistadores, entrementes, foram concretizados. Las Casas, por sua vez, ao discordar desse método, propôs, em sua obra, Del único modo de atraer a todos los pueblos a la verdadera religión, uma cristianização pacífica que se conduzisse somente por meio da pregação do evangelho e da fé cristã. Para chegarem a essa posição, ambos os controversistas analisaram as fontes e tradições literárias aristotélica, agostiniana e tomista, em especial. O projeto missionário colonial vislumbrado por Sepúlveda e Las Casas, definiu as duas hermenêuticas eclesiásticas presentes na América Latina que se estenderam até o século XIX quando aportou-se na América uma nova proposta de missão através dos protestantes.
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A expectativa sobre o que acontece a uma pessoa após sua morte circunda a imaginação humana desde tempos muito antigos. Por este motivo, não poucos sistemas religiosos buscaram e ainda buscam dar uma resposta sobre o que uma pessoa pode esperar para além de sua morte. Esta resposta por vezes reflete as situações vivenciadas no cotidiano, de modo que expectativas de justiça, descanso e felicidade, entre outras, estão no centro da esperança de existência depois da vida no mundo como o temos. Mas como idéias, crenças e épocas são sempre diversas, escolhemos o campo imagético judaico para acompanhar suas elaborações e desenvolvimentos das suas noções de vida após a morte. Desta maneira, tencionamos observar algumas sutilezas que permeiam o aparecimento desta crença no Judaísmo do Segundo Templo e de que modo ela e suas reformulações responderam a certos anseios dos que recorreram às suas sugestões, o que fazemos trazendo para este campo também as crenças de outros povos/culturas com os quais Israel manteve contado ao longo de alguns períodos de sua história. Ao procedermos assim, estamos pressupondo uma troca de elementos religioso-culturais que, relidos à luz de expectativas próprias, tenham propiciado ao Judaísmo do Segundo Templo uma gama de conceitos e opções que não estava disponível na época mais antiga.
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A dissertação aborda a questão da escatologia, mais especificamente da vida após a morte, a partir da análise de dois discursos religiosos que ora se opõe, ora convergem: os documentos e materiais litúrgicos da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e as experiências de vida narradas por membros daquela Igreja. Quanto à análise dos discursos da instituição eclesiástica, pinçou-se de seus documentos, pronunciamentos, hinários, livros de culto e outros, as idéias que os mesmos veiculam quanto à questão da vida após a morte. E, no outro extremo da pesquisa, foram ouvidas nove mulheres, cinco do Rio de Janeiro/RJ e quatro de Piratuba/SC, todas membros da IECLB, buscando, em suas narrativas, os imaginários quanto à questão da morte e do pós-morte. Para sedimentar as análises dos discursos da instituição e dos indivíduos, o trabalho recorre, também, ao pensamento de Martim Lutero sobre o assunto morte e além, como também dialoga com as ciências humanas (história, filosofia, sociologia) para melhor compreender as formas do crer e do divergir dos indivíduos, em suas crenças, das doutrinas oficiais da instituição. Por fim, se faz uma análise da fé das luteranas entrevistadas, apontando as peculiaridades de suas crenças e a relação delas com os discursos que a Igreja veicula através de seus diversos materiais que abordam o locus vida após a morte.(AU)
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Ao escolher o tema A recepção da teologia de Bonhoeffer na América Latina, a intenção é problematizar a influência exercida pelo teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer na teologia latino-americana, tratando-se do aporte de seus textos em solo latinoamericano, mas também de sua leitura, seleção e re-escritura crítica até nossos dias, quando completamos um século de seu nascimento. A investigação propõe-se a visibilizar o que em sua mensagem e/ou biografia, e de que forma, entusiasmou uma geração de jovens teólogos(as) protestantes e católicos latino-americanos(as), a partir de meados do século XX. Tomou-se por lócus fundamental à Escola Superior de Teologia (EST), da IECLB, ao ecumênico Instituto Superior Evangélico de Estudos Teológicos (ISEDET), de Buenos Aires, Argentina, também a um organismo para-eclesiástico, a Igreja e Sociedade na América Latina (ISAL). A base material privilegiada foi a produção teológica registrada em suas coleções de revistas periódicas, respectivamente, Estudos Teológicos, Cuadernos de Teología e Cristianismo y Sociedad. No entanto, também são analisadas algumas obras de teólogos católicos, dentre eles, Gustavo Gutiérrez, Jon Sobrino, Juan Luis Segundo e Frei Betto; textos referenciais que trazem à luz sua influência sobre a teologia caribenha; além de outros materiais que evidenciam os antigos e novos intérpretes. Os conceitos mobilizadores desta pesquisa são: discurso, conforme o expressam Michel Foucault e Eni Orlandi; memória, a partir de Maurice Halbwacks e Jacques Le Goff; dialética, Leandro Konder; fenomenologia, Husserl, Heidegger; marcas, Carlo Ginzburg e imagem/imaginário, Castoriadis.(AU)
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A experiência das mulheres tem sido afirmada como ponto de partida de Teologias Feministas da Libertação. Na América Latina, o sexismo, a feminização da pobreza, a violência contra as mulheres têm inspirado o movimento feminista a se articular com as mulheres de movimentos populares para a conquista de direitos plenos para as mulheres. As Teologias da Libertação não lograram analisar a opressão das mulheres e apoiar sua luta, pois entenderam sua opressão como um desdobramento da exploração econômica dos países pobres pelos países ricos. Queremos demonstrar que a Teologia Feminista da Libertação, ao contrário, utilizando um método de análise feminista, é capaz de oferecer um suporte teológico às reivindicações das mulheres latino-americanas. O presente trabalho vai analisar teologicamente a experiência das mulheres de movimentos populares e explorar dois temas prioritários dessa experiência: corpo e cotidiano. Assim procedendo, pretende demonstrar que corpo e cotidiano são importantes categorias para a Teologia Feminista da Libertação na América Latina, através das quais ela poderá contribuir para apoiar a busca da autonomia e empoderamento das mulheres, em especial das mulheres pobres.(AU)
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O cântico de Judite 16,1-12, síntese da parte em prosa do livro, faz memória da ação do Deus de Israel em favor dos oprimidos, libertando-os do poder dos impérios opressores. No centro do poema (v. 5), situa-se a ação do Todo-poderoso por mão de fêmea. A vitória de Judite é uma ironia não só à guerra, mas também às mulheres. Por um lado, as armas utilizadas pela mulher, para matar o comandante-em-chefe beleza do rosto, perfumes, veste festiva, sandália, diadema nos cabelos , são aparentemente insignificantes diante do poderio do exército inimigo, o que representa a vitória dos fracos sobre os fortes. Por outro, numa sociedade patriarcal e androcêntrica, beleza e sedução são consideradas como armas essencialmente femininas. Assim, enquanto a narrativa diverte a audiência, ela adverte aos homens que a mulher bela é perigosa, e, por sua causa, até o general mais poderoso pode perder a cabeça. Entre os séculos 4 a.C. e 2 d.C., há muitas narrativas judaicas que ressaltam o perigo de se olhar para uma mulher bela. No contexto dos movimentos sociais de resistência do período helenista, a literatura historiográfica acentua o protagonismo dos homens, enquanto a ação da mulher como protagonista só aparece no campo da ficção, e ainda para reforçar a atuação masculina. Ler Judite 16,1-12 a partir da ótica de gênero nos desafia a compreender os mecanismos que continuam expropriando o corpo e o desejo de mulheres e homens. É um convite para entoarmos novos cânticos, pautados por relações entre iguais, numa vivência solidária e de reciprocidade.(AU)
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Esta pesquisa procurou descrever, analisar e comparar as cerimônias mortuárias e as representações coletivas de católicos brasileiros da morte e do luto. Tivemos por objetivo estudar os sistemas simbólicos desenvolvidos em várias sociedades, começando com as culturas tribais, passando depois para o cristianismo dos primeiros séculos, antes da instauração do processo de institucionalização que originou o cristianismo católico e durante ele. Analisamos as práticas e representações católicas relacionadas com a morte e o morrer, na Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea, tanto na Europa como no Brasil. O objetivo também foi apresentar os ritos mortuários como formas de dar sentido à vida, de reforçar e manter a coesão social, em que indivíduos vivem constantemente os desarranjos gerados pela presença da morte que arrebata um dos seus semelhantes provocando um desequilíbrio social. Ao realizar tal pesquisa sobre os rituais mortuários católicos, a meta consistiu em avançar um pouco mais no conhecimento sobre um fenômeno social religioso nem sempre abordado pelos pesquisadores: a morte do crente, as práticas mortuárias dos grupos católicos, seus hábitos e discurso quanto ao morto, dentro de um cenário brasileiro que se torna cada vez mais urbano e secularizado.(AU)
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A expectativa sobre o que acontece a uma pessoa após sua morte circunda a imaginação humana desde tempos muito antigos. Por este motivo, não poucos sistemas religiosos buscaram e ainda buscam dar uma resposta sobre o que uma pessoa pode esperar para além de sua morte. Esta resposta por vezes reflete as situações vivenciadas no cotidiano, de modo que expectativas de justiça, descanso e felicidade, entre outras, estão no centro da esperança de existência depois da vida no mundo como o temos. Mas como idéias, crenças e épocas são sempre diversas, escolhemos o campo imagético judaico para acompanhar suas elaborações e desenvolvimentos das suas noções de vida após a morte. Desta maneira, tencionamos observar algumas sutilezas que permeiam o aparecimento desta crença no Judaísmo do Segundo Templo e de que modo ela e suas reformulações responderam a certos anseios dos que recorreram às suas sugestões, o que fazemos trazendo para este campo também as crenças de outros povos/culturas com os quais Israel manteve contado ao longo de alguns períodos de sua história. Ao procedermos assim, estamos pressupondo uma troca de elementos religioso-culturais que, relidos à luz de expectativas próprias, tenham propiciado ao Judaísmo do Segundo Templo uma gama de conceitos e opções que não estava disponível na época mais antiga.
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The Brazilian Northeast has been a constant subject for journalists of one of the world's leading media companies - The New York Times - between 1933 and 1945. This time, the US government implemented a new foreign policy for Latin America - known as the Good Neighbor Policy. It preached, various points including more respect and attention to the countries south of U.S. borders. Because of her geostrategic importance, Brazil was one of the countries that received the most attention of the bureaucracy and American press. This study investigates the multiple Northeast representations formulated in The New York Times' pages when the Americans were spotlight is on the region. It delineates similarities and differences between the NYT, the press and the governments of the United States and Brazil from the ways of conceiving this particular part of Brazil. Through the analysis of texts, photographs and maps, it is dedicated to establish connections between spaces, press and politics of the 1930s and 1940s. These decades there were relevant changes in the political landscape of both countries that permeated the news, reports and articles of NYT. Circumstances such as the 1935 armed uprisings - known as Communist Conspiracy - the installation and operation of the New State, and especially the Brazilian and US participation in World War II and the bilateral negotiations on the installation of US bases in Brazil were cardinal for the various Northeast images that circulated in the publication. The region was repeatedly subject of correspondent of the New York newspaper in Brazil, Frank M. Garcia, but also present on matters of professionals responsible for various sections: review of books, publishing, tourism, foreign affairs, etc. Along the investigated period, the visions of the region made in the articles published in the newspaper that suffered major metamorphoses. Starting with Northeast of the drought, famine and death recurrent in Brazilian literature to the most dangerous point for hemispheric defense, passing through representations of the American West lawless nineteenth century and the Latin America marked by the dominance of exotic nature and stagnation, a space to be transformed by the US technical knowledge.
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This work consists of a discussion, analysis and reading of Borges’stories, in that the problem of interest pronounces to the language, to the speech and the deed, sending them so much to the Literature with relationship to the Philosophy, so much to the statute of the ficcional, with relationship to the of the ontologic. In that optics, it intends to show the Borges deed as warp of the death, of the allegorical and of the metaphorical, in the sense of bringing for the ficcional lines different from the Real, elaborating the speech for besides the statement, reaching the interstic, the silence, the interruptions and the suspension of the representation. In that discursive elaboration, a crossing is pointed in the letter, affected for unspeakable sensations, crossing the processes of memory, imaginary and real, in which the time counting makes to emerge the difference and the repetition. In these if constituting territorial negotioting that they lead the characters to imaginary spaces as possibilities of the real, allowing them executes mobility for desterritory it self and reterritory itself, according to the change forces that show in your threshing. For so much, it is placed as mark a bibliographical research orientated by authors as Maurice Blanchot (2008), Kátia Muricy (1998), João Adolfo Hansen (2006), Susan Sontag (2007), Mário Bruno (2004), Juan Manuel García Ramos (2003), Elizabeth Kübler Ross (2008), Walter Benjamin (1984), Gilles Deleuze (1997; 2006; 2009), Gilles Deleuze and Félix Guattari (1995; 1996; 1997). The theoretical corpus and of discussion, it is constituted to leave of those authors, assisting to the implicit qualitative character in the construction of this thesis. What about to the literary corpus, this is composed by the stories The writing of the God, The two kings and the two labyrinths, The lottery of Babylon, The metaphor, The library of Babel, The mirror and the mask, A theologian in death and The dead man.
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O objetivo dessa tese é aprofundar, a partir do discurso pós-colonial, uma crise na perspectiva teológica da libertação. Esta promoveu, na década de 1970, uma reviravolta nos estudos teológicos no terceiro mundo. Para tanto, leremos um conto de Gabriel García Márquez chamado “El ahogado más hermosodel mundo” (1968) analizando e avaliando as estratégias políticas e culturais ali inscritas. Para levar a frente tal avaliação é preciso ampliar o escopo de uma visão que divide o mundo em secular/religioso, ou em ideias/práticas religiosas e não religiosas, para dar passo a uma visão unificada que compreende a mundanalidade, tanto do que é catalogado como ‘religioso’ quanto do que se pretende ‘não religioso’. A teologia/ciências da religião, como discurso científico sobre a economia das trocas que lidam com visões, compreensões e práticas de mundo marcadas pelo reconhecimento do mistério que lhes é inerente, possuem um papel fundamental na compreensão, explicitação, articulação e disponibilização de tais forças culturais. A percepção de existirem elementos no conto que se relacionam com os símbolos sobre Jesus/Cristo nos ofereceu um vetor de análise; entretanto, não nos deixamos limitar pelos grilhões disciplinares que essa simbologia implica. Ao mesmo tempo, esse vínculo, compreendido desde a relação imperial/colonial inerente aos discursos e imagens sobre Jesus-Cristo, embora sem centralizar a análise, não poderia ficar intocado. Partimos para a construção de uma estrutura teórica que explicitasse os valores, gestos, e horizontes mundanos do conto, cristológicos e não-cristológicos, contribuindo assim para uma desestabilização dos quadros tradicionais a partir dos quais se concebem a teologia e as ciências da religião, a obra de García Márquez como literatura, e a geografia imperial/colonial que postula o realismo ficcional de territórios como “América Latina”. Abrimos, assim, um espaço de significação que lê o conto como uma “não-cristologia”, deslocando o aprisionamento disciplinar e classificatório dos elementos envolvidos na análise. O discurso crítico de Edward Said, Homi Bhabha e GayatriSpivak soma-se à prática teórica de teólogas críticas feministas da Ásia, da África e da América Latina para formular o cenário político emancipatório que denominaremos teologia crítica secular.
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En las últimas décadas, las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC) han adquirido mayor presencia en la sociedad, formando parte de la vida cotidiana de grandes sectores de la población. En este contexto, distintos países han comenzado a implementar políticas públicas, entre las que se destacan los Modelos 1 a 1 (una computadora portátil por alumno) de incorporación de TIC en educación, para posibilitar el acceso de niños y jóvenes a las tecnologías digitales, y así disminuir la brecha digital y generar inclusión. Dado que el desarrollo de Modelos 1 a 1 es aún incipiente, resulta necesario establecer el estado del arte en las investigaciones sobre su impacto social para generar hipótesis de trabajo y orientar la metodología. En base a la literatura relevada, surgen preguntas sobre los cambios y tensiones surgidos en el seno familiar y las dinámicas hogareñas a partir de la incorporación de la netbook, su incidencia en las prácticas del tiempo libre y en la sociabilidad juvenil, y su impacto en la comunidad. A partir de estos interrogantes, el proyecto Juventud, TICs y desigualdades, en el que se inscribe este trabajo, aborda el proceso de apropiación de las TIC por parte de jóvenes en contextos de desigualdad en La Plata y Berisso, en el marco de la implementación del Programa Conectar Igualdad. En este trabajo, presentamos un análisis de investigaciones realizadas en países de América Latina enfocándonos en el abordaje metodológico, la conceptualización del impacto social de la tecnología, los consensos entre los estudios, las evidencias y conclusiones a las que arribaron.Ante todo, encontramos que la temática abordada constituye un área de vacancia en las Ciencias Sociales, con evidencia empírica relativa, propia de una fase exploratoria, ya que gran parte de las investigaciones se han orientado hacia los aspectos educativos y pedagógicos del Modelo 1 a 1 mientras que su impacto en el tiempo libre, el hogar y la comunidad han sido poco abordados. Dentro de este panorama, las investigaciones existentes consideran que las TIC son herramientas aprovechadas y apropiadas de manera heterogénea, según el contexto y, que las políticas públicas basadas en Modelos 1 a 1, son estrategias válidas para la inclusión e igualación de oportunidades en términos de acceso y conectividad. En relación a la adquisición de nuevos conocimientos, se encuentra que los beneficiarios de los programas desarrollan habilidades básicas vinculadas al uso de la computadora e internet, constituyendo una base para la reducción de la llamada brecha digital de segundo orden, relativa al tipo de uso de las TIC.Con respecto a los cambios en el hogar, los impactos evidenciados no pueden pensarse de manera lineal ni generalizada, ya que se vinculan con características propias de cada familia, sus prácticas y valoración de la tecnología. Por último, en relación a las transformaciones en la sociabilidad y el impacto comunitario, las investigaciones señalan que la incorporación de las TIC bajo modalidades 1 a 1 es un proceso que se asienta sobre relaciones y prácticas ya existentes, por lo que no determina ni condiciona ningún vínculo por sí misma
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En las últimas décadas, las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC) han adquirido mayor presencia en la sociedad, formando parte de la vida cotidiana de grandes sectores de la población. En este contexto, distintos países han comenzado a implementar políticas públicas, entre las que se destacan los Modelos 1 a 1 (una computadora portátil por alumno) de incorporación de TIC en educación, para posibilitar el acceso de niños y jóvenes a las tecnologías digitales, y así disminuir la brecha digital y generar inclusión. Dado que el desarrollo de Modelos 1 a 1 es aún incipiente, resulta necesario establecer el estado del arte en las investigaciones sobre su impacto social para generar hipótesis de trabajo y orientar la metodología. En base a la literatura relevada, surgen preguntas sobre los cambios y tensiones surgidos en el seno familiar y las dinámicas hogareñas a partir de la incorporación de la netbook, su incidencia en las prácticas del tiempo libre y en la sociabilidad juvenil, y su impacto en la comunidad. A partir de estos interrogantes, el proyecto Juventud, TICs y desigualdades, en el que se inscribe este trabajo, aborda el proceso de apropiación de las TIC por parte de jóvenes en contextos de desigualdad en La Plata y Berisso, en el marco de la implementación del Programa Conectar Igualdad. En este trabajo, presentamos un análisis de investigaciones realizadas en países de América Latina enfocándonos en el abordaje metodológico, la conceptualización del impacto social de la tecnología, los consensos entre los estudios, las evidencias y conclusiones a las que arribaron.Ante todo, encontramos que la temática abordada constituye un área de vacancia en las Ciencias Sociales, con evidencia empírica relativa, propia de una fase exploratoria, ya que gran parte de las investigaciones se han orientado hacia los aspectos educativos y pedagógicos del Modelo 1 a 1 mientras que su impacto en el tiempo libre, el hogar y la comunidad han sido poco abordados. Dentro de este panorama, las investigaciones existentes consideran que las TIC son herramientas aprovechadas y apropiadas de manera heterogénea, según el contexto y, que las políticas públicas basadas en Modelos 1 a 1, son estrategias válidas para la inclusión e igualación de oportunidades en términos de acceso y conectividad. En relación a la adquisición de nuevos conocimientos, se encuentra que los beneficiarios de los programas desarrollan habilidades básicas vinculadas al uso de la computadora e internet, constituyendo una base para la reducción de la llamada brecha digital de segundo orden, relativa al tipo de uso de las TIC.Con respecto a los cambios en el hogar, los impactos evidenciados no pueden pensarse de manera lineal ni generalizada, ya que se vinculan con características propias de cada familia, sus prácticas y valoración de la tecnología. Por último, en relación a las transformaciones en la sociabilidad y el impacto comunitario, las investigaciones señalan que la incorporación de las TIC bajo modalidades 1 a 1 es un proceso que se asienta sobre relaciones y prácticas ya existentes, por lo que no determina ni condiciona ningún vínculo por sí misma
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En las últimas décadas, las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC) han adquirido mayor presencia en la sociedad, formando parte de la vida cotidiana de grandes sectores de la población. En este contexto, distintos países han comenzado a implementar políticas públicas, entre las que se destacan los Modelos 1 a 1 (una computadora portátil por alumno) de incorporación de TIC en educación, para posibilitar el acceso de niños y jóvenes a las tecnologías digitales, y así disminuir la brecha digital y generar inclusión. Dado que el desarrollo de Modelos 1 a 1 es aún incipiente, resulta necesario establecer el estado del arte en las investigaciones sobre su impacto social para generar hipótesis de trabajo y orientar la metodología. En base a la literatura relevada, surgen preguntas sobre los cambios y tensiones surgidos en el seno familiar y las dinámicas hogareñas a partir de la incorporación de la netbook, su incidencia en las prácticas del tiempo libre y en la sociabilidad juvenil, y su impacto en la comunidad. A partir de estos interrogantes, el proyecto Juventud, TICs y desigualdades, en el que se inscribe este trabajo, aborda el proceso de apropiación de las TIC por parte de jóvenes en contextos de desigualdad en La Plata y Berisso, en el marco de la implementación del Programa Conectar Igualdad. En este trabajo, presentamos un análisis de investigaciones realizadas en países de América Latina enfocándonos en el abordaje metodológico, la conceptualización del impacto social de la tecnología, los consensos entre los estudios, las evidencias y conclusiones a las que arribaron.Ante todo, encontramos que la temática abordada constituye un área de vacancia en las Ciencias Sociales, con evidencia empírica relativa, propia de una fase exploratoria, ya que gran parte de las investigaciones se han orientado hacia los aspectos educativos y pedagógicos del Modelo 1 a 1 mientras que su impacto en el tiempo libre, el hogar y la comunidad han sido poco abordados. Dentro de este panorama, las investigaciones existentes consideran que las TIC son herramientas aprovechadas y apropiadas de manera heterogénea, según el contexto y, que las políticas públicas basadas en Modelos 1 a 1, son estrategias válidas para la inclusión e igualación de oportunidades en términos de acceso y conectividad. En relación a la adquisición de nuevos conocimientos, se encuentra que los beneficiarios de los programas desarrollan habilidades básicas vinculadas al uso de la computadora e internet, constituyendo una base para la reducción de la llamada brecha digital de segundo orden, relativa al tipo de uso de las TIC.Con respecto a los cambios en el hogar, los impactos evidenciados no pueden pensarse de manera lineal ni generalizada, ya que se vinculan con características propias de cada familia, sus prácticas y valoración de la tecnología. Por último, en relación a las transformaciones en la sociabilidad y el impacto comunitario, las investigaciones señalan que la incorporación de las TIC bajo modalidades 1 a 1 es un proceso que se asienta sobre relaciones y prácticas ya existentes, por lo que no determina ni condiciona ningún vínculo por sí misma