999 resultados para Barra Mansa (RJ) História Século XIX
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Ps-graduao em Letras - FCLAS
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Ps-graduao em Letras - FCLAS
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A presente dissertao analisa sob o ponto de vista histrico, as obras Folclore Brasileiro e O Pas das Amazonas do intelectual amaznico Frederico de Santa-Anna Nery (1848-1901), procurando discutir a atuao poltica do autor durante o final do século XIX, abordando especificamente, seu papel na divulgao de uma identidade amaznica positiva no exterior, a qual estava atrelada a um processo maior de construo de identidades regionais e a um processo de modernizao da Amaznia, elaborados pelas elites das quais o autor fazia parte.
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A polmica jornalstica que, em 1881, envolveu o ento 2 Tenente Lauro Sodr, o bispo D. Macedo Costa e o jornal catlico A Boa Nova, ocorreu num momento em que j estavam presentes na sociedade brasileira os fatores da desagregao do Imprio. O que se pretendeu, com este trabalho, foi estudar o confronto como representao discursiva de um choque de ideias nos quadros sociais e intelectuais do Brasil do final do Oitocentos: com o primeiro, a cincia e o progresso, instrumentos apontados como fundamentais para a repblica; com o segundo, a f e a religio, instrumentos essenciais para a monarquia. De acordo com a perspectiva filosfico-histrica do positivismo, essas questes fundamentavam o processo de evoluo social do Homem, inclusive politicamente entendida. Note-se, igualmente, que na obra mxima da teoria evolucionista, On the origin of species by means of natural selection (1859) de Darwin, o movimento histrico se subordina decididamente s leis naturais e se insere no processo mais amplo da evoluo do universo. A evoluo considerada, efetivamente, no como um simples movimento, mas como melhoramento, um progresso. Aos olhos positivistas de Lauro Sodr, a ideia de uma monarquia atrelada sobrevivncia da origem divina do poder aparecia como uma digna representao dos estados no-epistemolgicos da humanidade, o metafsico e o teolgico; j a repblica surgia como a nica forma de governo compatvel com a dignidade humana. Projetada esta polmica sobre as realidades mentais do prprio tempo, tem-se, em ltima anlise, a revelao de um dos componentes da natureza e das formas que assumiu a problemtica relao entre pensamento filosfico e objeto poltico dominante no movimento de ideias no Brasil ao final do século XIX.
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Desde o final do século XIX e, at, o incio do século XX, Belm na fala do intendente Antonio Lemos era conhecida como a necrpole paraense. Doenas e epidemias estavam no centro do debate das prticas mdico-sanitrias. O higienismo de mdicos tornou se discurso recorrente de interveno no espao cotidiano dos moradores, onde as campanhas de profilaxias foram aladas enquanto responsveis pela cura da cidade. As aes propostas por esculpios cientistas geraram tenses entre moradores e autoridades pblicas diante a aliana do saber mdico e o poder pblico, sobre a qual me propus analisar para explicar o dia-a-dia das medidas coercitivas, no intuito de entender essa aliana. Analisando artigos na imprensa, literatos, jornalistas, polticos, relatos mdicos, mensagens de governo, relatrios, fotografias e charges foi possvel acompanhar os significados atribudos pelos contemporneos em relao as epidemias da varola, tuberculose e febre amarela, por exemplo, por parte dos saberes mdico-sanitrios. A belle poque em Belm deixou de ser nessa dissertao um cristal historiogrfico, diante as adversidade do viver de sujeitos annimos. Belm tornou-se um laboratrio de experincias, os mdicos propunham cur-la para alcanar o to propalado desenvolvimento econmico ou progresso. A consolidao dessa aliana coube responsabilidade do renomado sanitarista Oswaldo Cruz, que desembarcou, em 1910, na capital paraense para combater a febre amarela, com carta branca do governador Joo Coelho. Por outro lado, a cura da cidade ou necrpole paraense teve significados mais amplos, destacando-se o sepultamento do mal amarlico, como tambm, concomitantemente, o sepultamento da oligarquia do coronel Antonio Lemos.
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Esta dissertao insere-se dentro de uma proposta que pretende recompor a história social da medicina no Par sob uma nova perspectiva. Analisar a construo do poder e prestgio da medicina cientfica e dos mdicos na sociedade paraense da virada do século XIX para o século XX o principal objetivo deste trabalho. A inteno mostrar que, longe de gozar de uma hegemonia no universo da cura e dispor de um poder imanente capaz de modelar a sociedade da poca, os mdicos ainda enfrentavam enormes dificuldade para legitimar sua cincia entre as mais diversas categorias sociais. Enquanto as autoridades republicanas, em nome da Civilizao nos trpicos, seguiam com sua poltica de higienizao do espao urbano e combate s epidemias, a populao paraense persistia na busca de alvio de suas mazelas nas tradicionais artes de curar. No entanto, se a medicina popular constitui-se em um dos maiores empecilhos para a afirmao dos mdicos acadmicos como senhores da cura, a desunio, a falta de tica e consenso no interior da classe mdica no deixaram de ser alguns dos fatores marcantes do descrdito que pairava sobre a figura dos representantes da medicina oficial em plena Repblica brasileira. Para enfrentar tantos problemas, os mdicos, pouco a pouco, procuram superar suas diferenas e criaram regras e laos de solidariedade capazes de uni-los em torno de objetivos em comum, consolidando uma identidade de grupo que fortaleceu sua corporao e lutou pelo prestgio e poder que eles tanto almejavam.
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Em meados do século XIX, a capital do Par comeava a sentir as primeiras transformaes urbanas decorrentes da riqueza da borracha. A partir do perodo de expanso da economia gomfera em 1870, esta conjuntura permitiu as intervenes e melhorias seguidas pelos ideais de modernidade, progresso e civilizao, introduzidos pelo Poder Pblico na construo de uma Belm moderna, perodo que se estende at o final do ciclo, aproximadamente em 1910. Ao evocar-se a arquitetura do perodo a ser trabalhado, no senso comum, trata-se de se evidenciar o grande legado do ciclo da borracha, espelhada num processo ambientado em riquezas e oportunidades em que as casas passaram a ser construdas com uma arquitetura importada europia, tornando-se o prprio smbolo dessa modernidade. Mas, tambm, foram construdas casas que ameaavam o projeto de modernizao urbana criada para a nova Belm, e, por isso, tornou-se necessrio a criao de algumas regras e medidas que impedissem ou retirassem as casas no-condizentes do ncleo central, forando esses moradores a construir em reas mais perifricas de Belm. Assim, podemos perceber que esta nova conjuntura permitiu a construo de novas e diferentes formas de morar, onde os recursos do morador seriam mais evidentes no partido arquitetnico de suas casas - das casas burguesas a populares. E entre esses dois extremos, encontravam-se as diversas formas de morar na Belm da belle-poque. Por este motivo, a casa torna-se um documento importante pelo qual poderemos compreender a influncia de todos os fatores externos (econmicos, sociais, tcnicos, culturais, polticas pblicas, artsticos, espaciais, entre outros) em sua construo. O grande desafio, portanto, desta dissertao, revelar a diversidade habitacional construda nas diferentes formas de morar durante o perodo em questo.
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Esta dissertao tem a preocupao em estudar as moradias urbanas de Belm na primeira metade do século XIX. Identificar as relaes sociais construdas nestes ambientes domsticos, investigados atravs do uso e consumo de objetos encontrados nos inventrios post mortem, jornais, relatos de viajantes e outras documentaes. Apontar a trajetria das influncias que sofreram os ambientes domsticos, incorporando ou produzindo suas prprias relaes com o espao de habitao uma tarefa que procuro discutir. Os sentidos de domesticidade permeados pela relativa noo de privacidade e ao limitado acesso ao consumo de bens materiais so possibilidades que emergem ao longo do estudo. neste conjunto que investigo o significado que as noes de conforto, praticidade so projetados nos mobilirios domsticos, e com isto, ler como o habitante urbano representava essas sensibilidades diante do local de residncia nesta capital paraense em meados do século XIX.
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O objetivo desta dissertao analisar o conjunto da obra do portugus Antnio Ladislau Monteiro Baena, bem como sua atuao militar na provncia do Par nas primeiras dcadas do século XIX. Atravs da descrio fsica e poltica da provncia paraense, Antnio Baena forneceu dados estatsticos de uso poltico para o Imprio brasileiro. O escritor e militar Baena, a servio do Imprio, viveu e escreveu em um momento mpar para o Brasil e para o antigo Gro-Par. Sua obra rene e traduz uma srie de dados que ajudaro a compor a tensa ligao entre as provncias do norte com as do sul do Brasil. a partir de sua obra intitulada Ensaio Corogrfico sobre a Provncia do Par, publicada em 1839, que o presente estudo envereda pela escrita comprometida do autor e dos seus principais apontamentos sobre a riqueza em potencial da provncia, embasada na variedade e na virtude de seus produtos naturais. Ademais, a anlise atenta para outras produes de Antnio Baena, cujo tema principal era a provncia do Par, constantes na Revista do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro e publicadas no cenrio imperial. Estas produes acabam por inserir-se nos debates do referido Instituto e no contexto de formao poltica do Imprio brasileiro.
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Obrigados a enfrentar uma grave crise epidmica desencadeada ao longo de quase toda a segunda metade do século XIX, os habitantes de Belm assistem, a partir daquele momento, a uma intensa mobilizao social em prol da preservao da sade pblica, que h muito deixara de ser objeto de interesse do Governo Provincial e que agora se via ameaada pela fria da febre amarela, da clera e da varola, que vinham desordenadamente fazendo suas vtimas pela cidade. Diante disso, esta dissertao procura analisar alguns mecanismos empregados para conter o aumento dos casos das doenas na Capital da Provncia do Par, destacando as estratgias sanitrias propostas pelos facultativos ligados cincia mdica, levadas a cabo, muitas vezes sem resultado, pelo poder pblico, mas que interferiram e modificaram significativamente as prticas de assistncia aos enfermos mais necessitados, que geralmente eram socorridos em nome da caridade no Hospital da Santa Casa de Misericrdia. A falta de conhecimento sobre a etiologia das molstias trouxe tona ainda um acirrado conflito ideolgico entre os mdicos, que divergiam quanto aos possveis fatores que motivaram as epidemias e o tipo de teraputica a ser aplicada aos doentes, ao mesmo tempo em que o perigo da contaminao aguou tambm a compaixo e a caridade de todos que se viram direta ou indiretamente ameaados por aqueles males.
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Paisagens Urbanas: fotografia e modernidade na cidade de Belm (1846-1908) prope uma discusso sobre os documentos fotogrficos que serviam de instrumentos de propaganda dos governantes na ltima dcada do século XIX e no incio do século XX. A linguagem visual desta dissertao permite mostrar a forma como os indivduos se fizeram representar nos cenrios urbanos, dando visibilidade aos tipos sociais que foram flagrados sutilmente pelas cmeras fotogrficas a servio da propaganda do governo que tinha por objetivo divulgar uma cidade moderna, revelando a intensidade e a rapidez com que desejava alcanar a modernidade, ao mesmo tempo em que traz a luz uma cidade de acordo com os modelos provenientes da Europa, percebe-se o registro de uma outra cidade que nos remete a espaos de convivncia de diferentes realidades. A imagem fotogrfica, assim como outras fontes e objetos visuais, constitui-se em importantes instrumentos de investigao histrica para identificar novos objetos e novos problemas. A contribuio deste estudo se ancora no uso da fotografia como principal documento de anlise para produo historiogrfica, entendendo que a fotografia representa um testemunho que fala do passado na intensidade que o historiador a questiona. Este estudo busca analisar a relao entre fotografia e cidade a partir da narrativa visual dos lbuns e relatrios de Belm que foram produzidos no perodo de 1898 a 1908. A interpretao dos lbuns, enquanto narrativa que visualiza uma cidade moderna, constitu-se em uma das estratgias metodolgicas para abordagem do uso da fotografia como documento para o historiador, considerando que nesse tipo de documentao pode mostrar dados dispersos ou mesmo silenciados por outras fontes de pesquisas.
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Este trabalho se debrua sobre o jornal O Binculo, que circulou em Belm no final do século XIX, a partir de 1897. Com narrativa construda em torno de personagens do demi-monde belenense, O Bnculo tece em suas pginas uma sociedade binoquiana que circula pela urbe, problematizando questes especificas daquela sociedade, submersa nos ideais de modernidade e progresso e vivendo sob o signo da Belle- poque. Nesse sentido, O Binculo desenvolve ntimo dialogo com a imprensa critica e noticiosa da poca e suas representaes urbanas e sociais. Assim, s possvel compreender como este jornal se tornou possvel em Belm, em fins do século XIX, se compreendermos tambm os signos discursivos que formavam a cidade bellepoquiana.
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Trata-se de um estudo sobre a história da educao rural no Par, entre 1889-1897. A inteno ltima conhecer, a partir da pesquisa histrica, como se deu a educao rural do Par na Primeira Repblica, tendo como foco os governos provisrios de Justo Chermont e Huert Bacelar e o governo constitucional de Lauro Sodr. Nosso objetivo geral entender como a educao para homens e mulheres do interior do Par foi pensada e operacionalizada no plano governamental. Especificamente, estabelecemos quatro objetivos: a) Levantar os investimentos feitos nas escolas rurais no perodo em questo; b) Descrever como eram concebidas as escolas rurais do estado do Par na Primeira Repblica; c) Entender quais os procedimentos utilizados, atravs dos documentos oficiais, para formar o cidado das escolas rurais; d) Compreender os objetivos da formao educacional da populao rural. Duas questes nortearam a investigao: 1) Que intenes permeavam a educao destinada s populaes das reas rurais do Par nos governos do perodo de 1889 a 1897? 2) O que foi realizado, no plano governamental, para a concretizao desses objetivos? As fontes documentais foram coletadas no Arquivo Pblico do Estado do Par, na biblioteca Arthur Vianna e nos Setor de Obras Raras do Centro Cultural do Par Tancredo Neves (CENTUR). O corpus da pesquisa est composto de: relatrios dos governadores; mensagens, ofcios, abaixo-assinados, circulares e requerimentos; relatrios de diretores da Instruo Pblica; relatrios de visitadores; relatrios de grupo escolares; cadernos de Leis do perodo. Metodologicamente, operamos a anlise em trs momentos: 1) momento da heurstica; 2) momento da crtica; 3) momento da interpretao. O texto est composto de introduo, trs sees e consideraes finais. O trabalho realizado indica que os governos estaduais na Primeira Repblica pouco fizeram pela formao do homem do interior do estado, apesar do uso poltico acentuado da educao como prioridade para estes. Identificamos que os investimentos com a Instruo Pblica tiveram seu limite estabelecido pela ideologia do regime republicano que entendia a populao rural como uma gente de segunda ou de terceira, que precisava ser lapidada para o trabalho. Por extenso, o espao rural compreendido como o lugar do atraso, da incivilidade e que, portanto, um pouco de formao sua populao era o suficiente para transformar homens rudes em cidados, ainda que de categoria inferior.