1000 resultados para Ciclo ovariano


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OBJETIVO: avaliar a eficácia da fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI) em ciclo natural (CN). MÉTODOS: estudo clínico retrospectivo que avaliou 70 ciclos de tratamento em 60 casais que se submeteram ao tratamento de FIV com auxílio da técnica de ICSI em CN em clínica privada de 1999 a 2003. Foi realizada monitorização ultra-sonográfica diária ou em dias alternados, e dosagem de LH urinário a partir de 16 mm de diâmetro folicular. Programada captação oocitária quando o folículo atingiu 18 mm de diâmetro e 36 horas após a administração de gonadotrofina coriônica humana (hCG - 5000UI) quando o teste de LH era negativo. A transferência embrionária foi realizada 48 a 52 horas depois do ICSI. RESULTADOS: foram realizados 70 ciclos de ICSI em 60 pacientes com as seguintes indicações: fator masculino (47,1%), fator tubo-peritoneal (37,1%), fatores associados (8,7%) e infertilidade sem causa aparente (7,1%). Do total de 70 ciclos, 18 foram cancelados (25,7% de taxa cancelamento). Das 52 pacientes que se submeteram à punção ovariana, oócitos maduros foram encontrados em 77% das vezes (40 ciclos). A taxa de fertilização foi de 70% e as taxas de transferência embrionária por punção e por oócito maduro foram de 52 e 67,5%, respectivamente. As taxas de gestação por ciclo iniciado, ciclo puncionado e transferência embrionária foram 11,4, 15,4 e 29,6%, respectivamente. Das oito gestações, sete foram diagnosticadas em pacientes com idade inferior a 37 anos. A única gestação conseguida em pacientes com idade entre 37 e 43 anos evoluiu para abortamento. CONCLUSÕES: ICSI em ciclos naturais parece ser uma opção satisfatória de tratamento, com custos e índice de complicações (gestação múltipla e síndrome de hiperestímulo ovariano) reduzidos. Os resultados são melhores em pacientes mais jovens, com idade inferior a 37 anos.

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OBJETIVO: verificar se existe relação preditiva entre a contagem de folículos antrais (CFA) no segundo dia do ciclo com o padrão de resposta em ciclos de hiperestimulação ovariana controlada para injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI). MÉTODOS: estudo prospectivo, desenvolvido de maio de 2004 a maio de 2005, no qual 51 pacientes com idade <37 anos foram submetidas a reprodução assistida/ICSI, em protocolo de hiperestimulação ovariana com gonadotrofina recombinante e antagonista de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Foi realizada ultra-sonografia transvaginal (USTV) no segundo dia do ciclo, para contagem do número de folículos de 2 a 10 mm, quando do início do estímulo, dados comparados com o número de folículos >15 mm no dia do desencadeamento da ovulação, número total e em metáfase II de oócitos captados, número de embriões de boa qualidade transferidos e taxa de gestação. A análise estatística foi realizada pelos testes t de Student e de Mann-Whitney, com significância estatística de 5% (p<0,05). RESULTADOS: o grupo de estudo teve média de idade de 32,4 anos. A CFA média foi de 7,1, com mínimo de 1 e máximo de 16. Considerando a CFA como variável principal, foi observada correlação direta significativa com o número de folículos acima de 15 mm no dia do desencadeamento da ovulação (p=0,0001), o número total (p=0,0001) e em metáfase II (p=0,0001) de oócitos captados. Tal correlação entre a CFA e gravidez não foi observada (p=0,43). Não foi demonstrada uma correlação significativa entre a CFA e o número de embriões de boa qualidade transferidos (p=0,081). CONCLUSÕES: a CFA no segundo dia do ciclo estimulado pode ser utilizada na predição da qualidade da estimulação ovariana, do número de oócitos captados e do número de oócitos maduros em ciclos de fertilização in vitro utilizando antagonista de GnRH.

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OBJETIVO: avaliar a repercussão da hipertensão porta nos índices de resistência arterial ovariano, uterino e na periferia do corpo lúteo, na fase lútea média do ciclo menstrual. MÉTODOS: em estudo observacional com corte transversal, 28 portadoras de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica submetidas à esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda (EHEO), um grupo similar de 28 pacientes não operadas (EHENO) e 29 voluntárias sadias (VS) foram submetidas à doplerfluxometria na fase lútea média do ciclo menstrual. O índice de resistência (RI) de Pourcelot foi usado como referência RI=[(S-D)/S], em que S significa o pico de velocidade sistólica, e D, o fim da diástole. Escolhia-se o melhor traçado no ramo ascendente da artéria uterina, na artéria ovariana, quando acessível, ou na artéria intraovárica. Quando da existência de corpo lúteo, o RI era medido na periferia do mesmo. Os dados obtidos foram analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. RESULTADOS: não houve diferença significativa entre os grupos no que diz respeito às médias dos índices de resistência das artérias ovarianas (Kruskal-Wallis-p=0,50). Foi observada a tendência de que a média dos índices de resistência da artéria uterina direita fosse maior no grupo de EHENO (Kruskal-Wallis-p<0,07); todavia, foi similar no que diz respeito à artéria uterina esquerda (Kruskal-Wallis-p=0,14). Índices de resistência arterial significativamente mais baixos foram observados na periferia do corpo lúteo, quando comparados com os índices das artérias ovarianas contra laterais em todos os grupos (Mann-Whitney-p<0,0001). CONCLUSÕES: não se demonstrou diferença entre os grupos no que diz respeito aos índices de resistência das artérias ovarianas e uterinas. A hipertensão porta em portadoras de doença esquistossomótica na forma hepatoesplênica não altera o fenômeno natural de diminuição do índice de resistência arterial no ovário no qual ocorre a ovulação.

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OBJETIVO: comparar os níveis séricos de cinco marcadores de estresse oxidativo e os resultados de reprodução assistida (RA), entre pacientes com infertilidade por fator tubário e/ou masculino e portadoras de síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: foram inclusos 70 pacientes, sendo 58 com infertilidade por fator tubário e/ou masculino e 12 com SOP, que foram submetidas à estimulação ovariana controlada para realização de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). A coleta de sangue foi realizada entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual, no mês anterior à realização da estimulação ovariana. Foram analisados os níveis de malondialdeído, hidroperóxidos, produtos de oxidação proteica, glutationa e vitamina E, pela leitura da absorbância em espectrofotômetro e por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Para a análise estatística, utilizou-se o teste t de Student e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: entre as pacientes com SOP, foi constatado maior índice de massa corporal, volume ovariano e número de folículos antrais e uma menor dose total utilizada de hormônio folículo estimulante. Não observamos diferença em relação à resposta à estimulação ovariana, aos resultados de RA e aos níveis séricos de malondialdeído, hidroperóxidos, produtos de oxidação proteica, glutationa e vitamina E entre os grupos. CONCLUSÕES: no estudo não evidenciamos diferença entre os níveis séricos de marcadores de estresse oxidativo, nem nos resultados de RA, comparando pacientes inférteis não-obesas com SOP e controles. Estes dados sugerem que, neste subgrupo específico de portadoras de SOP, os resultados de RA não estejam comprometidos. Todavia, as interpretações acerca da ação do estresse oxidativo sobre os resultados de RA ainda não estão claras e as implicações reprodutivas do estresse oxidativo precisam ser mais bem avaliadas.

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OBJETIVO: Construir um nomograma correlacionando a idade com diferentes valores dos percentis da contagem dos folículos antrais (CFA) em mulheres inférteis. MÉTODOS: Foi feito um estudo transversal de todas as pacientes atendidas, no centro de reprodução assistida Fêmina, no período de 1º de março de 2010 a 1º de outubro de 2011. As pacientes foram submetidas à ultrassonografia transvaginal do 2º ao 4º dias de seu ciclo menstrual. Foram incluídas as pacientes de 21 a 45 anos, com ciclos regulares, dois ovários íntegros, sem evidência de endocrinopatias e que assinaram o consentimento. Foram excluídas as tabagistas, portadoras de galactosemia, cistos ovarianos, com antecedente de hepatopatia, cirurgia ginecológico-ovariana e tratamento com quimioterapia ou radioterapia. Com o intuito de se verificar a correlação da CFA com a idade das pacientes, foram utilizados os percentis 5, 25, 50, 75 e 95. Com o uso dos percentis foi feita uma regressão linear que possibilitasse perceber o efeito da idade sobre a CFA. Foi utilizado como nível de significância o valor de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Cento e setenta e duas pacientes foram incluídas no estudo e a média de idade foi de 32,7 anos. Dentre as causas de infertilidade, os fatores masculino e tubário foram as principais etiologias, contribuindo com 65% dos casos. O nomograma correlacionando a idade com os percentis 5, 25, 50, 75 e 95 da CFA foi melhor ajustado por uma função linear. Os percentis que apresentaram as correlações mais altas foram o P25 (r=-0,9; p<0,001), o P50 (r=-0,9; p<0,001) e o P75 (r=-0,9; p<0,001). CONCLUSÃO: Construiu-se um nomograma correlacionando a idade com os diferentes valores dos percentis da CFA em mulheres inférteis sem endocrinopatias. Esse apresentou um padrão linear de redução da CFA com a idade, em todos os percentis. Esse nomograma pode ser uma referência para o clínico; no entanto, uma validação futura, com dados longitudinais, ainda é necessária.

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OBJETIVO: Avaliar a associação do endometrioma ovariano e a presença de lesões de endometriose profunda infiltrativa (EPI) em uma amostra de mulheres do Sul do Brasil. MÉTODOS: Foi conduzida uma análise retrospectiva com informações dos prontuários de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de endometriose durante o período de janeiro de 2010 e junho de 2012. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com a presença ou não de endometrioma ovariano. As pacientes portadoras de endometrioma ovariano foram subdivididas em dois grupos de acordo com o diâmetro do endometrioma (<40 e >40 mm). Os parâmetros comparados entre os grupos incluíram: dosagem sérica de cancer antigen (CA) 125, tamanho do endometrioma, presença e número de lesões profundas. A análise estatística foi conduzida com o programa Statistica versão 8.0, utilizando-se o teste exato de Fisher, o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney, quando necessário. Os valores p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: Durante o período de estudo, um total de 201 mulheres foram submetidas a tratamento cirúrgico laparoscópico de endometriose. Cinquenta e seis pacientes (27,9%) eram portadoras de endometrioma ovariano e 180 pacientes (89,5%) apresentaram EPI confirmada histologicamente. As mulheres com endometrioma ovariano apresentaram um CA 125 sérico mais alto (39,5 versus 24,1 U/mL; p<0,01) e uma maior associação com a presença de lesões de EPI (98,2 versus 86,2%; p=0,01) e de EPI intestinal (57,1 versus 37,9%; p=0,01). Não houve diferença significativa quando se comparou os grupos com endometriomas <40 e >40 mm. CONCLUSÕES: O endometrioma ovariano é um marcador para a presença de lesões de EPI, incluindo EPI com comprometimento intestinal.

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OBJETIVO: Comparar, empregando a ultrassonografia transvaginal, a adequação da posição do dispositivo intrauterino (DIU) na cavidade uterina, em função do período: inserção pós-parto e pós-aborto versus inserção durante o ciclo menstrual. MÉTODOS: Estudo epidemiológico do tipo individuado, observacional e transversal, realizado entre fevereiro e julho de 2013. Foram incluídas 290 mulheres, sendo 205 com inserção no ciclo menstrual e 85 no pós-abortamento/pós-parto. As variáveis independentes foram: idade, paridade, tempo de uso, época de inserção, número de retornos ao planejamento familiar, satisfação com o método, desejo de continuidade, queixas e complicações. A variável dependente foi a adequação do DIU na cavidade uterina. Para a análise estatística empregou-se o teste do χ², com correção de Pearson, e o teste exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%. RESULTADOS: A idade média foi de 29,4 anos e o tempo médio de uso foi de 2,7 anos; 39,3% das mulheres tiveram queixas associados ao método, sendo a menorragia a mais frequente (44,7%). A satisfação foi de 85%, e 61,4% retornaram duas ou mais vezes para consultas. A faixa etária, a paridade e a posição do útero não se associaram com má adequação do DIU na cavidade uterina (p>0,05). A inserção no ciclo menstrual associou-se mais à posição adequada do DIU do que a inserção pós-parto/pós-abortamento, com significância estatística (p=0,028). CONCLUSÃO: A inserção no pós-parto e pós-abortamento apresentaram piores resultados quanto à adequação do DIU, não sendo observado o mesmo com a faixa etária, a paridade e a posição do útero na cavidade pélvica.

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OBJETIVO:Verificar se a contagem de folículos antrais pode predizer o número de oócitos captados em pacientes submetidas à fertilização in vitro (FIV), bem como correlacioná-la com a idade materna e a taxa de gestação.MÉTODOS:Estudo observacional retrospectivo que incluiu 193 pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida, entre setembro de 2010 e setembro de 2012, em uma Clínica de Reprodução Humana do Sudeste do Brasil. O estudo incluiu mulheres com indicação de FIV e com dosagem de hormônio folículo-estimulante inferior a 10 mUI/mL no terceiro dia do ciclo, sendo excluídas as receptoras de oócitos. As pacientes foram divididas em três grupos de acordo com o número de folículos antrais (até 10, de 11 a 22, maior ou igual a 23 folículos). Para a comparação entre esses três grupos e o grupo das pacientes que engravidaram, foram excluídas as pacientes que não desenvolveram oócitos e as que não tiveram embriões transferidos. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para medir o grau de associação entre as variáveis numéricas e o teste do χ2 para comparar taxa de gravidez e contagem de folículos antrais. Para avaliar a probabilidade de gravidez, utilizou-se a regressão logística multivariada, com nível de significância de 5%.RESULTADOS:A taxa de gestação da amostra foi 35,6%. Observou-se correlação significativa (cs) positiva entre contagem de folículos antrais e número de oócitos aspirados (cs=0,5; p<0,05) e negativa entre contagem de folículos antrais e idade (cs= -0,5; p<0,05). Não houve diferença significativa (p=0,16) na comparação entre os grupos com diferentes números de folículos e o grupo com teste de gravidez positivo, entretanto, por meio da análise multivariada, encontrou-se ponto de corte de 27 folículos antrais, a partir do qual as probabilidades de sucesso de gestação tenderam a ficar constantes.CONCLUSÕES:A contagem dos folículos antrais decresce ao longo dos anos, é fator preditor do número de oócitos captados e pode prever a probabilidade de sucesso da fertilização in vitro.

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OBJETIVO: Analisar os fatores que possam influenciar na recorrência do endometrioma ovariano após tratamento videolaparoscópico.MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo. Foram avaliadas 129 pacientes submetidas à videolaparoscopia, entre 2003 e 2012, para tratamento de endometrioma ovariano, com seguimento pós-operatório mínimo de 2 anos. Foi realizada ultrassonografia transvaginal para excluir persistência da lesão e identificação de recidiva. Para comparação de variáveis contínuas foi utilizado o teste t de Student, e para o teste de homogeneidade entre as proporções, o teste do χ2 ou exato de Fisher (para frequências menores do que cinco). Para a obtenção de fatores prognósticos ligados à recidiva foi aplicado o modelo de regressão linear multivariado. O nível de significância utilizado para a análise foi de 5%.RESULTADOS: A taxa de recorrência foi de 18.6%. O tamanho do endometrioma, a modalidade cirúrgica empregada e os dados demográficos como idade, índice de massa corpórea, presença de sintomas, tabagismo e prática de exercícios físicos não se associaram ao aumento da recorrência. Foi observado que a interrupção do tratamento clínico pós-operatório apresentou risco significativo para aumento da recorrência (OR 23,7; IC95% 5,26-107,05; p=0,001).CONCLUSÃO: O uso contínuo de contracepção oral parece reduzir dramaticamente a taxa de recidiva de endometrioma ovariano. Neste estudo, a interrupção do tratamento foi o fator associado com maior taxa de recidiva da lesão após o tratamento videolaparoscópico.

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OBJETIVO: Avaliar a resposta ovariana após uso de ciclofosfamida (CFM) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e correlacionar os achados de tempo de doença e idade no período de utilização de CFM e dose cumulativa com alterações no ciclo menstrual e/ou evolução para insuficiência ovariana (IO). MÉTODOS: Foi um estudo transversal, retrospectivo, com 50 pacientes com diagnóstico de LES e que fizeram tratamento com CFM com seguimento clínico de, pelo menos, 1 ano. Foram incluídas pacientes com idade entre 12 e 40 anos e que apresentavam ciclos menstruais regulares prévios ao tratamento. Foram excluídas pacientes que descontinuaram o seguimento, ou este foi menor do que um ano, além daquelas que apresentaram irregularidade/ausência menstrual antes do uso do fármaco. Todas as mulheres estudadas foram submetidas à entrevista e à aplicação de questionário. Neste foram abordadas questões relevantes de padrão de ciclo menstrual antes e posterior à terapia, assim como períodos gestacionais e método contraceptivo. Foi questionado se as pacientes foram orientadas sobre os efeitos colaterais e as consequências da CFM. Para análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, do χ2 e o não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov. RESULTADOS: A média de idade das pacientes incluídas no do estudo foi de 30,8 anos, e a média de idade no momento do uso de CFM, de 25,3 anos. Após a CFM, 24% das pacientes não menstruaram mais, 28% voltaram a ter ciclos regulares e 48% delas permaneceram com ciclos irregulares. Verificou-se que as pacientes que evoluíram com falência ovariana tinham maior tempo de doença (12,3 anos) do que aquelas que não evoluíram (8,9 anos). Treze pacientes tiveram gestação após a CFM, em todas ocorreu de forma espontânea; no entanto, 66% evoluíram com abortamento. A média de idade das pacientes que fizeram uso de CFM e evoluíram com falência ovariana foi de 28,1 anos. A amenorreia ocorreu em 50% das pacientes que tinham idade entre 31 e 40 anos, 22,2%, entre 21 e 30 anos, e 7,7%, entre 12 e 20 anos. Nosso estudo não mostrou correlação estatística entre dose cumulativa e falência ovariana, apesar de que doses cumulativas maiores que 11 g tendem a promover algum tipo de irregularidade menstrual. CONCLUSÃO: O tempo de doença do LES, a idade no momento do tratamento e as maiores doses cumulativas são importantes fatores preditores da IO pós-terapia com CFM. Gestação em pacientes lúpicas após o uso do quimioterápico tem maiores chances de evoluir com abortamento. Viu-se que pequena parte das doentes estava ciente de todas as repercussões que a droga poderia gerar. Por isso, novos estudos devem ser realizados para o conhecimento e a conscientização, por parte do meio médico, sobre a importância da anticoncepção e da preservação do tecido ovariano.

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Estudos baseados nas características testiculares estão altamente relacionados com a eficiência reprodutiva de varias espécies. Assim, o projeto desenvolvido teve como objetivo identificar as células do epitélio seminífero, caracterizar histologicamente suas associações, que formam os estádios, e determinar a frequência destes. Os fragmentos de testículos, com 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, 150 dias foram coletados no Centro de Multiplicação da Universidade Federal Rural do Semi-árido, Mossoró/ RN. Passando pelos processos de fixação, lavagens em soluções de concentrações crescentes de álcoois (70-100%), desidratação em xilol, inclusão em Histosec®, preparação das lâminas histológicas, colorações em Hematoxilina e Eosina (HE) e suas fotomicrografias para a caracterização dos núcleos celulares do epitélio germinativo e a definição dos oitos estágios do ciclo do epitélio seminífero (CES) baseados no Método da Morfologia Tubular. Das faixas etárias analisadas todos os animais de 90-150 dias de idade apresentaram todos os estádios do CES. Os estádios I e III foram os que apresentaram maior e menor freqüência, respectivamente. Os animais caracterizados como pré-púberes (30 dias), púberes (45-90 dias de idade) e pós-púberes (105150 dias de idade) apresentaram os estádios I, VIII e IV com uma maior freqüência, respectivamente.

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A reprodução faz parte do ciclo de vida dos animais permitindo a perpetuação e a conservação das espécies. Em serpentes, existe uma escassez de informações técnicas a respeito do ciclo reprodutivo. Este estudo teve o objetivo de avaliar o aparelho reprodutivo por meio da ultrassonografia em serpentes vivíparas cativas da família Boidae, permitindo diagnosticar as diferentes fases reprodutivas. Foram avaliadas ultrassonograficamente onze serpentes adultas de quatro espécies da família Boidae: Eunectes murinus, Boa constrictor constrictor, Corallus hortulanus e Epicrates cenchria pertencentes ao acervo do Museu Biológico do Instituto Butantan, São Paulo Brasil. Para a avaliação ultrassonográfica, as serpentes foram contidas fisicamente com gancho herpetológico e depois manualmente por aproximadamente 15 minutos. A avaliação foi feita aplicando-se gel acústico sobre a pele e posicionando o transdutor na linha lateral-ventral direita e esquerda, em região medial do corpo em sentido crânio-caudal. O exame ultrassonográfico permitiu avaliar todo o ciclo reprodutivo nas serpentes. Nas avaliações ultrassonográficas das fêmeas pode-se definir as fases de desenvolvimento ovariano e ovidutal. Os folículos ovarianos durante a fase pré-vitelogênica foram visualizados como homogêneos e anecogênicos, em forma de "cacho de uva". Já na fase vitelogênica, os folículos estavam maiores e mais ecogênicos seguidos uns dos outros, como um "colar de pérolas". Quando não houve cópula, os folículos foram reabsorvidos dentro do ovário retornando a fase pré-vitelogênica. Na fase pós ovulatória foram visualizados três estágios bem definidos de desenvolvimento fetal dentro do oviduto: 1) logo após a ovulação (e fecundação), somente o vitelo foi visualizado; 2) o vitelo ocupava 60% e o feto 40% do ovo e 3) o feto estava formado e não havia vitelo. Nos machos, os testículos foram visualizados como uma imagem homogênea e hipoecogênica quando se encontravam em estágio reprodutivo. Quando não estavam reprodutivos não era possível visualizar a imagem do testículo devido ao seu tamanho. A avaliação ultrassonográfica do aparelho reprodutor em serpentes demonstrou ser uma técnica de diagnóstico segura, não invasiva e que permite o acompanhamento das principais fases reprodutivas