995 resultados para Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro História
Resumo:
OBJETIVO: A nova poltica de assistncia oncolgica do Sistema nico de Sade, implantada em novembro de 1999, props modificaes substanciais na forma de credenciamento das unidades de tratamento. O objetivo do estudo foi descrever o perfil do atendimento ao cncer de mama e de suas usurias, aps a implantao dessa nova poltica. MTODOS: Foi realizado um estudo descritivo sobre o tratamento do cncer de mama nas unidades credenciadas pelo Sistema nico de Sade, no Estado do Rio de Janeiro, de 1999 a 2002. As informaes foram obtidas a partir das unidades de atendimento, por meio da ficha de cadastro ambulatorial do Sistema nico de Sade, e das pacientes, pelas autorizaes de procedimentos de alta complexidade em oncologia e de pronturios. Foi analisada uma amostra aleatria simples de 310 pronturios, provenientes das 15 unidades credenciadas. Para a anlise dos dados utilizou-se a distribuio percentual dos dados pelas categorias de interesse e o teste chi2 para avaliar a associao entre variveis. RESULTADOS: Houve predomnio do tratamento nos Centros de Alta Complexidade Oncolgica (81,3%); em unidades pblicas (73,5%) e localizadas na capital do Estado (78,1%). Observou-se m distribuio dos atendimentos em relao s unidades credenciadas, com 70% dos tratamentos sendo executados por apenas uma nica unidade assistencial. O perfil de uso das intervenes teraputicas variou nas unidades isoladas credenciadas entre pacientes cobertas e no cobertas por planos de sade, com as ltimas apresentando menor uso das intervenes consideradas. Foi identificada a subutilizao de teraputicas recomendadas, bem como o uso de intervenes contra-indicadas. A caracterizao da populao estudada mostrou que 43,9% foram diagnosticadas sem a perspectiva de cura e 68,4% residiam em municpios com servio oncolgico credenciado. CONCLUSES: Os resultados mostraram diferenas relevantes entre os tipos de unidades credenciadas e apontam para a necessidade de implantar recomendaes prticas para a poltica nacional de controle do cncer.
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OBJETIVO: A ocorrncia de agravos provocados por medicamentos no meio hospitalar elevada e gera custos excedentes. O objetivo do estudo foi identificar problemas relacionados a medicamentos ocorridos durante a internao hospitalar e estimar a prevalncia desses agravos. MTODOS: Estudo retrospectivo realizado no Estado do Rio de Janeiro. Foram analisadas as internaes pagas pelo Sistema nico de Sade entre 1999 e 2002. Os dados foram extrados do Sistema de Informaes Hospitalares. Selecionaram-se as internaes que apresentaram um dos cdigos da CID-10 (2000) suspeitos de serem agravos provocados por medicamentos, que estivessem nos campos do diagnstico principal e/ou do diagnstico secundrio. Para as variveis contnuas estimou-se a mdia, e o desvio-padro, sendo a significncia estatstica entre as diferenas testada por meio de anlise de varincia (ANOVA, com intervalo de confiana de 95%). RESULTADOS: Foram identificados 3.421 casos equivalentes freqncia de 1,8 casos/1.000 internaes, ocorridos, sobretudo, em homens (64,5%), nos hospitais contratados (34,9%) e nos municipais (23,1%), nos leitos de psiquiatria (51,4%) e de clnica mdica (45,2%), dos quais 84,1% resultaram em alta. A maioria dos agravos foi por reaes adversas e de intoxicaes e, entre essas categorias, h diferenas significativas (p<0,000) quanto idade e tempo de permanncia.Os pacientes com efeitos adversos so mais jovens (35,8 vs 40,5 anos) e permanecem mais tempo internados (26,5 vs 5,0 dias). CONCLUSES: A freqncia de reaes adversas, embora abaixo dos patamares dos estudos internacionais, no desprezvel. O banco de dados do Sistema de Internaes Hospitalares foi considerado fonte til para o estudo dos agravos provocados por medicamentos.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de casos suspeitos de uso inadequado de lcool durante a gestao entre mulheres atendidas na rede pblica de sade. MTODOS: Estudo transversal com 537 parturientes selecionadas aleatoriamente em maternidades pblicas do Rio de Janeiro entre maro e outubro de 2000. Entrevistadoras adequadamente treinadas identificaram os casos suspeitos de uso inadequado de lcool utilizando os instrumentos Cut-down, Annoyed, Guilty e Eye-opener (CAGE), Tolerance Cut-down, Annoyed e Eye-opener (T-ACE) e Tolerance Worry Eye-opener Annoyed Cut-down (TWEAK). Na anlise segundo variveis socioeconmicas e demogrficas utilizou-se o teste qui-quadrado. RESULTADOS: Cerca de 40% das mulheres relataram fazer uso de algum tipo de bebida alcolica durante a gestao, sendo a cerveja a bebida mais consumida (83,9%). Dependendo do instrumento de identificao, estimou-se que entre 7,3% e 26,1% das mulheres eram casos suspeitos de uso inadequado de lcool. A suspeio de utilizao inadequada foi mais comum entre as mulheres de idade mais avanada; de baixa escolaridade; que no se declararam brancas; que no viviam com companheiro; que relataram tabagismo e uso de drogas ilcitas por um dos membros do casal; e com pouco apoio social. CONCLUSES: A alta prevalncia de suspeio de uso inadequado de lcool e sua superposio com diferentes fatores de risco para desfechos deletrios na gestao indicam um importante problema de sade pblica, merecendo ser rotineiramente rastreada durante o acompanhamento p-natal.
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OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar durante a gestao e ps-parto, segundo cor da pele. MTODOS: Estudo longitudinal prospectivo que incluiu 467 mulheres entre 15 e 45 anos no perodo ps-parto, no municpio do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001. Foi aplicado um questionrio de freqncia de consumo de alimentos aos 15 dias ps-parto (consumo referente ao perodo da gestao) e aos seis meses (consumo referente ao perodo ps-parto). Foi utilizada anlise de covarincia para analisar diferenas no consumo alimentar, segundo cor da pele, controlada pela escolaridade. RESULTADOS: Durante a gestao, pretas e pardas apresentaram consumo de energia 13,4% e 9,1% (p=0,009 e p=0,028) e consumo de carboidrato 15,1% e 10,5% maior que brancas (p=0,005 e p=0,014), respectivamente. Mulheres pretas e brancas apresentaram consumo energtico 34% e 20% acima das recomendaes nutricionais, respectivamente (p=0,035). Durante o perodo ps-parto, as pretas apresentaram consumo de energia 7,7% maior e consumo de lipdios 14,8% maior que as brancas; consumo de cidos graxos saturados 23,8% maior que brancas (p=0,003) e 13% maior que pardas (p=0,046). A adequao de consumo de lipdios e cidos graxos saturados foi maior em pretas que em brancas (p=0,024 e p=0,011, respectivamente). CONCLUSES: Os resultados mostram ser necessrio revisar estratgias de interveno nutricional no pr-natal e implementar assistncia nutricional no ps-parto, para ajustar o consumo alimentar a nveis adequados, considerando as diferenas por cor/raa identificadas.
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fundamental compreender que os fumantes no so iguais e que determinados fumantes precisam ser conquistados como "potenciais clientes" de programas de interveno voltados s suas necessidades especficas. O objetivo do estudo foi comparar os perfis de fumantes recrutados para um estudo de interveno para cessao de fumar com os da populao geral de fumantes no municpio do Rio de Janeiro, nos anos 2002-2003. As heterogeneidades encontradas indicam que diferentes estratgias de captao associadas s intervenes existentes devem ser elaboradas para motivar o maior e mais diversificado nmero possvel de indivduos elegveis.
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OBJETIVO: A qualidade da assistncia ao trabalho de parto tem sido reconhecida na preveno de complicaes obsttricas que podem levar morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade da assistncia ao trabalho de parto segundo o risco gestacional e tipo de prestador. MTODOS: Estudo transversal de observao da assistncia ao trabalho de parto de 574 mulheres, selecionadas por amostra estratificada em 20 maternidades do Sistema nico de Sade do Rio de Janeiro (RJ), entre 1999 e 2001. A qualidade da assistncia foi analisada segundo o risco gestacional e o tipo de prestador. Utilizaram-se procedimentos estatsticos de anlise de varincia e de diferena de propores. RESULTADOS: Do total da amostra, 29,6% das gestantes foram classificadas como de risco. Apesar da hipertenso ser a causa mais importante de morte materna no Brasil, a presso arterial no foi aferida em 71,6% das gestantes durante a observao no pr-parto. Em mdia foram feitas cinco aferies por parturiente, sendo o menor nmero nos hospitais conveniados privados (mdia de 2,9). Quanto humanizao da assistncia, observou-se que apenas 21,4% das parturientes tiveram a presena de acompanhante no pr-parto, 75,7% foram submetidas hidratao venosa e 24,3% amniotomia. O nico tipo de cuidado que variou segundo o risco obsttrico foi a freqncia da aferio da presso arterial, em que as gestantes de risco foram monitoradas o dobro de vezes em relao s demais (mdia de 0,36 x 0,18 aferies/h respectivamente, p=0,006). CONCLUSES: De modo geral, as gestantes de baixo risco so submetidas a intervenes desnecessrias e as de alto risco no recebem cuidado adequado. Como conseqncia, os resultados perinatais so desfavorveis e as taxas de cesariana e de mortalidade materna so incompatveis com os investimentos e a tecnologia disponvel.
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OBJECTIVE: To evaluate dispersal of Aedes aegypti females in an area with no container manipulation and no geographic barriers to constrain mosquito flight. METHODS: A mark-release-recapture experiment was conducted in December 2006, in the dengue endemic urban district of Olaria in Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, where there is no evident obstacle to the dispersal of Ae. aegypti females. Mosquito traps were installed in 192 houses (96 Adultraps and 96 MosquiTRAPs). RESULTS: A total of 725 dust-marked gravid females were released and recapture rate was 6.3%. Ae. aegypti females traveled a mean distance of 288.12 m and their maximum displacement was 690 m; 50% and 90% of females flew up to 350 m and 500.2 m, respectively. CONCLUSIONS: Dispersal of Ae. aegypti females in Olaria was higher than in areas with physical and geographical barriers. There was no evidence of a preferred direction during mosquito flight, which was considered random or uniform from the release point.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre exposio diria poluio do ar e funo respiratria de escolares. MTODOS: Estudo de painel com uma amostra aleatria de 118 escolares (seis a 15 anos de idade) da rede pblica do Rio de Janeiro (RJ), residentes at 2 km do local do estudo. Dados sobre caractersticas das crianas foram obtidos por questionrio, incluindo o International Study of Asthma and Allergies in Childhood. Exames dirios de pico de fluxo foram realizados para medir a funo respiratria. Dados dirios dos nveis de PM10, SO2, O3, NO2 e CO, temperatura e umidade foram fornecidos por um monitor mvel. As medidas repetidas de funo respiratria foram associadas aos nveis dos poluentes por meio de modelo multinvel ajustado por tendncia temporal, temperatura, umidade do ar, exposio domiciliar ao fumo, ser asmtico, altura, sexo, peso e idade das crianas. RESULTADOS: O pico de fluxo expiratrio mdio foi 243,5 l/m (dp=58,9). A menor mdia do pico de fluxo expiratrio foi 124 l/m e a maior 450 l/m. Para o aumento de 10 g/m de PM10 houve uma diminuio de 0,34 l/min na mdia do pico de fluxo no terceiro dia. Para o aumento de 10 g/m de NO2 houve uma diminuio entre 0,23 l/min a 0,28 l/min na mdia do pico de fluxo aps a exposio. Os efeitos do CO e do SO2 no pico de fluxo dos escolares no foram estatisticamente significativos. O O3 apresentou um resultado protetor: o aumento de 10 g/m de O3 estaria associado, um dia depois da exposio, a aumento de 0,2 l/min na mdia da funo respiratria. CONCLUSES: Mesmo dentro de nveis aceitveis na maior parte do perodo, a poluio atmosfrica, principalmente o PM10 e o NO2, esteve associada diminuio da funo respiratria de crianas residentes no Rio de Janeiro.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre sobrevida de mulheres com cncer de mama e estrutura e prticas observadas nos estabelecimentos de assistncia oncolgica. MTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, baseado em informaes do Sistema de Autorizao de Procedimentos de Alta Complexidade do Sistema nico de Sade e em amostra aleatria de 310 pronturios de mulheres prevalentes atendidas em 15 unidades hospitalares e ambulatoriais oncolgicas com quimioterapia entre 1999 e 2002, no estado do Rio de Janeiro. Foram consideradas como variveis independentes caractersticas da estrutura das unidades oncolgicas e as suas intervenes praticadas, controlando o efeito com variveis sociodemogrficas e clnicas das pacientes. Para anlise dos dados, foram utilizados a tcnica de Kaplan-Meier e o modelo de risco de Cox (pseudo-verossimilhana). RESULTADOS: As anlises de Kaplan-Meier apontaram associaes significativas entre sobrevida e tempo entre diagnstico e incio do tratamento, realizao de cirurgia, utilizao de hormonioterapia, tipo de hormonioterapia, combinaes teraputicas, tipo de unidade e plano de sade, volume de atendimento em cncer de mama do estabelecimento e natureza jurdica da unidade. Estimativas obtidas pelo modelo de Cox indicaram associaes positivas entre o hazard de morte e tempo entre diagnstico e incio do tratamento, volume de atendimento de cncer de mama do estabelecimento e tipo de unidade combinado ao uso de plano de sade; e negativas entre sobrevida e cirurgia de mama e tipo de hormonioterapia. CONCLUSES: Os resultados mostram associao entre sobrevida de cncer de mama e o cuidado de sade prestado pelos servios credenciados, com implicaes prticas para pautar novas propostas para o controle do cncer no Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar a qualidade do Sistema de Informao do Cncer do Colo do tero (Siscolo). MTODOS: Estudo descritivo sobre a completitude, validade e sensibilidade dos dados no Siscolo no estado do Rio de Janeiro, com base no seguimento de uma coorte de 2.024 mulheres entre 2002 e 2006. As participantes eram residentes em comunidades assistidas pela Estratgia Sade da Famlia nos municpios de Duque de Caxias e Nova Iguau (RJ). As duas bases de dados do Siscolo, referentes aos exames citopatolgicos e aos exames confirmatrios (colposcopia e histopatologia), foram comparadas a dados obtidos em uma base de referncia de pesquisa e pronturios mdicos. O grfico de Bland-Altman foi utilizado para analisar as variveis contnuas. Para o relacionamento entre os bancos de dados foi utilizado o programa computacional Reclink. RESULTADOS: A completitude do sistema foi excelente para os campos "nome da me" e "logradouro de residncia", boa para "bairro de residncia" e pssima para "CEP" e "CPF". Quanto validade, a sensibilidade do campo "data da coleta" foi de 100% para os exames confirmatrios e de 70,3% para os exames citopatolgicos. J para o campo "resultados dos exames", a sensibilidade foi de 100% em ambos os exames. A sensibilidade do sistema em identificar os exames citopatolgicos foi de 77,4% (IC 95%: 75,0;80,0), enquanto para os exames confirmatrios (colposcopia e histopatologia) foi de 4,0% (IC 95%: 0,0;21,3). CONCLUSES: Os dados do Siscolo foram considerados de boa qualidade, em particular para os campos relacionados aos exames citopatolgicos. O uso dos dados de colposcopia e histopatologia no foi satisfatrio devido ao seu escasso registro no sistema.
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OBJETIVO: Analisar a epidemia de dengue em relao ao contexto socioeconmico segundo reas geogrficas. MTODOS: Foi realizado estudo ecolgico no municpio do Rio de Janeiro (RJ), em reas delimitadas como bairros, a partir de informaes de casos de dengue notificados em residentes no municpio. Foi calculada a taxa de incidncia mdia de dengue entre as semanas epidemiolgicas: 48 de 2001 a 20 de 2002. A ocorrncia de dengue foi correlacionada com variveis socioeconmicas utilizando-se o coeficiente de correlao de Pearson. Utilizou-se o ndice de Moran global e local para avaliar a autocorrelao espacial da dengue e das variveis correlacionadas significativamente com a doena. O modelo de regresso linear mltipla e o modelo espacial condicional auto-regressivo foram usados para analisar a relao entre dengue e contexto socioeconmico. RESULTADOS: Os bairros da zona oeste do municpio apresentaram elevadas taxas de incidncia mdia de dengue. Apresentaram correlao significativa as variveis: percentual de domiclios ligados rede sanitria geral, domiclios com lavadora de roupas e densidade populacional por rea urbana. O ndice de autocorrelao espacial Moran revelou dependncia espacial entre a dengue e variveis selecionadas. Os modelos utilizados apontaram o percentual de domiclios ligados rede sanitria geral como nica varivel associada significativamente doena. Os resduos de ambos os modelos revelaram autocorrelao espacial significativa, com ndice de Moran positivo (p<0,001) para o de regresso e negativo (p=0,005) para o espacial condicional auto-regressivo. CONCLUSES: Problemas relacionados ao saneamento bsico contribuem decisivamente para o aumento do risco da doena.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de letalidade e de complicaes decorrentes de angioplastia coronariana em hospitais pblicos. MTODOS: Foram analisados dados obtidos no Sistema de Autorizao Hospitalar do Sistema nico de Sade referentes aos 2.913 procedimentos de angioplastia coronariana realizados no municpio do Rio de Janeiro, RJ, de 1999 a 2003. Aps amostragem aleatria simples e ponderao de dados, foram analisados 529 pronturios de pacientes, incluindo todos os bitos, submetidos angioplastia coronariana em quatro hospitais pblicos: federal de ensino, estadual de ensino, federal de referncia e estadual de referncia. Os testes de comparao entre as letalidades segundo caractersticas dos pacientes, co-morbidades, complicaes, tipos e indicaes de angioplastia coronariana foram feitas com modelos de regresso de Poisson. RESULTADOS: A letalidade cardaca geral foi de 1,6%, variando de 0,9% a 6,8%. De acordo com grupo etrio, a letalidade foi: 0,2% em pacientes com idade inferior a 50 anos; 1,6% entre 50 e 69; e 2,7% acima de 69 anos. A letalidade na angioplastia coronariana primria e de resgate foram elevadas, 17,4% e 13,1%, respectivamente; nas angioplastias eletivas foi de 0,8%. As principais complicaes foram disseco (5% dos pacientes, letalidade cardaca = 11,5%) e ocluso do vaso (2,6%; letalidade cardaca = 21,8%). Sangramento ocorreu em 5,9% dos pacientes (letalidade = 5,6%) e em 3,0% houve necessidade de transfuso (letalidade = 12,0%). Infarto agudo aconteceu em 1,1% com letalidade de 38% e o acidente vascular enceflico indicou uma letalidade de 17,5%. CONCLUSES: A letalidade foi elevada para as angioplastias primrias e de resgate nos quatro hospitais pblicos estudados no perodo de 1999-2003. As angioplastias coronarianas eletivas apresentaram letalidade e complicaes acima do esperado.
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OBJETIVO: Analisar a tendncia temporal da prtica de aleitamento materno (AM) e de aleitamento materno exclusivo (AME). MTODOS: Foram analisados dados de sistema de monitoramento baseado em inquritos realizados nos anos de 1996, 1998, 2000, 2003 e 2006 durante a Campanha Nacional de Imunizao na cidade do Rio de Janeiro, RJ. A populao de estudo foi constituda de 19.044 crianas menores de um ano de idade que compareceram aos postos de vacinao. Para cada ano foi estudada uma amostra probabilstica por conglomerado (postos de vacinao), auto-ponderada representativa da populao de crianas menores de 12 meses (<12). Foi aplicado questionrio estruturado com questes fechadas sobre alimentao da criana no momento do estudo e caractersticas sociodemogrficas da me. Foram adotados os indicadores de AM e de AME propostos pela Organizao Mundial da Sade. RESULTADOS: O AM<12 aumentou de 61,3% para 73,4% entre 1996 e 2006. Tendncia similar foi observada em todas as faixas etrias analisadas. O AME em crianas <4 e <6 meses (AME<6) aumentou, respectivamente, de 18,8% para 42,4% e de 13,8% para 33,3%. Melhorias em AM>6 e em AME<6 foram observadas em todas as categorias de todas as variveis sociodemogrficas maternas. Para AME<6, a desvantagem observada em 1996 entre mulheres de menor escolaridade e em 1998 entre mulheres que trabalhavam no foi completamente superada at 2006. CONCLUSES: O AM e o AME aumentaram no perodo estudado independentemente da faixa etria da criana e das caractersticas sociodemogrficas maternas. No foram totalmente superadas diferenas observadas entre mulheres em diferentes situaes sociodemogrficas.
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OBJETIVO: Analisar os critrios de admisso, encaminhamento e continuidade de cuidado a pacientes utilizados pelas equipes dos centros de ateno psicossocial. MTODOS: Pesquisa qualitativa com avaliao participativa realizada em trs centros de ateno psicossocial do municpio do Rio de Janeiro (RJ) em 2006. Foram sorteados 15 casos admitidos e 15 casos encaminhados dentre os pacientes admitidos para tratamento nos seis meses anteriores ao incio da pesquisa. Os critrios apontados pela equipe para a admisso do paciente para tratamento ou encaminhamento foram analisados a partir de um roteiro estruturado. A anlise da continuidade de cuidados baseou-se em pesquisa em pronturio, informaes da equipe e dos prprios pacientes e/ou familiares seis meses aps a absoro ou encaminhamento do paciente. RESULTADOS: Os pacientes admitidos apresentavam diagnstico de psicose (esquizofrenia), história de internaes prvias, funcionamento social pobre e rede de apoio pequena e os pacientes encaminhados apresentavam transtornos ansiosos e depressivos, boa adeso a tratamento ambulatorial, bom funcionamento social e presena de rede social. Quanto continuidade de cuidados, oito pacientes em 27 tiveram destino desconhecido. Quanto aos encaminhamentos, dos 13 pacientes encaminhados a ambulatrios da rede, sete permaneceram em tratamento, dois retornaram aos CAPS e quatro tiveram destino desconhecido. CONCLUSES: Os centros admitem pacientes que se encaixam na definio de um transtorno mental severo e persistente. A continuidade de cuidado foi apontada como problema, provavelmente devido dificuldade de acompanhar os pacientes na comunidade.
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A formao profissional, nomeadamente a formao profissionalizante (2Ciclo de Estudos no mbito de Bolonha) tem vindo a ser alvo de discusso entre as diferentes reas do conhecimento, nomeadamente no que respeita s possveis metodologias de avaliao a adotar (prticas profissionais supervisionadas, elaborao de porteflios individuais, realizao de trabalhos de grupo com acompanhamento tutorial, redao de Relatrios de Estgio, entre outras). A presente comunicao tem como principal objetivo discutir e analisar as concees dos educadores de infncia recm-formados acerca da educação de infncia e das aprendizagens realizadas no mbito da Prtica Profissional Supervisionada (PPS), atravs da anlise dos Relatrios de Estgio elaborados no mbito do Mestrado em Educação Pr-Escolar de uma escola superior de educação, especificamente os que dizem respeito a um grupo de mestrandos dos anos letivos 2010-2011, 2011-2012 e 2012-2013. Nesta anlise, sero privilegiados os seguintes eixos: i) a caracterizao reflexiva do contexto socioeducativo; ii) a anlise reflexiva da interveno; iii) as consideraes finais realizadas. Pretende-se, a partir desta anlise, identificar e compreender os potenciais desafios (que elementos e critrios de avaliao? Como caracterizar, de forma reflexiva, um determinado contexto socioeducativo?) trazidos ao processo de avaliao das aprendizagens dos mestrandos do curso em questo. O quadro terico de referncia centra-se numa reviso de literatura sobre a formao profissional dos educadores de infncia e sobre a avaliao das aprendizagens dos adultos. A metodologia utilizada, de natureza qualitativa, inclui anlise documental (objetivos do curso, perfil profissional de sada, guio para a elaborao dos Relatrios de Estgio), e a subsequente anlise de contedo. Os resultados obtidos apontam para asseguintes concluses: se por um lado, todos (12) os mestrandos do estudo seguiram, escrupulosamente, o guio fornecido pela equipa de docentes da Prtica Profissional Supervisionada para a elaborao dos Relatrios de Estgio, por outro lado e no que se relaciona com a caracterizao reflexiva do contexto socioeducativo, a anlise reflexiva da interveno e as consideraes finais realizadas, constata-se que existem diferenas significativas na estrutura organizativa do discurso escrito, na escolha do quadro terico de referncia bem como nas reflexes pessoais realizadas. Enquanto que os mestrandos (5) do ano letivo 2010-2011 demonstram ter optado por construir um quadro terico de referncia ancorado, preferencialmente, por referncias bibliogrficas relacionadas com a Educação de Infncia e facultadas pela equipa de docentes do mestrado em estudo, os mestrandos do ano letivo 2011-2012 (3) optaram por recorrer a um quadro terico de referncia mais alargado e abrangente, no qual se pode verificar, tambm, a existncia de uma consulta e anlise documental frequente sobre a legislao em vigor para o mbito da Educação de Infncia. Por sua vez, os mestrandos que terminaram a sua formao no ano letivo 2012-2013 (4) demonstraram, na elaborao dos seus relatrios de estgio, uma preocupao e inteno claras em dar resposta a todas as questes colocadas, fazendo emergir algumas questes de fundo: 1) por que razo os relatrios de estgio analisados apresentam diferenas significativas nas aprendizagens realizadas pelos mestrandos em estudo? 2) Quais as possveis razes para estas diferenas? 3) Que aprendizagens realizaram estes mestrandos e quais foram as mais significativas? Estes so alguns dos possveis desafios colocados avaliao das aprendizagens.