884 resultados para Matemática - Prática de ensino


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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Pós-graduação em Educação Matemática - IGCE

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Pós-graduação em Educação Matemática - IGCE

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Pós-graduação em Educação Matemática - IGCE

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Este estudo tem sua gênese em nossas indagações e insatisfações profissionais frente a um ensino tradicionalmente normativo de língua materna que, em confronto com os recentes estudos sobre a linguagem, tem contribuído para a cristalização de uma imagem mitificada e reduzida da docência. Partimos do pressuposto de que há mais à sombra do trabalho do professor do que tem sido visto pelos estudos que se limitam aos procedimentos da denúncia e da receita e chegamos à conclusão de que o diálogo entre a escola e a academia muito pode contribuir para o avanço da profissionalização e para a redução da proletarização do ensino na educação básica, em nosso país. Para constituir nossos dados, implementamos uma pesquisa de cunho colaborativo-etnográfico junto a uma turma de alunos de primeiro ano de ensino médio de uma escola pública da periferia de Belém. Gravamos, em áudio e vídeo uma seqüência de ensino sobre o gênero discursivo seminário escolar, cujas aulas, após gravadas, foram transcritas grafematicamente e resumidas pelo instrumento da sinopse. As transcrições e a sinopse são os dados em que analisaremos o trabalho docente e os instrumentos didáticos utilizados pelo professor para instituir o gênero seminário escolar em objeto de ensino e transformá-lo em objeto ensinado. Organizamos nosso estudo em cinco capítulos: no primeiro, aportamos, do campo da Didática, as vozes teóricas de: Chervel (1998), Chevallard (1991), Geraldi (2003), Soares (2002) e Tardif e Lessard (2005); no segundo capítulo, também de caráter teórico, buscamos fundamentar nossas concepções a respeito das relações entre linguagem e ensino a partir de Bakhtin (1997; 2003), Vigotski (2005) e Schneuwly, Dolz e colaboradores; no terceiro capítulo, convocamos André (1991; 1995) e Moita Lopes (1994; 1998; 2003), entre outros, para discutir conosco o procedimento etnográfico-colaborativo; no quarto capítulo, emprestamos os modos como Schneuwly (2000; 2001; 2004; 2005; 2006 etc) e seus colaboradores têm tomado os gêneros do discurso enquanto objetos de ensino e apresentamos o modelo didático, a seqüência didática e a sinopse da seqüência didática do gênero seminário escolar, nosso objeto de ensino/ensinado; no quinto capítulo, apresentamos nossa análise dos dados. Do confronto entre as vozes teóricas, advindas da academia, e as vozes da prática docente, advindas da sala de aula, resultou o estudo que ora se inicia.

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O presente estudo objetivou analisar as representações sociais das atividades de ensino de ciências de alunos da oitava série, de ambos os sexos, do ensino fundamental do Núcleo Pedagógico Integrado/NPI-Escola de Aplicação de Educação Básica da Universidade Federal do Pará, do ano de 2003/4. Além de investigar os conteúdos partilhados pelos alunos e identificar as contribuições das representações sociais para as atividades de ensino de ciências na prática do ensino de educação em ciências. O princípio que orientou essa investigação foi a Teoria das Representações Sociais elaborada por Serge Moscovic em 1961. A Teoria das Representações Sociais é definida por seu criador como o conjunto de conceitos, proposições e explicações originado na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais. Elas são equivalentes, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crenças das sociedades tradicionais; podem também ser vistas como a versão contemporânea do senso comum. Esse estudo se fundamentou especialmente na Teoria do Núcleo Central proposta por Abric(1994) e colaboradores, que vem sendo desenvolvida ao longo dos anos: Todos os elementos da representação são hierarquizados e situam-se em torno de um núcleo central, constituído de um ou de alguns elementos que dão à representação o seu significado. O desenvolvimento do trabalho incluiu a caracterização dos sujeitos pertencentes a quatro turmas do período letivo de 2004 num total de 119 sujeitos respondentes. Foi realizada anteriormente, a aplicação de um questionário-piloto que procurou testar e validar as questões nele elaboradas. Tinha como principal objetivo identificar as representações sociais desses alunos a partir da questão: Quais são as representações sociais das atividades de ensino de ciências que os alunos de oitava série possuem? Utilizando a Teoria do Núcleo Central, foi possível perceber as imagens e sentidos na relação das atividades de ensino de ciências e as representações dos alunos, principalmente com a expressão meio ambiente como sua maior manifestação. Além disso, foi percebida a relação dos elementos do universo através de seus componentes, tendo o ser humano como seu elemento integrador. As representações (imagens e sentidos) percebidas sugerem um conjunto de reações positivas e negativas com vistas à transformação do ensino praticado em sala de aula. Os sujeitos propõem um refazer da prática dos membros da comunidade escolar, especialmente à prática dos professores. Esperamos que os resultados deste estudo sejam relevantes para o aprimoramento dos objetivos da educação científica, pois trazem reflexões importantes para o decisivo processo de melhoria da prática docente.

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Neste estudo investigo as experiências profissionais de seis professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental, entre os quais me incluo, da Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque, Belém/Pará, cujo projeto educacional abarca a perspectiva ambiental construtivista interdisciplinar que pressupõe a efetiva participação do aluno no processo construtivo do conhecimento inter-relacionando conteúdos escolares e viabilizando a pesquisa. Buscando traçar um perfil das ações pedagógicas vivenciadas num contexto de implicações sócio-históricas, políticas e culturais que revelam os subsídios estruturais envolvidos no projeto educacional investigado, apresento as narrativas docentes e informo minha própria prática pedagógica. Para tanto, utilizo os pressupostos teóricos da pesquisa narrativa que considera os relatos das experiências individuais significativas dos participantes, e contextualizo a prática docente estabelecendo um diálogo com a literatura pertinente e com o material documental da própria escola. A partir dos dados obtidos, pude constatar que algumas práticas metodológicas vislumbradas no espaço físico da Escola Bosque, se configuram de forma construtivista e interdisciplinar e se estabelece por meio da pesquisa, se colocando como ação diferenciada a ser considerada para melhoria da qualidade do ensino.

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A pesquisa, etnomatemática quilombola: as relações dos saberes da matemática dialógica com as práticas socioculturais dos remanescentes de quilombo do Mola-Itapocu/PA, realizada de junho de 2003 a dezembro de 2004, foi norteada no estudo de caso etnográfico. O questionamento básico dessa dissertação expressa a preocupação de como se estabelecer relações entre as práticas socioculturais das teias de saberes matemáticos com a matemática escolar, sem negar os seus significados e o(s) seu(s) sentido(s), que são vivenciados na (re)construção das memórias cotidianas dos remanescentes de quilombo molense? Esta investigação teve como objetivos: identificar os significados, atribuídos pelos molenses, às suas práticas socioculturais, conectadas aos saberes matemáticos da cultura local, e estabelecer algumas relações entre a matemática escolar e a matemática praticada pelos remanescentes de quilombo do Mola-Itapocu/PA, sem dispensar os seus significados e o(s) sentido(s) das memórias das vivências cotidianas do contexto particular. No capítulo I, teço reflexões críticas acerca das relações entre as práticas da vida cotidiana e os saberes etnomatemáticos, relacionadas às memórias das vivências dos remanescentes de quilombo do Mola. Inicio tecendo memórias da matemática não escolar, seguidas dos saberes plurais das práticas matemáticas; depois, lanço olhares por dentro das investidas positivistas, para evidenciar como teias investidas negam a vida cotidiana dos saberes etnomatemáticos, por último, visito os olhares escolares lançados sobre os saberes etnomatemáticos. No capítulo II, faço uma breve análise das diferentes racionalidades presentes nas (etno)ciências, desvelando as faces da etnociência, ciência moderna e da ciência pós-moderna. No terceiro capítulo, construo a análise sob as convergências e as divergências entre os saberes matemáticos e a matemática escolar, vinculadas às teias: caminhando em terrenos áridos da lógica formal matemática; aos saberes etnomatemáticos; as reentrâncias das etnomatemáticas com a complexidade da vida e a lógica dialógica da etnomatemática. No quarto, evidencio as diferenças existentes entre a pesquisa experimental positivista e a pesquisa qualitativa, para, em seguida, tecer as possíveis relações dialógicas da pesquisa etnográfica com a etnomatemática, e no quinto, com base nas falas e nas observações das vivências socioculturais e os saberes matemáticos dos informantes, estabeleço algumas relações entre os saberes locais da matemática molense e a matemática escolar. Neste contexto, começo revisitando brevemente a história da educação do campo; seguida das teias das relações entre as práticas socioculturais e a matemática dialógica dos molenses; por último, teço a alfabetização das teias de saberes matemáticos e de saberes das práticas socioculturais. A etnomatemática quilombola, incessantemente, construída nas relações da matemática dialógica com as práticas educativas molenses, evidenciou a linguagem, as memórias e as representações dos saberes matemáticos e etnocientífico, articulada às possíveis relações com os saberes da matemática escolar do ensino multisseriado.

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O presente documento atualiza os dados que revelam o perfil atual do ensino fundamental e médio no Brasil, re-visitando os bancos de dados de instituições oficiais (INEP e IBGE). Nós encontramos coincidências suspeitas que relacionam concentração de renda e abstinência educacional, como combustíveis que realimentam o ciclo da miséria em nosso país. Aspectos qualitativos da escola brasileira também foram levantados para que pudéssemos compreender as dificuldades do fazer educacional no Brasil e acenar com possibilidades concretas de mudança. Nós também investigamos, através da metodologia de estudo de caso, dois cursos de férias para implementar e avaliar a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). As aulas foram direcionadas a professores e alunos do Ensino Médio. Através da observação direta e de inferências obtidas a partir de questionários aplicados a alunos e professores, antes e depois de cada um dos cursos (em 2004 e 2005), mediu-se o impacto da ABP sobre alunos e professores. Os resultados revelaram várias dificuldades e perplexidades demonstradas por professores e alunos, tais como a dificuldade em relacionar experimentos e conteúdos dos livros didáticos, a abstinência quase completa em experimentação e sua relação com o Método Científico, dificuldades de discernir entre hipótese e fato, etc. A Aprendizagem Baseada em Problemas foi aceita por todos (estudantes e professores) como uma possível maneira de mudar as aulas de Ciências e a Biologia. Contudo, sua ampla disseminação vai exigir capacitação em larga escala, gestão e liderança para iniciar o processo de mudança, aumentos de salários, e melhor infra-estrutura das escolas para experimentação. Utilizando metodologias semelhantes à ABP, como alternativa para capacitação, as universidades que desenvolvem atividades de pesquisa precisam ser diretamente envolvidas no processo através de fomento dirigido para a renovação. Um pacto educacional precisa ser construído para reformar o fazer educacional, e essa ação deve incluir Administradores e Professores das escolas de ensino fundamental e médio, Secretários de Educação (do Estado e do Município), Governos de Estado e do Município, Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, Universidades e Agências de Fomento para que o esforço possa ganhar dimensões nacionais.